Neuroimunologia Flashcards

1
Q

A esclerose múltipla é uma enfermidade que tem curso clínico polimórfico quanto às suas
manifestações clínicas e evolução. Entre as alternativas a seguir, qual delas melhor descreve as
diferentes formas evolutivas desta doença?
a) Forma aguda-fulminante, forma crônica, forma progressiva-fulminante.
b) Forma aguda-fulminante, forma crônica, forma surto-remissão, forma secundariamente crônica.
c) Forma surto-remissão, forma secundariamente progressiva, forma progressiva primária e forma
progressiva primária com surtos.
d) Forma primária com surtos, forma secundária com surtos, forma aguda-fulminante.

A

C)x.

  • 85% dos casos são surto-remissão (e, posteriormente, evoluirão para a secundariamente progressiva);
  • 10% são primariamente progressivas;
  • 5% são primariamente progressivas com surtos.
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2
Q

De acordo com as formas evolutivas da esclerose múltipla, peculiaridades são observadas nas formas
progressivas. Marque a alternativa que melhor resume as características demográficas dos pacientes com
evolução progressiva:
a) Pacientes que iniciam a doença com progressão dos sinais e sintomas são geralmente homens com
idade variando entre 20 a 40 anos; enquanto aqueles que evoluem com progressão mais tardiamente,
na maioria, são mulheres cuja média de idade é de 40 anos ou mais.
b) Pacientes que iniciam a doença com progressão dos sinais e sintomas, na sua maioria, têm idade em
torno de 40 anos ou mais, e não há diferença na frequência do gênero; enquanto aqueles que evoluem
com progressão mais tardia também o fazem em uma idade em torno de 40 anos, porém a frequência
do sexo feminino é maior.
c) Pacientes que iniciam a doença com progressão e aqueles em que a progressão ocorre
posteriormente são na sua maioria mulheres em uma faixa de idade entre 20 a 40 anos.
d) Pacientes que iniciam a doença com progressão e aqueles em que a progressão ocorre
posteriormente são na sua maioria homens em uma faixa de idade entre 40 a 70 anos.

A

B)x.

EMPP -> Homens = Mulheres; em torno dos 40 anos;
EMSP = EMRR = mulheres, com início entre 20-40 anos, e com progressão a partir dos 40 anos.

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3
Q

Embora a esclerose múltipla surto-remissão e a progressiva primária sejam a mesma doença, são
observadas diferenças clínicas. Assinale a resposta correta com relação ao quadro clínico da forma
progressiva primária:
a) Na forma progressiva primária, o acometimento medular está presente em 80% ou mais das vezes, e
se caracteriza por progressiva mono ou paraparesia, que evoluiu com comprometimento
esfincteriano, e ao longo do tempo outras vias podem ser comprometidas, como a visual, a sensitiva
e a cerebelar.
b) Na forma progressiva primária é notório o comprometimento visual desde seu início, com variável
recuperação, porém sempre com sequela residual.
c) Na forma progressiva primária predominam sintomas sensitivos variados, sendo a propriocepção a
modalidade mais prejudicada.
d) Na forma progressiva primária, a manifestação clínica mais comum é o prejuízo cognitivo.

A

A)x

EMPP:

  • Comprometimento comum dos tratos longos, sendo o piramidal o mais frequente;
  • Em 80% dos casos haverá mielopatia -> mono ou paraparesia evoluindo para tetraparesia;
  • Distúrbios sensitivos, alterações cerebelares, de tronco, esfíncteres e etc podem aparecer ao longo dos anos.
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4
Q

Qual das afirmativas a seguir melhor descreve as características anatomopatológicas e imunohistoquímicas encontradas no estudo de biópsia ou necropsia de pacientes com forma progressiva
primária da esclerose múltipla?
a) Intenso processo inflamatório com presença de células T e B, macrófagos e elementos do sistema
complemento de localização perivascular na substância branca subcortical.
b) Intenso processo inflamatório com presença de células T, anticorpos e macrófagos perivascularesna substância branca periventricular.
c) Degeneração de oligodendrócitos e seus precursores, macrófagos e elementos do sistema
complemento de localizações periventricular e subcortical, estando a substância cinzenta cortical
poupada.
d) Degeneração primária dos oligodendrócitos e seus precursores, associada a processo inflamatório
difuso, não restrito às placas, com extensão à substância branca aparentemente normal e
desmielinização cortical.

A

D)x.

Na EMPP ocorre uma degeneração primária dos oligodendrócitos e um processo inflamatório mais difuso que na forma SR, não restrito às placas, mas com extensão à substância branca aparentemente normal e desmielinização cortical tardia.

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5
Q

Em relação à influência genética na patogênese da esclerose múltipla é correto afirmar que:
a) as formas progressivas de evolução da esclerose múltipla, diferente da forma surto-remissão, não
têm perfil genético identificado;
b) as formas progressivas de evolução da esclerose múltipla, assim como forma surto-remissão,
mostraram associação com alelos das regiões DR e DQ do complexo de histocompatibilidade HLA
tipo II;
c) as formas progressivas de evolução da esclerose múltipla, assim como forma surto-remissão,
mostraram associação com alelos complexo principal de histocompatibilidade, tipos I e II
respectivamente;
d) as formas progressivas de evolução da esclerose múltipla, assim como forma surto-remissão,
mostraram associação com alelos complexo de histocompatibilidade HLA tipo I

A

B)x.

As formas EMPP e EMRR possuem diferenças demográficas, clínicas e até histopatológicas, contudo, não há diferença reconhecida no MHC.

No cromossoma 6, no complexo de histocompatibilidade II, há associação das doenças com os alelor DRB1 (caucasianos), DR2 e DQ.

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6
Q

Definimos Síndrome Clínica Isolada (CIS – Clinical Isoleted Syndrome) como:
a) uma doença desmielinizante que compromete várias topografias do sistema nervoso central (SNC) e
que evolui no tempo e no espaço, por meio de sintomas recorrentes;
b) uma síndrome caracterizada pelo aparecimento simultâneo de alterações clínicas da medula e do
nervo óptico com presença de lesões na ressonância magnética que captam contraste e alterações no
líquido cefalorraquiano típicas de produção de anticorpos;
c) evento isolado, monofásico de neurite óptica ou mielite transversa ou síndrome de tronco cerebral,
que caracteriza o primeiro sintoma (surto) de esclerose múltipla;
d) manifestação neurológica de uma doença sistêmica, que provoca desmielinização por vasculite do
SNC

A

C)x.

O que é uma síndrome clínica isolada?

  • Neurite óptica, síndrome medular ou de tronco cerebral;
  • Monofásica isolada ou a primeira manifestação da EM;
  • Pode haver alterações no LCR sugestivas de EM.
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7
Q

São características clínicas da neurite óptica (NO) como CIS sugestiva de esclerose múltipla:
a) perda bilateral da visão progressiva, edema de papila e uveíte posterior;
b) perda visual bilateral aguda, ressonância magnética de crânio normal, e aumento da pressão
intraocular;
c) perda visual unilateral aguda, edema de papila e liquor inflamatório;
d) perda visual unilateral subaguda, dor ocular à movimentação, ressonância magnética com alteração
do nervo óptico.

A

D)x

A NO é, na maioria das vezes, a primeira manifestação da EM.
Clínica:
1. Alterações visuais dolorosas, que piora ao longo dos dias;
2. Alterações de campo (escotoma central, hemianopsia, quadrantanopsia etc), discromatopsia, até perda parcial ou total da visão;
3. 1/3 dos casos pode apresentar edema de papila. os demais, normais;
4. RM: lesões desmielinizantes e captação de contraste no nervo óptico.

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8
Q

São características clínicas da mielite transversa aguda na condição de CIS sugestiva de esclerose múltipla:
a) mielite grave de instalação aguda com lesão completa da medula com paraplegia, anestesia e perda
total do controle esfincteriano, fenômeno doloroso intenso e pobre recuperação;
b) mielite parcial de instalação subaguda, com déficit motor e sensitivo assimétrico menos grave, com
presença ou não de distúrbio esfincteriano, geralmente acompanhado de sinal de Lhermitte quando a
lesão desmielinizante é de topografia cervical;
c) mielite parcial de instalação súbita e de localização nos dois terços anteriores da medula causando
paraplegia, comprometimento da sensibilidade superficial e preservação da sensibilidade profunda;
d) mielite de instalação aguda a subaguda grave com lesão longitudinalmente extensa maior que 3
segmentos vertebrais, muitas vezes com edema e necrose, de topografia centromedular.

A

B)x.

Há duas formas da mielite transversa aguda: a completa e a incompleta.

Completa -> quadro de perda total nos membros inferiores (eventualmente tetraplegia), retenções urinária e fecal e perda de sensibilidade abaixo do nível da lesão.

É geralmente observada na NMO, na qual a lesão é tipicamente centromedular e longitudinalmente externa.

Incompleta -> lesões menores difusas e excêntricas, com manifestações sensitivo-motores menos graves e assimétrica. Sinald e L’hermitte pode estar presente se lesões cervicais.

