Exame Físico Geral Flashcards

1
Q

Qual seria a sequência proposta para realização do exame físico geral?

A

Estado geral; nível de consciência; fala e linguagem; fácies; biotipo ou tipo morfológico; postura ou atitude na posição de pé; atitude e decúbito preferido no leito; medidas antropométricas; desenvolvimento físico; estado de nutrição; estado de hidratação; pele, mucosa e fanecos; veias superficiais; enfisema subcutâneo; musculatura; exame de linfonodos; temperatura corporal; movimentos involuntários; marcha.

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2
Q

O que é o ESTADO GERAL e como pode ser descrito?

A

É o que aparenta o paciente e, visto em sua totalidade. Pode ser descrito classificando o paciente em bom estado geral (BEG); regular estado geral (REG); e mau estado geral (MEG).

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3
Q

O que é NÍVEL DE CONSCIÊNCIA e como pode ser descrito?

A

É a representação qualitativa do quão capaz de perceber conscientemente o mundo exterior e de perceber a si próprio o paciente está. Pode ser descrito como: estado de vigília; obnubilação; sonolência; confusão mental; torpor ou estupor (despertado por estímulos mais fortes e apresenta movimentos espontâneos); coma (contrário do parênteses anterior). Pode ser avaliada pela perceptividade e pela reatividade.

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4
Q

O que é o coma e como pode ser mensurado?

A

É um estado de inconsciência, habitualmente prolongado, do qual o paciente pode ou não emergir. Não pode ser revertido pelos estímulos externos. Expressão de falência das funções encefálicas. Escala de coma Glasgow (3-15) = abertura ocular (1-4) + resposta verbal (1-5) + resposta motora (1-6). Abaixo de 8 indica coma.

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5
Q

Quais seriam as alterações de FALA E LINGUAGEM?

A

Disfonia ou afonia: alteração no timbre da voz por alteração no órgão fonador. Voz rouca, fanhosa ou bitonal.
Dislalia: alterações menores na fala. Disritmolalia - distúrbios no ritmo da fala = gagueira e taquilalia (fala excessivamente rápida).
Disartria: decorre de alterações nos músculos fonadores, incoordenação cerebral (voz arrastada), hiperonia no parksonismo (voz baixa, lenta), perda de controle piramidal (paralisia pseudobulbar).
Disfasia: depende de um distúrbio na elaboração cortical da fala. Pode ser de recepção/sensorial (paciente não entende o que é dito a ele) ou de expressão/motora (entende o que lhe é dito, mas não consegue se expressar ou ainda do tipo misto (+ frequente).

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6
Q

O que seriam FÁCIES e quais são seus tipos?

A

Conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante de elementos anatômicos associados à expressão fisionômica. Os tipos são: normal/atípica; hipocrática; renal; leonina; adenoidiana; parkinsoniana; basedowiana; mixedematosa; acromegálica; cushingoide/lua cheia; mongoloide; depressão; pseudobulbar; paralisia facial periférica; miastênica/de Hutchinson; deficiente mental; etílica; esclerodérmica.

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7
Q

O que é o BIOTIPO OU TIPO MORFOLÓGICO e quais são eles?

A

Conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo.
Brevelíneo: pescoço curto e grosso; tórax alargado e musculoso; membros curtos em relação ao corpo; ângulo de Charpy > 90 graus; musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso; tendência para baixa estatura.
Mediolíneo: equilíbrio entre membros e tronco; desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; ângulo de Charpy em torno de 90 graus.
Longilíneo: pescoço longo e delgado; tórax afilado e chato; membros alongados com franco predomínio sobre o tronco; ângulo de Charpy < 90 graus; musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido, tendência para estatura elevada.
Variações anatômicas!

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8
Q

Como se classifica a POSTURA OU ATITUDE NA POSIÇÃO DE PÉ?

A

Boa postura: reto, no geral.
Postura sofrível: cabeça levemente inclinada para frente, abdome protuso.
Má postura: cabeça acentuadamente para frente, curvas posteriores exageradas.
Atentar para a postura dos parkinsonianos e para as afecções de coluna: cifose, lordose e escoliose.

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9
Q

O que é ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO e como se classificam?

A

Atitude: posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Divididas em voluntárias e involuntárias, sendo somente as últimas de valor diagnóstico ou as que proporcionam algum alívio para algum sintoma. Se isso não for observado, diz-se atitude específica/indiferente.
Atitudes voluntárias: ortopneica; genupeitoral/prece maometana (derrame pericárdico); posição de cócoras (crianças com cardiopatia congênita cianótica); postura parkinsoniana; decúbitos (dorsal, lateral; ventral).
Atitudes involuntárias: passiva; ortótono (todo tronco e membros estão rígidos); opistótono (decorre da contratura da musculatura lombar = meningite, tétano); emprostótono (contrário ao opistótono, concavidade para frente = tétano, meningite, raiva); pleurostótono (corpo se curva lateralmente = tétano, meningite, raiva); posição em gatilho (meningite); torcicolo e mão pêndula na paralisia radial.

