Sistema Cardiovascular Flashcards
Coração
Músculo que bombeia e recebe sangue de todas as partes do corpo
Esta localizado em uma cavidade torácica, supra-
diafragmática, chamada de mediastino.
É representado em forma de cone que apresenta um
ápice e uma base.
Ápice: extremidade pontuda do coração, dirigida para
frente, para baixo e para a esquerda.
Base: porção mais larga do coração, oposta ao ápice,
dirigida para trás, para cima e para direita.
Frequência cardíaca
Número de vezes que o coração bate por minuto
crucial para analisar a saúde do coração e do sistema circulatório
varia de pessoa para pessoa dependendo da idade, prática de exercícios físicos, estado emocional
Função
Transporte de gases, nutrientes, excretas e hormônios pelo corpo
Participa da defesa do organismo, uma vez que o sangue apresenta anticorpos e células capazes de combater agentes invasores
Como é regulada a passagem do sangue entre as cavidades cardíacas?
Através de válvulas que funcionam como portas unidirecionais para que o sangue flua na direção correta. Durante o ciclo cardíaco, as válvulas se abrem e se fecham em resposta às mudanças de pressão nas cavidades cardíacas, permitindo que o sangue seja bombeado eficientemente para frente e evitando seu refluxo para trás.
Explique o mecanismo de sístole e diástole do coração relacionando com o deslocamento
do sangue pelas cavidades cardíacas.
Sístole: Durante a sístole, as cavidades cardíacas se contraem. No início da sístole ventricular, as válvulas atrioventriculares (tricúspide e mitral) se fecham para evitar o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios. Isso cria pressão dentro dos ventrículos. À medida que a pressão ventricular aumenta, as válvulas semilunares (pulmonar e aórtica) se abrem, permitindo que o sangue seja ejetado para fora do coração. No ventrículo direito, o sangue é ejetado na artéria pulmonar para ser oxigenado nos pulmões. No ventrículo esquerdo, o sangue é ejetado na aorta para ser distribuído para o resto do corpo. Durante a sístole atrial, os átrios se contraem, impulsionando o restante do sangue para os ventrículos.
Diástole: Durante a diástole, as cavidades cardíacas relaxam. No início da diástole ventricular, as válvulas semilunares se fecham para evitar que o sangue retorne para os ventrículos. Isso cria uma pressão mais baixa nas cavidades ventriculares. As válvulas atrioventriculares se abrem à medida que os átrios se enchem de sangue, permitindo que o sangue flua dos átrios para os ventrículos. Esse processo é auxiliado pela contração atrial que ocorre durante a sístole atrial. Enquanto isso, os ventrículos relaxados estão se enchendo de sangue, preparando-se para a próxima contração.
Por que o ventrículo esquerdo tem um miocárdio mais espesso do que o do ventrículo direito?
Pois o ventrículo esquerdo bombeia sangue para o corpo. Logo, precisa de uma estrutura forte porque precisa gerar uma pressão maior para vencer a resistência vascular periférica e empurrar o sangue através de todo o sistema arterial.
Já o v direito, bombeia sangue para os pulmões - que têm uma resistência vascular menor que o restante do corpo - por isso, o v direito não precisa gerar tanta pressão.
O que faz com que o coração aumente o seu número de batimentos por minuto?
O coração é altamente adaptável e é capaz de ajustar sua frequência de batimentos para atender às demandas do corpo em diferentes situações.
Algumas delas:
Atividade Física: Durante o exercício, os músculos necessitam de mais oxigênio e nutrientes para funcionar adequadamente. O aumento da atividade física resulta em um aumento da frequência cardíaca para aumentar o fluxo sanguíneo e fornecer mais oxigênio e nutrientes aos músculos.
Estresse ou Emoções: Situações de estresse emocional ou físico podem levar a um aumento da frequência cardíaca. Isso ocorre devido à liberação de hormônios do estresse, como adrenalina, que estimulam o coração a bater mais rapidamente.