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9
Q

São sintomas da síndrome de tronco cerebral na condição de CIS sugestiva de esclerose múltipla:
a) diplopia, oftalmoplegia internuclear, vertigem, instabilidade postural e da marcha, e disestesias ou
parestesias faciais.
b) ataxia ocular progressiva, acompanhada de oftalmoplegia completa, vertigens e surdez.
c) síndrome de Parinaud, afasia motora e convulsão.
d) desvio de úvula, disfagia, disfonia.

A

A)x.

Os quadros desmielinizantes do TE podem ocorrer isoladamente ou no contexto de EM (inclusive como quadro inicial).

Quadro clínico:

  1. Diplopia;
  2. Oscilopsia;
  3. Disartria;
  4. Disestesias/parestesias faciais nos três territórios do NCV;
  5. Paresia facial unilateral, com ou sem mioquimias ou espasmo facial, SEM AGEUSIA e dor retrocular pode ser uma apresentação inicial.

Akterações isoladas de nervos oculomotores são pouco frequentes, mas, quando ocorrem, o VI par é o mais afetado.

OIN uni ou bilateral em adolescentes e adultos jovens, sobretudo se bilateralmente, é muito sugestivo de EM.

A síndrome do “um e meio” também.

Obs.: embora vertigem, instabilidade postural e de marcha sejam frequentes, a lesão do VIII nervo com hipoacusia completa é rara.

A lesão dos nervos bulbares é do tipo SUPRANUCLEAR (“síndrome pseudobulbar”), e é mais frequente nas fases avançadas da EM.

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10
Q

Em qual alternativa estão expressos os valores corretos de risco de uma mulher que apresenta uma
CIS neurite óptica ou uma CIS mielite transversa incompleta converter em esclerose múltipla definida
quando há duas ou mais lesões assintomáticas na ressonância magnética e presença de índice elevado de
IgG ou bandas oligoclonais no liquor?
a) 10% a 15% para neurite óptica e 20% a 30% para mielite transversa.
b) 50% tanto para neurite óptica quanto para mielite transversa.
c) 20% a 30% para neurite óptica e 5% a 10% para mielite transversa.
d) 80% a 90% para neurite óptica e 50% a 90% para mielite transversa.

A

D)x.

Fatores de maior risco para a CIS?

  1. Lesões desmielinizantes assintomáticas na RM;
  2. Presença de imunoprodução intratecal de IgG no LCR (aumento de índice ou presença de bandas).
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11
Q

Qual afirmação melhor descreve a doença neuromielite óptica?
a) É uma doença desmielinizante e degenerativa do sistema nervoso central que compromete
preferencialmente os nervos ópticos e a medula espinhal.
b) É uma doença inflamatória, desmielinizante e autoimune do sistema nervoso central (SNC),
caracterizada pela produção de anticorpos contra a barreira hematoencefálica.
c) É uma doença inflamatória, desmielinizante e autoimune do sistema nervoso central (SNC),
caracterizada pela produção de anticorpos contra a mielina.
d) É uma doença sistêmica que afeta os canais de aquaporina 4 com manifestações em vários órgãos e
também no sistema nervoso central.

A

B)x.

A neuromielite óptica (ou doença de Devic) é uma doença inflamatória, desmielinizante e autoimune do SNC, caracterizada pela PRODUÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA A BHE. Pode ser de duas formas:

  1. NMO monofásica (ou doença de Devic), neurite e mielite coexistindo;
  2. NMO recorrente (ou SÍNDROME de Devic), com neurite e mielinte não necessariamente coexistindo.

Acredita-se que corresponda a 1% de todas as doenças desmielinizantes.

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12
Q

Sobre a apresentação clínica de neuromielite óptica:
a) Espera-se que 30% dos casos sejam monofásicos, com intervalo entre neurite óptica e mielite de até
30 dias.
b) Espera-se que 20% dos casos sejam monofásicos, com intervalo entre neurite óptica e mielite de até
90 dias.
c) Espera-se que 10% dos casos sejam monofásicos, com intervalo entre neurite óptica e mielite de até
30 dias.
d) Espera-se que 10% dos casos sejam monofásicos, com intervalo entre neurite óptica e mielite de até
90 dias.

A

C)x.

Características da NMO:

  1. Neurite óptica uni ou bilateral grave, com comprometimento < 20/200;
  2. Mielopatia transversa longitudinalmente extensa, comumente com força muscular < 3;

Se ambas ocorrerem em um prazo < 30 dias, têm maiores chances de NÃO recorrerem.

Contudo, somente 10% dos casos serão monofásicos, ainda que ambas as clínicas ocorram em < 30 dias.

Anti-aquaporina positivo indica maiores chances de recorrência e, logo, há necessidade de imunossupressão.

Obs.: o anti-AQP4 NÃO pode ser utilizado para o seguimento dos pacientes (sem diferenças relevantes nos surtos e nos intercrises). Também não há relação entre os títulos no início da doença e o prognóstico em 5-10 anos.

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13
Q

Assinale a alternativa correta sobre neuromielite óptica e esclerose múltipla.
a) Na neuromielite óptica, a neurite óptica sempre é grave com comprometimento de acuidade visual <
20/200.
b) Na esclerose múltipla existe lesão medular de comprometimento contíguo com mais de 3 corpos
vertebrais de extensão.
c) Na neuromielite óptica podem existir sintomas encefálicos, habitualmente de apresentações maisgraves que na esclerose múltipla, podendo incluir sonolência, crises epilépticas e alteração de
comportamento.
d) Síndromes de tronco cerebral podem acontecer em ambas as doenças e são idênticas em suas
apresentações clinicas, sendo distinguidas apenas pelas extensão contígua à medula cervical na
neuromielite óptica

A

C)x.

A NMO possui concomitância com outras doenças autoimunes (como MG, LES, Sjögren e sarcoidose) mais comumente que a EM.

O mais comum é que os surtos de NMO sejam com acuidade visual < 20/200 e força < grau 3, porém podem haver surtos mais leves.

NMO = mielite longitudinalmente extensa = mais de três corpos vertebrais contíguos.

Na EM, podem haver lesões menores (não contíguas), confluentes, dando a impressão de que seja uma LETM.

Ambas as doenças podem apresentar síndrome de tronco cerebral.

Na EM, é mais comum:
1. OIN;
2. Disartria paroxística;
3. Ataxia.

Na NMO, paroxismos de soluçoes e vômitos sem explicação gastrointestinal.

Até 50% dos pacientes com NMO apresentarão alterações na ressonância de encéfalo, sobretudo em:

  1. Hipotálamo;
  2. Corpo caloso;
  3. Periventricular;
  4. Tronco cerebral.

10% dos pacientes podem apresentar recorrência exclusiva nestas topografias.

Alguns casos podem se apresentar semelhantes à ADEM, ou uma narcolepsia sintomática.

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14
Q

Sobre as manifestações clínicas incluídas dentro do Espectro Neuromielite Óptica (neuromyelitis
optica spectrum disorders – NMO-SD), assinale a alternativa mais adequada.
a) Neurite óptica recorrente, uni ou bilateral, sem sinais radiológicos de esclerose múltipla, deve ser
avaliada pelo clínico como parte de NMO-SD, independente de positividade para o NMO-IgG,
inclusive para adequada decisão terapêutica.
b) Neurite óptica recorrente, uni ou bilateral, sem sinais radiológicos de esclerose múltipla, deve ser
avaliada pelo clínico como parte de NMO-SD, apenas na presença de positividade para o NMOIgG, inclusive para adequada decisão terapêutica.
c) Neurite óptica recorrente, uni ou bilateral, sem sinais radiológicos de esclerose múltipla, deve ser
avaliada pelo clínico como parte de NMO-SD, independente de positividade para o NMO-IgG,
porém seu adequado tratamento deve ser feito com betainterferonas, pois não há evidência objetiva
de benefício com imunossupressores.
d) Neurite óptica recorrente não faz parte do espectro de neuromielite óptica e deve permanecer em acompanhamento exclusivo com oftalmologista especializado.

A

A)x.

Neurite óptica recorrente, uni ou bilateral, sem achados de imagem para EM, deve ser considerado o tratamento de NMO-SD, mesmo na ausência de anti-AQP4, sobretudo se acuidade < 20/200.

Na neurite óptica isolada, há uma menor positividade para o anticorpo, quando comparado com a LETM isolada.

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15
Q

Você está acompanhando um paciente que apresentou um episódio de neurite óptica há 3 meses e
atualmente encontra-se com um quadro agudo de mielite completa associada a lesão medular
longitudinalmente extensa. Qual a sequência mais adequada de proposta terapêutica?
a) Realizar pulsoterapia com metilprednisolona em 1g/dia por 3 a 5 dias, seguida de prednisona oral
1mg/kg e programação de doses mensais de ciclofosfamida 750mg/m2.
b) Realizar pulsoterapia com metilprednisolona em 1g/dia por 3 a 5 dias, seguida de prednisona oral
1mg/kg com regressão e suspensão em 30 dias para posteriormente realizar exame de NMO-IgG e,
de acordo com o resultado, iniciar azatioprina.
c) Realizar pulsoterapia com metilprednisolona em 1g/dia por 3 a 5 dias com possibilidade de
completar com imunoglobulina humana hiperimune endovenosa ou plasmaférese, caso não apresente
melhora, e depois continuar com prednisona 1mg/kg associada a azatioprina 2 a 3mg/kg.
d) Realizar 6 a 8 ciclos de plasmaférese, seguidos de pulsoterapia com metilprednisolona em 1g/dia
por 3 a 5 dias e depois continuar com prednisona 1mg/kg associada a micofenolato de mofetila
1.000 a 3.000mg/dia.

