Sistema Reprodutor Feminino e Masculino Flashcards
Principais pontos sobre torção uterina
-Comum em bovinos
-Ocorre em utero gravido
-Comum no terço final
-Pode estar associada a hidrometra ou piometra
-Torção 180º provavelmente ocorrerá distocia
-Impedidimento do retorno venoso pode levar a congestão e edema da parede uterina, edema da placenta e morte fetal
Hernia
Comum em cadelas, pois apresentam canal inguinal mais amplo que as fêmeas de outras espécies. O corno uterino pode insinuar-se através do canal inguinal quando está aumentado de volume e pesado.
Prolapso uterino
-Comum em ruminantes
-Associado a distocia com tração forçada do feto, hipocalcemia, retenção placentária e desnutrição
-Geralmente é o corno que gestou que sofre prolapso
-Em ovelhas pode ter relação com hiperestrogenismo
-Em cadelas pode estar associado a pólipos uterinos
Metrite
Inflamação de todas as camadas da parede uterina
Endometrite
Inflamação somente do endométrio
Miometrite
Inflamação apenas do miométrio
Perimetrite
Atinge a serosa uterina
Parametrite
Atinge ligamento suspensório
Endometrite pós-coital
-Comum em vacas
-Campylobacter fetus ou Tritichomonas foetus
-Infectadas na montas natural
-Retorno ao cio e intervalo entre partos longos
-Muco viscoso com pus
Metrite pós-parto
Relacionada a retenção de placenta, abortos, partos gemelares e distocia
Sinais clínicos metrite pós-parto
Fluido fétido amaerelo-avermelhado a acastanhado, febre, apatia, anorexia e baixa produção de leite
Lesões macroscópicas metrite pós-parto
Parede uterina friável, edematosa, com erosões e hemorragias na mucosa, serosa avermelhada
Piometra na cadela e na gata
Inflamação sobreposta a hiperplasia endometrial cistica
Ocorre mais em cadelas velhas e nas que nunca pariram
Desenvolve-se após o estro enquanto há presença de corpo lúteo e altos níveis de P4
Causas da piometra
A disfunção hormonal é predisponente e perpetuante. Pode ser causada por sensibilidade anormal do tecido com hiperplasia endometrial cística.
O que causa a disfunção hormonal?
A disfunção hormonal está principalmente relacionada com o uso de anticoncepcionais a base de P4
Sinais clínicos piometra
Apatia, anorexia, vômitos, poliúria, polidpsia, descarga vagina quando a cervix está aberta;
Lesões renais e manifestações clínicas relacionadas são comuns
Lesões mecroscópicas na piometra
útero aumentado de volume, com hiperplasia cística do endométrio e exsudato abundante, parede uterina pode estar friavel com perfuração ou ruptura
Piometra por E. coli e Proteus sp.
Exsudato viscoso, espesso, castanho-avermelhado, fétido e opaco
Piometra por Streptococcus sp. e Staphylococcus sp.
Exsudato amarelo esverdeado
Piometra na vaca
-Tritichomonas foetus ou Arcanobacterium pyogenes
-Pós-parto
-Associada a atividade do corpo lúteo tendo sua persistencia levando a sitense e liberação de PGF2a pelo endométrio lesado
-Sucede de endometrite, distocia, retenção de placenta, coito com infecção venérea, aborto, inseminação com contaminação
Piometra na égua
-Após parto distócico ou cobertura
-Streptococcus zooepidemicus
-Continua ciclando e a cervix permanece aberta
-Elimina grande quantidade de pus durante o estro
Mumificação
-Ausencia de infecção bacteriana
-Cervix fechada
-Os fluidos são reabsorvidos e as membranas aderem ao feto dessecado
-Feto fica acastranhado com aspecto de couro e a superfície recoberta por muco pegajoso
-Pode ou não ser eliminado com o tempo
Maceração
-Depende da presença de microrganismos no interior do utero
-Pode ocorrer endometrite ou piometra dependendo se a cervix estiver aberta ou fechada
-Presença de enfisema leva a toxemia e morte
-Ossos fetais resistem a maceração e ficam livre podendo causar perfuração uterina
Brucelose
-Brucella spp
-Gram negativas
-Produzem infecções crônicas com bacteremia persistente ou recorrente e manifesta por abortos
Agente etiológico brucelose bovina
-Brucella abortus
-Fetos abortados
-Placenta contaminada
-Descargas uterinas contaminadas
Epidemiologia brucelose bovina
-A rota de infecção normalmente é trato digestório, mas pode ocorrer através da vagina, conjutiva e pele
-A infecção estabelece em bovinos sexualmente maduros, principalmente, fêmeas e tende persistir por tempo indefinido
Patogenia brucelose bovina
Atinge os linfonodos regionais em relação a porta de entrada induzindo linfadenite aguda, que irá se disseminar por via hematógena e causar bacteremia. A bacteréria tem persistência em tecidos linfóides (baço e linfonodos mamários), glândulas mamárias e em útero gravido (altos níveis de eritritol que é usado como substrato) durante a bacteremia.
