Síndrome Diarreica Flashcards
Em geral, pacientes com diarreia apresentam as seguintes queixas:
- Aumento na frequência de eliminação das fezes
- Eliminação de fezes não moldadas ou anormalmente líquidas
- Aumento do volume das fezes
- Urgência e desconforto abdominal
O Peso das fezes na diarreia é definido como
> 200 g/dia
Eliminação involuntária do conteúdo retal. Ocorre principalmente em distúrbios neuromusculares ou problemas estruturais anorretais
Incontinência fecal
É a eliminação frequente de pequeno volume de fezes geralmente acompanhada de urgência. Ocorre nas doenças anorretais.
Pseudodiarreia
Diarreia aguda é classificada como tempo
< 2 semanas
Diarreia persistente é classificada como tempo
2-4 semanas
Diarreia crônica é classificada como tempo
> 4 semanas.
sensação de dor no períneo
e reto acompanhada de desejo imperioso de
defecar. O paciente sente uma dor intensa,
espasmódica, e tem a impressão de que a defecação
será abundante, mas elimina apenas
pequena quantidade de fezes ou de muco.
Tenesmo
Termo que frequentemente se relaciona com diarreia baixa com a presença de muco, pus e/ou sangue.
disenteria
Diarreia alta tem volume
Grande
Diarreia alta tem frequência
Baixa
Diarreia alta tem como característica a presença de
Restos alimentares
Diarreia baixa tem volume
Pequeno
Diarreia baixa tem frequência
Alta (> 10 evacuações/dia)
Diarreia baixa tem como característica a presença de
Tenesmo
Sangue, muco e/ou pus
Segundo o mecanismo etiopatogênico da diarreia, podemos ter Diarreia do tipo:
Osmótica
Secretória
Inflamatória
Por alteração da motilidade intestinal
Gordurosa
Ocorre por acúmulo de solutos osmoticamente
ativos não absorvíveis no lúmen intestinal. Isto
gera retenção de líquidos intraluminais e consequente
diarreia, pela incapacidade de absorção
de todo este volume. O uso de laxativos (como
a lactulose) é o protótipo desta diarreia.
Diarreia Osmótica ou Aquosa
Diarreia que melhora à noite e em jejum
Diarreia Osmótica ou Aquosa
Qual o GAP osmolar da Diarreia Osmótica?
Gap osmolar fecal alto (>125 mOsm/L).
O que é o gap osmolar fecal?
É na verdade uma forma de estimar a contribuição
de eletrólitos e não eletrólitos para a
retenção de água no lúmen intestinal.
Como é calculado o gap osmolar fecal?
290 - 2 x (Na+ + K+)
Por que 290 mOsm?
Pois se considera que no intestino distal as fezes possuem a mesma osmolaridade do plasma, que, varia de 285-300mOsm/L.
Alguns pacientes com diagnóstico de úlcera
péptica, submetidos à vagotomia, apresentam diarreia nos primeiros meses de pós-operatório.
Um pequeno percentual vai apresentar um
quadro diarreico persistente, que pode ser controlado
com o uso da medicação denominada:
Colestiramina.
Mulher de 55 anos queixa-se de diarreia com média de três evacuações diárias, nos últimos dois anos, de fezes líquidas sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Tem ótimo nível social, não saiu da cidade do Rio de Janeiro nos 10 anos anteriores, nega diabetes e febre. Há história de cirurgia para retirada do ovário direito por cisto há 20 anos, apendicectomia há 30, dois
partos normais há 31 e 33 anos, colecistectomia
há três e plástica de face há um ano, todas sem intercorrências. Refere já ter ido a vários médicos, ter feito inúmeros exames complementares com resultados normais, entre eles: parasitológicos de fezes (12 ao todo), ultrassonografia abdominal total (quatro), tomografia computadorizada do abdome, gordura fecal, endoscopia digestiva alta, colonoscopia com biópsia do cólon e do íleo terminal e trânsito de
delgado. Você solicita hemograma, VHS, albumina
e globulina séricas, TSH, T3, T4, vitamina B12, e os resultados estão normais. Com estes dados, seria ‘justificável teste terapêutico com:
a) Albendazol.
b) Prednisona.
c) Colestiramina.
d) Sulfassalazina.
C
Distúrbio de absorção gerado principalmente por alteração inflamatória (com ou sem ulceração) da mucosa e caracteriza-se por lesão e morte dos enterócitos, atrofia das vilosidades e hiperplasia das criptas. Como estes enterócitos que ficam na superfície apresentam baixa atividade de dissacaridases e peptídeo hidrolases, e ainda não conseguem absorver ou transportar açúcares, aminoácidos ou eletrólitos, ocorre a diarreia. Além disso, a hipermotilidade gerada também contribui.
