stah cap. 1, 2 e 3 Flashcards

1
Q

O que marcou o início da psicofarmacologia moderna?

A

O avanço no entendimento de como os neurônios se comunicam.

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2
Q

Qual é o principal objetivo dos medicamentos psiquiátricos?

A

Modular neurotransmissores ou estruturas envolvidas na neurotransmissão.

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3
Q

Como os medicamentos psiquiátricos influenciam o comportamento?

A

Ao alterar a comunicação química entre neurônios, modificam circuitos cerebrais e sintomas.

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4
Q

Por que a compreensão da neurotransmissão é crucial na psiquiatria?

A

Porque distúrbios mentais envolvem desequilíbrios nos sistemas de neurotransmissores.

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5
Q

Qual é a base do efeito dos psicofármacos?

A

A modulação da liberação, receptação, degradação ou receptores de neurotransmissores.

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6
Q

Quais são os dois principais enfoques na análise do cérebro e da neurotransmissão?

A

O enfoque anatômico e o enfoque químico.

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7
Q

O que representa o enfoque anatômico?

A

O cérebro é visto como uma rede de conexões físicas (“fios”) entre neurônios.

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8
Q

Qual é a natureza das conexões sinápticas no enfoque anatômico?

A

São especializadas em transmitir impulsos elétricos entre neurônios.

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9
Q

Como os neurônios são vistos nesse modelo anatômico?

A

Como unidades que originam e recebem sinais elétricos por meio de sinapses.

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10
Q

Como o enfoque anatômico contribui para o entendimento da função cerebral?

A

Permite mapear circuitos e entender trajetórias de sinais neurais.

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11
Q

O que representa o enfoque químico?

A

O cérebro é compreendido como uma “sopa química” de neurotransmissores.

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12
Q

O que são neurotransmissores, no enfoque químico?

A

Substâncias químicas liberadas por neurônios para se comunicarem entre si.

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13
Q

Qual a principal característica da neurotransmissão de volume?

A

O neurotransmissor se difunde para além da sinapse tradicional, alcançando receptores distantes.

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14
Q

A neurotransmissão química exige sempre contato sináptico direto?

A

Não. Pode ocorrer também por difusão em larga escala, como na neurotransmissão de volume.

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15
Q

O que são receptores compatíveis na neurotransmissão de volume?

A

Receptores que reconhecem e respondem aos neurotransmissores mesmo fora da sinapse.

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16
Q

O que marcou o início da psicofarmacologia moderna?

A

O avanço na compreensão da comunicação entre neurônios.

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17
Q

Qual o foco principal dos medicamentos psiquiátricos?

A

Modulação de neurotransmissores e estruturas da neurotransmissão.

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18
Q

Qual o objetivo final dos psicofármacos?

A

Aliviar sintomas de transtornos mentais por meio da alteração da química cerebral.

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19
Q

Como os psicofármacos influenciam o comportamento?

A

Ao alterar a neurotransmissão, modificam a atividade dos circuitos neurais.

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20
Q

O que é essencial para entender os efeitos dos psicofármacos?

A

Compreender como os neurônios se comunicam química e eletricamente.

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21
Q

Quais são os dois principais enfoques no estudo do cérebro?

A

Enfoque anatômico e enfoque químico.

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22
Q

O que propõe o enfoque anatômico?

A

O cérebro funciona como uma rede de “fios”, com conexões sinápticas entre neurônios.

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23
Q

Como os neurônios se comunicam segundo o enfoque anatômico?

A

Por sinais elétricos conduzidos por conexões sinápticas específicas.

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24
Q

O que são sinapses no enfoque anatômico?

A

Estruturas de conexão entre neurônios por onde o impulso elétrico é transmitido.