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10
Q

Quais são as MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS?

A

Peso (atual, usual/habitual, ideal - IMC, ajustado, estimado - tabelas, seco - descontado do edema e ascite, corrigido - amputados); altura/estatura (para medida precisa, devem estar próximos à parede calcanhares, panturrilhas, glúteos, escápulas e ombros); envergadura; IMC (= peso atual/alturaˆ2); circunferência da cintura e do abdome; circunferência da panturrilha.

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11
Q

Como se avalia o DESENVOLVIMENTO FÍSICO e como ele é classificado?

A

Avaliação em que se avaliam idade, sexo, além de altura e estrutura somática. Divide-se em: desenvolvimento normal, hiperdesenvolvimento, hipodesenvolvimento, infantilismo, gigantismo. Na adolescência utilizam-se os critérios de Tanner para avaliação da maturidade sexual. Desenvolvimento físico depende de fatores emocionais (síndrome da privação materna).

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12
Q

Como se avalia o ESTADO DE NUTRIÇÃO e como se classifica?

A

Deve ser sistematicamente avaliado segundo: peso; musculatura; panículo adiposo; desenvolvimento físico; estado geral; pele, pelos e olhos. Divide-se em: estado de nutrição normal; excesso de peso, obesidade/sobrepeso; hiponutrição/desnutrição (primeiro grau = déficit de peso superior a 10%; segundo grau = déficit de peso superior a 25%; terceiro grau = déficit de peso superior a 40%).

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13
Q

Como se avalia o ESTADO DE HIDRATAÇÃO?

A

Avaliam-se: alteração abrupta de peso; alterações da pele quanto umidade, elasticidade e turgor; alterações da m mucosa (umidade); fontanela (crianças); alterações oculares; estado geral. Desidratação caracteriza-se por: sede; diminuição abrupta de peso; pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos; mucosas secas; enoftalmia e hipotonia ocular; fontanela deprimidas; estado geral comprometido; excitação psíquica ou abatimento; oligúria. Pode-se calssifica-la quanto a intensidade (leve/primeiro grau = perda da peso de até 5%; moderada/segundo grau = perda de peso de 5 a 10%; grave/terceiro grau = perda de peso acima de 10%) ou osmolaridade - elemento guia é o nível sanguíneo de sódio (isotônica = 130 a 150 mEq/l; hipotônica < 130 mEq/l; hipertônica > 150 mEq/l).

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14
Q

O que deve ser analisado na PELE, MUCOSAS E FÂNEROS?

A

Na inspeção devem ser vistos: coloração; continuidade da integridade; umidade; textura; espessura; temperatura; elasticidade; mobilidade; turgor; sensibilidade; lesões elementares.
Edema: anamnese (tempo de duração, localização e evolução) e exame físico (localização e distribuição - localizado ou generalizado; intensidade - avalia-se a profundidade da fóvea, além de pesagem diária e medição de perímetro; consistência - mole/recente, duro/longa duração, proliferação fibroblástica; elasticidade - edema elástico/típico do edema inflamatório e edema inelástico; temperatura da pele circunjacente - normal, quente/edema inflamatório, fria/comprometimento da irrigação sanguínea; sensibilidade da pele circunjacente - doloroso/processo inflamatório e indolor; coloração; textura e espessura).

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15
Q

Como se apresenta o ENFISEMA SUBCUTÂNEO?

A

Crepitações devido às bolhas de ar debaixo da pele.

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16
Q

Qual é o principal ponto de alteração das VEIAS SUPERFICIAIS?

A

Circulação colateral = indica obstrução ou dificuldade do fluxo venoso através dos troncos venosos principais. Deve ser analisada sob os seguintes aspectos: localização; direção de fluxo sanguíneo; existência de frêmito (tato) e/ou sopro (ausculta).

17
Q

Quais os tipos principais de circulação colateral?

A

Braquicefálica: aparecimento de veias superficiais ingurgitadas em ambos os lados da parte superior da face anterior do tórax, com o sangue fluindo de fora para dentro, na direção das veias mamárias, toracoaxilares e jugulares anteriores.
Cava superior: rede venosa vai se distribuir na metade superior da face anterior do tórax, às vezes, também na parte posterior, nos braços e no pescoço. A direção do fluxo sanguíneo pode ficar restrita ao sistema venoso do tórax ou incluir as veias da parede abdominal, indicando que o sangue procura alcançar a veia cava inferior através das veias xifoidianas e torácicas laterais superficiais.
Tipo porta: o obstáculo pode estar nas veias supra hepáticas (Budd-Chiari), fígado (cirrose hepática) ou na veia porta (pileflebite - trombose infectada e superlativa da veia porta). Circulação colateral se encontra na face anterior do tronco, principalmente regiões periumblical, epigástrica e face anterior do tórax. Fluxo de baixo para cima (procura da VCS através das veias xifoidianas e torácicas laterais), quando muito grande há vasos nos flancos e nas fossas ilíacas, fluindo em direção de cima para baixo, em busca da VCI. Região periumbilical pode ser tipo “cabeça de Medusa”.
Cava inferior: obstáculo se situa na VCI, a circulação vai se localizar na parte inferior do abdome, região umbilical, flancos e face anterior do tórax. Sangue flui no sentido abdome-tórax à procura da VCS.

