sopros Flashcards

1
Q

caracteristicos a serem observadas nos sopros

A
  1. Devemos analisar em qual fase do ciclo cardíaco o sopro se localiza;
    - Sopro sistólico e diastólico
    - Sopro Sístolo-diastólico: possui B2 bem audível, pois seu timbre é diferente do sopro
    Ex.: IAo severa;
    - Sopro Contínuo: pico próximo de B2; tanto a bulha quanto o sopro têm timbres semelhantes. (não escutamos B2)
  2. Qual a sua duração (proto, meso, tele ou holo);
    - Antes do sopro por estenose aórtica, no caso leve, deve ter um click! No paciente grave é esperado encontrar desdobramento paradoxal de B2
  3. Frequência, timbre;
    - Frequência: alta (agudos → diafragma do esteto) ou baixa (graves → campânula);
    - Timbre: é a qualidade que permite distinguir sons de mesma frequência e amplitude produzidos por instrumentos diferentes. Os tipos podem ser: musical, piante, aspirativo, ruflar, rude, etc
  4. Intensidade
    Varia de I a VI (Levine & Freeman, 1933) → +/6+
  5. Melhor área de ausculta (localização)
    - Habitualmente a melhor área de ausculta é a sua área de origem
    - Obs.: Dissociação estetoacústica de Gallavardin!
  6. Irradiação
    - podem se irradiar para diversos pontos ou até para todo precordio
  7. Resposta às manobras (ausculta dinâmica) (caindo em desuso)
  • Manobra de Valsalva: fase I há aumento da pressão sistólica momentânea e queda da FC. 🡪 retarda o retorno venoso
  • Handgrip;
  • Squatting: aumenta o RV → aumenta sangue no coração; o click do prolapso mitral nessa manobra se aproxima de B2 e se afasta de B1;
  • Rivero-Carvallo: vê a diferença na insuficiência tricúspide e insuficiência mitral (ambos são holossistolicos) → com a manobra aumenta o sopro na insuficiência tricúspide.
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2
Q

classificação de Levine

A

I. Difícil de ser auscultado, porém detectável, as vezes evidenciado somente com manobras

II.Sopro leve, porem imediatamente identificável

III. sopro moderado, frequentemente com irradiação

IV. sopro alto com frêmito palpável

V. sopro muito alto, porém ainda é necessario uso do estetoscópio

VI. sopro sem a necessidade de estetoscópio para identifica-lo

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3
Q

sopros sistólicos: estenose aortica

A
  • Geralmente, essa estenose é acompanhada por um click, porém, em uma estenose aórtica grave, não haverá mais click.
  • A estenose aórtica mais comum é a degenerativa, ou seja, uma doença do envelhecimento!

-A fisiopatologia da estenose aórtica é a seguinte: A estenose aórtica, por dificultar a saída do sangue pela aorta, causa a hipertrofia ventricular. Por conta disso, ocorrerá uma neovasculogenese, mas esta não conseguirá suprir a demanda sanguínea, levando a uma insuficiência coronária relativa (angina) e B4. Com o passa do tempo, o miocárdio fica mais danificado, levando à falência de ventrículo. E assim, quanto mais fraco o ventrículo fica, maior o resíduo sistólico, o que gera B3 e dispnéia (por edema pulmonar). Ao mesmo tempo, vale retomar, que o fechamento da aórtica estará retardado em relação ao pulmonar por aumento do tempo de ejeção ventricular, o que nos indica um desdobramento paradoxal de B2

  • só há sopro quando há diferença de pressão entre VE e aorta (diferença de gradiente). E neste caso, o sopro terá uma forma de diamante, pois o pico de pressão ocorre no meio do sopro

Obs.: Um sinal de gravidade para essa patologia é o pulso com frêmito!