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25
Qual analogia é usada para descrever o enfoque anatômico?
"Fiação cerebral" — os neurônios como pontos conectados por impulsos elétricos.
26
O que propõe o enfoque químico do cérebro?
O cérebro é visto como uma “sopa química” com neurotransmissores circulando.
27
Qual é a função dos neurotransmissores no enfoque químico?
Permitir a comunicação entre neurônios ao se ligarem a receptores específicos.
28
A comunicação entre neurônios é puramente elétrica?
Não. Ela é essencialmente química, com base nos neurotransmissores.
29
Onde ocorre a comunicação química entre neurônios?
Nas sinapses e também em regiões extrassinápticas, por difusão de neurotransmissores.
30
O que é neurotransmissão de volume?
Liberação de neurotransmissores fora da sinapse, com difusão a distâncias maiores.
31
Qual a principal diferença entre sinapse convencional e neurotransmissão de volume?
A primeira é localizada; a segunda é difusa e não requer contato físico direto.
32
O que determina se o sinal químico será reconhecido?
A presença de receptores compatíveis nos neurônios vizinhos.
33
Por que o enfoque químico é relevante para a psicofarmacologia?
Porque a maioria dos psicofármacos age em receptores, enzimas ou transportadores relacionados aos neurotransmissores.
34
Neurotransmissores atuam apenas na célula-alvo?
Não. Podem alcançar várias células, dependendo do tipo de liberação.
35
Qual a vantagem da visão em “sopa química” do cérebro?
Permite entender a atuação difusa de substâncias psicoativas e neurotransmissores.
36
Qual é a importância clínica da neurotransmissão de volume?
Explica efeitos de fármacos em regiões sem sinapses diretas e ações difusas de neuromoduladores.
37
A anatomia é suficiente para explicar o funcionamento cerebral?
Não. É preciso compreender também os aspectos bioquímicos e difusos.
38
Por que o enfoque anatômico é importante mesmo com a química envolvida?
Porque define trajetórias, origem e destino dos sinais elétricos e químicos.
39
Como os dois enfoques (anatômico e químico) se complementam?
A anatomia mostra os caminhos; a química mostra como a comunicação acontece.
40
Por que é essencial integrar os dois enfoques na prática clínica?
Porque os sintomas psiquiátricos e os efeitos dos medicamentos envolvem tanto conexões físicas quanto sinalizações químicas difusas.
41
Quais são os três principais componentes anatômicos do neurônio?
Soma (corpo celular), dendritos e axônio.
42
O que é o soma do neurônio?
É o corpo celular, onde se localizam o núcleo e a maior parte das organelas.
43
Qual é a função dos dendritos?
Receber sinais de outros neurônios.
44
O que são espinhas dendríticas?
Prolongamentos que aumentam a superfície de contato dos dendritos com outras células.
45
Qual é a função do axônio?
Conduzir impulsos elétricos (potenciais de ação) para outras células.
46
O que são colaterais axonais?
Ramificações do axônio que ampliam sua área de contato com outros neurônios.
47
O que são terminações pré-sinápticas (ou boutons sinápticos)?
Extremidades do axônio onde ocorre a liberação de neurotransmissores.
48
O que são sinapses axodendríticas?
Sinapses entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro.
49
O que são sinapses axossomáticas?
Sinapses entre o axônio de um neurônio e o soma (corpo celular) de outro neurônio.
50
O que são sinapses axoaxônicas?
Conexões entre o axônio de um neurônio e o axônio de outro neurônio.
51
Qual a principal função das sinapses axoaxônicas?
Regular a liberação de neurotransmissores pelo neurônio pós-sináptico.
52
Qual é o sentido predominante da comunicação sináptica?
Sentido anterógrado: do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico.
53
Onde estão localizadas as vesículas com neurotransmissores?
No terminal axônico do neurônio pré-sináptico.
54
O que acontece com os neurotransmissores após a liberação?
Eles atravessam a fenda sináptica e se ligam a receptores no neurônio pós-sináptico.
55
O que define a especificidade da resposta sináptica?
A compatibilidade entre o neurotransmissor e seus receptores no neurônio pós-sináptico.
56
O que é a fenda sináptica?
Espaço entre o terminal pré-sináptico e a membrana do neurônio pós-sináptico.
57
A comunicação sináptica depende apenas da presença de neurotransmissores?
Não. Depende também da presença de receptores adequados no neurônio-alvo.
58
O que acontece se não houver receptores compatíveis na membrana pós-sináptica?
O neurotransmissor não terá efeito funcional.
59
Por que o estudo dos tipos de sinapse é relevante na psicofarmacologia?
Porque a ação dos fármacos depende do local e do tipo de sinapse onde atuam.
60
Qual sinapse tende a gerar maior impacto funcional imediato?
Sinapses axossomáticas — por atuarem diretamente no soma do neurônio.
61
Sinapses axoaxônicas têm efeito direto no potencial de ação?
Não, mas modulam a liberação de neurotransmissores — efeito regulador.
62
O que torna uma sinapse eficiente?
A proximidade física, número de receptores, presença de enzimas e estrutura da fenda sináptica.
63
Por que a estrutura sináptica é relevante?
Porque determina a eficiência e a velocidade da comunicação neural.
64
A direção da sinapse é sempre fixa?
Geralmente é anterógrada, mas há exceções como a neurotransmissão retrógrada.
65
O que diferencia o elemento pré-sináptico do pós-sináptico?
O pré contém as vesículas com neurotransmissores; o pós contém os receptores que os reconhecem.
66
O que simboliza a metáfora dos “cabos elétricos” no cérebro?
A condução de impulsos elétricos pelos axônios, conectando neurônios em redes complexas.
67
Aproximadamente quantos neurônios existem no encéfalo humano?
Dezenas de bilhões (aproximadamente 86 bilhões).
68
Qual é a estimativa de sinapses no cérebro humano?
Trilhões de sinapses (10¹⁴ a 10¹⁵).
69
Por que o cérebro também é comparado a uma "sopa química"?
Porque neurotransmissores podem se difundir amplamente, influenciando neurônios além das conexões sinápticas diretas.
70
O que é neurotransmissão de volume?
É a difusão de neurotransmissores para receptores distantes sem conexão anatômica direta.
71
Como a falha em uma rede neural específica pode se manifestar clinicamente?
Pode gerar sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade ou psicose.
72
Dê um exemplo clínico de hiperatividade em circuitos neurais.
Hiperatividade dopaminérgica mesolímbica, levando a sintomas psicóticos na esquizofrenia.
73
Por que medicamentos podem melhorar ou piorar sintomas psiquiátricos?
Porque afetam tanto a estrutura anatômica (redes neurais) quanto a química cerebral (liberação e receptores de neurotransmissores).
74
O que liga o enfoque elétrico ao enfoque químico da neurotransmissão?
O acoplamento excitação-secreção: impulsos elétricos induzem a liberação química de neurotransmissores.
75
Quais canais iônicos são cruciais no acoplamento excitação-secreção?
Canais de sódio (VSSC) e cálcio (VSCC) dependentes de voltagem.
76
O que provoca a entrada de cálcio no terminal pré-sináptico?
A despolarização causada pelo potencial de ação.
77
Qual a consequência imediata da entrada de cálcio na terminação pré-sináptica?
Vesículas sinápticas se fundem com a membrana e liberam neurotransmissores.
78
Após liberação, onde o neurotransmissor atua diretamente?
Nos receptores específicos localizados no neurônio pós-sináptico.
79
Cite dois exemplos de receptores pós-sinápticos rápidos.
AMPA (glutamato) e GABA-A (GABA).
80
Como ocorre a conversão do sinal químico em sinal elétrico novamente?
Por meio da abertura de canais iônicos ligandodependentes no neurônio pós-sináptico, gerando potenciais elétricos locais.
81
Qual o principal benefício da neurotransmissão de volume no córtex pré-frontal?
Permitir maior duração e amplitude dos efeitos da dopamina, devido à baixa recaptação nessa região.
82
Quais neurotransmissores têm autorreceptores somatodendríticos?
Serotonina, dopamina e noradrenalina.
83
Qual a função dos autorreceptores somatodendríticos?
Regular negativamente o disparo do próprio neurônio, diminuindo a liberação distal de neurotransmissores.
84
Por que antidepressivos levam semanas para produzir efeito clínico pleno?
Por causa da lenta adaptação e desensibilização dos autorreceptores somatodendríticos e ajustes pós-sinápticos subsequentes.
85
Qual é a diferença funcional entre sinapses axossomáticas e axodendríticas?
Axossomáticas influenciam diretamente o potencial de disparo, enquanto axodendríticas têm influência mais indireta.
86
Qual conceito explica comunicação química neuronal sem contato anatômico direto?
Comunicação por neurotransmissão de volume, semelhante à telefonia celular, onde moléculas difusas são captadas por receptores extrassinápticos.
87
Como drogas psicoativas exploram a "sopa química"?
Imitando, bloqueando ou modulando a ação dos neurotransmissores endógenos no espaço extracelular.
88
Como a neuroimagem funcional está relacionada ao conceito dos "cabos"?
Exames como fMRI e PET podem revelar padrões de ativação/inibição ligados a alterações nas redes neurais.
89
Qual o papel da genética na formação das conexões neurais ("cabos")?
Polimorfismos genéticos influenciam o crescimento axonal, formação e eficiência das sinapses, predispondo a certos transtornos psiquiátricos.
90
Resuma a interação entre os enfoques anatômico e químico na função cerebral.
O enfoque anatômico define a estrutura física das redes neuronais, enquanto o enfoque químico modula a atividade dessas redes através dos neurotransmissores, resultando no comportamento e suas alterações.
91
O que é o acoplamento excitação-secreção?
Processo que converte um potencial de ação elétrico em liberação química de neurotransmissores.
92
O que inicia o acoplamento excitação-secreção?
A chegada do impulso elétrico ao terminal axônico pré-sináptico.
93
Quais canais se abrem com a chegada do potencial de ação?
Canais de sódio (VSSC) e de cálcio (VSCC), ambos sensíveis à voltagem.
94
O que acontece com o sódio durante o impulso?
Ele entra na célula pré-sináptica, propagando a despolarização ao longo do axônio.
95
Qual é a função do cálcio no terminal axônico?
Sua entrada induz a fusão das vesículas sinápticas com a membrana, promovendo exocitose.
96
O que é exocitose na sinapse?
É a liberação dos neurotransmissores para a fenda sináptica por meio da fusão das vesículas com a membrana.
97
O que há dentro das vesículas sinápticas?
Neurotransmissores como serotonina, dopamina, glutamato, entre outros.
98
O que acontece com os neurotransmissores após a liberação?
Eles atravessam a fenda sináptica por difusão e se ligam aos receptores no neurônio pós-sináptico.
99
Como o neurônio pós-sináptico responde ao neurotransmissor?
Através da ativação de receptores que abrem canais iônicos ou iniciam cascatas de segundos mensageiros.
100
O que é a transdução de sinais na sinapse?
A conversão de um estímulo elétrico em um evento químico e novamente em resposta elétrica ou bioquímica.
101
Como um sinal químico pode voltar a ser elétrico?
Pela abertura de canais iônicos no neurônio pós-sináptico que geram despolarização ou hiperpolarização.
102
Qual a importância da velocidade do processo de excitação-secreção?
Permite a comunicação rápida e sincronizada entre bilhões de neurônios.
103
Em quanto tempo ocorre a liberação de neurotransmissores após o estímulo elétrico?
Em milissegundos.
104
O que torna esse processo relevante para psicofármacos?
Muitos psicofármacos interferem diretamente nessa sequência (ex: bloqueio de canais de sódio).
105
Cite um exemplo de fármaco que atua bloqueando canais de sódio.
Carbamazepina ou lamotrigina.
106
Cite um exemplo de fármaco que modula canais de cálcio.
Pregabalina.
107
Além da abertura de canais, o que pode acontecer na resposta pós-sináptica?
Ativação de cascatas intracelulares que modificam a função da célula.
108
A liberação de neurotransmissores é sempre sináptica?
Não. Pode ocorrer também na transmissão de volume, atingindo receptores distantes.
109
O que caracteriza a neurotransmissão de volume nesse contexto?
Neurotransmissores liberados difundem-se além da sinapse e agem em receptores extrassinápticos.
110
