Sono Flashcards
Em relação ao sono normal em um adulto saudável é correto afirmar que:
a) durante o sono REM há aumento do tônus parassimpático;
b) o sono REM ocupa cerca de 30% da porcentagem do tempo de sono em um adulto não privado de
sono;
c) durante o sono REM ocorre a liberação de hormônio de crescimento;
d) os estágios de sono se alternam durante a noite, formando os ciclos NREM-REM. O sono profundo
(N3) predomina na primeira metade da noite e o sono REM, na segunda metade.
D)x.
Sono REM:
- Caracteriza-se pela dessincronização da atividade elétrica cerebral (atividade mista de baixa amplitude);
- Episódios de movimentos rápidos dos olhos;
- Presença de atonia da musculatura axial;
- Relato de sonhos;
- ATIVAÇÃO DO SNA SIMPÁTICO, levando a avariações de PA, FC, FR e fluxo cerebral.
Obs.: nos homens, pode ocorrer ereções penianas.
Os estágios do sono se alternam durante a noite, formando os ciclos NREM-REM.
O sono de ondas lentas predomina na primeira metade da noite, e o sono REM na segunda metade.
Fatores que modificam a arquitetura do sono:
- Idade;
- Temperatura ambiente;
- Ritmo circadiano;
- Quantidade prévia do sono.
- Medicações;
- Patologias.
Em um adulto saudável, o sono REM - 20-25% do sono.
A polissonografia (PSG) é o exame utilizado para avaliação objetiva do sono, sendo correto afirmar
que:
a) o exame de noite inteira realizado em um laboratório especializado, sob supervisão contínua de um
técnico, com registro simultâneo e contínuo de diversos parâmetros neurofisiológicos,
cardiorrespiratórios e outros é considerado o Nível 1, fundamental para diagnóstico e seguimento
do transtornos respiratórios do sono;
b) é ferramenta indispensável no diagnóstico das insônias primárias;
c) o registro de eletroencefalograma, eletro-oculograma e eletromiograma da região do mento não é
relevante quando se avalia um paciente com suspeita de distúrbio respiratório durante o sono;
d) nos casos de epilepsia com crises durante o sono é o exame padrão-ouro.
A)x.
A PSG é para a investigação de:
- Transtornos respiratórios do sono;
- Titulação do CPAP;
- Avaliação de tratamentos: cirurgias, aparelhos intraorais, perda de peso.
Não necessária para o diagnóstico da síndrome das pernas inquietas.
Nas insônias, pode complementar o diagnóstico.
Tipos de PSG:
Tipo I - completa;
Tipo II - completa a nível domiciliar;
Tipo III - “Poligrafia” - mensura parâmetros cardiopulmonares em pelo menos dois medidores respiratórios (esforço ventilatório; fluxo aéreo; saturação de O2); e uma variável cardíaca (ECG ou FC).
O sono REM e o sono de ondas lentas estão respectivamente relacionados com:
a) acetilcolina e serotonina;
b) GABA e glutamato;
c) acetilcolina e GABA;
d) hipocretina e serotonina;
C)x.
Vigília:
- Atividade colinérgica;
- Hipocretina;
- Noradrenalina;
- Histamina;
- Serotonina;
- Dopamina;
- Hipocretina.
Sono REM:
- Atividade colinérgica é máxima;
- Não há atividade aminérgica.
Sono NREM:
- Não há atividade colinérgica;
- Atividade GABAérgica.
O GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC e, durante o sono, ele inibe a atividade aminérgica e hipocretinérgica.
Quais são os hormônios relacionados à vigília? (6)
- Acetilcolina;
- Hipocretina;
- Noradrenalina;
- Serotonina;
- Histamina;
- Dopamina.
A acetilcolina está relacionada a quais fases do ciclo sono-vigília?
Vigília
e
Sono REM
A atividade GABAérgica é máxima no sono REM - V ou F?
Falso.
A atividade COLINÉRGICA é máxima no sono REM.
Atividade GABAérgica ocorre no sono de ondas lentas.