A

C)x.

O tratamento da NMO envolve a intervenção nos eventos agudos (surtos) e na prevenção de novos eventos.

Surtos:
1. Pulsoterapia;
2. Plasmaférese;
3. IVIG.

Prevenção de recaídas:

  1. Prednisona 1mg/kg; +
  2. Imunossupressor (azatiopina, micofenolato e outros).

Obs.: a retirada do corticoide deve ser lenta, 06 meses após o uso.

Se recaídas com o corticoide, pode-se considerar o rituximabe.

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16
Q

Sobre o uso do NMO-IgG na avaliação de apresentações do espectro neuromielite óptica:
a) O critério clínico de mielite + neurite óptica deve ser sempre esperado, independente do resultado
de NMO-IgG.
b) Pacientes com primeiro episódio de neurite óptica e positividade para NMO-IgG apresentam 63%
de chance (valor preditivo positivo) de apresentarem novo episódio ou evoluírem com novo
episódio de neurite óptica ou mielite em 1 ano.
c) Pacientes com primeiro episódio de mielite transversa longitudinalmente e positividade para NMOIgG extensa apresentam 54% de chance (valor preditivo positivo) de apresentarem novo episódio de mielite ou neurite óptica em um ano.
d) Pacientes com primeiro episódio de mielite transversa longitudinalmente e positividade para NMOIgG devem ter o exame repetido devido a elevada porcentagem de falsos-positivos.

A

C)x.

Um estudo clínico prospectivo demonstrou que 54% dos pacientes positivos para NMO-IgG apresentaram recorrência em um ano de acompanhamento (valor preditivo positivo = 54%), justificando tratamento precoce nestes casos.

Síndromes de alto risco para NMO:

  • mielite transversa longitudinalmente extensa;
  • neurite óptica uni ou bilateral grave;
  • soluços ou vômitos decorrentes de lesão inflamatória em tronco cerebral;
  • manifestações inflamatório-desmielinizantes do sistema nervoso central com lesões cerebrais
    especificas (hipotálamo, corpo caloso, periventricular e tronco cerebral);
  • situações anteriores sem características de imagem para esclerose múltipla e positividade para NMOIgG.

O risco de um falso-positivo para anti-AQP4 na NMO é quase nulo.

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17
Q

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, desmielinizante, inflamatória, com componente
degenerativa e que em suas formas de surto-remissão ou secundariamente progressiva se caracteriza pela
ocorrência de surtos. Neste contexto, um surto se caracteriza pelo surgimento de:
a) novas lesões em T2 no exame de imagem por ressonância magnética do neuroeixo que não foram
visualizados em exame prévio, podendo ou não realçar pelo contraste de gadolíneo;
b) um sintoma focal de comprometimento de um ou mais sistemas funcionais do sistema nervoso
central (SNC) ou pela exacerbação de um sinal ou sintoma prévio com duração de pelo menos 24
horas;
c) qualquer sintoma em um paciente com diagnóstico de esclerose múltipla e que podem ser explicado
dentro de um contexto da ocorrência de febre, infecções, trauma ou outra condição médica
associada;
d) sintomas recorrentes, inexplicáveis por outra condição médica, relacionados com o SNC, tais como
vertigem posicional, fadiga, choques, sintomas visuais transitórios, sinal de Lhermitte

A

B)x.

A definição atual para surto é qualquer sintoma neurológico relacionado com os sistemas funcionais frequentemente vistos na EM e que não podem ser explicados por outra condição, tais como febre, infecções, traumas, etc. O surto tem duração de pelo menos 24 h, com remissão total ou parcial.

Geralmente tem duração maior que 24 horas,
podendo durar dias, com evolução crescente no início, alcança um platô e então começa a melhorar.
Como o início geralmente é súbito, resulta em situação de estresse físico e psicológico e com graus
variáveis de incapacidade com comprometimento social, emocional e funcional

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18
Q

Em relação ao tratamento do surto é correto afirmar que:
a) é realizado somente com altas doses de glicocorticosteroides (metilprednisolona) por via
endovenosa em esquema de 3 a 7 dias em regime de internação e na dose de 1 (um) grama diária;
b) deve ser realizado somente em casos de neurite óptica e sintomas motores, quando houver
incapacidade importante e se a ressonância mostrar lesão captante de contraste;
c) pode ser realizado com doses altas de glicocorticosteroides, em regime oral ou endovenoso ou uso
de ACTH em doses decrescentes, podendo ser realizado em regime hospitalar ou ambulatorial;
d) não necessita de nenhum cuidado adicional, pois os efeitos colaterais são praticamente inexistentes
e, portanto, não apresentam risco ao paciente

A

A)x.

Tratamento dos surtos da EM:

  1. Corticoterapia (pulso) + corticoide VO;
  2. Plasmaférese;
  3. IVIG.

Plex e IVIG se não responsivos aos corticosteroides, ou se estes contraindicados.

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19
Q

A fadiga é um sintoma importante na evolução da EM e está diretamente relacionada com a qualidade
de vida dos pacientes. Vários tratamentos foram instituídos, e é correto afirmar que:
a) o uso de energéticos, estimulantes do SNC, tais como o metilfenidato, modafilina, cafeína, são
comprovadamente eficazes;
b) não há nenhuma comprovação do uso da amantadina na dose de 100 mg 2 a 3 vezes por dia em seu manuseio;
c) a realização da pulsoterapia em doses preconizadas de MPEV repetidas mensalmente por 6 meses é comprovadamente eficaz;
d) é necessário tratar condições associadas que possam gerar este sintoma de forma secundária, como a depressão, a espasticidade, os distúrbios de sono, a dor e as infecções

A

D)x.

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20
Q
A
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21
Q

Sobre a evolução do EM é correto afirmar:
a) Não apresenta sintomas dolorosos como queixa frequente e portanto a dor não é um sintoma
preocupante.
b) Tratamento com opioides, tais como a codeína, morfina, tramadol e seus derivados, é de uso
rotineiro nos pacientes.
c) A dor representa apenas uma somatização de sintomas depressivos e ansiosos e deverá sempre ser tratada com antidepressivos.
d) A dor pode ser secundária a espasticidade, postura inadequada, problemas de marcha e outras
neuralgias (neuralgia do trigêmeo por exemplo)

A

D)x.

A prevalência da dor na EM varia de 30 a 90%.

A dor pode ser aguda (surto) e crônica (associada aos mecanismos de deaferentação (desinibidação das vias centrais de dor), resultando na hiperexcitabilidade no local da lesão. Também pode ser secundária à espasticidade, à postura inadequada, aos problemas de marcha e às outras neuralgias (como a do trigêmeo).

O sintoma da dor não é relacionado com a duração ou a gravidade da doença.

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22
Q
A

D)x.

Como avaliar a EM?

  1. Índice de surtos;
  2. Presença de incapacidades cognitiva e clínica;
  3. Aspectos de imagem por RM -> novas lesões; realce por contraste; atrofia cerebral.
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23
Q

As novas opções para o tratamento de paciente com esclerose múltipla exigem do neurologista a
consideração de diversos fatores que podem afetar a decisão terapêutica. Assinale a alternativa que
contém exclusivamente fatores diretamente relacionados com o fármaco.
a) Segurança, possibilidade de monitoramento, experiência do médico, resposta terapêutica, custo.
b) Segurança, tolerabilidade, mecanismo de ação, resposta terapêutica, efeitos relacionados com a
gravidez.
c) Preferência do paciente, custo, efeitos relacionados com a gravidez, experiência do médico, corpo de evidências.
d) Segurança, tolerabilidade, custo, conveniência, resposta terapêutica.

A

B)x.