Qual o papel das mitocôndrias no terminal pré-sináptico?
Fornecer energia para a exocitose e síntese de neurotransmissores.
111
O que pode modular a eficácia do acoplamento excitação-secreção?
A quantidade de cálcio disponível, o número de vesículas prontas e a presença de proteínas reguladoras.
112
Como o processo contribui para a seletividade farmacológica?
Cada etapa pode ser alvo de fármacos específicos que modulam seletivamente a neurotransmissão.
113
O que define se a resposta será excitatória ou inibitória?
O tipo de neurotransmissor liberado e o receptor ativado no neurônio pós-sináptico.
114
O que representa o termo "mensagem químico-elétrica"?
A reconversão do sinal químico em resposta elétrica no neurônio pós-sináptico.
115
Qual é o impacto clínico de falhas nesse processo?
Pode gerar sintomas como convulsões, depressão, ansiedade, entre outros transtornos neuropsiquiátricos.
116
Quais são os seis principais neurotransmissores relevantes para a psicofarmacologia?
Serotonina (5-HT), noradrenalina (NA), dopamina (DA), acetilcolina (ACh), glutamato e GABA.
117
O que torna esses neurotransmissores clinicamente importantes?
São alvos diretos de psicofármacos como antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores e ansiolíticos.
118
Que papel a serotonina exerce na regulação emocional?
Regula humor, sono, apetite, impulsividade e ansiedade.
119
Por que a noradrenalina é relevante na depressão?
Porque sua deficiência funcional pode levar a fadiga, desatenção e humor deprimido.
120
Quais são os efeitos centrais da dopamina?
Controle de recompensa, motivação, cognição, movimento e afeto.
121
Em que transtorno a dopamina está frequentemente hiperativa?
Esquizofrenia (especialmente na via mesolímbica).
122
Qual neurotransmissor está relacionado ao aprendizado e memória, sendo afetado em demências?
Acetilcolina (ACh).
123
O glutamato é um neurotransmissor excitatório ou inibitório?
Excitatório. É o principal excitador do SNC.
124
Qual neurotransmissor é o principal inibitório do SNC?
GABA (ácido gama-aminobutírico).
125
Qual o papel do GABA na ansiedade?
Ele exerce efeito calmante e é alvo de benzodiazepínicos e anticonvulsivantes.
126
A histamina tem importância na psicofarmacologia?
Sim, mas é menos abordada — está associada à vigília e efeitos sedativos colaterais.
127
Quais outros tipos de transmissores são relevantes, embora menos abordados?
Peptídeos, hormônios, endocanabinoides, gases (como óxido nítrico).
128
O que é a “farmacopeia de Deus” no contexto neuroquímico?
Refere-se às substâncias produzidas naturalmente pelo cérebro com ação semelhante a drogas exógenas.
129
Dê exemplo de neurotransmissor endógeno com efeito semelhante a opioides.
β-endorfina.
130
Qual substância endógena imita os efeitos da maconha?
Endocanabinoides.
131
O que são substâncias semelhantes a benzodiazepínicos no cérebro?
São compostos endógenos que modulam o receptor GABA-A de forma semelhante aos benzos.
132
O que é curioso na descoberta de certos neurotransmissores?
Em muitos casos, o fármaco exógeno foi descoberto antes da substância natural (ex: morfina antes da β-endorfina).
133
Por que isso é clinicamente relevante?
Demonstra que o cérebro possui mecanismos internos para regular dor, humor, alerta, e esses sistemas podem ser ativados ou inibidos por fármacos.
134
O que os endocanabinoides fazem além de regular humor?
Modulam dor, apetite, memória e resposta ao estresse.
135
Por que os psicofármacos que agem sobre esses neurotransmissores são chamados de “moduladores”?
Porque não criam novas substâncias, mas regulam a liberação, ação ou recaptura das já existentes.
136
Quais fármacos modulam a serotonina?
ISRSs, IRSNs, antidepressivos tricíclicos, entre outros.
137
Quais medicamentos modulam a dopamina?
Antipsicóticos, estimulantes, bupropiona, agonistas dopaminérgicos.
138
O que significa dizer que um neurotransmissor é “alvo farmacológico”?
Que ele pode ser modulado diretamente ou indiretamente por medicamentos para influenciar sintomas.
139
Qual a importância de compreender a origem natural dessas substâncias?
Permite entender que os efeitos desejados ou adversos dos fármacos reproduzem ou bloqueiam funções já existentes no cérebro.
140
Por que os neurotransmissores naturais são chamados de “drogas internas”?
Porque têm efeitos semelhantes a substâncias psicoativas externas, mas fazem parte da bioquímica cerebral normal.
141
O que é a neurotransmissão clássica?
É a transmissão anterógrada, onde o neurônio pré-sináptico libera neurotransmissores que se ligam a receptores do neurônio pós-sináptico.
142
A direção da neurotransmissão clássica é unidirecional ou bidirecional?
Unidirecional: vai do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico.
143
Qual é a sequência funcional da neurotransmissão clássica?
Axônio → fenda sináptica → receptor pós-sináptico.
144
Dê um exemplo de neurotransmissão clássica.
Liberação de serotonina, dopamina ou glutamato numa sinapse axodendrítica.
145
O que é neurotransmissão retrógrada?
É quando o neurônio pós-sináptico libera substâncias que retornam ao neurônio pré-sináptico, regulando sua atividade.
146
Cite exemplos de mensageiros retrógrados.
Endocanabinoides, óxido nítrico (NO) e fatores neurotróficos (ex.: NGF).
147
Como atuam os endocanabinoides na neurotransmissão retrógrada?
São liberados pelo neurônio pós-sináptico e atuam sobre receptores CB1 no terminal pré-sináptico.
148
Qual o efeito da ativação de receptores CB1 pré-sinápticos?
Reduz a liberação de neurotransmissores pelo terminal pré-sináptico.
149
O que é o óxido nítrico (NO) em neurociência?
Um gás que atua como mensageiro retrógrado, atravessando membranas e modulando enzimas como a guanilato ciclase (produz cGMP).
150
O que são fatores neurotróficos e como atuam na neurotransmissão retrógrada?
Moléculas como NGF ou BDNF que são captadas pelo terminal pré e transportadas até o núcleo, modulando expressão gênica.
151
O que é neurotransmissão de volume?
É a difusão de neurotransmissores além da fenda sináptica, alcançando receptores distantes, sem sinapse direta.
152
Como a neurotransmissão de volume se diferencia da clássica?
Na clássica há contato físico e recaptação localizada; na de volume o neurotransmissor se espalha livremente e atua em receptores extrasinápticos.
153
Qual analogia descreve a neurotransmissão de volume?
Telefonia celular — a mensagem atinge qualquer receptor compatível dentro do “raio de difusão”.
154
Qual neurotransmissor frequentemente atua por volume no córtex pré-frontal?
Dopamina — devido à escassez de transportadores DAT na região.
155
Por que a dopamina tem efeito duradouro no córtex pré-frontal?
Pela baixa recaptação, permitindo transbordamento e ativação de receptores próximos.
156
O que são autorreceptores somatodendríticos?
Receptores localizados no soma ou dendritos do próprio neurônio, que regulam negativamente sua liberação sináptica.
157
Como atuam os autorreceptores no controle da liberação de neurotransmissores?
Inibem disparos elétricos e reduzem a liberação sináptica na extremidade axonal.
158
Qual a relevância dos autorreceptores para a ação dos antidepressivos?
A desativação progressiva dos autorreceptores é necessária para que o antidepressivo tenha efeito pleno.
159
A neurotransmissão de volume ocorre apenas com monoaminas?
Não. Pode ocorrer com vários tipos de neurotransmissores e neuromoduladores.
160
O que permite que o neurotransmissor atue além da sinapse na transmissão de volume?
A ausência de recaptação rápida e a presença de receptores extrasinápticos compatíveis.
161
Em que local do neurônio ocorrem liberação e ação de mensageiros retrógrados?
Soma e dendritos — ao contrário da sinapse tradicional que ocorre no terminal axonal.
162
Qual o efeito comportamental da neurotransmissão de volume?
Modulação generalizada de humor, atenção, vigília e estados emocionais amplos.
163
Por que a compreensão desses tipos de neurotransmissão é essencial na psicofarmacologia?
Porque muitos psicofármacos atuam modulando não só sinapses diretas, mas também comunicação retrógrada e de volume.
164
Que tipo de receptor é mais comum na transmissão de volume?
Receptores metabotrópicos (acoplados a proteína G) extrasinápticos.
165
Como a transmissão de volume e a clássica podem coexistir?
Um mesmo neurônio pode usar sinapses locais para comunicação rápida e difusão química para sinalização ampla simultaneamente.
166
O que são elementos pré-sinápticos?
Estruturas do neurônio que participam da liberação de neurotransmissores na sinapse.
167
O que contêm as vesículas sinápticas no terminal pré-sináptico?
Neurotransmissores como serotonina, dopamina, glutamato, GABA, entre outros.
168
Qual é a função das mitocôndrias na terminação pré-sináptica?
Fornecer energia para processos como síntese e liberação de neurotransmissores (exocitose).
169
O que é o terminal axônico especializado?
Parte final do axônio que se despolariza e promove liberação de neurotransmissores.
170
O que ocorre no terminal axônico quando o potencial de ação chega?
Abertura de canais de cálcio, fusão vesicular e liberação de neurotransmissores na fenda sináptica.
171
O que é a fenda sináptica?
Espaço entre os neurônios pré e pós-sinápticos onde ocorre a difusão do neurotransmissor.
172
Que elementos compõem a fenda sináptica além do neurotransmissor?
Proteínas estruturais, glicoproteínas e “cola sináptica” que estabilizam a sinapse.
173
Como os neurotransmissores atravessam a fenda sináptica?
Por difusão passiva.
174
Qual a função da cola sináptica?
Manter a proximidade funcional entre os neurônios e garantir a precisão da comunicação.
175
O que define a especificidade da sinapse?
A compatibilidade entre o neurotransmissor e seus receptores na membrana pós-sináptica.
176
O que são elementos pós-sinápticos?
Estruturas do neurônio receptor que interpretam e respondem ao neurotransmissor.
177
O que são receptores pós-sinápticos?
Proteínas especializadas que reconhecem neurotransmissores específicos e desencadeiam respostas celulares.
178
Quais tipos de receptores existem no pós-sináptico?
Ionotrópicos (canais iônicos) e metabotrópicos (acoplados a proteína G).
179
O que acontece quando um receptor ionotrópico é ativado?
Abre um canal iônico que altera o potencial de membrana, podendo gerar despolarização ou hiperpolarização.
180
Qual é a consequência de uma despolarização gerada por um receptor?
Pode desencadear um novo potencial de ação no neurônio pós-sináptico.
181
O que são enzimas associadas aos elementos pós-sinápticos?
Enzimas que degradam neurotransmissores ou modulam a resposta celular (ex: acetilcolinesterase).
182
Qual a função da acetilcolinesterase?
Degradar a acetilcolina rapidamente na fenda sináptica.
183
O que significa a fosforilação de receptores?
Modificação química que altera sua sensibilidade ou atividade, geralmente por ação de quinases.
184
O que são canais iônicos regulados por ligante?
Canais que se abrem somente após ligação de um neurotransmissor específico.
185
Qual a função dos canais iônicos regulados por ligantes no pós-sináptico?
Alterar o potencial da membrana e gerar sinais elétricos locais.
186
O que determina se a resposta será excitatória ou inibitória?
O tipo de receptor ativado e os íons que entram ou saem da célula.
187
Por que os receptores metabotrópicos têm efeito mais lento?
Porque ativam cascatas intracelulares em vez de atuarem diretamente sobre canais.
188
Qual a importância clínica de conhecer esses detalhes sinápticos?
Permite entender como psicofármacos atuam sobre diferentes alvos (receptores, enzimas, canais).
189
Dê um exemplo de psicofármaco que atua em enzima sináptica.
Inibidores da acetilcolinesterase, usados no tratamento de Alzheimer.
190
Como a estrutura sináptica influencia a eficácia da comunicação neural?
Quanto mais organizada e estável a sinapse, mais eficiente e precisa será a transmissão de informações.
191
Qual é a principal base neuroquímica da depressão, segundo as teorias clássicas?
Deficiência funcional de serotonina, noradrenalina e dopamina em circuitos específicos.
192
Qual via dopaminérgica está frequentemente hiperativa na esquizofrenia?
A via mesolímbica.
193