Temperatura Corporal: O aumento da temperatura corporal, como durante a febre ou exercício intenso, pode levar a um aumento da frequência cardíaca para ajudar a dissipar o calor e regular a temperatura corporal.
Necessidades Metabólicas: O aumento das necessidades metabólicas do corpo, como durante a digestão ou gravidez, pode levar a um aumento da frequência cardíaca para fornecer mais sangue e nutrientes aos órgãos e tecidos.
Estímulo do Sistema Nervoso Autônomo: O sistema nervoso autônomo regula a frequência cardíaca. O sistema nervoso simpático aumenta a frequência cardíaca em resposta ao estresse ou necessidades de atividade física, enquanto o sistema nervoso parassimpático diminui a frequência cardíaca em momentos de relaxamento ou repouso.
Em quais situações o coração necessita de um maior número de batimentos por minuto?
Durante o Exercício Físico: Durante o exercício, os músculos precisam de mais oxigênio e nutrientes para funcionar adequadamente. Para atender a essa demanda, o coração aumenta sua frequência cardíaca para bombear mais sangue e fornecer oxigênio e nutrientes aos músculos em atividade.
Emoções Intensas ou Estresse: Situações de estresse emocional ou físico podem desencadear uma resposta de “luta ou fuga” no corpo, resultando na liberação de hormônios do estresse, como adrenalina, que aumentam a frequência cardíaca. Isso prepara o corpo para reagir rapidamente a situações de perigo ou estresse.
Durante a Digestão: Após uma refeição, o corpo direciona mais sangue para o sistema digestivo para ajudar na absorção dos nutrientes dos alimentos. Isso pode aumentar a demanda de oxigênio nos tecidos digestivos e, portanto, levar a um aumento temporário na frequência cardíaca para fornecer mais sangue a esses tecidos.
Temperaturas Elevadas: Em ambientes quentes, o corpo pode precisar aumentar a frequência cardíaca para ajudar a regular a temperatura corporal, facilitando a dissipação do calor através da transpiração e aumentando o fluxo sanguíneo para a pele.
Hipovolemia (Perda de Sangue): Em casos de perda significativa de sangue devido a lesões, cirurgias ou outras condições médicas, o corpo pode aumentar a frequência cardíaca para compensar a diminuição do volume sanguíneo e manter a perfusão adequada dos órgãos vitais.
Quais os nomes dos vasos que retiram e trazem o sangue para o coração? Quais os tipos de sangue que conduzem?
Artérias: As artérias transportam sangue rico em oxigênio do coração para o resto do corpo. As principais artérias que partem do coração são:
Aorta: É a maior artéria do corpo humano, que se origina do ventrículo esquerdo do coração e distribui o sangue oxigenado para todas as partes do corpo.
Artérias Pulmonares: Transportam sangue pobre em oxigênio do ventrículo direito do coração para os pulmões, onde ocorre a oxigenação do sangue.
Veias: As veias transportam sangue pobre em oxigênio de volta para o coração. As principais veias que retornam o sangue para o coração são:
Veias Cavas (Superior e Inferior): A veia cava superior coleta o sangue rico em oxigênio dos membros superiores, cabeça e pescoço, enquanto a veia cava inferior coleta o sangue rico em oxigênio dos membros inferiores e da região abdominal, ambos desaguam no átrio direito do coração.
Veias Pulmonares: Transportam sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do coração.
Que mecanismos produz o som típico das “batidas” do coração?
O som típico das “batidas” do coração é produzido principalmente pela turbulência do fluxo sanguíneo nas válvulas cardíacas durante o ciclo cardíaco.
Qual o nome das válvulas encontradas no coração? Quais as suas funções?
Válvula Tricúspide: Localizada entre o átrio direito e o ventrículo direito. É chamada de “tricúspide” devido às suas três cúspides ou folhetos. Sua função é impedir o refluxo de sangue do ventrículo direito para o átrio direito durante a contração ventricular (sístole).