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24
Q

B.L.A.C., paciente do sexo feminino, nascida em 10/2/1988, de etnia parda, solteira, estudante, natural de
Juazeiro, BA, residente em Recife, PE, em 2006 tem diagnóstico firmado de esclerose múltipla, segundo
critérios de McDonald, e inicia tratamento com betainterferona de 30 mg. Após o início dessa
terapêutica, ainda em 2006, apresentou dois surtos/remissões, caracterizados por sintomas sensitivos (1º
surto), e neurite óptica em olho esquerdo (2º surto). Em 2007, ocorreram outros dois surtos/remissões, o
primeiro com sintomas de tronco cerebral, e o segundo com neurite óptica em olho direito. Em 2008,
ocorreram outros três episódios, cujos sintomas foram: tronco cerebral (1º surto), sensitivo e motor (2º
surto) e tronco cerebral e motor (3º surto), todos na vigência do tratamento inicial.
Na vigência dos surtos, a paciente era submetida a pulsoterapia por cinco dias com metilprednisolona.
Além da presença desses surtos, a paciente apresentou concomitantemente aumento do EDSS e piora da
imagem por ressonância magnética.
24. A ocorrência de surtos/remissões na vigência do tratamento suscitou a possibilidade de caracterizar
falha de resposta terapêutica. Assinale a alternativa que contém os parâmetros para se considerar falha
de resposta terapêutica.
a) Ocorrência de mais de um surto ao ano; aumento do índice de surtos independente da acumulação de
incapacidade após os surtos; aparecimento de lesão nova ou recorrente, em tronco cerebral ou
medula, à RM e piora cognitiva.
b) Manutenção ou aumento do índice de surtos; recuperação incompleta dos surtos sem acumular
incapacidade e sem aparecimento de novas lesões à RM.
c) Ocorrência de mais de um surto ao ano; com recuperação completa dos sinais e sintomas;
aparecimento de lesão nova à RM e presença de doença polirregional.
d) Ocorrência de mais de um surto ao ano; manutenção ou aumento do índice de surtos; recuperação
incompleta dos surtos com acumulação de incapacidade; aparecimento de lesão nova ou recorrente,
em tronco cerebral ou medula à RM; presença de doença polirregional e piora motora ou cognitiva

A

D)x.

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25
Q

Admitindo estar havendo falha de resposta terapêutica na paciente B.L.A.C., as possibilidades
seriam:
I – manutenção do regime terapêutico em uso;
II – modificar a terapêutica para um fármaco de mesma classe farmacológica daquela em uso;
III – modificar a terapêutica para um fármaco de linha diferente daquela em uso;
IV – modificar a terapêutica para um fármaco de mesma linha, porém de classe farmacológica
diferente daquela em uso.
Com base no corpo de evidências disponíveis atualmente, assinale a alternativa que expressa a
conduta terapêutica mais adequada.
a) A única conduta adequada é a I.
b) As condutas III e IV são adequadas.
c) As condutas I e IV são adequadas.
d) As condutas II e III são adequadas.

A

B)x.

Quando se identifica falha terapêutica, a linha de escolha poderá ser mantida ou modificada, mas a
classe farmacológica deve ser diferente do fármaco anteriormente utilizado.

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26
Q

As terapias modificadoras da esclerose múltipla e as novas opções anticorpo-mediadas, estudadaspara o tratamento da esclerose múltipla, apresentam mecanismos de ação distintos. Assinale a alternativa
que contém todas as associações corretas entre cada fármaco e seu mecanismo de ação:

a) I – B; II – A; III – E; IV – D; V – F; VI – C.
b) I – A; II – E; III – C; IV – D; V – B; VI – F.
c) I – C; II – B; III – D; IV – A; V – E; VI – F.
d) I – A; II – B; III – E; IV – C; V – F; VI – D.

A

A)x.

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27
Q

A dosagem de anticorpos neutralizantes em pacientes com esclerose múltipla tem indicações
próprias. Assinale a alternativa que melhor expressa as condições em que essa dosagem está indicada,
quando acessível.
a) O aumento de recidivas com agravamento da EDSS em paciente em uso de betainterferona.
b) O aumento das recidivas com agravamento e do número de lesões em imagem por ressonância
magnética em paciente em uso de betainterferona.
c) O aumento das recidivas com agravamento e do número de lesões em imagem por ressonância
magnética em paciente em uso de imunossupressor.
d) O aumento das recidivas com agravamento e do número de lesões em imagem por ressonância
magnética em paciente em uso de acetato de glatiramer.

A

B)x.

Não se tem consenso quanto à conduta a ser tomada diante da presença de anticorpos neutralizantes, já que algumas pesquisas parecem indicar a possibilidade de redução espontânea nos casos de títulos baixos. Mesmo assim, é recomendável
que, diante da suspeita de positividade de anticorpos neutralizantes, se proceda à substituição do
fármaco. Deve-se considerar também que a titulação de anticorpos neutralizantes ainda não está acessível
a todos os pacientes, do que decorre a recomendação de substituir o fármaco, estudando caso a caso.

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28
Q

A EM é definida a partir do preenchimento dos critérios de disseminação no espaço e no tempo. Tem suas formas clínicas atualmente classificadas segundo a ocorrência de surtos ou presença de progressão da incapacidade - V ou F?

A

Verdadeiro.

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29
Q

Quais os critérios para CIS de alto risco?

A
  1. Presença de BOCs no LCR;
  2. Uma ou mais lesões típicas com hipersinal em T2/FLAIR sugestivas de lesões desmielinizantes vistas na ressonância magnética (RM) de neuroeixo.

O risco de conversão para EM ao longo do tempo é de 48 a 81%, dependendo da quantidade de lesões.

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30
Q

A EMRR é a forma clínica da EM em que ocorrem surtos — caracterizados por episódios de disfunção neurológica com duração superior a 24 horas, contínuos (novos sintomas ou piora dos sintomas existentes) —, com recuperação total ou parcial da função neurológica de forma espontânea ou acelerada pelo uso de corticoide - V ou F?

A

Verdadeiro.

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31
Q

A presença de EMRR de alta atividade indica pior prognóstico e deve ser considerada na tomada de decisão quanto ao tratamento. Deve-se preferir o uso de terapia de alta eficácia nesses casos. Quais são os critérios de alta atividade?

A
  1. Dois ou mais surtos e pelo menos uma lesão captante de gadolínio ou aumento de, pelo menos, duas lesões em T2/FLAIR no ano anterior em pacientes não tratados;
  2. Atividade da doença no ano anterior durante a utilização adequada de, pelo menos, uma terapia modificadora da doença, na ausência de intolerância ou adesão irregular ao tratamento, apresentando pelo menos um surto no último ano, evidência de cinco novas lesões hiperintensas em T2/FLAIR, aumento de lesões preexistentes ou pelo menos uma lesão nova captante de gadolínio.
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32
Q

A EMP (progressiva) é a forma clínica da EM caracterizada por aumento da incapacidade, gradual e independente da ocorrência de surtos, ao longo do tempo. Pode ser primária ou secundária - V ou F?

A

Verdadeiro.

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33
Q

Nos estudos de coorte sobre a história natural da EM não tratada, foi observado que, em 50% ou mais dos pacientes com EMRR, após 10 anos ou mais de duração, a doença evoluía com progressão secundária - V ou F?

A

Verdadeiro.

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34
Q

Ainda é discutível se a inflamação crônica observada na EMP é consequência de processo patológico diferenciado daquele observado na EMRR, o que justificaria a ineficácia das terapias anti-inflamatórias nos ensaios clínicos em pacientes com EMPP e EMSP - V ou F?

A

Verdadeiro.

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35
Q

Critérios diagnósticos de EMRR?

A
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36
Q

Critérios diagnósticos de EMPP?

A
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37
Q

As BOCs restritas ao LCR, uma vez presentes, nunca negativam em punções futuras. Apenas podem desaparecer em pacientes tratados com natalizumabe.11 Todas as outras terapias existentes não conseguem negativá-las - V ou F?

A

Verdadeiro.

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38
Q

De acordo com os critérios de McDonald,3 surto é todo evento reportado pelo paciente ou objetivamente observado que seja típico de um processo inflamatório desmielinizante agudo com duração de, pelo menos, 24 horas, na ausência de infecção ou febre. O evento deve ser documentado por exame neurológico realizado na mesma época do sintoma - V ou F?

A

Verdadeiro.

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39
Q

A EM é uma doença desmielinizante autoimune do SNC que atinge principalmente indivíduos jovens, com maior frequência em mulheres. Sobre a causa da EM, assinale a alternativa correta.
A) Distúrbio dos hormônios sexuais femininos.
B) Mimetismo molecular com o vírus Epstein-Barr.
C) Suscetibilidade genética associada à exposição a determinados fatores ambientais.
D) Falta de vitamina D.

A

C)x.

40
Q

Com relação aos critérios de McDonald revisados em 2017, utilizados pela comunidade médica para diagnosticar EM, assinale a alternativa correta.
A) Consistem em determinar a disseminação das lesões desmielinizantes de SNC no tempo e espaço, afastando outras doenças.
B) São necessários testes adicionais quando o paciente apresenta dois ou mais surtos em tempos diferentes e em distintas topografias do SNC.
C) São necessários apenas dois ou mais surtos e uma lesão, demonstrada por RM, para firmar o diagnóstico.
D) Incluem tomografia de coerência óptica (OCT) demonstrando atrofia da retina como um dos principais critérios.

A

A)x.

41
Q

Sobre as formas de EM que apresentam evolução, prognóstico e tratamento diferentes, assinale a alternativa correta.
A) A EMRR não progride e tem bom prognóstico, por isso alguns casos não precisam de tratamento.
B) A EMRR pode progredir para EMSP, mesmo com tratamento disponível.
C) Não existe tratamento disponível e aprovado pelas agências regulatórias para EMP.
D) A forma CIS sempre evolui para EM.

