SUA, Endometriose, Miomatose, Adenomiose, Pólipos e Infertilidade Flashcards

1
Q

Definição de SUA e quais os parâmetros do ciclo menstrual normal

A
  • SUA é o sangramento que foge do padrão menstrual normal.
  • Duração do ciclo: 21-35 dias
  • Duração do fluxo: 2-6 dias
  • Perda sanguínea: 20-60 ml
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2
Q

Acrônimo da FIGO para grupos de causas de SUA

A

Pólipos
Adenomiose
Leiomioma
Malignidade e hiperplasia

Coagulopatia
Ovulação disfuncionante
Endométrio 
Iatrogenia
Não classificado 

Obs: não contempla infecção (ex: cervicite), trauma…

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3
Q

Quais as duas grandes categorias etiológicas do SUA:

A
  • Orgânicas

- Disfuncionais

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4
Q

Perguntas-chave na investigação de SUA/Exame clínico (7)

A
  • Origem do sangramento: exame especular
  • Idade da paciente
  • Sexualmente ativa? Gestação, IST
  • Histórico menstrual/padrão de sangramento
  • Momento do sangramento (ex: pós-coito)
  • Doenças/sintomas sistêmicos associados (tireoide, galactorreia, hepatopatia…)
  • Uso de medicamentos
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5
Q

Principais causas de sangramento pós-coito (4)

A

Trauma, IST, Ca de colo e pólipo cervical

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6
Q

Quando realizar investigação endometrial no diagnóstico de SUA?

A
  • Alto risco para CA de endométrio
  • Persistência de sangramento após tratamento clínico
  • Espessura > 4-5mm na pós menopausa sem TH (com é > 8mm)
  • Idade > 45 anos*
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7
Q

Diagnóstico de sangramento uterino disfuncional (3 etapas)

A

É um tipo de SUA - diagnóstico de exclusão

  • 1º: afastar causas orgânicas
  • 2º: Diferenciar ovulatório de anovulatório
  • 3º: resposta à hormonioterapia
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8
Q

Tipos de SUD

A
  • Anovulatória: 80-85%

- Ovulatória: 10-15%

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9
Q

Definição de endometriose

A

Presença de tecido endometrial (glândulas e estroma) fora da cavidade e musculatura uterinas.

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10
Q

Fatores de risco para endometriose

A
  • Parentes de 1º grau
  • Exposição a estrogênios: nuliparidade, menarca precoce (<11 anos), ciclos menstruais de curta duração, fluxos intensos ou duradouros, primiparidade idosa (>35 anos)
  • Classes sócio-econômicas mais altas
  • Malformações Mullerianas
  • Estenoses iatrogenicas: cauterização e conização
  • Mulheres altas e magras com baixo IMC
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11
Q

Fatores de proteção para endometriose

A
  • Multiparidade
  • Intervalos de lactação prolongados
  • Menarca tardia
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12
Q

Teorias para etiopatogenia da endometriose (as 3 primeiras são as principais)

A

Na verdade, são complementares:

  • Teoria da implantação por menstruação retrógrada (refluxo transtubário)
  • Teoria imunológica: escape das células endometriais anormalmente implantadas
  • Metaplasia celômica
  • Iatrogenica
  • Disseminação linfática
  • alterações genéticas e epigenéticas
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13
Q

Local mais comum de endometriose:

A

Ovários (+ no esquerdo)

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14
Q

Clínica da endometriose (4)

A
  • Dismenorreia progressiva
  • Dispareunia mais profunda
  • Dor pélvica crônica
  • Infertilidade
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15
Q

Arsenal diagnóstico para endometriose

A
  • Exame clínico (presuntivo)
  • USGTV com ou sem preparo
  • Ressonância magnética de abdômen e pelve
  • CA - 125
  • Laparosocopia (diagnóstico definitivo)

Outros:

  • Cistoscopia, urorressonância e UE
  • Retossigmoidoscopia ou colono
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16
Q

Critérios para indicação de laparoscopia na endometriose (3)

A
  • Falha terapêutica
  • Suspeição de doença avançada
  • Infertilidade
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17
Q