Válvula Pulmonar: Localizada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar. É composta por três cúspides ou folhetos e sua função é evitar o refluxo de sangue da artéria pulmonar para o ventrículo direito durante a diástole ventricular.
Válvula Mitral (Bicúspide): Localizada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. É chamada de “mitral” devido à sua semelhança com um chapéu de bispo. Possui dois folhetos e sua função é prevenir o refluxo de sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular.
Válvula Aórtica: Localizada entre o ventrículo esquerdo e a aorta. É composta por três folhetos e sua função é impedir o refluxo de sangue da aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole ventricular.
As válvulas cardíacas desempenham um papel crucial na regulação do fluxo sanguíneo dentro do coração, garantindo que o sangue flua na direção correta e evitando o refluxo. Durante o ciclo cardíaco, essas válvulas se abrem e se fecham em resposta às mudanças de pressão nas cavidades cardíacas, permitindo que o sangue seja bombeado eficientemente para frente e evitando seu refluxo para trás. Qualquer disfunção nas válvulas cardíacas pode levar a condições como estenose (estreitamento das válvulas) ou insuficiência (vazamento das válvulas), que podem comprometer a função cardíaca e levar a problemas de saúde.
Defina pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica. Que valores são considerados
normais, na maioria das vezes, para essas pressões?
Pressão Arterial Sistólica (PAS): É o primeiro número da leitura da pressão arterial e representa a pressão nas artérias durante a contração do coração, ou seja, durante a sístole ventricular. A PAS é indicativa da pressão máxima que as artérias experimentam durante cada batimento cardíaco.
Pressão Arterial Diastólica (PAD): É o segundo número da leitura da pressão arterial e representa a pressão nas artérias quando o coração está relaxado entre batimentos, ou seja, durante a diástole ventricular. A PAD é indicativa da pressão mínima nas artérias.
Os valores normais da pressão arterial podem variar ligeiramente dependendo da idade, sexo e outras características individuais, mas geralmente são considerados como:
Pressão arterial normal: PAS menor que 120 mmHg e PAD menor que 80 mmHg.
Pré-hipertensão: PAS entre 120-139 mmHg ou PAD entre 80-89 mmHg.
Hipertensão estágio 1: PAS entre 140-159 mmHg ou PAD entre 90-99 mmHg.
Hipertensão estágio 2: PAS 160 mmHg ou superior ou PAD 100 mmHg ou superior.
Como o sistema nervoso simpático e parassimpático modulam as funções da frequência
cardiovascular e como isso pode afetar a resposta do corpo ao estresse psicológico.
Sistema Nervoso Simpático (SNS): O SNS é ativado em situações de estresse, emergência ou excitação. Ele prepara o corpo para a ação imediata, aumentando a frequência cardíaca, a força de contração do coração e a pressão arterial. Isso é alcançado pela liberação do neurotransmissor noradrenalina nas células do músculo cardíaco e nos nódulos especializados do coração, aumentando a excitabilidade dessas células e acelerando o ritmo cardíaco.
Sistema Nervoso Parassimpático (SNP): O SNP é ativado em situações de relaxamento, descanso ou digestão. Ele desacelera a frequência cardíaca, reduzindo a atividade do nódulo sinoatrial (SA) e a condução do impulso elétrico através do sistema de condução cardíaco. Isso é mediado pela liberação do neurotransmissor acetilcolina, que diminui a excitabilidade das células do músculo cardíaco e reduz o ritmo cardíaco.
O estresse psicológico pode desencadear uma resposta do sistema nervoso autônomo, principalmente do sistema nervoso simpático, como parte da resposta de “luta ou fuga”. Isso resulta em um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e na atividade geral do corpo, preparando-o para reagir a situações de estresse percebidas.
