Sistema Hepatobiliar Flashcards
Insuficiência hepática
Perda da capacidade funcional do fígado quando há lesão difusa acentuada. É caracterizada pela presença de colestase, icterícia, encefalopatia hepática, hemorragia, hipoproteinemia, alterações vasculares e hemodinâmicas, fotossensibilização
Colestase
Retenção biliar intra ou extra-hepática
Ocorre em intoxicação por Brachiaria sp. e em situações obstrutiva
Icterícia
Alteração generalizada decorrente da hiperbilirrubinemia, com deposição da bilirrubina nos tecidos que ficam tingidos.
Tipos de icterícia
Pré-hepatica: aumento de bilirrubina não conjugada
Hepática: aumento de bilirrubina conjugada e não conjugada
Pós hepática: aumento de bilirrubina conjugada
Encefalopatia hepática
Decorre de lesão hepática difusa grave com retenção de produtos nitrogenados e resultante hiperamonemia
Manifestações clínicas encefalopatia hepatica
alterações comportamentais, apatia, tremores, alterações de locomoção, andar em círculos, cegueira, convulsões
Diagnóstico diferencial encefalopatia hepatica
Raiva, devido a agressividade
Encefalopatia hepática em cada espécie
Bovinos e equinos: decorrente de hepatopatias tóxicas agudas ou crônicas
Cães: decorrente de desvio congênito da circulação portal para a sitêmica fazendo com que o sangue não passe pelo figado e converta a amônia em ureia
Porque insuficiência hepática causa tendência a hemorragia?
O fígado sintetiza fatores de coagulação dependentes de vitamina K, fibrinogênio e outros. Quando tem lesões hepáticas difusas há uma redução de protrombina (fator II) e fibrinogênio (fator I) tendenciando a hemorragias.
Lesões agudas graves podem precipitar quadros de coagulação intravascular disseminada (CID) e fazer que haja consumo de fatores de coagulação e hemorragia resultante, como em casos de cães com leptospirose.
Hipoproteinemia
Lesões hepaticas difusas afetam a sintese de proteínas. Cracteriza-se por edema em subcutâneo, cavidades, pregas de mucosa abomasal em ruminantes.
Alterações vasculares e hemodinâmicas
Fígado com fibrose difusa faz com que haja um aumento da pressão hidrostática na circulação portal de modo a mandar o líquido intravascular para fora e acumule na cavidade abdominal (ascite)
Hepatopatias crônicas, como cirrose hepática, cria uma hipertensão portal que leva a formação de desvios portossistêmicos
Fotossensibilização hepatógena
Também chamada de secundária, é a mais importante. Ocorrer em animais herbívoros com lesão hepática difusa causada por plantas hepatotóxicas, como Brachiaria spp., Pithomyces chartarum, etc.
Patogenia da fotossensibilização hepatógena
Em hepatopatias difusas a filoeritrina, que é uma substância fotodinâmica produzida no intestino, não é removida do sangue pelo fígado e passa a se acumular em tecidos, inclusive na pele. Em áreas despigmentadas e desprovidas de pelos há penetração de raios UV, que faz com que a filoeritrina passe a produzir calor e radicais livres resultando em inflamação e necrose da pele.
Fotossensibilização primária
Ingestão ou contato com substância fotodinâmica pré-formada em plantas, como ervanço, e medicamentos, como tiobendazole e fenotiazina.
Não tem alteração hepática
Alterações pós-mortais
Embebição biliar, manchas pálidas na superficie, pseudomelanose em áreas de contato com intestino, formação de bolhas de gás no parênquima
Anomalias congênitas e achados incidentais de necropsia
Cistos hepáticos, lipidose de tensão e fibrose capsular
Cistos hepáticos
Estruturas revestidas por parede delgada e translucida que contém líquido
Diferenciar de cisto hidático
Lipidose de tensão
Área limitada de esteatose relacionada aos locais de inserção de ligamentos, que acabam geram tensão e impedem a oxigenação adequada da área levando esteatose decorente de hipóxia
Observada em abatedouros e necrópsias
Anemia
Evidenciação do padrão lobular devido a degeneração ou a necrose centrolobular decorrentes de hipóxia. Comum em cães com ancilostomose, ruminantes com hemoncose e suínos com uúlceras gástricas sangrantes
Congestão passiva crônica
Evidenciação do padrão centro lobular > fígado em nós moscada
Característico de ICCD
Congestão, hemorragias, fibrose
Pode estar associado a tromboflebite de veia cava
Telangiectasia
Dilatação dos sinusóides acumulando mais sangue
Macroscopicamente a superfície se apresenta vermlho-arroxeadas
Pode estar associada com salmonela e doenças caquetizantes
Figado é descartado por conta do aspecto, mas não tem problema
Achado de abatedouro
Infartos hepáticos
Raros devido a dupla circulação
Pode estar associado a hérnias diafragmáticas
Pode ocorrer na hemoglobinúria bacilar, intoxicação por samambaia ou em septicemia
Deslocamento hepático
Leva a congestão, esteatose e infarto
Ruptura
Relacionado a trauma
Torções hepáticas
Ocorrem frequentemente em coelhos devido a manipulação levando a necrose e isquemia
Atrofia hepática
Redução do tamanho dos hepatócitos
Esteatose hepática
Acúmulo de triglicerídeos no citoplasma dos hepatócitos
Ocorre principalmente quando há mobilização de gordura para obter energia
Aumento de volume do fígado, coloração palido-amarelado, evidenciação do padrão lobular, consistência diminuída e aspecto gorduroso ao corte
Cetose bovina
Enfermidade metabólica de bovinos
Toxemia da prenhez
Enfermidade metabólica de pequenos ruminantes que ocorre no terço final da gestação
Etipatogenia da Cetose e Toxemia da prenhez
Ingestão alimentar insuficientes associado a necessidade energética faz com que haja a mobilização de gordura corporal de modo que há uma sobrecarga hepática levando ao quadro de esteatose hepática
Manifestações clínicas cetose/toxemia da prenhez
Manifestações neurológicas, apatia, tremores, cegueira, agressividade, decúbito, convulsões e coma
Toxemia: aborto
Lipidose Hepática
Doença sem causa conhecida que ocorre em gatos adultos, prinicpalmente obesos.
Sinais clínicos de lipidose hepática
Perda de apetite, vômito, icterícia e outros sintomas de insuficiência hepática
Lesões macro lipidose hepatica
Ictericia, fígado aumentado de volume, amarelado, com evidenciação do padrão lobular, consistência diminuida, aspecto gorduroso ao corte
Diabetes Mellitus
Deficiencia relativa ou absulota de insulina, causada pela destruição das ilhotas de Langerhans secundária a uma pancreatiteacentuada, destruição do pancreas por doença hereditária ou por deficiencia/retardo na secreção de insulina