Além da dopamina, quais outros sistemas podem estar alterados na esquizofrenia?
Glutamato e GABA.
194
Que neurotransmissores estão envolvidos nos transtornos de ansiedade?
Serotonina, GABA e noradrenalina.
195
Que neurotransmissor está relacionado à cognição e memória e é afetado na doença de Alzheimer?
Acetilcolina.
196
A perda de qual sistema dopaminérgico está envolvida no Parkinson?
A via nigroestriatal.
197
Por que a abordagem psicofarmacológica muitas vezes exige múltiplos fármacos?
Devido à complexidade dos circuitos e à interação entre diferentes neurotransmissores.
198
Qual é um exemplo clínico de uso combinado de fármacos?
Antidepressivo + antipsicótico para depressão com sintomas psicóticos.
199
Como a combinação de fármacos melhora o tratamento psiquiátrico?
Alvo múltiplo → maior eficácia e alcance em diferentes vias e sintomas.
200
O que a neuroimagem funcional permite observar?
Áreas cerebrais hiperativas ou hipoativas correlacionadas a alterações de neurotransmissão.
201
Quais exames são exemplos de neuroimagem funcional?
PET (tomografia por emissão de pósitrons) e fMRI (ressonância magnética funcional).
202
Como a neuroimagem auxilia na psiquiatria?
Ajuda a entender as bases biológicas dos sintomas e monitorar resposta ao tratamento.
203
Qual o papel da genética na psicofarmacologia?
Explica a suscetibilidade a transtornos e a variabilidade na resposta a medicamentos.
204
O que é epigenética, e qual sua relevância clínica?
Regulação da expressão gênica sem mudança do DNA. Pode ser influenciada por ambiente e psicofármacos.
205
Um paciente pode ter mutações genéticas sem manifestar doença?
Sim — fatores epigenéticos e ambientais modulam a expressão desses genes.
206
O que são polimorfismos genéticos?
Variações na sequência do DNA que podem alterar a função de proteínas envolvidas na neurotransmissão.
207
Qual a importância dos testes genéticos na prática psiquiátrica?
Ajudam a escolher medicamentos com melhor eficácia e menor risco de efeitos adversos.
208
Por que uma mesma medicação pode funcionar bem para um paciente e mal para outro?
Diferenças genéticas e epigenéticas influenciam farmacocinética e farmacodinâmica.
209
Como a genética influencia o efeito dos antidepressivos?
Polimorfismos no gene do transportador de serotonina (SERT) afetam resposta a ISRSs.
210
Que papel as enzimas metabolizadoras (como CYP450) têm na psicofarmacologia?
Determinam a velocidade com que o paciente metaboliza os medicamentos — influenciando dose, eficácia e efeitos colaterais.
211
A farmacogenética pode prever todos os efeitos adversos?
Não. Ela orienta riscos, mas não substitui a avaliação clínica.
212
Qual é a base neurobiológica da resposta à psicoterapia?
Modificação da neurotransmissão e da expressão gênica em circuitos ligados à cognição e emoção.
213
A psicoterapia pode gerar mudanças cerebrais observáveis?
Sim — pode modificar padrões de ativação cerebral e expressão gênica.
214
Por que integrar psicofarmacologia, psicoterapia e genética?
Para uma abordagem mais eficaz, personalizada e duradoura.
215
Qual é o objetivo da medicina de precisão na psiquiatria?
Oferecer tratamentos baseados no perfil biológico e genético individual do paciente.
216
O que são cascatas de transdução de sinais?
Sequência de eventos intracelulares iniciados por um neurotransmissor que leva à ativação de respostas celulares ou alteração da expressão gênica.
217
Qual é o primeiro mensageiro?
O neurotransmissor (ex: dopamina, serotonina, acetilcolina).
218
O que é o segundo mensageiro?
Molécula intracelular ativada após a ligação do primeiro mensageiro ao receptor (ex: cAMP, cálcio).
219
Qual a função do segundo mensageiro?
Ampliar e propagar o sinal químico recebido na superfície da célula para o interior.
220
O que são terceiros mensageiros?
Enzimas ativadas pelo segundo mensageiro, como quinases e fosfatases.
221
O que fazem as quinases?
Fosforilam proteínas, ativando ou inativando funções celulares.
222
E o que fazem as fosfatases?
Removem grupos fosfato das proteínas, revertendo a ação das quinases.
223
O que são quartos mensageiros?
Proteínas fosforiladas (fosfoproteínas) que modulam canais iônicos, enzimas e receptores.
224
O que é o quinto mensageiro?
Produto da ativação de genes precoces imediatos (ex: proteínas cFos, cJun).
225
Como surge o sexto mensageiro?
Pela formação de complexos (ex: Fos + Jun) que atuam como novos fatores de transcrição.
226
Qual é o sétimo mensageiro?
Proteína produto de um gene tardio, que gera efeitos duradouros no neurônio.
227
Qual o tempo de resposta dos primeiros e segundos mensageiros?
Segundos a minutos.
228
E o tempo de resposta dos mensageiros genômicos (quinto a sétimo)?
Horas a dias — podem durar semanas.
229
Como os sistemas acoplados à proteína G atuam?
Ativam adenilato ciclase, gerando cAMP como segundo mensageiro.
230
O que a proteína G faz após ativação do receptor?
Altera sua conformação e ativa enzimas que produzem segundos mensageiros.
231
Dê um exemplo de sistema ligado a canal iônico.
Entrada de cálcio (Ca²⁺) em canais dependentes de voltagem ou receptores NMDA.
232
O cálcio pode funcionar como segundo mensageiro?
Sim — atua diretamente sobre enzimas como a calmodulina quinase ou fosfatases como a calcineurina.
233
Qual é a via clássica das neurotrofinas (ex: BDNF)?
Ativação sequencial de Ras → Raf → MEK → ERK → ativação de fatores de transcrição.
234
Qual fator de transcrição é ativado por cAMP?
CREB (cAMP Response Element-Binding Protein).
235
O que o CREB faz quando é fosforilado?
Liga-se ao DNA e inicia a transcrição de genes específicos.
236
O que são genes precoces imediatos?
Genes ativados rapidamente, como cFos e cJun, que preparam a célula para responder a estímulos.
237
Qual a função dos genes tardios?
Produzir proteínas funcionais como receptores, enzimas, canais iônicos ou fatores de crescimento.
238
Como a desfosforilação atua na regulação celular?
Inativa proteínas previamente ativadas, equilibrando a atividade intracelular.
239
Por que essas cascatas são relevantes na psicofarmacologia?
Muitos psicofármacos atuam interferindo em algum ponto dessas cascatas, afetando a resposta neuronal e gênica.
240
Como a ativação gênica afeta o comportamento?
Modula plasticidade sináptica, aprendizagem, humor, memória e adaptação ao ambiente.
241
Qual é o objetivo final de muitas cascatas de sinalização intracelular?
Modificar a expressão gênica, ativando ou silenciando genes específicos.
242
O que é a região reguladora de um gene?
Parte do DNA onde se ligam os fatores de transcrição para iniciar a transcrição gênica.
243
O que é a região codificadora de um gene?
Segmento do DNA transcrito em mRNA e posteriormente traduzido em proteína.
244
Qual é o papel da RNA polimerase na expressão gênica?
Enzima que transcreve o DNA em RNA mensageiro, iniciando a produção proteica.
245
O que ativa a RNA polimerase?
Fatores de transcrição fosforilados ligados à região reguladora do DNA.
246
O que é CREB?
Um fator de transcrição ativado por fosforilação que regula genes sensíveis ao cAMP.
247
Como o CREB é ativado?
Por cascatas que envolvem cAMP, cálcio, ERK ou outras quinases.
248
O que acontece quando CREB fosforilado se liga ao DNA?
Ativa genes precoces imediatos como cFos e cJun.
249
O que são genes precoces imediatos?
Genes ativados em minutos após estímulo químico, como resposta inicial ao neurotransmissor.
250
Quais proteínas os genes cFos e cJun produzem?
Proteínas Fos e Jun, que se unem formando um complexo de transcrição.
251
O que é o “zíper de leucina”?
Complexo formado por Fos e Jun que se liga ao DNA e ativa genes tardios.
252
Qual é a função dos genes tardios?
Codificar proteínas estruturais, receptores, enzimas e fatores de crescimento que afetam a função e arquitetura do neurônio.
253
Quanto tempo dura a ativação dos genes precoces?
Geralmente de 15 a 60 minutos.
254
E a resposta dos genes tardios?
Pode durar muitas horas, dias ou até ser permanente.
255
Como essas alterações influenciam a neuroplasticidade?
Estimulam sinaptogênese, remodelamento sináptico, formação de proteínas sinápticas e receptores.
256
Qual a importância comportamental da expressão gênica modulada por neurotransmissores?
Afeta memória, aprendizado, humor, adaptação ao estresse e resposta a tratamento.
257
Como hormônios como estrogênio ou cortisol influenciam a expressão gênica?
Ligam-se a receptores citoplasmáticos que entram no núcleo e ativam elementos de resposta hormonal (HRE).
258
O que são fatores de crescimento (ex.: BDNF, NGF) no contexto de expressão gênica?
Atuam em cascatas de quinases que levam à ativação de fatores de transcrição no núcleo.
259
Como a cascata Ras → Raf → MEK → ERK está relacionada à expressão gênica?
É ativada por neurotrofinas e termina com fosforilação de fatores de transcrição nucleares.
260
O que acontece quando um gene é ativado?
A região codificadora é transcrita em mRNA e traduzida em proteína funcional.
261
Que tipos de proteínas podem ser produzidas por genes ativados?
Receptores, canais iônicos, proteínas do citoesqueleto, enzimas e moléculas de adesão.
262
Como a expressão gênica pode ser disfuncional em doenças mentais?
Mutação, falhas de sinalização ou alterações epigenéticas podem gerar expressão anormal de proteínas.
263
Como a psicoterapia pode influenciar expressão gênica?
Estímulos emocionais e cognitivos modificam padrões de atividade neural e, com o tempo, expressão de genes.
264
Qual é a importância da expressão gênica na ação de psicofármacos?
Muitos psicofármacos produzem efeitos duradouros ao alterar, indiretamente, a transcrição de genes.
265
Por que a cascata do neurotransmissor ao gene é um alvo terapêutico estratégico?
Porque regula plasticidade, adaptação e a estabilidade funcional do cérebro ao longo do tempo.
266
O que é epigenética?
É o estudo de modificações reversíveis que alteram a expressão gênica sem alterar a sequência do DNA.
267
Qual a principal função da epigenética no cérebro?
Regular quais genes serão ativados ou silenciados em resposta a estímulos internos ou externos.
268
O que é o epigenoma?
Conjunto de marcas químicas que regulam a leitura do DNA em diferentes tipos celulares.
269
Como a epigenética se diferencia da genética?
A genética define o código; a epigenética define como, quando e onde esse código será usado.
270
O que é metilação do DNA?
Adição de grupos metil (CH₃) ao DNA, geralmente silenciando a expressão de genes.
271
Onde ocorre comumente a metilação?
Nas regiões promotoras do gene, impedindo a ligação de fatores de transcrição.
272
O que é acetilação de histonas?
Adição de grupos acetil às histonas, o que relaxa a cromatina e facilita a transcrição gênica.
273
Qual é o efeito da desacetilação de histonas?
Repressão da transcrição — compacta a cromatina, bloqueando a leitura do gene.
274
O que é uma histona?
Proteína estrutural ao redor da qual o DNA se enrola, formando a cromatina.
275
O que são nucleossomos?
Unidades formadas por DNA + histonas; a organização básica da cromatina.
276
Como o estado da cromatina influencia a expressão gênica?
Cromatina aberta (eucromatina) facilita; compacta (heterocromatina) bloqueia.
277
Que enzimas adicionam grupos metil ao DNA?
DNA metiltransferases (DNMT).
278
O que fazem as histonas acetiltransferases (HATs)?
Promovem a acetilação das histonas, facilitando a transcrição gênica.
279
O que fazem as histonas desacetilases (HDACs)?
Removem acetil, silenciando a expressão gênica.
280
Qual nutriente está associado à metilação epigenética?
S-adenosil-metionina (SAMe), derivada do folato.
281
O que são comportas moleculares na epigenética?
Metáforas para estados da cromatina: abertas (ativação) ou fechadas (silenciamento).
282
Como a experiência de vida afeta o epigenoma?
Eventos como estresse, trauma, psicoterapia ou nutrição podem abrir ou fechar genes.
283
A epigenética é reversível?
Em muitos casos, sim — o que permite intervenções terapêuticas para “reabrir” genes.
284
O que é manutenção epigenética?
Preservação das marcas epigenéticas mesmo após divisões celulares — fundamental para identidade celular.
285
Qual enzima mantém o padrão de metilação após a replicação?
DNMT1 (DNA metiltransferase 1).
