Climatério, Incontinência urinária e Distopia Genital Flashcards

1
Q

Definição de climatério:

A

Período fisiológico que se inicia desde os primeiros indícios de falência ovariana (nem sempre sintomático) e vai até os 65 anos (senilidade)

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2
Q

Definição de Perimenopausa

A

Início da irregularidade menstrual até 12 meses após menopausa

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3
Q

Definição de menopausa:

A

Última menstruação (definida após 12 meses de amenorreia)

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4
Q

Definição de pós menopausa

A

Período de 12 meses após a última menstruação até a selinidade (65 anos)

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5
Q

Alterações hormonais na transição menopáusica

A
  • Aumento do FSH (>35 UI/L)
  • Queda da inibina
  • LH normal
  • Estrogênio normal ou levemente aumentado
  • Progesterona normal
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6
Q

Perfil hormonal pós-menopausa

A
  • Diminuição dos estrogênios (estrona fica maior que estradiol)
  • Diminuição dos androgênios
  • Ausência de progesterona
  • FSH e LH elevados (que também diminuem com o passar dos anos)
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7
Q

Definição clínico-laboratorial de menopausa

A
  • Amenorreia
  • FSH > 35-40
  • Inibina baixa
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8
Q

Sintomas precoces da pós menopausa (2)

A
  • Irregularidade menstrual e fogachos (ambos podem estar presentes já na perimenopausa/início do climatério)
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9
Q

Sintomas principais tardios da pós menopausa (5)

A
  • Atrofia genital (e mamária)
  • Distúrbios do humor e do sono
  • Alteração da libido
  • Osteoporose
  • Alterações cutâneas (rugas, manchas…)
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10
Q

Definição de fogachos

A

Alterações vasomotoras caracterizadas por períodos transitórios (1-3 minutos) e recorrentes (5-30x por dia) de rubor (tórax, pescoço e face) e sensação de calor, acompanhados por vezes de palpitações e ansiedade.

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11
Q

Definição de osteoporose

A

Doença esquelética sistêmicas caracterizada por baixa massa óssea e deterioração microarquitetural, levando a fragilidade e aumento do risco de fraturas

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12
Q

Diagnóstico de osteoporose

A

Densitometria óssea (>= 2,5 DP no t-score)

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13
Q

Diagnóstico de climatério

A

Essencialmente clínico (dosagens hormonais são desnecessárias)

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14
Q

Indicações de densitometria óssea para mulheres pós menopausa

A

> 65 anos ou presença de fatores de risco

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15
Q

Vias de administração da terapêutica hormonal e suas indicações

A
  • Oral: de escolha
  • Parenteral: se DM, HAS, fumantes, hipertrigliceridemia (hipercolesterolemia é melhor oral), risco de trombose* e doença hepática*
  • selecionar caso a caso pois pode, ser contraindicações
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16
Q

Indicações da terapêutica hormonal (TH) (4)

A
  • Sintomas vasomotores
  • Síndrome geniturinária do climatério
  • Prevenção de perda de massa óssea
  • Falência ovariana precoce
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17
Q

As únicas indicações de uso de progesterona na TH de mulheres sem útero são (2)

A
  • História de endometriose ou CA de endométrio
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18
Q

Contra indicações de TH (6)

A
  • Antecedente recente de câncer de mama
  • Antecedente recente de câncer de endométrio
  • Tromboembolismo agudo
  • Sangramento genital de origem indeterminada
  • Doenças hepáticas ativas e graves
  • Porfirias
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19
Q

Fatores de risco para incontinência urinária

A
  • Idade
  • Multiparidade (e + em vaginal)
  • Prolapso uterino
  • Deficiência estrogênica
  • Cirurgias prévias (ex: em torno do colo vesical)
  • Obesidade
  • Aumento da pressão abdominal (ex: constipação)
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20
Q

Fontes de inervação do trato urinário inferior (3)

A
  • Simpático
  • Parassimpático
  • Sistema nervoso somático
21
Q

Divisão anatômica da bexiga

A
  • Corpo

- Base ou colo ( trígono vesical orifícios ureterais e óstio interno da uretra)

22
Q

Fisiologia da inervação simpática do trato urinário inferior

A

Enchimento vesical
Receptores alfa adrenergicos no trígono vesical e na uretra (contraem o esfíncter e mantém tônus) e beta adrenergicos no corpo vesical (relaxam o detrusor).

23
Q

Fisiologia da inervação parassimpática no trato urinário inferior

A

Esvaziamento vesical

Receptores beta adrenergicos no detrusor no corpo vesical

24
Q

Frequência normal de micções diárias

A

Até 7 vezes

25
Q

Exames completares para incontinência urinária (7)

A
  • EAS e urocultura
  • Teste do cotonete ou Q-Tip-teste
  • Ultrassonografia para avaliação da mobilidade do colo vesical e do volume residual (normal < 50ml)
  • Diário miccional
  • Teste do absorvente ou Pad-test
  • Uretrocistoscopia
  • Avaliação urodinâmica
26
Q

Avaliações importantes no exame físico na IU (3)

A
  • IMC
  • Exame ginecológico (prolapsos, hipoestrogenismo…)
  • Testes de esforço (pode fazer o teste da perda urinária)
27
Q

Perda insensível de urina, suspeita e conduta

A
  • Incontinência extrauretral - Fístula?

