Sistema Cardiovascular Flashcards
Funções do sistema cardiovascular
Transporte (respiratório, nutritivo e excretor);
Regulação (hormonal, de temperatura, de pH e osmose);
Proteção
Sangue
Em termos de volume ocupa cerca de 5 litros no adulto (aprox. 8% do peso corporal total).
É constituído pelo plasma (cerca de 55% do volume total). Tem água, iões como Na+ dissolvidos, hormonas, enzimas e proteínas como albuminas, globulinas e fibrinogénio (fator de coagulação)- e elementos figurados (45% do volume total)
Elementos figurados do sangue
-Eritrócitos: transporte de oxigénio
-Leucócitos: defesa do organismo
- Granulócitos (eosinófilos, basófilos e neutrófilos)
- Agranulócitos (monócitos e linfócitos)
-Plaquetas (coagulação sanguínea)
Homeostasia do volume plasmático (quando temos menos água no organismo)
Se temos a sensação de sede vamos fazer a ingestão de água e ao mesmo tempo existe libertação da ADH pela neurohipófise que vai fazer a retenção de água nos rins contribuindo para a redução de uma desidratação e aumento do volume sanguíneo (importante controlo da pressão sanguínea)
Características do tecido muscular cardíaco
Células alongadas e ramificadas, com um ou dois núcleos no centro da células.
As membranas celulares estabelecem junções gap.
As junções gap, de baixa resistência, permitem a condução da excitabilidade entre fibras- ocorrem as sinapses elétricas.
Estriado, involuntário, sincício fisiológico.
As células paralelas contactam por intermédio da membrana plasmática, que adquire uma forma com
muitas reentrâncias - discos intercalares.
Discos intercalares
Permitem uma forte união entre as fibras e a coesão entre células- um movimento de uma célula promove o movimento de outra-
Nódulo sino-auricular ou células de pacemaker
Originam um potencial de ação rítmico espontâneo e se propaga ao resto sincício.O nó SA é o principal marcapasso do coração e normalmente gera impulsos elétricos a uma taxa constante, que é a frequência cardíaca de repouso. No entanto, as células pacemaker em outras regiões, como o nó AV e o sistema de His-Purkinje, também podem desempenhar um papel na geração de impulsos elétricos e na condução dos sinais pelo coração.
A propagação do potencial de ação ocorre com …
despolarização mais lenta – em plateau -impossibilidade
de tetanização – poderia levar à morte – mecanismo de segurança.
O ciclo cardíaco é dividido em 2 fases:
a) Sístole – contração ventricular e ejeção de sangue
b) Diástole – relaxamento ventricular e enchimento de sangue
Na sístole
Os ventrículos contraem-se aumentando a pressão de sangue nos ventrículos. As válvulas áuricoventriculares fecham devido à pressão desenvolvida nos ventrículos (1º som cardíaco) e a pressão ventricular
continua a subir sem variação do volume (contração isométrica ou isovolumétrica). A pressão ventricular sobe
até ultrapassar as pressões arteriais – as válvulas semilunares abrem – e o sangue começa a fluir dos
ventrículos para as artérias (ejeção ventricular), primeiro rapidamente e depois mais lentamente. O musculo
ventricular relaxa, a pressão intraventricular cai e as válvulas semilunares fecham (2º som cardíaco).
Na diástole
O miocárdio entra numa fase de relaxamento e os ventrículos relaxam sem variação de volume
(relaxamento isométrico ou isovolumétrico). Entretanto as válvulas abrem e dá-se o enchimento dos
ventrículos passando o sangue das aurículas para os ventrículos. Após o enchimento ventricular, ocorre a
contração auricular. Os ventrículos recebem o sangue através da diástole, mas 80% do enchimento ventricular
ocorre antes da contração auricular.