Opções para tratamento clínico da endometriose

A
  • ACO (preferencialmente contínuo) e progestogênios: primeira linha
  • Danazol
  • Agonistas do GnRH
  • Inibidores da aromatase
  • Gestrinona
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18
Q

Tipos de cirurgia para endometriose

A
  • Abordagem conservadora ou definitiva
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19
Q

Indicações cirúrgicas no tratamento da endometriose

A
  • Infertilidade (casos mais leves, mais graves partir para FIV)
  • Endometrioma ovariano > 4cm
  • Lesão em ureter, íleo, apêndice ou retossigmoide com sinais de suboclusão
  • Refratários ao tratamento clínico
  • Casos incapacitantes e avançados
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20
Q

Causa estrutural mais comum de SUA

A

Mioma uterino

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21
Q

Definição de leiomioma

A

Tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero com estroma de tecido conjuntivo em proporções variáveis

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22
Q

Classificação dos miomas relativas às camadas uterinas e seus sintomas comuns

A

Subseroso: dor pélvica e sintomas compressivos
Intramural: SUA e dismenorreia
Submucoso: = a intramural + infertilidade

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23
Q

Mioma parasita

A

Primariamente subseroso que se desprende do útero e cresce aderido em outra estrutura

24
Q

Tipos de degeneração dos leiomiomas (3 principais)