Todos os sinais e sintomas descritos a seguir são comuns em pacientes com cataplexia, exceto:
a) Episódios súbitos e recorrentes de atonia muscular esquelética axial e/ou apendicular
bilateralmente.
b) Duração, em média, de alguns segundos até 10 minutos.
c) Consciência preservada pelo menos ao início do ataque com capacidade auditiva e de compreensão
preservadas durante o ataque.
d) Término súbito com retorno do tônus muscular e com frequente confusão mental ou amnésia.
D)x.
A cataplexia é a perda total ou parcial da força dos grupos musculares estriados esqueléticos após um evento emotivo.
É achado patognomônico da narcolepsia.
Ocorre em até 60% dos ambulatórios especializados.
Ocorre por bloqueio da condução neuronal no tronco encefálico sob ação de vários peptídeos, como a hipocretina-1.
Cataplexia atípica pode ser acompanhada de crises convulsivas.
Características:
1 - Duração de segundos a alguns minutos;
2 - Não há liberação de esfíncteres, tampouco movimentos involuntários;
3 - Há perda do tônus motor, mas com tempo hábil para proteção;
4 - Não são frequentes lesões corporais em pacientes com cataplexia;
5 - Não há perda de consciência;
6 - Mantém-se a capacidade de ouvir e raciocinar, embora a interação esteja prejudicada;
7 - Geralmente retornam normalmente. Contudo, pode ocorrer de o paciente adormecer durante os ataques mais prolongados, despertando com o final do evento, sem prejuízo cognitivo.
. Em todas as situações a seguir, a investigação complementar com a pesquisa do alelo HLA-DQB10602
e a dosagem dos níveis de hipocretina-1 podem contribuir para o diagnóstico de narcolepsia, exceto:
a) Todos os indivíduos com sonolência excessiva diurna, independente da história clínica, com um ou
mais testes de múltiplas latências do sono negativos.
b) Quando houver dúvidas sobre a existência de cataplexia.
c) Uso de medicações de ação no Sistema Nervoso Central que interfiram nos exames clínicos e
eletrofisiológicos para o diagnóstico de narcolepsia.
d) Pacientes jovens (crianças e adolescentes) ainda sem cataplexia
A)x.
Pacientes com narcolepsia possuem maior prevalência do HLA-DQB1 (sobretudo se com cataplexia, chegando a 95% dos casos).
Obs.: nos pacientes com narcolepsia SEM cataplexia: 40-50% dos casos (baixa sensibilidade e especificidade no geral).
Geralmente pesquisados em conjunto com a dosagem de hipocretina-1 (baixos níveis no LCR de pacientes com cataplexia e narcolepsia). Também maior associação se cataplexia presente.
Níveis abaixo de 110 pg/mL podem ajudar no diagnóstico de narcolepsia.
Indicações:
1 - Suspeita de narcolepsia, porém que ainda não têm todos os critérios clínicos ou eletrofisiológicos;
2 - Pacientes em uso de medicações (como antidepressivos e neurolépticos), com ausência da cataplexia típica;
3 - Pacientes jovens, no início da instalação dos sintomas.
Pacientes com sonolência diurna por outras causas não se beneficiarão destas medidas.
Paciente do sexo masculino, com 25 anos, índice de massa corpórea de 33, apresenta sonolência
excessiva diurna com escore da Escala de Epworth de 20/24 há 7 anos. Vem encaminhado com uma
história de alucinações hipnagôgicas, mais frequentes na adolescência, e com episódios raros de fraqueza
na mandíbula e nos membros após situações de forte conteúdo emotivo. Apresentava também roncos
frequentes e pausas respiratórias testemunhadas. Tinha realizado uma polissonografia basal com aumento
acentuado do índice de apneia e hipopneias e dessaturação importante de oxi-hemoglobina. Qual das sequências das condutas a seguir é mais indicada no caso descrito?
a) Repetir polissonografia e o teste de múltiplas latências do sono, dosagem de hipocretina-1 e
tratamento com estimulante no caso de confirmação do diagnóstico de narcolepsia.
b) Indicar polissonografia com titulação de CPAP, prescrever o tratamento para apneia do sono e
repetir polissonografia e teste de múltiplas latências do sono, após boa adaptação ao CPAP, para
caracterizar o diagnóstico de narcolepsia.
c) Repetir polissonografia com titulação de CPAP imediatamente seguida de teste de múltiplas
latências do sono, iniciando o tratamento com estimulantes e para apneia do sono simultaneamente.
d) Iniciar prontamente o tratamento com estimulantes e indicar uma polissonografia com titulação de
CPAP seguida imediatamente de teste de múltiplas latências do sono
B)x.