18
Q

Como se avalia a MUSCULATURA?

A

Através da palpação e inspeção, classificando-a quanto a sua troficidade (massa do músculo) e tonicidade (estado de semicontração própria do músculo).
Troficidade: normal, hipertrófica e hipotrófica.
Tonicidade: normal, hipertonicidade/espaticidade/musculatura espástica/rigidez, hipotonicidade/flacidez (em mulheres e crianças há certo grau).
Idosos - sarcopenia.

19
Q

Onde se deve verificar a TEMPERATURA CORPORAL e quais são os valores de referência?

A

Temperatura axilar: 35,5 a 37˚C, com média de 36 a 36,5˚C.
Temperatura bucal: 36 a 37,4˚C.
Temperatura retal: 36 a 37,5˚C, ou seja, 0,5˚C maior que a axilar.

20
Q

O que é a febre e como deve ser analisada?

A

A febre não é apenas um sinal, mas sim, parte de uma síndrome (síndrome febril), na qual há pirexia, além de outros sintomas, como astenia, cefaleia, taquicardia, taquipneia, entre outros. A incapacidade de um paciente de apresentar febre em face de uma infecção grave geralmente significa mau prognóstico. Devem ser analisadas as seguintes características semiológicas da febre: início (súbito - calafrios frequente - ou gradual), intensidade (febre leve/febrícula = até 37,5˚C; febre moderada = 37,6˚C até 38,5˚C; febre alta/elevada = acima de 38,6 ˚C), duração (prolongada - mais de uma semana, tendo ou não caráter contínuo), modo de evolução (contínua - variações de até 1˚C se grandes oscilações; irregular ou séptica - picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou apirexia; remitente - hipertermia diária + variações de mais de 1˚C; intermitente - hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal; recorrente/ondulante - período de temperatura normal que dura dias ou semanas até que sejam interrompidos por períodos de pirexia), término ( em crise - desaparece subitamente; em lise - hipertermia desaparece gradualmente).

21
Q

Quais são os tipos de MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS/DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO?

A

Tremor: movimentos alternantes que afetam principalmente as partes distais dos membros. Dividem-se em: de repouso; de atitude ou postura; de ação; vibratório.
Coreia (movimentos coreicos): movimentos involuntários, amplos, desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. Existem dois tipos clínicos: coreia de Sydeham (infantil - doença reumática) e coreia de Huntington (distúrbio neurológico hereditário raro).
Atetose (movimentos atetósicos): movimentos involuntários que ocorrem nas extremidades e apresentam características especiais: são lentos e estereotipados, lembrando movimentos reptiformes ops os movimentos dos tentáculos de polvos - sequela de impregnação cerebral por hiperbilirrubinemia do recém-nascido (kernicterus).
Balismo: movimentos abruptos, violentos, de grande amplitude, rápidos e geralmente unilaterais (hemibalismo) - lesões extrapiramidais.
Mioclonias: contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, que acometem um músculo ou grupo muscular - vários fatores, devendo-se. a descargas de neurônios subcorticais.
Mioquinias: contrações musculares de tipo ondulatório que surgem em músculos inteiros - não é patológico.
Asterix/flapping: insuficiência hepática, encefalopatia hepática (ureia).
Convulsões: movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxístico, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo. Podem ser: tônicas (mantidas permanentes e imobilizam as articulações); clônicas (rítmicas, alternando entre contrações e relaxamento musculares); tônica-clônica (soma ambas) - epilepsia, além de outros.
Tetania: movimento involuntário de crises exclusivamente tônicas quase sempre localizadas nas mãos e pés, “espasmos carpopodais”. Sinal de Trousseau - hipocalcemia e alcalose respiratória por hiperventilação.
Fasciculações: contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe muscular.
Discinesias orofaciais: “caretas” - psicose de longa duração e uso prolongado de fenotiazinas e similares.
Distonias: parecidos com os atetoides, mas envolvem porções maiores do corpo.

22
Q

Quais são os tipos de MARCHA?

A

Normal
Marcha de pequenos passos: senilidade, doença de Alzheimer.
Marcha ceifaste/hemiplégica: AVE.
Marcha atáxica: esclerose múltipla, ataxia de Friedreich.
Marcha propulsiva: doença de Parkinson, esclerose múltipla.
Marcha tabética/talonante: neurossífilis (tabes dorsalis), polineuropatia periférica.
Marcha espástica/em tesoura: esclerose múltipla, encefalopatia crônica da infância.
Marcha anserina: distrofia muscular.
Marcha claudicante: afecções que se acompanham de dor.