286
A epigenética muda em neurônios maduros?
Sim — experiências e estímulos podem modificar marcas epigenéticas mesmo em células não proliferativas.
287
Que consequências clínicas podem surgir de epigenética disfuncional?
Transtornos como esquizofrenia, ansiedade, depressão, adição e distúrbios neurodesenvolvimentais.
288
Psicoterapia pode modificar o epigenoma?
Sim — mudanças emocionais e cognitivas influenciam expressão gênica a longo prazo.
289
Fármacos podem atuar na epigenética?
Sim — como inibidores de HDAC, DNMT e outras enzimas reguladoras.
290
Por que a epigenética é considerada um elo entre ambiente e biologia?
Porque traduz estímulos ambientais em mudanças moleculares duradouras no cérebro.
291
O que é splicing alternativo?
Processo pelo qual um mesmo mRNA pode ser editado em diferentes versões, produzindo diversas proteínas a partir de um único gene.
292
Qual a importância do splicing alternativo no cérebro?
Aumenta a diversidade proteica a partir de um número limitado de genes — fundamental para funções cognitivas complexas.
293
O que é RNA de interferência (RNAi)?
Mecanismo pelo qual pequenos RNAs impedem a tradução de mRNAs específicos, regulando a expressão gênica.
294
Quais são os principais tipos de RNA regulatório?
miRNA (microRNA), siRNA (small interfering RNA) e shRNA (small hairpin RNA).
295
Qual o papel da enzima Dicer?
Corta o shRNA em pequenos fragmentos funcionais de RNA interferente.
296
O que é o complexo RISC?
Complexo proteico que se liga aos pequenos RNAs de interferência e conduz sua ação inibidora sobre mRNAs-alvo.
297
Qual a utilidade clínica potencial da tecnologia de RNAi?
Inibir genes patológicos, como na doença de Huntington ou certos cânceres.
298
A regulação por RNAi é reversível?
Sim — o RNA interferente apenas impede a tradução temporariamente, sem alterar o DNA.
299
O que é a comunicação DNA → DNA entre neurônios?
Troca indireta de instruções moleculares através da neurotransmissão e sinalização que altera a expressão gênica em ambos os lados da sinapse.
300
Qual é o “correio” entre genomas neuronais?
A cascata molecular ativada por neurotransmissores, segundos mensageiros e fatores de transcrição.
301
Como a neurotransmissão rápida gera efeito duradouro?
Ao ativar cascatas moleculares que culminam na expressão de genes reguladores de estrutura e função.
302
O que é a pós-sinalização ampliada no neurônio pós-sináptico?
Reações contínuas iniciadas por novos genes ativados que remodelam o neurônio receptor.
303
Quais são os “três correios” moleculares entre neurônios?
Via pré-sináptica (produção do neurotransmissor), via pós-sináptica inicial (ativação gênica) e via pós-sináptica ampliada (mudança estrutural e epigenética).
304
Como a regulação gênica afeta o comportamento?
Por modificar proteínas sinápticas, canais iônicos e receptores, alterando a função neural e o processamento emocional/cognitivo.
305
Qual é o papel das proteínas do citoesqueleto na neuroplasticidade?
Permitir remodelamento das espinhas dendríticas e manutenção de novas sinapses.
306
O que acontece com o neurônio após ativação gênica sustentada?
Pode ocorrer sinaptogênese, neurogênese, apoptose ou mudanças de eficiência da rede neural.
307
Como a epigenética se relaciona com o RNA regulatório?
RNAi atua sobre mRNAs; epigenética regula o acesso ao DNA — ambos controlam expressão gênica.
308
Como experiências de vida moldam o cérebro molecularmente?
Ao alterar marcas epigenéticas, modular microRNAs e ativar/inibir expressão de genes relacionados a estresse, aprendizagem e resiliência.
309
O que são genes precoces imediatos no contexto de RNA?
Genes que são rapidamente transcritos em mRNA e traduzidos em proteínas regulatórias após estímulo sináptico.
310
Como os fatores de transcrição ativam a RNA polimerase?
Ligando-se à região promotora do DNA, sinalizam o início da transcrição.
311
O que é um gene tardio?
Gene ativado tardiamente na cascata de sinalização, responsável por proteínas funcionais prolongadas.
312
Como os psicofármacos podem influenciar o RNA e a epigenética?
Induzindo ou reprimindo a expressão de certos genes via ação em segundos mensageiros e modificações de histonas/DNA.
313
Que desfechos clínicos podem resultar da disfunção nessa cascata?
Depressão, esquizofrenia, TEPT, abuso de substâncias, prejuízo cognitivo.
314
Como terapias psicossociais podem atuar nesses processos?
Reestruturando padrões neurais e epigenéticos, reequilibrando expressão gênica adaptativa.
315
O que define a plasticidade cerebral duradoura?
Integração entre neurotransmissão, cascatas moleculares, expressão gênica, epigenética e remodelação estrutural dos neurônios.
316
317
Quais são os quatro principais alvos moleculares dos psicofármacos?
Transportadores de neurotransmissores, receptores ligados à proteína G, enzimas e canais iônicos.
318
Qual proporção dos psicofármacos age sobre transportadores pré-sinápticos?
Cerca de 1/3.
319
Como os psicofármacos que atuam nos transportadores influenciam a neurotransmissão?
Eles bloqueiam a recaptação, prolongando a ação do neurotransmissor na fenda sináptica.
320
O que são os receptores ligados à proteína G?
Receptores com 7 regiões transmembranares que regulam segundos mensageiros como cAMP, IP3 e DAG.
321
Qual proporção dos psicofármacos atua em receptores G-protein acoplados?
Cerca de 1/3.
322
Quais neurotransmissores se ligam a receptores G-protein?
Dopamina, serotonina, noradrenalina, histamina, acetilcolina, entre outros.
323
Qual a proporção de psicofármacos que atua em enzimas?
Cerca de 10%.
324
Cite dois exemplos de enzimas-alvo dos psicofármacos.
MAO (monoamina oxidase) e AChE (acetilcolinesterase).
325
Qual o papel das enzimas na neurotransmissão?
Sintetizar ou degradar neurotransmissores, afetando sua concentração e disponibilidade.
326
Qual o papel dos canais iônicos como alvo farmacológico?
Modulam a excitabilidade neuronal e a liberação de neurotransmissores.
327
Quais tipos de transportadores existem na neurotransmissão?
Transportadores de membrana plasmática e transportadores vesiculares.
328
Quais são os principais transportadores de membrana plasmática?
SERT, NAT, DAT, GAT, GlyT e EAAT.
329
O que a família SLC6 inclui?
Transportadores de monoaminas (SERT, NAT, DAT), GABA (GAT) e glicina (GlyT).
330
O que a família SLC1 transporta?
Aminoácidos excitatórios como glutamato e aspartato (EAAT1-5).
331
Quais transportadores armazenam neurotransmissores em vesículas?
VMAT2, VAChT, VIAAT, vGluT.
332
Qual família gene codifica os transportadores vesiculares?
SLC18, SLC32 e SLC17.
333
Como os transportadores utilizam energia para funcionar?
Com o gradiente criado pela bomba de sódio-potássio e o contrafluxo de íons.
334
O que é VMAT2?
Transportador vesicular que empacota monoaminas (DA, 5HT, NA, histamina) nas vesículas.
335
Qual o papel da bomba Na+/K+ na recaptação?
Estabelece o gradiente eletroquímico que impulsiona o cotransporte dos neurotransmissores.
336
Qual o efeito da reserpina sobre VMAT2?
Inibe o VMAT2, esvaziando vesículas e reduzindo a liberação de monoaminas.
337
O que são “substratos falsos”?
Substâncias que usam transportadores de outros neurotransmissores para entrar no neurônio.
338
Dê um exemplo de substrato falso para SERT.
Ecstasy (MDMA).
339
Quais fármacos bloqueiam SERT?
ISRSs como fluoxetina e sertralina.
340
Quais fármacos bloqueiam NAT?
Inibidores da recaptação de noradrenalina, como desipramina e duloxetina.
341
Quais fármacos bloqueiam DAT?
Psicoestimulantes como cocaína e anfetaminas.
342
Qual a função do transportador GAT1?
Recaptar GABA no neurônio e na glia.
343
Qual fármaco atua seletivamente no GAT1?
Tiagabina.
344
Qual a função dos transportadores GlyT1 e GlyT2?
Recaptar glicina na glia (GlyT1) e no neurônio (GlyT2).
345
Quais transportadores são responsáveis pela recaptação de glutamato?
EAAT1-5.
346
Onde atuam os EAATs?
Em neurônios e astrócitos, convertendo glutamato em glutamina.
347
Qual a principal diferença entre transportadores SLC1 e SLC6?
SLC1 não cotransportam cloreto; SLC6 sim.
348
A histamina tem transportador pré-sináptico conhecido?
Não, sua inativação é predominantemente enzimática.
349
Quais enzimas inativam a histamina no SNC?
Histamina metiltransferase e outras enzimas intracelulares.
350
Os neuropeptídeos possuem transportadores de recaptação?
Não. São degradados ou removidos por difusão/sequestro.
351
O que é VIAAT?
Transportador vesicular de GABA e glicina (SLC32).
352
O que é VAChT?
Transportador vesicular de acetilcolina (SLC18).
353
O que é SV2A?
Proteína associada à liberação de neurotransmissores; alvo do levetiracetam.
354
Qual o mecanismo de energia nos transportadores vesiculares?
Bomba de prótons que gera gradiente H⁺ para troca com neurotransmissores.
355
O que fazem os canais iônicos controlados por ligantes?
Permitem entrada de íons ao se ligarem ao neurotransmissor ou fármaco.
356
Quais neurotransmissores atuam em canais iônicos?
GABA, acetilcolina, glicina, serotonina (5HT3), glutamato.
357
O que são receptores ionotrópicos?
Receptores que são também canais iônicos, abrindo ao se ligarem ao ligante.
358
Qual a diferença entre ortostérico e alostérico?
Ortostérico é o local do ligante natural; alostérico é o local de moduladores.
359
O que são PAMs?
Moduladores alostéricos positivos que aumentam a eficácia do neurotransmissor.
360
O que são NAMs?
Moduladores alostéricos negativos que diminuem a eficácia do neurotransmissor.
361
O que os benzodiazepínicos fazem nos receptores GABAA?
Aumentam a frequência de abertura do canal de Cl⁻, causando inibição.
362
Qual o efeito da cetamina no receptor NMDA?
Atua como NAM, reduzindo atividade glutamatérgica.
363
O que caracteriza um agonista parcial?
Estimula parcialmente o receptor, sem alcançar a ativação total.
364
O que caracteriza um agonista inverso?
Reduz a atividade do receptor abaixo do nível basal.
365
Qual fármaco é um exemplo de agonista parcial D2?
Aripiprazol.
366
Por que entender o espectro agonista é clinicamente útil?
Permite escolher medicamentos que ajustem a neurotransmissão conforme a via esteja hiper ou hipoativa.
367
Quais são os quatro estados básicos no espectro agonista?
Agonista total, agonista parcial, antagonista silencioso e agonista inverso.
368
O que faz um agonista total?
Produz ativação máxima do receptor ao se ligar ao sítio ortostérico.
369
O que acontece com o receptor mesmo sem agonista presente?
Pode haver atividade constitutiva espontânea.
370
O que faz um agonista inverso em um sistema com atividade constitutiva?
Reduz a atividade do receptor abaixo do basal.
371
Como age um agonista parcial em um sistema hiperativo?
Compete com o agonista total e reduz a atividade.
372
E como age um agonista parcial em um sistema hipoativo?
Estimula o receptor, elevando a atividade acima do basal.
373
Qual é a função de um antagonista silencioso?
Bloquear o acesso do agonista ao receptor sem alterar sua atividade basal.
374
Como um antagonista silencioso age em um sistema sem agonista?
Não tem efeito sobre a atividade do receptor.
375
O que é a atividade constitutiva de um receptor?
A ativação basal do receptor mesmo sem agonista.
376
Em quais situações clínicas agonistas inversos podem ter importância?
Quando há atividade constitutiva alta, como em receptores hiperativos.
377
Como os ISRSs atuam em termos do espectro agonista?
Indiretamente aumentam a serotonina, ativando os receptores serotoninérgicos.
378
O que é a "função de reostato" de um agonista parcial?
Ajustar a atividade do receptor entre o zero e o máximo, conforme a necessidade.
379
Por que agonistas parciais são chamados de "estabilizadores"?
Porque reduzem excessos e elevam deficiências na atividade do receptor.
380
Qual a ação de um antagonista sobre agonistas parciais?
Impede sua ligação ao receptor, anulando sua atividade.
381
O que representa a analogia do quarto escuro na farmacologia?
A ausência de agonista = escuridão; agonista total = luz total; parcial = luz moderada.
382
Como os agonistas parciais podem funcionar como antagonistas?
Reduzindo a atividade de um sistema já hiperestimulado por agonistas totais.
383
Quais são dois exemplos de agonistas parciais em uso clínico?