Sons cardíacos:
- 1º Som cardíaco: fecho das válvulas auriculo-ventriculares (AV)
- 2º Som cardíaco: fecho das válvulas semi-lunares
Válvulas AV
são finas e flexíveis e requerem um pequeno fluxo retrógrado para se fecharem
Válvulas semilunares
são muito mais robustas, requerem um fluxo mais forte para fecharem e produzem um estalo mais seco ao fecharem (2º som). Estas válvulas são sujeitas a um desgaste mecânico maior do que as AV
Localização do nódulo sinoatrial
Parede superior do átrio direito
Fibras de Purkinje
São fins e ramificadas, que se estendem pelas paredes dos ventrículos e conduzem o impulso elétrico para todas as áreas dos ventrículos, desencadeando contrações sincronizadas.,
Eletrocardiograma
Registo elétrico do coração. A onda pequena corresponde à sístole auricular, as ondas grandes à diástole auricular e a onda pequena à exitação ventricular
O volume auricular……. durante a diástole (enchimento) e …….. durante a sístole (ejeção)
Aumenta; Diminui
Volume Diastólico final
Corresponde ao volume que se atinge no fim do enchimento e é, em média, 110-120ml
Volume Sistólico final
Corresponde ao volume de sangue que fica depois do esvaziamento e é 40-50ml.
Débito sistólico
É a diferença de cerca de 70ml, que é o volume efetivamente bombeado pelo coração
Volume diastólico final em situações de ansiedade, exercício físico
O volume diastólico final pode aumentar até 150-180ml, devido ao aumento do retorno venoso e aumento de força da contração auricular
Volume sistólico final em situações de ansiedade, exercício físico
O volume sistólico finalpode diminuir até 10-20 ml, por aumento da força da contração ventricular
Débito sistólico em situações de ansiedade, exercício físico
O débito sistólico passa dos 60-80ml aos 130-160ml e a fração ejetada de 60% a 85-90%
Débito cardíaco
É quantidade de sangue que o coração bombeia por minuto em descanso, que são 4-6L. Durante certas circunstâncias este volume pode aumentar de 4 a 7 vezes. Para produzir um débito cardíaco maior, o coração aumenta o débito sistólico e ao mesmo tempo a frequência cardíaca.
Mecanismos de regulação extrínseca
O número de batimentos cardíacos na ausência de qualquer influência nervosa ou hormonal é de aprox. 100 batim/min, apenas por influência das descargas do nódulo S.A. Contudo, no nódulo S.A. há muitas terminações nervosas:
- Nervos parassimpático (vago)- diminuição da frequência cardíaca;
- Nervos simpáticos - aumento da frequência cardíaca
Batimento cardíaco em estado de repouso
Em estado de repouso, o número de batimentos cardíacos por minuto é aprox. 70, ou seja, há mais influência dos nervos parassimpáticos.
Fatores que podem alterar a frequência cardíaca
Epinefrina (libertada pelas glândulas suprarrenais)- aumenta a frequência cardíaca;
Temperatura- aumenta a frequência cardíaca;
Concentração plasmática de eletrólitos e outra hormonas
Sistema Nervoso Simpático
Liberta norepinefrina ou epinefrina (recetores são os beta-adrenérgicos) → aumento da frequência de
potenciais de ação e aumento da frequência cardíaca
Sistema Nervoso Parassimpático
liberta acetilcolina (recetores colinérgicas muscarínicos) → diminuição da frequência de potenciais de ação e diminuição da frequência cardíaca.
Constituição dos vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são constituídos por 3 camadas:
❖ Túnica externa ou adventícia (tecido conjuntivo)
❖ Túnica média (músculo liso)
❖ Túnica íntima (endotélio – tecido epitelial simples)
- Membrana basal (lâmina própria tecido conjuntivo e
glicoproteínas)
- Lamina elástica interna (fibras elásticas ou elastina)
Artérias
A aorta e as artérias mais largas contêm muita elastina entre as células de músculo liso da túnica média.
Expandem-se e recolhem dependendo da pressão do sangue, como resultado da contração do coração. As
artérias médias e arteríolas são menos elásticas e têm uma camada mais espessa de músculo liso- Túnica Média. O seu diâmetro varia muito menos, mas também dependendo da pressão do sangue.
Capilares
São os vasos de menor diâmetro. Organizam-se formando uma rede → chegam a maior número
de células. Estão em todos os tecidos do corpo. As suas paredes chegam a um total de 500-700 m2de área.