A

B)x.

Mesmo após o tratamento, a EMRR ainda pode progredir para EMSP em alguns casos.

42
Q

Quanto à EMPP, assinale a alternativa correta.

A) A presença de surtos em uma EM com progressão contínua exclui o diagnóstico de EMPP.

B) É caracterizada pelo aumento da incapacidade, gradual e independente da ocorrência ou não de surtos, progressiva por, pelo menos, 12 meses.

C) Sua apresentação mais comum da EMPP é a neuropatia óptica progressiva.

D) Desenvolve-se por volta dos 20 anos de idade, com acúmulo de incapacidades.

A

B)x.

A EMP é caracterizada pelo aumento da incapacidade, gradual e independentemente da ocorrência ou não de surtos, ao longo do tempo. Ela pode ser avaliada pelas escalas clínicas neurológicas de incapacidade, ao menos anualmente. A apresentação mais comum da EMP, em especial nos pacientes com EMPP, é do tipo mielopatia progressiva e se inicia por volta dos 40 anos de idade, com acúmulo de incapacidades.

43
Q

Os glicocorticoides não fazem parte da terapia modificadora da doença. São utilizados para tratar os surtos, reduzindo a intensidade e a duração dos episódios agudos - V ou F?

A

Verdadeiro.

44
Q

Como escolher as drogas para o tratamento da EM?

A

Obs.: siponimode também pode ser utilizado para EMSP.

45
Q

Quais são os tratamentos de primeira e segunda linha no tratamento escalonado da EM?

A
46
Q

EM

Após a normalização das enzimas hepáticas e na ausência de evidência clínica de lesão hepática, pode-se considerar a reintrodução do tratamento com acompanhamento apropriado - V ou F?

A

Verdadeiro.

47
Q

Em relação aos efeitos hepatotóxicos na EM, como proceder frente às alterações laboratoriais?

A
48
Q

Farmacovigilância - quando reduzir a dosagem dos fármacos?

A

Se as alterações laboratoriais excederem os limites sugeridos, a dosagem deverá ser temporariamente reduzida:

hemoglobina inferior a 10g/dL;
leucócitos abaixo de 3.000/mm3;
neutrófilos abaixo de 1.500/mm3;
linfócitos abaixo de 1.000/mm3;
plaquetas abaixo de 75.000/mm3.
Se ocorrerem desvios extremos dos valores normais do hemograma, recomenda-se a descontinuação do tratamento. Quando os valores se normalizam, geralmente é possível um aumento gradual da dose da medicação sem que ocorram complicações ou intercorrências.

49
Q

Fármacos para EM que podem alterar a função tireoideana?

A

Beta-interferon e alemtuzumabe.

50
Q

Com relação ao tratamento da EM, assinale a alternativa correta.

A) A terapia modificadora da doença tem efeito primariamente no neurônio, evitando neurodegeneração.

B) Os glicocorticoides são tipos de terapia modificadora da doença.

C) A plasmaférese é a primeira linha terapêutica para o surto.

D) A abordagem terapêutica deverá envolver a prevenção de novos surtos e progressão da doença, associada ao tratamento sintomático de sequelas eventualmente já existentes.

A

D)x.

Os fármacos modificadores da doença atuam no sistema imune adaptativo e inato de forma geral. Os glicocorticoides não compõem a terapia modificadora da doença. São utilizados para tratar os surtos, reduzindo a intensidade e a duração dos episódios agudos. Nos surtos, em alguns casos graves e sem melhora ou contraindicação ao uso de corticoide, pode-se avaliar aplicação de plasmaférese ou Ig hiperimune IV, avaliando riscos e benefícios para cada caso.

51
Q

Quanto às terapias modificadoras da doença na EM, assinale a alternativa correta.

A) A recomendação é iniciar o tratamento da EM em alta atividade com a terapia escalonada.

B) A terapia de indução é aquela em que os fármacos são menos eficazes, porém mais seguros.

C) A escolha da terapia mais apropriada depende de vários fatores, como forma da EM, atividade da doença, eficácia, presença de comorbidade e perfil de efeitos colaterais.

D) O glatirâmer faz parte da terapia de indução.

A

C)x.

Recomenda-se iniciar o tratamento da EM em alta atividade com a terapia de indução. A terapia de indução mais utilizada nos casos de EMRR ativa usa fármacos mais eficazes, porém mais agressivos e geralmente com mais efeitos colaterais. O glatirâmer faz parte da terapia escalonada.

52
Q

Com relação aos medicamentos considerados de primeira linha para o tratamento escalonado da EMRR, assinale V (verdadeiro) ou F (falso).

β-interferons.

Fumarato de dimetila.

Fingolimode.

Cladribina.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

A) V — F — V — V

B) F — V — V — F

C) V — V — F — F

D) F — F — F — V

A

c)X

Os fármacos considerados de primeira linha para o tratamento escalonado da EMRR são β-interferons, glatirâmer, teriflunomida ou fumarato de dimetila. Fingolimode e cladribina são fármacos de segunda linha.

53
Q

Quanto ao monitoramento dos efeitos adversos de fármacos usados na terapia da EM, assinale a alternativa correta.

A) A avaliação da função hepática envolve a análise de TGO/AST, TGP/ALT, fosfatase alcalina e BT; atingida alteração grau 4 da função hepática, suspende-se e substitui-se a medicação.

B) A alteração grau 1 da função hepática determina a suspensão imediata da medicação.

C) A linfopenia ocorre quando a contagem de linfócitos é inferior a 1.000; essa situação determina a suspensão da medicação pelo risco de infecção.

D) O glatirâmer pode causar hipotireoidismo

A

A)x.

De forma geral, a monitoração do tratamento dos pacientes é clínico-laboratorial. As reavaliações laboratoriais são realizadas a cada 30, 60 e 180 dias do início do uso do medicamento, seguidas por monitoração a cada 6 meses. A avaliação da função hepática envolve a análise de TGO/AST, TGP/ALT, fosfatase alcalina e BT. Alteração grau 4 da função hepática (AST/ALT acima de 20 vezes o limite superior da normalidade; fosfatase alcalina acima de 10 vezes o limite da normalidade; BT acima de 10 vezes o limite da normalidade) determina a suspensão imediata e a substituição da medicação. As alterações hematológicas mais comumente observadas são linfopenia, neutropenia e leucopenia. Essas condições são sempre reversíveis e raramente graves. As alterações da função tireoidiana foram observadas em pacientes em uso de β-interferons.

54
Q

Observe as afirmativas sobre o tratamento sintomático da EM.

I. O tratamento sintomático é capaz de auxiliar na reabilitação física, mas não apresenta resultados na melhora cognitiva do indivíduo.

II. Psicólogos e psiquiatras auxiliam a manter a saúde mental, tratando manifestações psíquicas e afetivoemocionais.

III. Urologistas ajudam no tratamento da bexiga neurogênica e da consequente urgeincontinência urinária.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I e a II.

B) Apenas a I e a III.

C) Apenas a II e a III.

D) A I, a II e a III.

A

C)x.

O tratamento sintomático da EM pode auxiliar a reabilitação física e cognitiva do indivíduo com a doença, ajudando-o a se manter produtivo e com bom convívio social, familiar e pessoal.

55
Q

Com relação à terapia indicada para EMPP, assinale a alternativa correta.

A) A terapia indicada é a depletora de células B.

B) A terapia consiste em anticorpos anti-CD56, depletando linfócitos de forma geral.

C) A terapia consiste no uso de natalizumabe.

D) A terapia indicada é a de indução.

A

A)x.

A indicação de uma terapia depletora de células B tem como racional as evidências de que tais células, além de envolvidas com a perpetuação da inflamação compartimentalizada no SNC, também estão relacionadas a processos citotóxicos e de ativação microglial, que são contribuintes para um processo neurodegenerativo mais intenso, difuso e acelerado.

56
Q

Which of the following best describes changes in the incidence and
prevalence of multiple sclerosis (MS) observed in the United States over
the past 30 years?
A the greatest increase in MS incidence has been observed in
Hispanic and Asian American populations
B MS prevalence has been unchanged over time, overall and within specific racial and ethnic populations
C MS prevalence has decreased as a result of disease-modifying
therapeutics leading to complete disease resolution
D MS prevalence has increased, possibly from broader access to
MRI and overall aging of the population
E the previously observed preponderance of female patients with MS, relative to male patients, is no longer seen

A

D)x.

Due to:

  1. Patients are living longer;
  2. Access to MRI;
  3. Chances in diagnostic criteria.
57
Q

Which of the following statements best describes the current
association between vitamin D and outcomes in patients with multiple
sclerosis (MS)?
A although low vitamin D appears to increase the risk of MS, no
definitive data suggest vitamin D supplementation improves
outcomes in patients with MS
B any association between vitamin D risk and MS outcomes is
observed only in patients with prior exposure to Epstein-Barr virus
C high-dose vitamin D supplementation (eg, 50,000 IU weekly) has
been shown to maintain independent ambulation in patients
newly diagnosed with MS
D lower risk of relapse has been seen with vitamin D
supplementation, even in patients with normal vitamin D levels
E patients with MS are prone to vitamin D toxicity and
supplementation should be avoided, even in patients with low
vitamin D levels

A

A)x.