-Excretam o patógeno no colostro
-Machos a brucela instala nos testículos e glandulas sexuais acessórias
Sintoma clínico da brucelose bovina
-Aborto durante o 7-8º mês de gestação
Lesões macroscópicas
-Pequena quantidade de exsudato entre endométrio e córion na área intercotiledonárias da placenta com pouco odor, aspecto amarelo opaco, viscoso, contendo detritos floculentos cinza-amarelados;
-Area intercotiledonária afetada espessa, superfícia com aspecto de couro cinza-amarelado, superfície mucosa coberta por exsudato, coágulos e restos epiteliais
-Membrana fetal e o cordão umbilical edemaciados
-Placenta com cotiledones necróticos
Controle da brucelose
-Vacinação de bezerras de 3 a 8 meses de idades
-Vacina B19 em animais mais velhos faz com que os mesmos tenham títulos para Brucella por muito tempo dificultanto o diagnóstico de infecções naturais
-Vacina RB51 pode ser utilizada em bezerras e fêmeas que não tomaram a vacina no período indicado
-Vacinação de gestantes leva ao aborto
-Vacinação de machos ocasiona orquite
Diagnóstico brucelose
Teste de antígeno acidificado tamponas (Rosa Bengala) como teste de triagem, de modo que os animais positivos podem ser confirmados pelo Teste da redução do mercaptoetanol
Agente etiológico da leptospirose em bovinos
Leptospira hardjo
Lepstospirose em bovinos
-Abortos no terço final da gestação, natimortos ou nascimento de bezerros fracos
-Há casos de infertilidade em bovinos
-O agente persiste nos rins e no trato genital de modo que os bovinos infectados são as fontes mais importante do agente (ao contrário da canina e humana que é o rato)
Herpesvirus bovino
BHV-1 e BHV-2
-Aborto
-Vulvovaginite pustular infecciosa
-Balanopostite
-Doença sistemica do recém nascido
-Ambas as formas do BHV-1 podem causar aborto e doença fetal
Patogenia do aborto por herpesvirus bovino
O vírus penetra na muscosa do trato genital ou respiratório, multiplica e é carreado por leucócitos pelo organismo. Na fêmea prenha o vírus chega ao útero e causa morte fetal por detruição tecidual no feto e na placenta.
O aborto acontece entre 3-6 semanas após a infecção
TVT
-Ocorre apenas em cães
-Neoplasia contagiosa transmitida por implantação de células, principlamente através do coito
-Ocorre na genitália externa, mas pode ter apresentação cutânea, ocular e/ou intranasal
-Pode ocorrer metastase para linfonodos regionais, baço, fígado e encéfalo
-Pode ter regressão espontânea do tumor em menos de 6 meses
Agente etiológico da balanopostite em touros
-Herpervirus bovino tipo 1.2
Balanopostite em touros
-Infecção mais frequente é por contato com vacas infectadas
-Caracteriza-se por secreção prepucial purulenta
Sintomatologia balanopostite em touros
Aguda: numerosas pequenas vesículas branco-acinzentadas e opacas no pênis, prepúcio e glande 3-3 dias após a infecção
Casos graves: edema do penis e prepúcio, ulcerações
Cicatrização inicia 6-8 dias após e em casos não complicados ocorre resolução
Fimose
Orifício prepucial demasiadamente pequeno, que impossibilita a retração do prepúcio
Parafimose
Quando prepúcio fimótico é forçado por sobre a glande e produz contrição acentuada, acompanhada por edema impedindo a volta do prepúcio ao normal
Balanite
inflamação da glande peniana
Postite
inflamação do prepúcio
Hiperplasia de próstata
-Comum em cães 4-5 anos, sendo que o grau e incidencia aumento com o avançar da idade
-Aumento da prostáta pode estar associado a constipação devido a pressão sobre o reto
-A hiperplasia causa compressão sobre a uretra prostática levando a interferencia da micção
-Possivelmente a pressão gerada pelo aumento da glândula sobre o fluxo sacral parassimpático leve a paresia da bexiga
-Não ocorre em machos castrados
-Castração é medida terapeutica
Achados de necrópsia em hiperplasia prostática
Aumento de tamanho em relação ao normal, superficia irregularmente nodular, cistos e dilatações venosas e linfáticas sobre a capsula, porção glandular esponjosa com cistos contendo fluido leitoso.