A melhor conduta nesse caso seria fazer a titulação do CPAP e o tratamento da SAOS. Após um período de tratamento com CPAP e persistência dos sintomas, devemos estender a investigação para narcolepsia e posterior tratamento com estimulantes. A investigação precoce da narcolepsia ou o tratamento com estimulantes de pacientes com SAOS pode
levar a erros diagnósticos e ao aumento do risco cardiovascular desses pacientes com mascaramento dos sintomas.
Entre os trabalhadores de turno, os distúrbios de sono relacionados com a ritmicidade circadiana são
muito comuns. As principais queixas são sonolência excessiva ou insônia, decorrentes de horas de
trabalho programadas para o período que seria o de sono habitual. Para o tratamento dos distúrbios de
sono nas pessoas que trabalham em turno, é correto afirmar que:
a) para os trabalhadores noturnos, o uso de estimulantes, como cafeína ou modafanil, é recomendado
nas primeiras horas após o fim do turno de trabalho;
b) a administração de melatonina à noite durante o trabalho noturno melhora a atenção durante o
trabalho;
c) a exposição à luz durante o turno noturno e a restrição à luz pela manhã são recomendadas para o
caso do trabalho noturno;
d) não há necessidade de abordagens comportamentais, como boa higiene de sono e a otimização do ambiente de dormir, pois o problema é decorrente de uma disfunção do sistema circadiano.
Para trabalhadores em turnos:
1 - Estimular com luz durante o trabalho e ambientes escuros para dormir durante o dia;
2 - Cafeína ou modafinil nas primeiras horas do turno;
3 - Melatonina pode ser utilizada durante o dia;
4 - Boa higiene do sono e otimização do ambiente de dormir.
O principal diagnóstico diferencial da insônia que apresenta como queixa a dificuldade em iniciar o
sono é a síndrome do atraso da fase do sono (SAFS). Esta se caracteriza pelo tempo de sono habitual atrasado por três a seis horas relativo aos desejados ou socialmente aceitáveis horários de sono-vigília. Nesses casos é recomendado o uso de luz intensa e melatonina de qual forma?
a) Amplo espectro de luz de 2.000 a 10.000 lux no início da manhã por cerca de 1 a 3 horas.
b) Uso de melatonina pela manhã na dose de 0,3 a 3,0 mg.
c) Luz intensa, 2.000 a 10.000 lux, e melatonina, 0,3 a 3,0 mg, antes de dormir.
d) Luz intensa, 2.000 a 10.000 lux, e melatonina, 0,3 a 3,0 mg, nas primeiras horas da manhã.
C)x.
O termo em inglês RERA (respiratory effort related arousal) ou despertar, relacionado com o
aumento do esforço respiratório, refere-se a que padrão polissonográfico?
a) Para classificar esse evento é necessário o uso da cânula nasal de pressão com registro de um
decréscimo de amplitude mínimo de 50% seguido de um despertar.
b) Refere-se à limitação de fluxo ou alteração de contorno da curva de pressão nasal ou aumento da
pressão esofágica seguida de um despertar.
c) Refere-se ao aumento da pressão esofágica e/ou limitação de fluxo à cânula de pressão nasal com
duração mínima de 10 segundos.
d) Refere-se a um despertar que ocorre secundariamente a qualquer evento respiratório, incluindo
apneias.
B)x.
Como avaliar a resistência das VAS?
1. Indiretamente, pela pressão esofágica - padrão ouro;
2 - Cânula nasal com transdutor de pressão associado ao registro do esforço respiratório toraco-abdomninal.
Com isso, podem-se diagnosticar apneias, hipopneias e RERAs.