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4
Q

sopros sistólicos: insuficiência mitral

A
  • Na insuficiência mitral, há um fenômeno estetoacústico que caracteriza Prolapso de Mitral: Click Valvar Mitral e Click Valvar Mitral + Sopro Regurgitativo
  • No ECG, o paciente portador de IM pode fibrilar (fibrilação atrial), já que a regurgitação para o AE causa dilatação deste
  • insuficiência mitral leva a uma dilatação de VE para manuseio de volume, pois nesta patologia, a diástole é prolongada, já que há maior conteúdo sanguíneo. Pensando nisso, se há distensão do sarcômero, há melhor ativação de frank Starling, o que melhora a performance e empurra mais sangue para o AE. - O timbre típico da IM é regurgitativo.

-O diagnóstico Clínico do prolapso de valva mitral é feito clinicamente pelo click. Se houver um sopro junto, é prolapso incompetente, e se houver apenas o click, é um prolapso competente

-Na posição ortostática, ocorre diminuição do intervalo entre B1 e C (click)
Já em cócoras, ocorre o aumento do intervalo entre B1 e C

obs: a IM permite que o VE “esvazie” com mais facilidade, visto que agora ele tem duas aberturas de escape (valva Ao e valva M). Assim, o AE passa a receber sangue do VE e das veias pulmonares, aumentando a quantidade de sangue no AE, que não consegue passar na passagem do anel valvar mitral, que costumava receber menos sangue. Então o sangue começa a passar espremido pelo anel valvar mitral, gerando uma estenose mitral relativa, o que produz sopro em ruflar diastólico.

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5
Q

sopros sistólicos: estenose pulmonar

A
  • É um sopro menos intenso e rude que o da EAo, e em diamante
  • quando mais severo a EP, maior o tempo sistólico do VD, e o componente pulmonar vai afastando cada vez mais do componente Ao.
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6
Q

sopros diastólicos: estenose mitral

A
  • Um sopro holodiastolico na estenose mitral é indicativo de gravidade
  • quando é proto-telediastolico, ocorre porque há um intervalo de igualdade de pressao entre AE e VE
  • O intervalo entre o episódio de Febre Reumática e o estabelecimento clínico da EM é variável, podendo ser além de 20 anos, e por conta da febre reumática, ocorre espessamento da borda do folheto valvar, fusão da comissura, e fusão/encurtamento das cordas tendíneas;

-É uma doença diastólica por um problema entre AE e VE → AE passa a trabalhar com pressões muito elevadas, produzindo o sopro com timbre em ruflar;

-50% dos pacientes com mais de 50 anos estão fibrilando

  • EM pode gerar trombos; e causar uma síndrome de congestão sistêmica (transferência da pressão do AE para vv pulmonares → aa pulmonares → Tronco Pulmonar → VD → AD → VCS e VCI → congestão !!!

-É um sopro diastólico em ruflar resultante do trabalho do AE sob pressões maiores;

  • Há o estalido de abertura de mitral
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7
Q

sopros diastólicos: insuficiencia aortica

A
  • ocorre depois de B2, com refluxo de sangue.
    -pode-se ter fenômenos estetoacústicos de regurgitação (sangue da Ao consegue voltar para o VE pela IAo)
  • Sopro de Austin Flint: estenose mitral relativa
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8
Q

sopros diastólicos: estenose tricúspide

A
  • estalido de abertura e sopro em ruflar, porém ocorrem no foco tricúspide (diferenciar da EM)
  • A estenose tricúspide leva a congestão sistêmica: edema, hepatomegalia (A diferença é que na EM ocorre primeiro a congestão pulmonar e depois a congestão sistêmica)
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9
Q

sopros diastólicos: insuficiência pulmonar

A
  • ocorre regurgitação
  • É uma doença mais rara, mas sua frequência aumenta quando a causa é hipertensão pulmonar (ex.: DPOC)
  • Quando o sopro por insuficiência pulmonar fica associado à hipertensão pulmonar, chamamos de sopro de Graham Steel (ou seja, um sopro de IP causada por reumatismo não é considerado como sopro de Graham Steell)
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