Sistema Cardiovascular Flashcards
Quais são os sinais e sintomas analisados?
Dor cardíaca; palpitações; dispneia, tosse e expectoração; chieira; hemoptise; desmaio (lipotimia e síncope), alterações do sono; cianose; edema; astenia; posição de cócoras.
Quais características são importantes na avaliação da dor cardíaca?
Localização; irradiação; caráter; intensidade; duração; frequência; fatores desencadeantes ou agravantes; fatores atenuantes; sintomas concomitantes.
Como se apresenta a dor na isquemia miocárdica?
Localização: mais típica é retroesternal, podendo ser sentida à esquerda ou, mais raramente, direita da linha esternal. Dor perimamilar ou por debaixo - não é cardíaca. Dor na pele ou estruturas superficiais - parede torácica.
Irradiação: irradia-se tanto superiormente, quento inferiormente e dorsalmente.
Caráter ou qualidade: quase sempre constritiva, paciente leva mão fechada ao peito.
Duração: angina estável - 2 a 3 minutos, não passando de 10. Angina instável - pode chegar a ultrapassar 20 minutos, havendo alterações histológicas.
Intensidade: leve, moderada ou intensa.
Fatores desencadeantes ou agravantes: pode ser desencadeada por ações que aumentem o trabalho cardíaco (angina, principalmente). No infarto, a dor costuma ter início com o paciente em repouso.
Fatores atenuantes: repouso e vasodilatadores - angina.
Sintomas concomitantes: precordialgia intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e sudorese fria - IAM. Dor precordial durante crise de palpitações - isquemia decorrente de taquiarritmia.
Como se apresenta a dor de origem pericárdica?
Dora mais aguda que a angina de peito, localiza-se em região retroesternal junto da reborda esternal esquerda e irradia-se para o pescoço e as costas. Tipo constritiva e de grande intensidade, contínua, melhora em posição genupeitoral.
Como se apresenta a dor de origem aórtica?
Dissecção apresenta quadro súbito, muito intenso, do tipo lancinante, de localização retroesternal ou face anterior do tórax, com irradiação para o pescoço, região interescapular e ombros.
O que são palpitações e quais são seus tipos?
Percepção incômoda dos batimentos cardíacos. Três tipos principais: de esforço (esforço físico, desaparecem repouso), as que traduzem alterações de ritmo cardíaco (arritmias e extrassístoles), transtornos emocionais (precordialgia + dispneia suspirosa = síndrome da astenia circulatória ou neurose cardíaca).
O que a presença de dispneia em pacientes com doença cardíaca indica?
Congestão pulmonar.
Quais são os tipos de dispneia?
De esforço: tipo mais comum na insuficiência ventricular esquerda - pequenos, médios e grandes esforços - evolução nessa patologia é de rápida progressão, diferentemente daquelas de enfermidades pulmonares e anemias.
De decúbito: surge quando o paciente se põe em posição deitada. Causada pelo aumento da congestão pulmonar decorrente do maior afluxo de sangue proveniente dos membros inferiores e do leito esplâncnico, nesta posiçào. Aparece tão logo o paciente se deita.
Paroxística: mais frequência à noite (DPN). Paciente acorda com intensa dispneia, acompanhada de sufocamento, tosse seca e opressão torácica. Na crise pode haver broncospasmo (sibilos) - asma cardíaca.
Períodica/de Cheyne-Stokes: crianças sadias e pessoas idosas podem apresentar esse padrão.
Quando a tosse se apresenta como sintoma frequente?
Insuficiência ventricular esquerda - tosse seca e mais intensa à noite, ato reflexo. causada pela congestão pulmonar (quase sempre associada à dispneia). A principal causa de expectoração é o edema agudo pulmonar.
Quais parâmetros devem ser analisados na inspeção e palpação?
Pesquisa de abaulamento; análise do ictus cordis ou choque de ponta; análise de batimentos ou movimentos visíveis ou palpáveis; pesquisa de frêmito cardiovascular.
Como se investiga o ictus?
Investiga-se a localização (geralmente no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 5˚ espaço intercostal), extensão (normal - 1 a 2 polpas digitais, hipertrofia ventricular - 3, grande dilatação e hipertrofia - palma inteira), mobilidade, intensidade e tipo de impulsão; ritmo e frequência.
Ictus cordis difuso: área corresponde a três ou mais polpas digitais - dilatação.
Ictus cordis propulsivo: mão que o palpa é levantada a cada contração - hipertrofia.
Quais são os focos ou áreas de ausculta?
Foco/área mitral: 5˚ espaço intercostal esquerdo na área hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração. Pacientes com cardiomegalia acentuada, este foco desloca-se lateralmente.
Foco/área pulmonar: 2˚ espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. Foco que apresenta as condições ideais para a análise dos desdobramentos - fisiológicos ou patológicos - da segunda bulha.
Foco/área aórtica: 2˚ espaço intercostal direito, justaesternal. Muitas vezes, o melhor local para perceber os fenômenos acústicos de origem aórtica é a área compreendida entre o 3˚ e 4˚ espaço intercostal esquerdo (foco aórtico acessório).
Foco/área tricúspide: base do apêndice xifóide, ligeiramente para a esquerda. Indispensável auscultar durante a inspiração profunda, com o que se obtém intensificação do sopros ele for de origem tricúspide.
Qual o principal componente de formação da primeira bulha (B1)?
Fechamento das valvas mitral e tricúspide, o componente mitral (M) antecede o tricúspide (T). B1 coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. É de timbre mais grave e seu tempo de duração é um pouco maior do que da segunda bulha (B2). Em condições normais apresenta maior intensidade no foco mitral, sendo mais forte que B2. Em algumas pessoas percebe-se separadamente os componentes mitral e tricúspide.
Qual o principal componente de formação da segunda bulha (B2)?
Fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-se o componente aórtico em toda a região precordial, enquanto que o componente pulmonar se limita ao foco pulmonar e à borda esternal esquerda. Condições normais, componente aórtico precede o pulmonar. Com a inspiração tem-se o desdobramento fisiológico da segunda bulha.
Qual o principal componente de formação da terceira bulha (B3)?
Vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É um ruído protodiastólico de baixa frequência. Mais audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo - campânula (baixa frequência).