Para a identificação de RERAs:
1 - Limitação ao fluxo aéreo levando ao despertar, na AUSÊNCIA de apneia ou hipopneia, com duração mínima de 10 segundos.
IAH - apneia + hipopneia.
IDR: IAH + RERAs.
Assinale a melhor opção entre as possibilidades abaixo. Para uma boa titulação de CPAP:
a) a polissonografia visa principalmente à eliminação dos despertares e à consolidação do sono;
b) a polissonografia visa principalmente à eliminação dos eventos respiratórios anormais, à
manutenção de saturação da oxi-hemoglobina adequada, à eliminação dos roncos e, se possível, à redução dos despertares breves;
c) a polissonografia visa principalmente à eliminação dos episódios de dessaturação da oxihemoglobina;
d) somente a eliminação dos eventos respiratórios anormais é a rotina mais recomendada
B)x.
Objetivos:
- Normalização do IDR (<5/h);
- Melhora da saturação de O2 (>90%);
- Melhora dos roncos.
Os principais fatores de risco para AOS em adultos incluem:
a) a obesidade, o aumento das tonsilas palatinas e das adenoides, as anormalidades craniofaciais
(retrognatia e micrognatia), além do sexo masculino e o aumento da idade;
b) a obesidade, as anormalidades craniofaciais (retrognatia e micrognatia), além do sexo masculino e o aumento da idade;
c) a obesidade, alterações neuromusculares e sexo masculino;
d) alterações metabólicas, aumento de idade e sexo masculino.
Fatores de risco:
1 - Obesidade - estreitamento da VAS por acúmulo de tecido adiposo, sobretudo no pescoço;
2 - Circunferência cervical;
3 - Idade - alterações anatômicas na faringe, levando ao colapso das VAS;
4 - Alterações anatômicas craniofaciais - volume reduzido das VAS;
5 - Macroglossia.
De acordo com os critérios diagnósticos para o Transtorno Comportamental do Sono REM (TCSR) da 2ª edição da Classificação Internacional dos Transtornos do Sono, marque a alternativa errada.
a) O paciente pode apresentar história de comportamentos durante o sono que produzam lesões
corporais ou fragmentem o sono.
b) A presença de comportamentos anormais durante o REM com documentação polissonográfica
auxilia no diagnóstico.
c) A ausência de atividade epileptiforme durante o sono REM é condição necessária para o
diagnóstico do TCSR, a não ser que o TCSR possa ser claramente distinguido de crises epilépticas
relacionadas com o REM.
d) A presença de sono REM sem atonia: elevação excessiva do sinal eletromiográfico submentoniano,
seja ele tônico ou fásico, pode ocorrer em até 50% dos casos de TCREM
D)x.
(Em 100% dos casos).
Critérios para o diagnóstico de TCSREM:
a) presença de sono REM sem atonia: elevação excessiva do sinal eletromiográfico, tônico ou fásico,
ou ainda excesso de “twitches” (breves contrações musculares prevalentes durante o REM normal
sob fundo de virtual atonia muscular).
b) ao menos um dos seguintes itens:
i. história de comportamentos durante o sono que produzam lesões corporais ou fragmentem o
sono;
ii. comportamentos anormais du- rante o sono REM com documentação polissonográfica.
c) ausência de atividade epileptiforme durante o sono REM, a não ser que o TCSR possa ser
claramente distinguido de crises epilépticas relacionadas com o sono REM.
d. O transtorno de sono não pode ser melhor explicado por outra alteração do sono, doença clínica,
neurológica ou mental, ou ainda uso de medicação ou drogadição.
Dentre as doenças neurodegenerativas listadas a seguir, assinale aquela que menos frequentemente está associada ao Transtorno Comportamental do Sono REM (TCSR):
a) Atrofia de múltiplos sistemas.
b) Doença de Alzheimer.
c) Demência com corpos de Lewy.
d) Doença de Parkinson
B)x.