Aripiprazol (D2) e buspirona (5-HT1A).
384
O que caracteriza um agonista inverso em comparação ao antagonista silencioso?
Reduz a atividade do receptor abaixo da basal, enquanto o antagonista apenas bloqueia.
385
O que fazem os fármacos “agonistas indiretos”?
Elevam o neurotransmissor endógeno, estimulando o receptor sem se ligar diretamente a ele.
386
Como a fluoxetina age sobre o SERT?
Inibe a recaptação de serotonina, aumentando sua concentração sináptica.
387
Qual é o impacto clínico dos agonistas totais?
Restauração de neurotransmissão em déficits, mas risco de hiperestimulação.
388
Como a farmacodinâmica difere da farmacocinética?
Farmacodinâmica estuda os efeitos no organismo; farmacocinética, como o corpo processa o fármaco.
389
O que são inibidores irreversíveis de enzimas?
Substâncias que se ligam permanentemente à enzima, inativando-a.
390
Cite um exemplo de inibidor irreversível de enzima.
Inibidores de MAO tipo I irreversível (ex.: tranilcipromina).
391
O que caracteriza os inibidores reversíveis de enzimas?
A inibição pode ser desfeita pela competição com o substrato.
392
O que a MAO faz com as monoaminas?
Degrada dopamina, noradrenalina e serotonina.
393
Qual enzima é inibida pelos fármacos para Alzheimer?
Acetilcolinesterase.
394
Que enzima é alvo indireto do lítio?
GSK-3 (Glicogênio Sintase Quinase-3).
395
Como o lítio afeta a cascata de sinalização intracelular?
Inibe GSK-3, favorecendo neuroproteção e estabilização de humor.
396
O que o CYP450 faz no organismo?
Metaboliza fármacos, participando da biotransformação hepática.
397
Qual a diferença entre inibidor e indutor de CYP450?
Inibidores reduzem a atividade da enzima; indutores aumentam.
398
Por que variantes genéticas de CYP450 são importantes?
Influenciam na metabolização e na resposta ao tratamento.
399
O que é um metabolizador ultrarrápido?
Pessoa que degrada fármacos rapidamente, podendo necessitar de doses maiores.
400
O que é um metabolizador lento?
Pessoa que acumula o fármaco, com risco de efeitos colaterais.
401
Qual a relevância clínica dos agonistas parciais?
Podem estabilizar vias instáveis, como na esquizofrenia e bipolaridade.
402
Em quais distúrbios agonistas parciais são úteis?
Transtornos psicóticos, bipolares, depressivos e ansiosos.
403
Como agonistas parciais evitam virada maníaca?
Atuam moderando a dopamina sem excessos ou déficits.
404
Qual fármaco pode ter efeito agonista inverso em receptores H1?
Alguns “antagonistas” H1 usados como sedativos (ex.: prometazina).
405
Por que nem todos os antagonistas silenciosos são iguais?
Alguns podem ter efeitos de agonista inverso, dependendo do receptor e do contexto.
406
Qual a função das enzimas GSK-3, MAO e AChE na neurotransmissão?
GSK-3 regula sinalização intracelular; MAO e AChE degradam neurotransmissores.
407
Como ISRSs são considerados agonistas indiretos?
Porque aumentam a serotonina ao bloquear sua recaptação.
408
Por que o entendimento da cascata intracelular é importante?
Ajuda a compreender os efeitos terapêuticos e colaterais dos psicofármacos.
409
O que pode acontecer com uso prolongado de agonistas?
Dessensibilização ou inativação dos receptores.
410
Quais os riscos do uso de agonistas totais em excesso?
Síndromes serotoninérgicas, efeitos extrapiramidais ou dependência.
411
Qual o objetivo final da modulação de receptores?
Restaurar equilíbrio neuroquímico com o mínimo de efeitos adversos.
412
Como a farmacogenômica pode auxiliar na prescrição?
Personaliza a escolha do fármaco com base no perfil genético do paciente.
413
O que é o “efeito Goldilocks” dos agonistas parciais?
A dose “na medida certa” — nem muita, nem pouca atividade.
414
Qual é a consequência de um bloqueio de receptor D2 em excesso?
Pode causar parkinsonismo, discinesia tardia e hiperprolactinemia.
415
Que tipo de agonismo é mais desejável em pacientes com vias instáveis?
Agonismo parcial — modulação e estabilidade sem extremos.
416
O que são canais iônicos controlados por ligantes?
Estruturas que atuam como receptores e canais de íons, abrindo quando um neurotransmissor se liga.
417
Qual outro nome é dado aos canais iônicos controlados por ligantes?
Receptores ionotrópicos.
418
Que íons normalmente atravessam esses canais?
Sódio (Na⁺), potássio (K⁺), cálcio (Ca²⁺) e cloreto (Cl⁻).
419
Como é a estrutura geral desses canais?
Multissubunidade, com regiões transmembranares e sítios de ligação para neurotransmissores e moduladores.
420
Cite exemplos de famílias pentaméricas de canais iônicos.
GABAA, nicotínicos de ACh, 5-HT3, glicina.
421
Quantas subunidades compõem os canais pentaméricos?
Cinco subunidades.
422
Quantas regiões transmembranares possui cada subunidade pentamérica?
Quatro regiões.
423
O que é um exemplo de fármaco que age em canais pentaméricos?
Benzodiazepínicos (GABAA), vareniciclina (nicotínicos α4β2).
424
Qual o efeito dos benzodiazepínicos nos canais GABAA?
Aumentam a frequência de abertura dos canais de Cl⁻, intensificando a ação inibitória do GABA.
425
Quais canais ionotrópicos têm estrutura tetramérica?
Receptores AMPA, NMDA e cainato (glutamatérgicos).
426
Quantas regiões transmembranares cada subunidade tetramérica possui?
Três completas + uma alça reentrante.
427
Qual é o canal tetramérico mais conhecido em depressão resistente?
Receptor NMDA (modulado pela cetamina).
428
O que a memantina faz nos receptores NMDA?
Bloqueia parcialmente o canal, reduzindo a excitabilidade excessiva.
429
O que define um agonista total em canais ionotrópicos?
Abre o canal com a frequência máxima.
430
E um antagonista silencioso nesses receptores?
Bloqueia o canal sem afetar sua atividade basal.
431
Como age um agonista parcial em canais iônicos?
Abre o canal mais do que o basal, mas menos que o agonista total.
432
O que faz um agonista inverso em canais ionotrópicos?
Fecha o canal abaixo do nível basal, reduzindo até a atividade constitutiva.
433
O que são PAMs (Moduladores Alostéricos Positivos)?
Substâncias que se ligam fora do sítio principal, potencializando a ação do agonista.
434
Cite um exemplo de PAM em uso clínico.
Benzodiazepínicos nos receptores GABAA.
435
O que são NAMs (Moduladores Alostéricos Negativos)?
Substâncias que diminuem a ação do agonista ortostérico, reduzindo a abertura do canal.
436
Exemplo de NAM em psicofarmacologia?
Cetamina e PCP nos receptores NMDA.
437
Quais receptores oferecem ação mais rápida: ionotrópicos ou acoplados à proteína G?
Ionotrópicos.
438
Por que os canais ionotrópicos têm resposta rápida?
A abertura do canal ocorre imediatamente após ligação do neurotransmissor.
439
Como esses canais atuam em distúrbios com hiperexcitação?
Podem ser bloqueados ou modulados negativamente para reduzir sintomas.
440
Como atuam em distúrbios com hipoexcitação?
Agonistas parciais podem aumentar a atividade, estabilizando a função.
441
O que são Z-Drugs e onde atuam?
São hipnóticos (zolpidem, zopiclona, zaleplona) que agem em subtipos de GABAA.
442
O que a vareniciclina faz?
Agonista parcial do receptor nicotínico α4β2, usada para cessação do tabagismo.
443
Quantos estados básicos os canais ionotrópicos podem assumir?
Cinco: repouso, aberto, fechado, dessensibilizado e inativado.
444
O que é o estado de repouso do canal?
Baixa atividade, com abertura ocasional e mínima.
445
O que é dessensibilização de canal?
Receptor para de responder ao agonista mesmo com ele presente.
446
O que é inativação?
Estado de fechamento duradouro após exposição prolongada ao agonista.
447
Exemplo de inativação na prática clínica?
Receptores nicotínicos sob ação prolongada da nicotina.
448
Por que fumantes precisam de vários cigarros por dia?
A nicotina não é degradada pela AChE e provoca dessensibilização rápida dos receptores.
449
Como a nicotina contribui para a dependência?
Pela alternância entre dessensibilização e inativação, exigindo nova dose.
450
O que é sítio ortostérico?
Local de ligação do neurotransmissor natural.
451
Como os moduladores alostéricos agem?
Ligam-se a sítios diferentes do ortostérico e modificam a resposta do canal.
452
O que faz um NAM?
Reduz a probabilidade de abertura do canal, mesmo com agonista presente.
453
Quais fármacos bloqueiam canais VSCC?
Gabapentina, pregabalina, bloqueadores de canais de cálcio tipo L.
454
Como a gabapentina atua?
Liga-se à subunidade α2δ dos canais de cálcio, reduzindo a liberação de neurotransmissores.
455
O que são VSSCs?
Canais de sódio sensíveis à voltagem, responsáveis por despolarização do axônio.
456
E os VSCCs?
Canais de cálcio que participam da liberação de neurotransmissores no terminal pré-sináptico.
457
Qual a importância dos canais de sódio e cálcio na neurotransmissão?
Conduzem o impulso elétrico e iniciam a exocitose dos neurotransmissores.
458
Que estrutura detecta voltagem nos canais iônicos?
Segmento S4 das subunidades transmembranares.
459
Qual é o alvo da lamotrigina e da carbamazepina?
Canais de sódio (VSSC).
460
O que ocorre com o canal durante o estado inativado?
Ele não conduz íons mesmo após remoção do agonista.
461
Qual o ciclo completo da neurotransmissão?
Impulso elétrico → abertura de VSSCs → ativação de VSCCs → liberação de neurotransmissores → ativação de canais ionotrópicos.
462
Por que moduladores alostéricos são úteis clinicamente?
Permitem modulação fina da resposta do canal sem bloquear diretamente o neurotransmissor.
463
Quais os principais transtornos tratados com moduladores de canais iônicos?
Ansiedade, insônia, epilepsia, dor crônica, mania, dependência de nicotina.
464
O que caracteriza um agonista total em receptores ligados à proteína G?
Um agonista total gera mudança conformacional no receptor que produz ativação máxima da cascata de sinalização intracelular.
465
Qual o impacto terapêutico do agonista total em receptores G-protein?
Pode restaurar a função normal em deficiências de neurotransmissão, ativando fosforilação, segundos mensageiros e expressão gênica.
466
Quais são os dois mecanismos principais que resultam em agonismo total?
1) Ação direta no sítio ortostérico do receptor, 2) Ação indireta pela elevação dos níveis de neurotransmissor endógeno.
467
Qual a função de um antagonista silencioso?
Ocupa o receptor sem gerar sinal próprio, bloqueando ação de agonistas totais/parciais ou inversos.
468
Por que antagonistas silenciosos são importantes na psiquiatria?
Porque bloqueiam receptores G-protein como D2, 5HT2A, alfa-adrenérgicos, muscarínicos e histamínicos, aliviando sintomas sem ativar sinais próprios.
469
O que diferencia um agonista parcial de um total?
O agonista parcial ativa o receptor de forma intermediária, nunca alcançando o nível máximo de ativação.
470
Como um agonista parcial age em diferentes estados neuronais?
Ele pode aumentar a atividade quando esta está baixa e diminuir quando está excessiva, funcionando como estabilizador.
471
Por que agonistas parciais são chamados de estabilizadores?
Porque ajustam a neurotransmissão para níveis intermediários em situações de hiper ou hipoatividade.
472
Cite um exemplo clínico de agonista parcial em psiquiatria.
Aripiprazol, que é agonista parcial de receptores D2.
473
Qual o papel clínico do agonista parcial 5HT1A?
Atua como ansiolítico e potencializador de antidepressivos.
474
O que é um agonista inverso?
É um fármaco que reduz a atividade basal do receptor abaixo do nível normal, gerando sinal negativo.
475
Em que situação clínica um agonista inverso pode ser útil?
Quando há atividade constitutiva elevada no receptor, como pode ocorrer com 5HT2A ou H1.
476
Como se define o espectro agonista?
É a variação de atividade de receptores com base em seu ligante: agonista total, parcial, antagonista silencioso ou inverso.
477
O que caracteriza a ação de um agonista total?
Ativação máxima do receptor.
478
Como o aripiprazol atua como estabilizador da dopamina?
Reduz sinais psicóticos em excesso de dopamina e aumenta dopamina quando esta está baixa.
479
O que ISRSs fazem no espectro agonista da serotonina?
Aumentam a estimulação de receptores 5HT, com efeitos antidepressivos/ansiolíticos.
480
Qual o papel do antagonista 5HT2A na psicose?
Bloqueia receptores excitatórios e reduz alucinações/delírios.
481