No entanto, em algumas situações crônicas de estresse psicológico, a ativação persistente do sistema nervoso simpático pode levar a problemas de saúde, como hipertensão arterial, doenças cardíacas e distúrbios do sono. Além disso, a incapacidade de desligar adequadamente a resposta de estresse do sistema nervoso simpático pode contribuir para problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Como o sistema nervoso central, especialmente o sistema límbico, influencia a atividade
do coração e dos vasos sanguíneos em resposta a estados emocionais, como ansiedade, raiva ou felicidade?
Em situações de estresse emocional, como ansiedade ou raiva, o sistema límbico pode ativar o sistema nervoso simpático, desencadeando a resposta de “luta ou fuga”. Isso resulta na liberação de hormônios do estresse, como adrenalina e noradrenalina, que têm efeitos diretos sobre o coração e os vasos sanguíneos:
Aumento da Frequência Cardíaca: A ativação do sistema nervoso simpático aumenta a frequência cardíaca, preparando o corpo para uma ação rápida em resposta ao estresse.
Vasoconstrição: A noradrenalina causa vasoconstrição, o estreitamento dos vasos sanguíneos, especialmente nas artérias periféricas. Isso aumenta a resistência vascular periférica e eleva a pressão arterial, fornecendo mais sangue e oxigênio aos músculos esqueléticos, coração e cérebro em preparação para ação.
Redirecionamento do Fluxo Sanguíneo: Durante o estresse emocional, o sistema nervoso simpático direciona o fluxo sanguíneo para os órgãos e tecidos considerados prioritários para a resposta de “luta ou fuga”, como os músculos esqueléticos, o coração e o cérebro.
Por outro lado, em estados emocionais positivos, como felicidade, o sistema límbico pode influenciar a liberação de neurotransmissores e hormônios associados ao relaxamento e ao bem-estar, como a serotonina e endorfinas. Isso pode resultar em uma diminuição da atividade do sistema nervoso simpático e uma resposta oposta, com redução da frequência cardíaca, vasodilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos.
Quais são os mecanismos neurais pelos quais o estresse prolongado pode levar a condições
cardiovasculares, como hipertensão, aumento do risco de doença cardíaca e arritmias?
Ativação do Sistema Nervoso Simpático (SNS): O estresse crônico pode levar a uma ativação persistente do sistema nervoso simpático, que aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a liberação de hormônios do estresse, como a adrenalina e noradrenalina. Esses efeitos podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão arterial, pois a pressão arterial aumentada cronicamente pode danificar as paredes dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de doença cardíaca.
Desregulação do Eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA): O estresse crônico também pode levar a uma desregulação do eixo HPA, resultando em um aumento prolongado na produção de cortisol, o principal hormônio do estresse. O cortisol em excesso pode contribuir para a resistência à insulina, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e acúmulo de gordura abdominal, todos fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Inflamação Crônica de Baixo Grau: O estresse prolongado pode desencadear uma resposta inflamatória crônica de baixo grau no corpo, caracterizada pela liberação de citocinas pró-inflamatórias. A inflamação crônica está associada ao desenvolvimento e progressão de doenças cardiovasculares, incluindo a aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias) e doenças cardíacas.
Disfunção Endotelial: O estresse crônico pode prejudicar a função do endotélio, a camada de células que reveste o interior dos vasos sanguíneos. Isso pode levar à disfunção endotelial, caracterizada pela diminuição da produção de óxido nítrico, um vasodilatador natural, e ao aumento da adesão de plaquetas e células inflamatórias às paredes dos vasos sanguíneos, promovendo a formação de placas ateroscleróticas.
Alterações no Ritmo Cardíaco e Arritmias: O estresse crônico pode afetar o sistema nervoso autônomo e a regulação do ritmo cardíaco, aumentando o risco de arritmias cardíacas, como fibrilação atrial e taquicardia ventricular. A ativação persistente do sistema nervoso simpático pode aumentar a excitabilidade do músculo cardíaco e predispor a arritmias.