As doenças associadas ao depósito de alfa-sinucleína no sistema nervoso central apresentam maior prevalência de Transtorno Comportamental do Sono REM (TCSR). Dessa maneira, a prevalência de TCSR na doença de Parkinson varia de 46% a 65%; na demência com corpos de Lewy, os valores são próximos de 70%, e na atrofia de múltiplos sistemas, de 90% a 100%.
Marque a substância que não costuma precipitar ou piorar o transtorno comportamental do sono
REM:
a) fluoxetina.
b) anticolinesterásicos.
c) melatonina.
d) cafeína
C)x.
Medicamentos que podem piorar o TCSREM:
- Anticolinesterásicos;
- IMAOs;
- Tricíclicos;
- Duais;
- ISRSs;
- Mirtazapina;
- Cafeína.
Medicamentos para o tratamento do TCSREM:
- Melatonina (3-12 mg/dia);
- Clonazepam (0,5 - 4 mg/dia).
Assinale a alternativa correta quanto às parassonias na infância)
a) O terror noturno e o despertar confusional são comuns na infância, e a maioria dos casos não requer
tratamento medicamentoso.
b) O transtorno comportamental do sono REM é comum na infância, e a maioria dos casos não requer
tratamento medicamentoso;
c) A narcolepsia é comum na infância, e a maioria dos casos requer tratamento medicamentoso.
d) O sonambulismo é raro na infância, e a maioria dos casos requer tratamento medicamentoso.
A)x.
Existem três tipos de transtornos do despertar, todos comuns na infância (tendendo a diminuir na idade adulta):
- Despertar confusional -> despertares parciais, com fala arrastada, sudorese, comportamento inadequado, choro inconsolável ou agressividade;
- Sonambulismo -> despertar parcial do sono NREM, com comportamentos motores estereotipados e automáticos + amnésia do evento.
- Terror noturno -> despertar súbito associado a gritos e choro, com a criança sentando à cama com fácies de pavor, manifestações neurovegetativas, como taquicardia, taquipneia, rubor de pele, sudorese e midríase.
Tratamento: orientações sobre a benignidade do quadro.
Raramente: clonazepam.
O TCSREM e a narcolepsia são raros na infância.
Assinale a alternativa incorreta. São fatores de risco para a síndrome da apneia-hipopneia obstrutiva
do sono em crianças:
a) obesidade;
b) malformação craniofacial;
c) síndrome de Wyburn-Mason;
d) síndrome de Prader-Willi.
D)x.
FIsiopatologia do sono:
1 - Alterações anatômicas com estreitamento das VAS;
2 - Disfunção da neurofisiologia muscular durante o sono.
Sintomatologia noturna do SAOS:
- Roncos;
- Movimentação excessiva dos membros;
- Sudorese excessiva;
- Posições anômalas para dormir.
Sintomas diurnos:
- Distúrbios do aprendizado e comportamento;
- Dificuldade para acordar;
- Cefaleia matinal;
- Respiração bucal;
- Sonolência diurna.
Alterações do exame físico (crianças):
- Hipertrofia de adenoide e/ou tonsilas;
- Atraso do crescimento e/ou desenvolvimento;
- Alterações craniofaciais (como micrognatia e retrognatia);
- Ovbesidade.
Muitas síndromes apresentam predisposição a SAOS. As principais são:
- Down;
- Prader-Willi;
- Mucopolissacaridoses;
- Beckwith-Widermann;
- Pierre Robin;
- Treacher Collins;
- Hallerman-Streiff;
- Apert,
- Crouzon;
- Acondroplasia;
- Klippel-Feil.
A síndrome de Wyburn-Mason, no entanto, é uma angiomatose que cursa com alteração retiniana e comprometimento do SNC, e não é fator de risco para SAOS.
Os principais fármacos utilizados no tratamento das insônias primárias são:
a) hipnóticos agonistas seletivos GABA-A, como zolpidem, zopiclona e eszopiclona; e
antidepressivos sedativos, como doxepina e trazodona;
b) antidepressivos inibidores seletivos da recaptação da serotonina e hipnóticos ansiolíticos, como
benzodiazepínicos;
c) neurolépticos ou antipsicóticos atípicos, antidepressivos, como fluoxetina e anti-histamínicos;
d) Fitoterápicos, como valeriana e passiflora, melatonina, anti-histamínicos, antidepressivos e
modafinila.