58
Q

A 33-year-old man is seen in clinic after a recent diagnosis of multiple
sclerosis. In addition to beginning disease-modifying therapy, he is
anxious to start any lifestyle modifications that may positively impactv his prognosis. Implementation of which of the following lifestyle habits
may lower his risk of disease progression?
A adherence to gluten-free diet
B adherence to ketogenic diet
C avoidance of strenuous physical activity
D complete alcohol abstinence
E smoking cessation

A

D)x.

Smoking has been shown in observational studies to be associated with:
1. A higher risk of multiple sclerosis (MS);
2. A higher risk of conversion from clinically isolated syndrome to MS;
3. A higher risk of converting to
progressive forms of MS.

In addition, smoking may decrease the efficacy of certain forms of disease-modifying therapies.

59
Q

Which of the following best describes how socioeconomic factors may
impact the management and outcomes of patients with multiple
sclerosis (MS)?
A although costs of MS care have increased, this has not been associated with nonadherence to medications, clinic visits, or other aspects of care
B as MS-related disability increases, costs of care for patients with
MS decrease
C costs of disease-modifying therapies for MS have decreased over time as more options are approved and available for use
D costs of imaging, not disease-modifying therapies, are the most
important driver of increased costs of caring for patients with MS
E patients with lower socioeconomic status with MS are at risk for
worse disability

A

E)x.

60
Q

Symptoms must persist for a minimum of how many hours to be
considered a clinical attack (clinically isolated syndrome or multiple
sclerosis presentation or relapse)?
A 12 hours
B 24 hours
C 48 hours
D 72 hours
E no minimum time is req

A

B)x.

61
Q

Which of the following is a limitation of the 2017 McDonald criteria?
A CSF findings are not taken into account
B limited generalizability outside of demographically typical multiple
sclerosis populations
C no allowance for inclusion of symptomatic lesions
D overly complex, especially in regard to MRI criteria
E reduced sensitivity compared with previous versions

A

B)x.

The criteria were again mainly validated in White adult North American and European patients. This limits their generalizability to other populations such as pediatric patients and ethnically diverse populations.

62
Q

Which of the following best describes the utility of the presence of
CSF-specific oligoclonal bands in diagnosing multiple sclerosis (MS)?
A can be used to fulfill diagnostic criteria even if the clinical
presentation is atypical
B can demonstrate dissemination in space in those presenting with
a typical clinical syndrome
C can demonstrate dissemination in time in those presenting with a
typical clinical syndrome
D cannot be used to demonstrate dissemination in time or space
but is considered useful adjunct data
E is included in the criteria for diagnosis of primary progressive MS
but not relapsing-remitting MS

A

C)x.

The presence of CSF-specific oligoclonal bands can demonstrate dissemination in time in those presenting with a typical clinical syndrome and meeting dissemination in space criteria. The absence of CSF-specific oligoclonal bands additionally should be considered a red flag as to the diagnosis of MS.

63
Q

The presence of lesions in which of the following locations is a distinct
criterion in the 2017 McDonald criteria for the diagnosis of primary
progressive multiple sclerosis?
A cortex
B infratentorial region
C juxtacortical region
D periventricular white matter
E spinal cord

A

E)x.

The presence of two or more
T2-hyperintense lesions in the spinal cord is part of the 2017 McDonald
criteria for the diagnosis of primary progressive multiple sclerosis (MS).

64
Q

Which of the following best describes the prognostic significance of
patients with multiple sclerosis (MS) achieving no evidence of disease
activity (NEDA), as defined as the absence of new MRI activity, lack of
relapses, and no progression of disability?
A achieving NEDA within 3 years of diagnosis equates to complete
cure from future MS risk
B NEDA at 7 years after diagnosis can now be reached by more than
50% of patients with MS
C the presence of brain volume loss is a more important predictor of
future MS relapses than any component of NEDA
D the prognostic value of achieving NEDA is high in women with MS
but not in men
E while achieving NEDA is a positive prognostic factor, loss of NEDA
does not necessarily portend a poor prognosis

A

E)x.

NEDA = No Evidence of Disease Activity

Composed of:

  1. No new lesions on MRI;
  2. Lack of new clinical evidence;
  3. Lack of disability progression.

NEDA has been challenging to achieve over the long term in most patients, although when achievable, it does serve as a predictor of good outcomes.

However, the corollary to this, failing to achieve NEDA, does not necessarily serve as a poor prognostic sign.

65
Q

A 40-year-old woman is seen in clinic follow-up for her history of
multiple sclerosis. She has been clinically stable on interferon therapy,
with her last clinical event at age 34 (when she stopped treatment
briefly) and her last evidence of radiographic change at age 35. She
inquires about the possibility of her discontinuing her diseasemodifying therapy (DMT) given her clinical stability. Which of the following would be an appropriate part of counseling this patient on the possibility of DMT discontinuation?
A data suggest that DMT discontinuation before the age of 45 is associated with a higher risk of relapse than stopping after the
age of 45
B she should change to a higher-efficacy approach for 2 to 3 years
before considering DMT discontinuation
C she should strongly consider bone marrow transplantation as a
potential multiple sclerosis cure if she elects to discontinue DMT
D since she had a relapse when off treatment in the past, DMT
discontinuation should not be offered as an option for her
E since she has been clinically stable for nearly 10 years, her risk of
relapse on or off DMT is less than 2%

A

A)x.

Some evidence suggests that patients with a stable clinical course who
elect to stop DMT before the age of 45 are at higher risk than those who
elect to stop DMT after reaching the age of 45.

66
Q

A 22-year-old man is seen in clinic for management of his recently
diagnosed multiple sclerosis. He had an episode of optic neuritis 3 years
ago with some T2/fluid-attenuated inversion recovery (FLAIR) changes
on his brain MRI, and his most recent scan showed new contrastenhancing lesions in a juxtacortical location consistent with
demyelination. A mutual decision is made to start disease-modifying
therapy (DMT). Which of the following is a recommended prevention
approach for patients on DMTs with immunosuppressive effects?
A avoid international travel to minimize risk of opportunistic infections
B obtain chest x-ray to evaluate for latent tuberculosis annually
C receipt of any live or live-attenuated vaccines should occur after
starting DMT
D remain current with any recommended cancer screening
E screen for asymptomatic urinary tract infections monthly

A

D)x.

Remaining up-to-date with recommended, age-appropriate cancer screening as well as avoidance
of live or live-attenuated vaccines.

67
Q

A 28-year-old woman is seen in clinic for follow-up of her multiple
sclerosis, which has been well controlled over the past several years on
interferon beta therapy. She recently learned she is pregnant, estimated
at 8 weeks of gestation. Which of the following best describes the
current understanding of the risks posed by interferon beta therapy
during pregnancy and while breastfeeding?
A current evidence suggests interferon beta is nonteratogenic and
does not pose a known risk during breastfeeding
B interferon beta is associated with hemorrhagic complications
during delivery, and it should be stopped at the start of the third
trimester
C interferon beta is concentrated in breastmilk, and she should stop
this medication late in her pregnancy if she plans to breastfeed
D interferon beta is considered highly teratogenic, and she should
stop treatment immediately
E major fetal developmental malformations have been seen in
patients taking interferon beta, but only in women older than
30 years of age

A

A)x.

Based on current evidence, interferon beta is considered nonteratogenic and is felt to be safe to use while breastfeeding. This may make interferon beta an appealing
treatment option for women who anticipate becoming pregnant.

68
Q

Dosing of which of the following disease-modifying therapies for
multiple sclerosis requires adjustment based on a patient’s CYP2C9
genotype status?
A dimethyl fumarate
B natalizumab
C ocrelizumab
D siponimod
E teriflunomide

A

D)x.

Its dosing requires adjustment based on a patient’s CYP2C9 genotype status, with reductions for patients with 1/3 and 2/3 genotypes. It should not be used for patients with 3/3 genotypes.

Other S1P receptor modulators
such as fingolimod do not require similar dose adjustments based on
CYP2C9 gene status.

69
Q

A 35-year-old woman with a 7-year history of relapsing-remitting
multiple sclerosis presents with 2 days of right arm numbness and
weakness. Her symptoms are nearly identical to those of her most
recent exacerbation that occurred 5 months ago that resolved with a
5-day course of IV methylprednisolone, although they are not as severe
in intensity. Which of the following is the most appropriate next step in
her management?
A chest X-ray
B modification of her disease-modifying therapy regimen
C repeat course of 5 days of IV methylprednisolone or oral
equivalent
D urinalysis with reflex urine culture
E watchful waiting with a virtual visit in 1 week

A

D)x.