- Cistoscopia, urografia excretora…

28
Q

Etapas principais do estudo urodinâmico (3)

A
  • Urofluxometria
  • Cistometria
  • Estudo miccional
  • Auxiliares: perfil pressórico uretral e eletromiografia
29
Q

Principal parâmetro da fluxometria e seu valor normal

A

Fluxo máximo

> 15 ml/s

30
Q

Achado sugestivo de hiperatividade detrusora à cistometria

A
  • Contrações involuntárias do detrusor durante o período de enchimento
31
Q

Parâmetro de diferenciação à cistometria, da IUE

A
  • Pressão de perda uretral ao esforço
  • <60 cmH2O: defeito esfincteriano intrínseco
  • > 90 cmH2O: sugestivo de hipermobilidade do colo vesical
32
Q

Tipos de incontinência urinária

A

Uretrais:

  • Incontinência urinária de esforço (DEI ou HCV)
  • Bexiga hiperativa
  • Incontinência mista
  • Incontinência por transbordamento
  • Miscelânea

Extrauretrais

  • Congênita
  • Adquirida (fístulas)
33
Q

Definição cistométrica da incontinência urinária de esforço

A

Perda involuntária de urina pelo meato externo da uretra, que ocorre quando a pressão intravesical excede a pressão máxima de fechamento uretral, na ausência de contração do músculo detrusor.

34
Q

Opções de tratamento para IUE

A

Conservador

  • MEV, Kegel, eletroestimulação, cones vaginais pessários e biofeedback
  • Medicamentos têm papel secundário (duloxetina e agonistas alfa-adrenergicos)

Cirúrgico

  • Slings (os mais usados sempre, HV principalmente se fracasso da Burch, obesidade ou DPOC)
  • Cirurgia de Burch (às vezes usa para hipermobilidade vesical)
  • Injeções periuretrais de colágeno
35
Q

Contraindicações aos anticolinérgicos para tto de bexiga hiperativa (6)

A
  • Glaucoma de ângulo fechado
  • Arritmias
  • Gestação
  • Lactação
  • RCU
  • Doenças obstrutivas intestinais ou urinárias
36
Q

Tratamento da bexiga hiperativa

A

Clínico - medicamentos:

  • Anticolinérgicos
  • Agonistas beta 3 adrenergicos
  • Antidepressivos tri cíclicos

Técnicas comportamentais: retreinamento, biofeedback e eletroestimulação

37
Q

Diferença de distopia e prolapso genital

A

Distopia corresponde ao deslocamento de um órgão do seu posicionamento habitual, já o prolapso refere-se ao deslocamento caudal dos órgãos pélvicos, sendo portanto um tipo de distopia

38
Q

Aparelhos anatômicos componentes da estática pélvica

A

Aparelho de suspensão (ligamentos) e de sustentação (assoalho pélvico)

39
Q

Componentes do aparelho de suspensão pélvico

A

6 feixes ligamentares (retinaculo periuterino de Martin):

  • 2 Feixes anteriores: ligamentos pubovesicuterinos
  • 2 feixes laterais: ligamentos cardinais ou paramétrios laterais
  • 2 feixes posteriores: ligamentos uterossacros
40
Q

Componentes do aparelho de sustentação pélvico

A

Músculos do períneo (assoalho pélvico)

  • Diafragma pélvico: músculo elevador do ânus (partes: puborretal, pubococcígea e iliococcígea) e músculo isquiococcígeo
  • Diafragma urogenital: músculos transversos profundo e superficial do períneo, esfíncter uretral externo, esfíncter anal, músculos isquiocavernosos e bulbocavernosos
  • Fáscia endopélvica: 2 folhetos
41
Q

Fatores etiológico dos prolapsos genitais

A
  • Multiparidade
  • Alterações hormonais
  • Anomalias congênitas: espinha bífida…
  • Obesidade
  • Aumento crônico da PIA: DPOC, constipação, retro e medioversão uterinos
  • Antecedentes obstétricos de parto complicado
  • Defeitos qualitativos do colágeno
  • Alterações neurológicas
42
Q

Classificações dos prolapsos dos órgãos genitais

A

Em relação ao introito vaginal:

  • Da FEBRASGO (3 graus)
  • Da ICS - POPQ
De acordo com o compartimento genital:
Compartimento anterior (ou prolapso de parede vaginal anterior): cistocele, uretrocele ou cistouretrocele/ Compartimento apical: prolapso uterino (uterocele), de fórnice posterior (enterocele) ou de cúpula/ Compartimento posterior: retocele
43
Q

Pontos de referência da classificação POPQ

A

Ver no caderno

44
Q

Tratamento do prolapso de parede vaginal anterior

A
  • Se defeito central ou de distensão: colporrafia anterior

- Se defeito lateral ou de deslocamento: reinserção da fáscia pubovesicouterina ao arco tendíneo da fáscia endopélvica

45
Q

Tratamento da enterocele

A
  • Culdoplastia de McCall: via vaginal

- Moschowitz: via abdominal

46
Q

Tratamento do prolapso uterino (uterocele)

A
  • Se completamente assintomáticas: não precisa
  • Se sintomáticas: cirurgia - histerectomia vaginal (estádios III e IV) ou de Manchester (estádios I e II)
  • Se risco cirúrgico elevado, pode tentar conservador com exercícios ou cirurgia de Le Fort (colpocleise)
47
Q

Tratamento do prolapso de cúpula vaginal/eritrocele

A

Sacrocolpoplexia: fixação da cúpula ao promontório do sacro.
Pode ser fixada também no ligamento sacroespinhoso
Colpocleise

48
Q

Tratamento do prolapso de parede vaginal posterior

A
  • Colporrafia posterior

- Colpoperineoplastia: se rotura do corpo perineal