A)x.
Como hipnótico padrão dá-se preferência ao zolpidem.
Outros: zopiclona e eszopiclona.
Entre os antidepressivos sedativos:
1. Trazodona;
2. Doxepina;
3. Mirtazapina.
A melatonina é um cronobiótico, utilizado sobretudo em:
1. Transtornos do ritmo;
2. Atraso de fase;
3. Idosos;
4. Trabalhadores de turnos.
Os benzodiazepínicos devem ser evitados como fármacos de primeira escolha devido ao seu potencial de dependência e tolerância.
Modafinila é estimulante de vigília.
O tratamento não farmacológico preconizado para insônias primárias é:
a) terapia comportamental, como técnicas educacionais, higiene do sono, restrição de sono e controle
de estímulo, ao lado de reestruturação cognitiva;
b) técnicas cognitivas, como yoga, higiene do sono, meditação, acunpuntura, homeopatia, psicoterapias de maneira geral, terapia analítica e biofeedback;
c) técnicas comportamentais, como yoga, meditação, hipnose, psicanálise, relaxamento e reestruturação da percepção inadequada do sono;
d) terapias analíticas, hipnose, homeopatia, relaxamento, meditação, yoga, terapias antroposóficas, acunpuntura e psicanálise;
A)x.
Tratamento não farmacológico padrão para insônias:
1. TCC - 6-8 semanas - individualmente ou em grupo;
2. Higiene do sono;
3. Técnicas de restrição de tempo de cama e sono;
4. Controle de estímulos;
5. Reestruturação cognitiva.
As demais psicoterapias (que não TCC) são não específicas, demoradas e caras.
Assinale a afirmativa mais correta.
a) As insônias primárias acometem principalmente mulheres após a menopausa, acarretando muitos
despertares durante a noite.
b) As insônias primárias acometem preferencialmente homens abaixo de 30 anos de idade e estão associadas a quadros de bipolaridade.
c) É comum as insônias iniciais virem acompanhadas de parassonias do sono REM e transtornos confusionais do despertar.
d) Atraso de fase comumente se confunde com quadros de insônia de manutenção e com despertar precoce.
A)x.
Características das insônias primárias:
1. Mulheres»_space; homens;
2. Mais comuns na menopausa;
3. Mais comumente de manutenção.
(# M’s = Mulheres; Menopausa; Manutenção).
Parassonias não costumam acarretar quadros de insônia.
Atraso de fase:
- Transtorno do ritmo circadiano;
- Provavelmente de natureza genética;
- Comumente acomete jovens;
- Pode ser confundido com insônia INICIAL.
O que se considera fundamental no transtorno comportamental do sono REM?
a) A presença de sonhos vívidos.
b) A ocorrência de movimentos agressivos durante o sono.
c) A falta de atonia muscular durante o sono REM na polissonografia.
d) A relação com doenças neurodegenerativas.
C)x.
Embora as respostas A, B e D tenham relação como TCSREM, todas podem ocorrer em outros transtornos de sono, e, sem dúvida, a característica fundamental é a presença de tônus neuromuscular elevado registrada na polissonografia durante a fase de sono REM.
A insônia é um sintoma bastante comum nos pacientes idosos com demência. Qual dos medicamentos
abaixo deveria ser contraindicado?
a) Trazodona.
b) Agomelatina.
c) Olanzapina.
d) Amitriptilina
D)x.
Tanto o sono quanto sua privação costumam desencadear crises epilépticas. Além disso, existem
crises mais associadas ao sono e outras mais associadas ao despertar. Qual das síndromes epilépticas a
seguir está mais associada ao despertar?
a) Epilepsia do lobo frontal.
b) Síndrome de Lennox Gastaut.
c) Epilepsia focal benigna da infância.
d) Epilepsia mioclônica juvenil
D)x.