The patient’s symptoms are identical to those of her last exacerbation, with
the exception of being less severe, and they are not accompanied by
any new symptoms. This reemergence of prior symptoms is most consistent with a pseudoexacerbation (or acute worsening of underlying multiple sclerosis symptoms in the setting of a general medical illness). Urinary tract infections are a frequent triggering event, and therefore, the most appropriate next step in her management is to rule this out before modifying or initiating treatments for her underlying neurologic disease

70
Q

Which of the following interventions is the most appropriate first-line
management of newly reported symptoms of sexual dysfunction in
patients with multiple sclerosis?
A aquatic exercise
B MRI of the pelvis and lumbar spine
C pelvic floor physical therapy
D review of current medications
E urology/gynecology referral

A

D)x.

Many medications used in MS affect sexual activity.

Also: one should always ask the patients about their sexual lives.

71
Q

Screening for which of the following sleep characteristics may help
determine if fatigue is related to multiple sclerosis?
A consistency of sleep schedule throughout the week
B duration of sleep concerns
C time to fall asleep
D tiredness on awakening
E weekly use of over-the-counter sleep aids

A

Patients with MS-related fatigue tend to have improved energy in the morning after awakening but develop fatigue in the midafternoon, whereas
patients with fatigue due to a sleep disorder such as sleep apnea report
nonrestorative sleep with morning fatigue.

72
Q

A 70-year-old man with a 35-year history of multiple sclerosis presents
for his annual neurology visit. His medication regimen includes
dalfampridine, which he has been on for the last 9 years, and he is not
sure if it is helping his walking. Which of the following recommendations
regarding his dalfampridine dosing should be given to the patient?
A a 2-week drug holiday should be taken
B dose should be discontinued
C dose should be halved
D dose should be titrated up
E no change in dosing is needed

A

A)x.

As creatinine clearance decreases with age, older patients may begin to
experience adverse effects from dalfampridine. A 2-week drug holiday
allows for assessment of new side effects while also allowing for
evaluation of continued efficacy.

73
Q

Which of the following is the most common clinical presentation
among patients with primary progressive forms of multiple sclerosis?
A area postrema syndrome
B brainstem syndrome
C cerebellar syndrome
D myelopathy
E optic neuritis

A

D)x.

The vast majority (greater than 80%) of patients present with a progressive myelopathy, specifically a spastic paraparesis that may not have a demonstrable sensory level.

74
Q

A 52-year-old man is seen in clinic for evaluation of gait dysfunction
and other symptoms of myelopathy that have progressed for the past
2 years. Evaluation has included MRI of the cervical spinal cord that
shows multiple T2/fluid-attenuated inversion recovery (FLAIR)
hyperintensities in an appearance highly suggestive of multiple
sclerosis, although MRI of the brain is unremarkable. Testing for
metabolic, infectious, and other causes of myelopathy has been
unrevealing, and primary progressive multiple sclerosis (MS) is
suspected. The presence of which of the following would be needed to
meet diagnostic criteria for this disorder?
A abnormal visual evoked potential testing
B decreased retinal fiber layer thickness on optical coherence
tomography
C oligoclonal bands in CSF analysis
D repeat MRI in 1 year showing progression of spinal cord lesions
E serum antibodies directed at aquaporin-4

A

C)x.

Critérios para EMPP:

1 ANO DE DEBILIDADE DO INÍCIO (INDEPENDENTE DE RECORRÊNCIA)

+

Dois de três:

  1. Uma ou mais lesões hiperintensas em T2/FLAIR no cérebro;
  2. Duas ou mais lesões hiperintensas em T2/FLAIR na medula;
  3. Presença de BOC no LCR.
75
Q

f

A
76
Q

A 59-year-old woman is seen in clinic for follow-up of her multiple
sclerosis (MS), which has recently changed from a relapsing pattern to
a secondary progressive form. In addition to her MS, her medical
history also includes diagnoses of diabetes, hypertension, and
hyperlipidemia. Which of the following would be an appropriate
aspect of counseling this patient on the interactions between her MS
and her vascular risk factors?
A 3-hydroxy-3-methylglutaryl coenzyme A (HMG-CoA) reductase
inhibitors (statins) should not be used if she elects to remain on
any MS disease-modifying therapies
B because of her history of diabetes, corticosteroids would be
absolutely contraindicated in the setting of any future MS relapses
C her history of MS should provide a protective effect from any
potential brain-related effects of chronic hyperlipidemia
D the presence of these vascular risk factors may increase the rate
at which disability progresses in her case
E she should have a less intensive blood pressure treatment goal for
her hypertension because of her MS

A

D)x.

Fatores de RCV podem aumentar ra progressão da doença na EM.

Deve-se evita-los e trata-los quando presentes.

77
Q

Which of the following is the first and currently only US Food and
Drug Administration (FDA)-approved disease-modifying therapy for
patients with primary progressive multiple sclerosis (MS)?
A fingolimod
B glatiramer acetate
C mitoxantrone
D ocrelizumab
E rituximab

A

D)x.

78
Q

Which of the following characteristics occurs more commonly in
pediatric patients with optic neuritis than in adult patients with optic
neuritis?
A absence of red color desaturation
B optic disc edema
C unilateral involvement
D visual acuity of 20/70 or better in the acute phase
E worse long-term recovery

A

B)x.

Optic disc edema occurs at higher rates in pediatric patients. In addition to the greater rates of optic disc edema, pediatric optic neuritis is more frequently bilateral and more severe at onset, although it has greater long-term visual recovery compared to optic neuritis in adult patients.

79
Q

A 12-year-old girl presents with 1 week of progressive lower extremity
weakness and numbness below the waist with associated constipation
and urinary retention. On initial examination, she is graded at D on the
American Spinal Injury Association (ASIA) scale. MRI of the spine is
obtained and demonstrates faint signal hyperintensity extending from
C5 to T2, with no associated enhancement. Lumbar puncture is
performed, and initial studies show a mildly elevated protein with no
CSF pleocytosis. Which of the features of the patient’s presentation
portend a higher risk of poor outcome?
A absence of enhancement on MRI
B ASIA scale grade of D
C elevated CSF protein
D female sex
E presence of CSF pleocytosis

A

D)x.

The patient’s presentation is
consistent with a diagnosis of acute transverse myelitis. Although
pediatric patients generally have a good recovery from acute transverse myelitis, 18% to 30% of patients will have a poor neurologic outcome.

Factors associated with poor outcomes:

  1. Female;
  2. ASIA A - C (American Spinal Injury Association);
  3. Gadolinium enhancement;
  4. Absence of pleocytosis.
80
Q

The presence of what finding on brain MRI makes a diagnosis of acute
disseminated encephalomyelitis (ADEM) highly unlikely?
A absence of lesions early in the course
B gadolinium enhancement
C poorly demarcated hyperintense lesions
D T1-hypointense lesions
E three to four centimeter-sized lesions

A

D)x.

The presence of T1-hypointense lesions is not consistent with a diagnosis of acute disseminated encephalomyelitis (ADEM). MRI of the brain typically reveals large (>1 cm to 2 cm), bilateral, poorly demarcated hyperintense lesions that involve mainly the cerebral white matter. Neuroimaging can be normal early in the course of ADEM, and gadolinium enhancement is variable.

81
Q

The presence of myelin oligodendrocyte glycoprotein (MOG)
antibodies at diagnosis in pediatric patients with acquired
demyelinating syndromes signifies which of the following?
A confirmation of the diagnosis of pediatric acute transverse
myelitis if clinical picture and neuroimaging are consistent
B greater efficacy of traditional disease-modifying therapies (such
as those used in patients with multiple sclerosis)
C low likelihood of a future diagnosis of pediatric multiple sclerosis
in a patient diagnosed with optic neuritis
D lower risk of post–acute disseminated encephalomyelitis (ADEM) seizures
E need for long-term (greater than 5 years) immunotherapy even in
the absence of clinical relapses

A

C)x.

The presence of myelin oligodendrocyte glycoprotein (MOG)
or aquaporin-4 antibodies at time of diagnosis of optic neuritis suggests against a future diagnosis of pediatric multiple sclerosis.

Low-titer and transient MOG antibodies may rarely be detected in
patients with a typical clinical presentation of multiple sclerosis and
should not exclude the diagnosis if the history, neuroimaging, and CSF
testing are all consistent with this diagnosis.

82
Q

Which of the following adverse effects of fingolimod is unique to the
pediatric population?
A bradycardia
B lymphopenia
C macular edema
D seizures
E transaminase elevation

A

D)x.

83
Q

Which of the following best characterizes the current understanding
of the pathophysiologic mechanism observed in neuromyelitis optica
spectrum disorders?
A α-synucleinopathy
B abnormal neurovascular coupling
C autoimmune astrocytopathy
D mitochondrial dysfunction
E severe inflammation resulting in demyelination

A

C)x.