O que são moduladores alostéricos positivos (PAMs)?
Substâncias que aumentam o efeito do neurotransmissor, ampliando abertura do canal.
482
Exemplo de PAM em psicofarmacologia?
Benzodiazepínicos em receptores GABAA.
483
O que são NAMs (moduladores alostéricos negativos)?
Reduzem o efeito do agonista, diminuindo a abertura do canal iônico.
484
Exemplo de NAM importante?
Cetamina no receptor NMDA.
485
Qual é a importância dos agonistas parciais no tratamento de transtornos psiquiátricos?
Equilibram a neurotransmissão em vias instáveis, atuando como “reostatos” funcionais.
486
Em que situações os agonistas inversos podem ser confundidos com antagonistas?
Quando usados em receptores com baixa atividade basal, pois ambos reduzem o sinal.
487
Como agonistas parciais modulam receptores hiperativos?
Competem com o agonista total e diminuem a resposta para um nível intermediário.
488
Qual o benefício clínico dos agonistas parciais em transtornos bipolares?
Podem tratar sintomas maníacos e depressivos ajustando a dopamina.
489
O que significa que os receptores G-protein têm “atividade constitutiva”?
Que podem gerar algum sinal mesmo na ausência de ligante.
490
O que são enzimas como alvo farmacológico?
Proteínas que catalisam reações bioquímicas e podem ser inibidas para modular neurotransmissores.
491
Diferença entre inibição enzimática irreversível e reversível?
Irreversível “mata” a enzima (inibidor suicida); reversível pode ser desfeita com aumento do substrato.
492
Cite exemplo de enzima alvo em depressão resistente.
MAO, inibida por IMAOs, aumentando monoaminas.
493
Qual enzima é inibida em Alzheimer para melhorar cognição?
Acetilcolinesterase, inibida para aumentar acetilcolina.
494
O que é GSK-3 e seu papel?
Enzima relacionada a neuroplasticidade e apoptose, inibida por lítio.
495
Enzimas do citocromo P450 afetam farmacodinâmica ou farmacocinética?
Farmacocinética – modulam metabolismo e eliminação do fármaco.
496
Cite uma isoenzima do citocromo P450 muito usada.
CYP3A4.
497
O que são indutores de CYP450?
Fármacos que aumentam a expressão das enzimas, acelerando metabolismo.
498
O que são inibidores de CYP450?
Fármacos que reduzem a atividade da enzima, retardando metabolismo.
499
O que acontece se um fármaco inibe a enzima que metaboliza outro?
O segundo fármaco pode acumular e causar toxicidade.
500
O que é farmacogenômica?
Uso de informações genéticas para prever resposta e ajustar tratamento farmacológico.
501
Como os polimorfismos do CYP450 impactam a psiquiatria?
Alteram velocidade de metabolismo e necessidade de ajuste de dose.
502
Como se define farmacodinâmica?
Estudo dos efeitos do fármaco no organismo (como atua nos receptores).
503
O que é farmacocinética?
Estudo do caminho do fármaco no corpo (absorção, metabolismo, excreção).
504
Qual a principal aplicação dos conhecimentos sobre enzimas no tratamento psiquiátrico?
Ajustar doses e evitar interações que alterem a concentração dos psicofármacos.
505
Qual a diferença entre um agonista total direto e um indireto?
Direto ativa o receptor diretamente; indireto aumenta o neurotransmissor endógeno.
506
Como inibidores de recaptação atuam como agonistas indiretos?
Elevam os níveis do neurotransmissor que, por sua vez, ativa mais o receptor.
507
Como ISRSs exercem efeito antidepressivo?
Inibem recaptação de serotonina, intensificando sua ação em receptores.
508
O que significa “reostato” na farmacologia dos agonistas parciais?
Um controle graduado da atividade do receptor, ajustando o sinal conforme a necessidade.
509
Como um antagonista afeta um receptor com atividade constitutiva?
Bloqueia o agonista, mas não reduz a atividade basal do receptor.
510
E o agonista inverso?
Reduz até a atividade basal do receptor, indo além do antagonismo.
511
Qual o impacto clínico de entender o espectro agonista?
Permite selecionar fármacos conforme o perfil de hiperatividade ou deficiência de neurotransmissão.
512
O que é o acoplamento excitação-secreção na neurotransmissão?
É o processo pelo qual um impulso elétrico (potencial de ação) desencadeia a liberação de neurotransmissores no terminal pré-sináptico.
513
Quais canais são ativados quando o potencial de ação chega ao terminal pré-sináptico?
Canais de sódio (VSSC) e canais de cálcio (VSCC), especialmente os tipos N e P/Q.
514
Qual é a consequência da entrada de cálcio no terminal pré-sináptico?
Provoca a fusão das vesículas sinápticas com a membrana e liberação dos neurotransmissores.
515
O que inicia a liberação do neurotransmissor na sinapse?
A entrada de íons cálcio após ativação dos canais VSCC pela mudança de voltagem.
516
Quais fármacos atuam nesse mecanismo de excitação-secreção?
Anticonvulsivantes que bloqueiam canais de sódio ou cálcio (ex.: carbamazepina, valproato).
517
O que é necessário para a exocitose de neurotransmissores?
Um influxo local de cálcio e a fusão da vesícula com a membrana pré-sináptica.
518
Qual é a função do VSSC no início da neurotransmissão?
Propagar o potencial de ação ao longo do axônio até o terminal pré-sináptico.
519
Como os canais de cálcio (VSCC) contribuem para a neurotransmissão?
Ao serem ativados pela mudança de voltagem, permitem a entrada de Ca²⁺ e induzem a liberação de neurotransmissores.
520
Como os receptores pós-sinápticos respondem aos neurotransmissores?
Geram novos potenciais de ação ou ativam cascatas intracelulares via segundos mensageiros.
521
Por que a cooperação entre canais iônicos é fundamental?
Porque permite que sinais elétricos sejam convertidos em sinais químicos e depois novamente em elétricos em outro neurônio.
522
O que acontece após a liberação de neurotransmissores?
Eles se ligam a receptores pós-sinápticos e iniciam uma nova resposta elétrica ou bioquímica.
523
Quanto tempo demora o ciclo completo da neurotransmissão?
O processo ocorre em milissegundos, garantindo sincronia entre bilhões de neurônios.
524
O que são os estados de um canal iônico controlado por ligante?
Repouso, aberto, fechado, dessensibilizado e inativado.
525
O que caracteriza o estado de repouso de um canal iônico?
Baixa atividade constitutiva e abertura ocasional do canal.
526
O que define o estado aberto de um canal iônico?
A ativação por agonista total ou parcial que mantém o canal aberto frequentemente.
527
O que ocorre no estado fechado?
O canal está abaixo do nível basal, geralmente por ação de agonista inverso ou antagonista forte.
528
O que é dessensibilização de um canal iônico?
É a perda de resposta ao agonista mesmo quando ele ainda está presente no receptor.
529
Quando ocorre a inativação de um canal iônico?
Após exposição prolongada ao agonista, o canal entra em estado de inatividade profunda.
530
A inativação do canal é reversível?
Sim, mas requer tempo prolongado (horas) sem o agonista para reverter.
531
Qual é um exemplo de dessensibilização e inativação?
Receptores nicotínicos após exposição prolongada à nicotina.
532
Por que fumantes consomem muitos cigarros por dia?
Devido à rápida dessensibilização e inativação dos receptores nicotínicos, exigindo repetidas doses de nicotina.
533
O que a falta de quebra da nicotina pela AChE provoca?
Prolonga a ação da nicotina, levando à inativação dos receptores.
534
Como a dessensibilização contribui para o vício?
Reduz temporariamente a resposta, levando à necessidade de nova dose para reativar os receptores.
535
O que é um modulador alostérico?
Substância que se liga a um local diferente do sítio ortostérico, modulando a ação do neurotransmissor.
536
O que é um PAM (modulador alostérico positivo)?
Aumenta a resposta do receptor ao agonista, ampliando a abertura do canal.
537
Exemplo de fármaco PAM?
Benzodiazepínicos, que aumentam a abertura do GABA-A.
538
O que é um NAM (modulador alostérico negativo)?
Reduz a resposta do receptor ao agonista, diminuindo a abertura do canal.
539
Exemplo de NAM na prática clínica?
Cetamina, que atua como NAM do receptor NMDA.
540
PAMs sozinhos abrem o canal?
Não, eles apenas potencializam a ação do agonista ortostérico.
541
O que ocorre se PAM e agonista total estiverem presentes?
O canal é aberto com ainda mais frequência do que com o agonista sozinho.
542
Qual a ação da cetamina no receptor NMDA?
Atua como NAM, reduzindo a excitabilidade glutamatérgica.
543
Qual é o efeito dos benzodiazepínicos em GABAA?
Potencializam o efeito inibitório do GABA, levando à sedação e ansiólise.
544
O que diferencia PAM e NAM em relação ao sítio de ligação?
Ambos se ligam a locais alostéricos diferentes do sítio ortostérico.
545
Como os moduladores alostéricos influenciam a resposta sináptica?
Regulam a intensidade e frequência de abertura dos canais iônicos.
546
Qual é a vantagem dos PAMs sobre agonistas diretos?
Menor risco de superestimulação, pois dependem da presença do agonista endógeno.
547
Em que contextos os NAMs são úteis?
Em hiperexcitação, como epilepsia, dor ou sintomas psicóticos.
548
O que caracteriza os canais iônicos sensíveis à voltagem?
Sua abertura é desencadeada por mudanças no potencial elétrico da membrana, não por ligantes.
549
Qual a principal função dos canais VSSC (sódio)?
Propagar o potencial de ação ao longo do axônio.
550
Qual a função dos canais VSCC (cálcio)?
Estimular a liberação de neurotransmissores no terminal pré-sináptico.
551
Como os canais de sódio e cálcio interagem na neurotransmissão?
O sódio gera o impulso, e o cálcio desencadeia a liberação de neurotransmissores.
552
O que garante o retorno ao potencial de repouso?
Ação dos canais de potássio e da bomba Na⁺/K⁺-ATPase.
553
Quais os tipos de canais de cálcio mais importantes na sinapse?
VSCC tipo N e P/Q, envolvidos na exocitose de neurotransmissores.
554
O que são os estados adaptativos dos canais?
Dessensibilização e inativação, resultantes de exposição crônica ao agonista.
555
Qual a implicação clínica da dessensibilização?
Redução da eficácia do fármaco com o tempo e necessidade de ajuste.
556
Por que a inativação pode comprometer o tratamento?
Porque o receptor não responde mesmo na ausência do agonista, exigindo tempo para recuperação.
557
O que significa ajuste farmacológico dinâmico?
Avaliação contínua da resposta e adaptação da dose conforme tolerância e dessensibilização.
558
Que tipo de medicamentos podem levar à inativação de canais?
Agonistas usados cronicamente, como benzodiazepínicos ou nicotina.
559
Qual a principal implicação terapêutica da modulação alostérica?
Permite ação mais controlada e seletiva sobre a neurotransmissão.
560
Como a farmacologia moderna lida com a plasticidade dos canais?
Monitorando efeitos crônicos e alternando ou combinando terapias para manter a eficácia.
561
O que é a estrutura básica de um gene?
Um gene é composto por uma região reguladora (promotores, enhancers) e uma região codificadora (transcrita em mRNA).
562
Qual a função da região reguladora de um gene?
Controlar a transcrição do gene por meio da ligação com fatores de transcrição ativados.
563
O que é a região codificadora do gene?
É a sequência de DNA que será transcrita em mRNA e, posteriormente, traduzida em proteína.
564
Como um gene é ativado na neurobiologia?
A neurotransmissão gera segundos mensageiros que ativam fatores de transcrição, os quais se ligam ao DNA e recrutam RNA polimerase para iniciar a transcrição.
565
O que a RNA polimerase faz na expressão gênica?
Transcreve a região codificadora do DNA em RNA mensageiro (mRNA).
566
O que acontece com o mRNA após ser formado?
Sai do núcleo e é traduzido em proteínas nos ribossomos.
567
O que são genes precoces imediatos?
Genes ativados rapidamente (ex: cFos, cJun) em resposta à neurotransmissão; atuam como sinalizadores iniciais.
568
Qual o tempo de ação dos genes precoces imediatos?
Ativados em 15-30 minutos e duram cerca de 1 hora.
569
O que são Fos e Jun?
Proteínas codificadas por genes precoces imediatos que formam um fator de transcrição chamado "zíper de leucina".
570
O que é o complexo Fos-Jun?
Fator de transcrição formado pelas proteínas Fos e Jun, que ativa genes tardios.
571
Qual a função dos genes tardios?
Codificar proteínas funcionais duradouras como receptores, canais, enzimas e proteínas estruturais.
572
O que os genes tardios regulam?