A
  • Hialina: a + comum. Pode virar cística (que pode dar subtipo mucoide)
  • Rubra, vermelha, carnosa ou necrobiose asséptica: podem ocorrer na gravidez. Dor, hipertermia e até abdômen agudo se romper.
  • Sarcomatosa: degeneração maligna rara. Aumento súbito do mioma pós menopausa
  • outros: gordurosa, calcificação e necrose
25
Arsenal diagnóstico para miomatose uterina:
Exame clínico + USG (melhor a TV): já fecha Outros: auxiliam, por ex, decisão terapêutica - TC - RNM - Histerossalpingografia - Histeroscopia
26
Indicações de conduta expectante (usgtv 3/3 ou 6/6m) na miomatose uterina
- Assintomáticas - Pouco sintomáticas - Perimenopausa ou menopausa
27
Indicações de tratamento clínico na miomatose uterina
- Redução tumoral - Controle da perda sanguínea - Risco cirúrgico elevado - Perimenopausa
28
Opções de tratamento medicamentoso para miomas
- Análogos de GnRH - Danazol - Gestrinona - SIU - Progestagênios e ACO (diminuem o sangramento)
29
Indicações de tratamento cirúrgico na miomatose
- SUA ou dor pélvica - Suspeita de malignidade (massa nova ou crescente pós menopausa, história de irradiação, uso de tamoxifeno...) - Infetilidade - Abortamentos recorrentes - Ausência de resposta às terapias conservadoras
30
Opções cirúrgicas para miomatose uterina
- Histerectomia - Miomectomia - Ablação endometrial - Miólise - Oclusão de artéria uterina
31
Definição de endometriose
Presença de endométrio (glândulas e estroma) na intimidade do miometrio (>3mm)
32
Quadro clínico da adenomiose:
- SUA - Dismenorreia secundária intensa e progressiva - menos frequentes: dispareunia, dor pélvica crônica e infertilidade - Aumento uterino difuso, amolecido e doloroso
33
Diagnóstico de adenomiose
O diagnóstico é histopatológico mas exames de imagem sugerem: - RNM (padrão-ouro): espessura da zona de junção mioendometrial > 12 mm - USG
34
Opções de tratamento para adenomiose:
- Histerectomia - ACO contínuo - Danazol - SIU de progesterona - Ablação endometrial - Ressecção parcial - Análogos de GnRH Cirúrgico nos refratários
35
Definição de infertilidade
Ausência de gestação após um ano de atividade sexual regular (2 a 4x/ semana sem contracepção)
36
Infertilidade primária
Ausência de gestação prévia
37
Causas de infertilidade do casal (4):
- Fator masculino (35%) - Fator tuboperitoneal (35%) - Fator ovulatório (15%) - Outros - fator uterino, cervical, imunológico...(5%) - Sem causa aparente (10%)
38
Principal causa de infertilidade masculina
Varicocele
39
Conduta no espermograma
Normal: não repetir Alterado: repetir em 3 meses (12 semanas)
40
Métodos para estudo do fator ovulatório
- Curva de temperatura basal (não mais recomendado) - Dosagem de progesterona no meio da fase lútea - Biópsia de endométrio (não mais recomendado) - USGTV - Avaliação da reserva ovariana (FSH e estradiol basais, contagem de folículos antrais)
41
Exame inicial para avaliação do fator tuboperitoneal na infertilidade
Histerossalpingografia
42
Prova de Cotte e conduta
Extravasamento do contraste para a cavidade peritoneal Prova de cotte positiva = permeabilidade tubária negativa = laparoscopia
43
Exames iniciais para avaliação do fator uterino na infertilidade
- USGTV - Histerossalpingografia e histerossonografia - Vídeo histeroscopia está indicada em caso de alterações nos acima
44
Diagnóstico de infertilidade sem causa aparente
De exclusão
45
Indutores da ovulação para tratamento de infertilidade
- Citrato de clomifeno - Gonadotrofinas (se clomifeno falhar) - Metformina (se resistência insulínica)
46
Propedêutica básica na avaliação do casal infértil (4)
- Espermograma - Dosagens hormonais (FSH e estradiol basais, progesterona de segunda fase, TSH, T4L e PRL) - USGTV seriada - Histerossalpingografia
47
Indicações de histerectomia na miomatose uterina (3)
- Prole constituída ou sem desejo de engravidar - Sintomas importantes - Refratariedade ao tratamento clínico (não sendo submucoso)
48
Diferença entre distopia genital e prolapso genital
Distopia corresponde a qualquer deslocamento de um órgão da sua posição habitual, enquanto prolapso refere-se ao deslocamento caudal dos órgãos pélvicos. Portanto, prolapso é um tipo de distopia
49
Cistocele corresponde a _______ e retocele a _______
- Prolapso de parede vaginal anterior | - Prolapso de parede vaginal posterior
50
Aparelhos anatômicos da estática pélvica e seus componentes
Aparelho de suspensão (ligamentos - 6 feixes - retinaculo periuterino de Martin) - 2 anteriores: Pubovesicouterinos - 2 posteriores: uterossacros - 2 laterais: cardinais ou paramétrios Aparelho de sustentação (assoalho pélvico - músculos do períneo) - Diafragma pélvico: elevador do anus (3 partes) e o músculo isquiococcígeo - Diafragma urogenital - Fáscia endopélvica
51
Fatores predisponentes ao prolapso genital (7)
- Multiparidade - Má assistência obstétrica - Hipoestrogenismo - Aumento crônico da pressão intra-abdominal (ex: DPOC, constipação) - Obesidade - Alterações do colágeno - Anomalias congênitas (espinha bífida...)
52
Classificações dos prolapsos genitais
``` - Em relação ao introito vaginal: Da FEBRASGO (3 graus) POP-Q (da ICS) ``` ``` - De acordo com o compartimento genital: Compartimento anterior (cistocele, uretrocele ou cistouretrocele), compartimento apical (uterocele/prolapso uterino, de fórnice ou de cúpula pós histerectomia) e compartimento posterior: retocele ```
53
Pontos de referência principais para a classificação POP-Q (6)
- Aa: na linha média da parede vagina anterior, 3 cm acima do meato uretral (-3) - Ap: correspondente posterior de Aa - Ba: ponto da parede vaginal anterior que está mais afastado de Aa durante o esforço - Bp: correspondente posterior de Ba - C: ponto mais distal do colo uterino ou da cúpula vaginal (se histerectomia total) - D: ponto mais profundo do fundo de saco posterior
54
Ponto 0 da classificação POP-Q
Carúncula himenal (acima é negativo e abaixo é positivo)
55
Estadiamento da classificação POP-Q
Estádio 0: ausência de prolapso I: o ponto de maior prolapso está acima de -1 II: a porção de maior prolapso está entre -1 e +1 III: a porção mais distal do prolapso está entre +1 e o CVT -2, ou seja >=+2, mas não completa IV: a porção mais distal do prolapso está acima do CVT-2 , eversão completa