84
Q

A 35-year-old man is seen in the hospital after the recent onset of optic
neuritis affecting the left eye, following a severe episode of optic
neuritis affecting the right eye 3 years ago. Neuromyelitis optica
spectrum disorders (NMOSD) are suspected. Which of the following
best describes the next steps in making a diagnosis of NMOSD in
this patient?
A another clinical manifestation besides optic neuritis needs to
occur before making a diagnosis of NMOSD
B anti–aquaporin-4 (AQP4) antibodies are nearly 100% sensitive; if
negative, then this patient does not have NMOSD
C anti–Sjögren syndrome A (SSA) and anti–Sjögren syndrome B (SSB)
antibodies must be negative to make a diagnosis of NMOSD in this
patient
D measuring serum AQP4 antibodies is recommended over
measuring CSF AQP4 antibodies
E NMOSD can only be diagnosed if the patient has T2/fluidattenuated inversion recovery (FLAIR) abnormalities on spinal cord
imaging

A

D)x.

Because AQP4 antibodies are not produced in the intrathecal compartment, serum testing for these antibodies is favored over CSF.

85
Q

Relative to neuromyelitis optica spectrum disorders (NMOSD), which
of the following clinical characteristics is more commonly observed in
patients with myelin oligodendrocyte glycoprotein (MOG)-IgG
associated disorder?
A area postrema and hypothalamic involvement
B increased female-to-male preponderance of disease
C monophasic as opposed to recurrent pattern of involvement
D posterior optic nerve or optic chiasm involvement
E transverse myelitis presentation during childhood

A

C)x.

One considerable difference between the two disorders is that MOG-associated disorders often follow a monophasic pattern whereas patients with NMOSD are more likely to have recurrences over the course of their disease.

MOG -> oligodendrócitos.
AQP4 -> astrócitos.

86
Q

A 42-year-old woman with a prior diagnosis of neuromyelitis optica
spectrum disorders (NMOSD), based on recurrent episodes of optic
neuritis and positive anti–aquaporin-4 antibodies, is seen in the
hospital for acute lower extremity weakness and bladder dysfunction.
Imaging has revealed a new area of T2/fluid-attenuated inversion
recovery (FLAIR) hyperintensity extending from C7 through T3. The
patient has received 7 days of high-dose IV methylprednisolone with
no change in her symptoms. Which of the following is the best next
step in the management of this patient?
A begin IV cyclophosphamide
B begin plasma exchange for 4 to 8 exchange sessions
C continue high-dose IV methylprednisolone for another 7 days
D change to oral prednisone and taper dose downward over 1 to
2 weeks
E discharge to a rehabilitation facility to begin intensive physical
therapy

A

B)x.

In patients who have no response to an initial approach of high-dose IV corticosteroids, a course of plasmapheresis over 4 to 8 exchange sessions is considered the next line of treatment.

Não respondeu ao PLEX -> ciclofosfamida.

87
Q

Which of the following medications used as a disease-modifying
therapy in the management of multiple sclerosis has the strongest
evidence for the off-label prevention of relapses in patients with
neuromyelitis optica spectrum disorders (NMOSD)?
A fingolimod
B glatiramer acetate
C natalizumab
D ocrelizumab
E rituximab

A

E)x.

Única droga utilizada tanto para EM quanto para NMO.

88
Q

Which of the following characteristics best predicts the risk of future
relapses of myelin oligodendrocyte glycoprotein–associated disorders?
A age
B clinical phenotype
C presence of viral prodrome
D seroconversion status in adults
E sex

A

A)x.

Age at presentation has been found
to be a predictor of future relapses; adults have a higher risk of relapses
than children, and children younger than the age of 10 have the lowest
risk. Seroconversion to myelin oligodendrocyte glycoprotein
autoantibody–negative status may be associated with a decreased risk
of relapse, but studies have shown this association only in pediatric
patients.

89
Q

Which of the following is a common histopathologic feature of myelin
oligodendrocyte glycoprotein–associated disorders?
A CD8 T cell–dominated lymphocytic infiltrates
B dystrophic astrocytes
C extensive granulocytic cell infiltrates
D lesions with well-defined microglial rims
E meningeal inflammation

A

E)x.

90
Q

Anti–myelin oligodendrocyte glycoprotein antibodies are highly
unlikely to be the causative factor for which of the following clinical
phenotypes?
A acute disseminated encephalomyelitis (ADEM)
B area postrema syndrome
C bilateral optic neuritis
D chronic lymphocytic inflammation with pontine perivascular
enhancement responsive to steroids (CLIPPERS)
E simultaneous optic neuritis and myelitis

A

B)x.

91
Q

A 45-year-old woman was diagnosed with myelin oligodendrocyte
glycoprotein–associated optic neuritis 5 months ago. At that time, she
had full recovery of her vision after treatment with IV steroids, and
after a prolonged taper, the decision was made to hold on starting
further treatment. She is now presenting with bilateral optic neuritis
with severe vision loss. Which of the following is the most appropriate
next step in the initiation of long-term immunotherapy?
A acute treatment with 5 days of IV steroids followed by chronic oral
steroids with Pneumocystis jirovecii pneumonia prophylaxis
B initiation of fingolimod once her steroid taper is complete
C initiation of glatiramer acetate simultaneously with management
with high-dose IV steroids for her acute relapse
D long-term immunotherapy is not indicated at this time as long as
she again robustly responds to IV steroids
E treatmentwith IVIg for her acuterelapse followed by pulse IVIg dosing

A

E)x.

Although this patient may respond well again to IV steroids as acute treatment for her relapse, of the options provided, treatment with IVIg followed by pulse dosing is the most
appropriate.

92
Q

An 11-year-old boy, recently diagnosed with cerebral
adrenoleukodystrophy based on new-onset behavioral problems and
seizures, along with characteristic MRI, is seen in clinic follow-up. His
mother inquires about the expected prognosis of her 6-year-old son,
whose prior testing has also included elevated levels of very long chain
fatty acids. Which of the following is an appropriate part of counseling
in this family?
A because the mother does not display signs of
adrenomyeloneuropathy, the prognosis for both of her
sons is excellent
B because the younger son has not developed cerebral
adrenoleukodystrophy by the age of 5, it is highly unlikely he will
manifest this disorder
C given no clear genotype-phenotype relationship in
adrenoleukodystrophy, her younger son’s clinical course may be
very different from her older son’s
D she should expect her younger son to follow a very similar clinical
course to that of her older son
E subsequent children tend to be affected more severely than their
older siblings in adrenoleukodystrophy

A

C)x.

Adrenoleukodystrophy is a genetic disorder caused by pathogenic
variants in the ABCD1 (ATP-binding cassette transporter subfamily D
member 1) gene. The phenotypes observed in families with
adrenoleukodystrophy can vary significantly. No genotype-phenotype
relationship is established in this disorder, and as such, it is difficult to
counsel this mother on what to expect clinically regarding her younger son relative to his older brother.

93
Q

A 9-year-old boy with a family history of adrenoleukodystrophy
begins to develop new symptoms of inattention, decreased school
performance, and impaired fine motor movements. Brain MRI is
obtained to look for evidence of cerebral adrenoleukodystrophy. T2/
fluid-attenuated inversion recovery (FLAIR) changes in which of the
following brain regions are most highly suggestive of cerebral
adrenoleukodystrophy in this patient?
A anterior temporal lobes
B basal ganglia
C cerebellar white matter
D corticospinal tracts within the brainstem
E splenium of the corpus callosum

A

E)x.

In patients with cerebral adrenoleukodystrophy, the classic finding on MRI is T2/fluid-attenuated inversion recovery (FLAIR) hyperintensity in the splenium of the corpus callosum. Often, the lesion begins medially and extends posteriorly to involve the white matter of the parietal and occipital lobes, often with contrast enhancement

94
Q

The neonatal form of which of the following leukodystrophies can
mimic congenital viral infections?
A adrenoleukodystrophy
B Aicardi-Goutières syndrome
C Canavan disease
D Krabbe disease
E Pelizaeus-Merzbacher disease

A

B)x.

The neonatal form is the most
severe and is associated with poor neurologic outcomes. Patients
present at birth with signs and symptoms that mimic congenital
infection including microcephaly, irritability, hepatitis, thrombocytopenia, anemia with diffuse atrophy, and calcifications
seen on neuroimaging
.

95
Q

Patients with which of the following leukodystrophies are at increased
risk for premature coronary artery disease?
A Alexander disease
B cerebrotendinous xanthomatosis
C POLR3-related leukodystrophy
D TUBB4A-related disorders
E vanishing white matter disease

A

B)x.

Patients with cerebrotendinous xanthomatosis are at risk for several
cardiac issues, including premature atherosclerosis, coronary artery
disease, and lipomatous hypertrophy of the atrial septum.

Other systemic symptoms and signs include early-onset diarrhea,
juvenile-onset cataracts, hypothyroidism, xanthomas, and skeletal abnormalities
.

96
Q

Elevations of which of the following laboratory values suggest a
diagnosis of Krabbe disease?
A CSF glial fibrillary acidic protein (GFAP)
B serum acid sphingomyelinase
C serum very long chain fatty acids
D urine N-acetylaspartic acid
E whole blood psychosine

A

E)x.

Krabbe disease is a lysosomal storage disorder that results from a deficiency of galactocerebrosidase. This results in toxic accumulation of psychosine,
making whole blood psychosine a useful diagnostic biomarker.