São constituídos por:
- endotélio revestido de membrana basal (sem lâmina elástica).
Parte do transporte
efetuado através do endotélio deve-se à grande quantidade de vesículas de endo e exocitose, que muitas vezes se fundem para formar canais de vesículas fundidas.
Vasoconstrição
Diminuição do fluxo de sangue
Vasodilatação
Aumento do fluxo de sangue
Em muitos casos o fluxo de sangue para os capilares é controlado por ….
um esfíncter pré-capilar.
Em casos particulares os capilares são mais ou menos permeáveis que o normal:
- no cérebro, praticamente não há fendas, deixando passar só solutos pequenos (barreira
hematoencefálica); - no fígado e nos rins têm aberturas muito grandes (fenestras– capilares fenestrados)
Transporte de O2 e CO2
Estas moléculas atravessam livremente a membrana dos vasos através do endotélio
Transporte de água e solutos
Passam nas fendas por filtração/difusão
Transporte de moléculas maiores
São transportadas por vesículas ou podem sair por efeito de um aumento da pressão sanguínea.
Pressão sanguínea ao longo do sistema circulatório
A velocidade do sangue em cada compartimento da circulação depende da sua área de secção total e, por isso, é máxima nas artérias e grandes veias e mínima nos capilares. A pressão é máxima nas artérias à saída do coração e vai diminuindo até chegar praticamente a 0 mmHg nas grandes veias.
Veias
Têm a capacidade de se expandir e acumular mais sangue, quando necessário. A pressão é muito baixa e não conseguem levar o sangue de volta ao coração. Como as veias se encontram entre músculos esqueléticos, estes ao contraírem-se empurram o sangue em direção ao coração - BOMBA MUSCULAR ESQUELÉTICA
Válvulas
Existem apenas nas veias e impedem que o sangue flua no sentido contrário. Os movimentos respiratórios também são importantes, no caso das veias abdominais
Pressão arterial
Na aorta a pressão do sangue sofre grandes variações
- pressão máxima – pressão sistólica
- pressão mínima – pressão diastólica
Ex: 125/75 mmHG
Pressão de pulso
diferença entre a pressão sistólica e pressão diastólica. Ex: 50 mmHG
Hipertensão
Caracterizada pelo aumento crónico da pressão sistólica e/ou diastólica. Teoricamente a hipertensão pode resultar do aumento do débito cardíaco e/ou da resistência total periférica.
Hipertensão primária – constrição arteriolar
Causas de hipertensão
em 90% dos casos é desconhecida.
Excessiva retenção de sódio, associado a predisposição genética.
Consequências da hipertensão
doenças cardiovasculares, hipertrofia ventricular esquerda, desenvolvimento da
aterosclerose, ataques cardíacos, danos renais, rutura de vasos sanguíneos – AVC.
Drogas usadas no tratamento da hipertensão
- Diuréticos – aumentam a excreção de sódio e água, diminui o débito cardíaco com pequenas alterações da
resistência periférica. - Bloqueadores dos recetores beta-adrenérgicos – exercem um efeito anti-hipertensivo, essencialmente por
redução do débito cardíaco. - Drogas que antagonizam componentes do sistema nervoso simpático. Reduzem a estimulação do músculo
liso das artérias, reduzindo a resistência periférica. - Inibidores da enzima que converte a angiotensina - A angiotensina II é um vasoconstritor. A diminuição da
enzima que a vai originar, vai provocar a vasodilatação, diminuindo a resistência periférica (Também se
consegue o mesmo efeito com drogas que reduzem a atuação da angiotensina)
Baro-recetores
Detectam alterações da pressão do sangue
Centro cardiovascular medular
Localiza-se na medula oblongata (tronco cerebral), faz parte do SNC e controla funções vitais como frequência cardíaca, pressão arterial e a respiração.
Quando a pressão arterial é elevada, juntamente com os baro-recetores, vai atuar no SNP, que tem um efeito oposto do SNS, promovendo a diminuição da frequência cardíaca e a vasodilatação, reduzindo a pressão arterial.