Sinaptogênese, neuroplasticidade, memória, aprendizado e resposta ao ambiente.
573
Como é chamada a cadeia de eventos do 1º ao 7º mensageiro?
Cascata de sinalização molecular ou transdução de sinal intracelular.
574
Qual o primeiro mensageiro da cascata?
O neurotransmissor extracelular (ex.: serotonina, dopamina).
575
O que é o segundo mensageiro?
Substâncias intracelulares como cAMP ou cálcio que amplificam o sinal.
576
O que é o terceiro mensageiro?
Enzimas como quinases ou fosfatases que ativam ou desativam outras proteínas.
577
O que é o quarto mensageiro?
Fosfoproteínas ativadas por fosforilação que modificam a célula.
578
O que é o quinto mensageiro?
Produto proteico de genes precoces (ex.: Fos, Jun).
579
O que é o sexto mensageiro?
Complexos como Fos-Jun que atuam como novos fatores de transcrição.
580
O que é o sétimo mensageiro?
Proteína produto de um gene tardio que gera mudanças estruturais duradouras.
581
O que é ativação por fosforilação?
A adição de um grupo fosfato a uma proteína para ativá-la.
582
Quem realiza a fosforilação?
Enzimas chamadas quinases (ex: PKA, PKC, CaMK).
583
Quem remove grupos fosfato das proteínas?
Enzimas chamadas fosfatases (ex: calcineurina).
584
Qual o papel do equilíbrio entre quinases e fosfatases?
Regular a ativação e desativação de proteínas intracelulares.
585
O que é sinaptogênese?
Formação de novas sinapses entre neurônios, mediada por produtos da expressão gênica.
586
O que a expressão gênica regula no comportamento?
Memória, aprendizado, adaptação ao estresse, psicopatologia e resposta a tratamentos.
587
Qual a relação entre neurotransmissão e genoma?
O neurotransmissor pode alterar quais genes são ativados ou reprimidos no neurônio.
588
O que são elementos regulatórios no DNA?
Segmentos que controlam a ligação de fatores de transcrição e iniciam ou inibem a transcrição gênica.
589
Como experiências ambientais afetam os genes?
Através de modificações epigenéticas que alteram a expressão sem mudar a sequência de DNA.
590
O que são fatores de transcrição?
Proteínas ativadas por cascatas intracelulares que regulam a transcrição de genes.
591
Qual a função de CREB?
Fator de transcrição ativado por cAMP, envolvido na expressão de genes precoces e memória.
592
O que ativa CREB?
Fosforilação por PKA, CaMK ou outras quinases ativadas por segundos mensageiros.
593
O que são enhancers e promoters?
Regiões do DNA que facilitam ou regulam a ligação de fatores de transcrição e RNA polimerase.
594
O que a transdução de sinal permite?
Converter sinais químicos em respostas celulares duradouras.
595
O que diferencia genes precoces de tardios?
Precoces são ativados rapidamente; tardios levam mais tempo e produzem proteínas funcionais estáveis.
596
O que são canais de sinalização?
Caminhos moleculares de resposta intracelular que convertem sinais externos em resposta genômica.
597
Qual a importância dos segundos mensageiros?
Ampliam o sinal do neurotransmissor e ativam enzimas internas que controlam funções neuronais.
598
Quais são exemplos de segundos mensageiros?
cAMP, IP3, DAG, cálcio intracelular.
599
O que é o cAMP?
Adenosina monofosfato cíclico, um dos principais segundos mensageiros do sistema nervoso.
600
O que é a função do IP3?
Estimula liberação de cálcio de estoques intracelulares, ativando mais respostas.
601
O que o DAG ativa?
A proteína quinase C (PKC), envolvida em resposta celular e expressão gênica.
602
O que são proteínas reguladas por fosforilação?
Canais iônicos, receptores, enzimas e fatores de transcrição.
603
Como o ambiente regula a genética do cérebro?
Via epigenética: experiências de vida modificam a expressão gênica sem alterar o DNA.
604
O que a exposição crônica a neurotransmissores pode causar?
Alterações permanentes na estrutura e função sináptica por via gênica.
605
O que são respostas genômicas de longa duração?
Modificações na arquitetura neuronal que duram horas, dias ou a vida toda.
606
O que representa a “assinatura molecular” de um neurônio?
O conjunto de proteínas produzidas por sua expressão gênica ativa.
607
Como medicamentos psicotrópicos influenciam genes?
Estimulam cascatas intracelulares que ativam ou reprimem genes específicos.
608
O que caracteriza uma resposta de segunda onda?
Ativação de genes tardios por fatores de transcrição ativados por genes precoces.
609
O que é o ciclo entre neurotransmissão e genética?
Neurotransmissão ativa genes que modificam a sinapse, que por sua vez afeta a neurotransmissão futura.
610
Como a neuroplasticidade depende da expressão gênica?
Genes regulam formação de sinapses, receptores, canais iônicos e proteínas estruturais que sustentam a adaptação neuronal.
611
Por que estudar cascatas de sinalização é essencial na psiquiatria?
Porque as alterações nessas vias podem explicar sintomas, resposta a tratamento e formação de doenças mentais.
612
Qual é a estrutura básica das cascatas de transdução de sinais?
Primeiro mensageiro (neurotransmissor) → Segundo mensageiro (ex: cAMP, cálcio) → Terceiro mensageiro (quinases/fosfatases) → Quarto mensageiro (fosfoproteínas ativas/inativas).
613
O que são fosfoproteínas?
Proteínas modificadas por fosforilação (por quinases) ou desfosforilação (por fosfatases), que alteram sua atividade funcional celular.
614
Quais são os principais alvos das cascatas de transdução?
Canais iônicos, enzimas reguladoras, receptores e fatores de transcrição gênica.
615
Como ocorre a ativação de quinases?
Muitas quinases estão associadas a subunidades reguladoras e são ativadas quando o cAMP se liga a essas subunidades, liberando as quinases ativas.
616
O que acontece após a ativação das quinases?
Elas fosforilam proteínas-alvo (quartos mensageiros), que então modificam funções celulares.
617
Como ocorre a ativação de fosfatases?
Em outras vias, a entrada de cálcio ativa a fosfatase (como calcineurina), que remove fosfatos das proteínas.
618
Qual é a função das fosfatases nas cascatas de sinalização?
Elas removem grupos fosfato das proteínas, revertendo ou modulando os efeitos das quinases.
619
Qual é o efeito da fosforilação em proteínas?
Pode ativar ou inativar proteínas, alterando condutância iônica, liberação de neurotransmissores ou expressão gênica.
620
Qual o impacto da desfosforilação?
Pode restaurar proteínas ao seu estado basal ou alterar sua atividade de forma reguladora.
621
Por que o equilíbrio entre quinases e fosfatases é importante?
Ele regula a resposta celular a estímulos e é alvo terapêutico em várias doenças neurológicas e psiquiátricas.
622
O que ocorre na fase final da cascata de sinalização?
Ativação de fatores de transcrição que entram no núcleo e modulam a expressão de genes específicos.
623
Como a expressão gênica pode influenciar a função do neurônio?
Altera a produção de proteínas estruturais, enzimáticas e receptores, modificando sinapses e funções neuronais.
624
O que é a convergência das quatro grandes vias?
Sistemas ligados a proteínas G, canais iônicos, hormônios e neurotrofinas convergem para regular genes no núcleo do neurônio.
625
O que é o CREB?
Proteína de ligação ao elemento de resposta ao cAMP, que ao ser fosforilada, ativa a transcrição de genes precoces.
626
Como os hormônios regulam a expressão gênica?
Formam complexos hormônio-receptor no citoplasma, que entram no núcleo e ativam elementos de resposta hormonal.
627
Qual é a função das neurotrofinas como BDNF e NGF?
Ativam cascatas de quinases (Ras → Raf → MEK → ERK) que culminam na ativação de fatores de transcrição no núcleo.
628
O que são genes precoces imediatos?
Genes como cFos e cJun que são ativados em 15-30 minutos e duram cerca de 1 hora, iniciando a transcrição de genes tardios.
629
Como agem as proteínas Fos e Jun?
Formam um “zíper de leucina” e atuam como fatores de transcrição ativando genes tardios.
630
O que os genes tardios produzem?
Receptores, enzimas, fatores de crescimento, proteínas estruturais e outras proteínas funcionais duradouras.
631
Qual é a duração da resposta dos genes tardios?
Pode durar horas, dias ou persistir por longos períodos, influenciando neuroplasticidade.
632
Qual é o impacto da expressão gênica sobre neuroplasticidade?
Afeta sinaptogênese, remodelamento sináptico, sobrevivência neuronal e resposta ao estresse.
633
Como os primeiros mensageiros iniciam a cascata de sinalização?
Ligam-se a receptores que ativam segundos mensageiros como cAMP, cálcio ou proteínas receptoras intracelulares.
634
Quais são os exemplos de segundos mensageiros?
cAMP, cálcio, DAG, IP3, e complexos hormônio-receptor no núcleo.
635
Como o cAMP influencia as cascatas de sinalização?
Ativa quinases (ex: PKA) que fosforilam proteínas reguladoras ou fatores de transcrição.
636
Qual é o papel dos fatores de transcrição?
Entram no núcleo e ligam-se a regiões reguladoras do DNA, ativando genes específicos.
637
O que define a especificidade da resposta neuronal?
O conjunto de proteínas expressas e as vias intracelulares ativas no momento do estímulo.
638
O que são genes precoces imediatos na prática clínica?
Genes ativados rapidamente por neurotransmissores ou estresse, usados como marcadores de atividade sináptica.
639
Qual a função da proteína Jun?
Em combinação com Fos, forma fator de transcrição que ativa genes relacionados à plasticidade e função sináptica.
640
Como o CREB é ativado?
Por fosforilação via quinases, como PKA, ERK, CaMK, tornando-se apto a promover transcrição gênica.
641
Quais proteínas são produzidas por genes tardios?
Receptores dopaminérgicos, enzimas para neurotransmissores, proteínas de adesão, fatores tróficos etc.
642
O que é um “mensageiro tardio”?
Produto final da cascata de sinalização, como proteínas funcionais que alteram fisiologia neuronal.
643
Quais mudanças funcionais podem durar por toda a vida do neurônio?
Reorganizações sinápticas, novos receptores, fortalecimento sináptico e síntese permanente de proteínas.
644
O que determina se um gene será ativado?
Ligação de fatores de transcrição na região reguladora do DNA, como promotores e enhancers.
645
Como a RNA polimerase é recrutada para transcrição?
Por fatores de transcrição ativados que se ligam à região reguladora do gene.
646
O que o mRNA sintetizado representa?
A “mensagem” genética a ser traduzida em proteína, responsável por funções específicas do neurônio.
647
Como experiências afetam a expressão gênica?
Atuam via sinalização intracelular e epigenética, modificando padrões de expressão.
648
Qual é a diferença entre genes precoces e tardios?
Genes precoces agem rápido e por pouco tempo; genes tardios têm efeito prolongado e estruturante.
649
Como os genes afetam o comportamento?
Por meio da produção de proteínas que modificam sinapses e circuitos neurais.
650
Como os fatores de transcrição influenciam o aprendizado?
Ativam genes que promovem a formação de sinapses novas e estabilidade das conexões existentes.
651
Qual a relação entre neurotransmissão e expressão gênica?
A ligação de um neurotransmissor ao receptor inicia cascatas que culminam na ativação de genes.
652
O que é um enhancer?
Elemento regulatório do DNA que aumenta a transcrição quando ativado por fatores de transcrição.
653
Como uma alteração na expressão gênica pode causar doença?
Pode levar à produção inadequada de proteínas essenciais para neurotransmissão ou neuroplasticidade.
654
Como os psicofármacos modulam essas vias?
Alterando neurotransmissores, receptores ou enzimas que iniciam as cascatas de sinalização intracelular.
655
Por que os efeitos terapêuticos de psicofármacos demoram?
Porque envolvem alterações de cascatas intracelulares, transcrição e síntese proteica.
656
Quais vias intracelulares estão envolvidas nas cascatas?
Vias da proteína G, CaMK, ERK/MAPK, PKA, CREB, entre outras.
657
O que são genes estruturais?
Genes que codificam proteínas fundamentais para a estrutura do neurônio, como canais iônicos e receptores.
658
Como os agonistas parciais modulam a expressão gênica?
Promovem estimulação moderada e prolongada, ativando genes com menor risco de hipersinalização.
659
Qual é a importância das cascatas para a farmacologia moderna?
Elas explicam os efeitos a longo prazo de psicofármacos e abrem caminho para novas classes terapêuticas.