Distúrbios respiratórios do sono são observados em várias doenças neuromusculares. Em relação a
esse tema, qual a afirmação correta?
a) A hipoventilação relacionada com o sono é geralmente não obstrutiva.
b) Hipoxemia não costuma acontecer durante a fase de sono REM.
c) A gravidade do distúrbio não está relacionada com a força respiratória.
d) A apneia obstrutiva do sono é bastante comum na ELA e se recomenda o uso de ventilação não
invasiva do tipo bi-level.
A)x.
Principal distúrbio do sono em doenças neuromusculares: hipoventilação.
Por quê? Perda de força respiratória.
Na ELA, a hipoventilação é comum, porém a apneia obstrutiva é rara.
Sintomas comuns de hipoventilação noturna:
- Fadiga;
- Insônia;
- Cefaleia matinal;
- Sonolência diurna.
Nas doenças neuromusculares, o padrão é o uso do Bi-level.
Assinale a resposta correta quanto ao estado confusional circadiano/ sundowning.
a) É um fenômeno fisiológico inerente ao envelhecimento.
b) Está relacionado com a degeneração das células dopaminérgicas da substância negra.
c) O uso de melatonina e fototerapia é uma opção terapêutica eficaz.
d) Não está relacionado com o uso de medicamentos.
e) Melhora com sonecas durante o dia.
Em que consiste o sundowning?
Estado confusional associado a:
1. Hiperatividade;
2. Ilusões/alucinações;
3. Insônia;
4. Raiva/ansiedade.
Que ocorrem ao final da tarde.
Manejo:
- Identificação de fator desencadeeante;
- Tratamento medicamentoso:
2.1. Neurolépticos atípicos: quetiapina e olanzapina;
2.2. DAE: gabapentina, lamotrigina, valproato e oxcarbazepina;
2.3. Inibidores da acetilcolinesterase: podem tanto melhorar quanto serem os responsáveis pela agitação.
Obs.: se os anticolinesterásicos forem os responsáveis pelo fenômeno de sundowning, a retirada da dose noturna pode ser o suficiente.
- Uso de sincronizadores circadianos: luz e melatonina. A fototerapia pode ser empregada pela manhã ou ao anoitecer.
Assinale a alternativa correta sobre a relação entre os transtornos respiratórios do sono e acidente
vascular encefálico.
a) O AVC é uma causa comum de apneia obstrutiva do sono em adultos jovens.
b) Não existem evidências de que a apneia do sono seja um fator de aumento de morbimortalidade por
doenças cardiovasculares.
c) A hipóxia intermitente, a disautonomia, o aumento de atividade inflamatória e do estresse oxidativo
agrega um impacto sistêmico aos transtornos respiratórios do sono.
d) A fragmentação do sono acarretada pelos transtornos respiratórios é um fator de risco isolado para
AVC.
e) A apneia obstrutiva durante o sono não causa alteração hemodinâmica cerebral significativa.
C)x.
A SAOS é fator de risco cardiovascular, por:
1. Dessaturação (por vezes < 50%);
2. Retenção de CO2 -> alterações hemodinâmicas e autonômicas durante o sono;
3. Mudanças bruscas da pressão intratorácica -> instabilidades autonômica e hemodinâmica + shunts intracardíacos, facilitando embolia paradoxal;
4. Aumento da atividade simpática com vasoconstricção periférica -> aumento da PA;
5. Hipoxemia -> liberação de peptídeos vasoativos como a endotelina -> aumenta a HAS crônica;
6. Resposta inflamatória sistêmica (IL-6, TNF-alfa, PCR e moléculas de adesão e amilóide A sérico) + maior ativação leucocitária;
7. Hipoxemia x reoxigenação levando à formação de radicais livres de oxigênio -> lesão endotelial;
8. Privação de sono + aumento de catecolaminas -> aumento de resistência à insulina.
Obs.: o risco de síndrome metabólica na população com SAHOS é 09 vezes maior que na população geral.
9. Aumento da ativação plaquetária, do fibrinogênio e outros marcadores de trombofilia;
10. Na apneia -> aumento da PIC + instabilidade de PA -> diminuição da perfusão cerebral.
Por fim, uma lesão do SNC pode precipitar ou agravar um quadro permanente ou transitório de apneias obstrutiras e/ou centrais.