Diarreia inflamatória
Qual o exame que avalia a presença de sangue,
muco e leucócitos nas fezes?
EAF – Elementos Anormais nas Fezes.
São características da Diarreia inflamatória:
Presença de muco, pus e/ou sangue nas fezes.
A absorção e secreção estão normais. O problema
nestes casos é que não há tempo suficiente de contato com a mucosa para ocorrer uma absorção correta. Um trânsito rápido pode acompanhar muitas diarreias como um fenômeno secundário, sendo a dismotilidade primária uma etiologia incomum da diarreia verdadeira.
Diarreia Funcional (por alteração da motilidade intestinal)
A doença de base se associa com algum distúrbio
que promova disabsorção de lipídios no intestino delgado.
Diarreia gordurosa (ou esteatorreia)
Quais as 2 grandes causas de Diarreia Gordurosa?
Síndromes de má absorção
Doenças das mucosas.
Síndrome do intestino curto.
Supercrescimento bacteriano.
Isquemia mesentérica
Síndrome de má digestão
Insuficiência exócrina pancreática
Nela, há distúrbio no transporte hidroeletrolítico pela mucosa intestinal. Em geral, uma toxina ou droga promove aumento da secreção de íons e água para o lúmen (mais comum) ou inibição da absorção.
Diarreia Secretória
São características da Diarreia Secretória:
- Não melhora com o jejum (perdura durante a noite).
- Grande volume (em geral > 1L/dia).
- Gap osmolar baixo (< 50 mOsm/L).
Quais as 4 principais causas de Diarreia Osmótica?
- Ingestão excessiva ou carboidratos pobremente absorvidos: Uso de lactulose, Uso de manitol….
- Diarreia induzida por magnésio: Laxantes, Antiácidos e Suplementos alimentares.
- Disabsorção de carboidratos: intolerância à lactose, síndrome disabsortiva generalizada.
- Laxativos com ânions pobremente absorvidos: Sulfato, Fosfato e Citrato de sódio.
Quais as grandes principais causas de Diarreia Secretória?
- Uso de laxativos não osmóticos (bisacodil)
- Bactérias produtoras de toxinas como Vibrio cholerae, E. coli enterotoxigênica, Salmonella
sp. , Campylobacter sp., Shigella sp., Klebsiella sp., Yersinia sp., Clostridium difficile, S. aureus, Clostridium perfringens, Bacillus cereus, Clostridium botulinum - Tumores (VIPoma, síndrome carcinoide, gastrinoma)
- Drogas: furosemida, IECA, tiazídicos.
- Venenos:
- Doença celíaca, colite isquêmica, DII,
- Colagenoses
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Diarreia do Viajante?
E. coli (enteropatogênica)
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Síndrome Hemolítico-urêmica?
E. coli (EGEC - O157:H7)
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a Alterações do SNC como Convulsões?
Shigella
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa à Síndrome de Guillain Barré?
Campylobacter jejuni
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a infecções à distância?
Salmonela
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana apresenta período de incubação curto (horas)?
S. aureus
Qual agente etiológico da Diarreia aguda bacteriana se associa a infecções à Colite Pseudomembranosa?
Clostridium difficile
Qual principal causa de Diarreia aguda?
Infecções
Qual a principal causa infecciosa de Diarreia aguda viral no adulto?
Vírus
Qual agente etiológico principal da Diarreia aguda viral no adulto?
Norovírus
Quando investigar mais a fundo uma Diarreia Aguda?
- Sinais de desidratação
- Uso recente de ATB (risco para Colite pseudomembranosa)
- Fezes muito sanguinolentas
- Não melhora pós 48h
- Febre persistente e alta (>38.5)
- Idosos > 70 anos
- Imunodeficientes
68 anos, homem, com diarreia líquida,1. início há 7 dias, associada a febre 38, náuseas e 02 ep de vômitos. Relato de 8 evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Classifique o tipo de diarreia quanto ao tempo e com a porção intestinal acometida.
Diarreia aguda
Alta
68 anos, homem, com diarreia líquida,1. início há 7 dias, associada a febre 38, náuseas e 02 ep de vômitos. Relato de 8 evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo. Classifique em que grupo está a causa mais provável da diarreia aguda?
Infecciosa
Os principais fatores de risco associados às
diarreias infecciosas agudas são
- ausência de saneamento básico e
- consumo de água e alimentos contaminados.
Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia persistente em crianças e pacientes com HIV
E. coli enteroagregativa
Qual agente etiológico bacteriano causador da Disenteria
E. coli enteroinvasiva (EIEC)
Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia em crianças
E. coli enteropatogênica (EPEC)
Qual agente etiológico bacteriano causador da Diarreia volumosa
E. coli enterotoxigênica (ETEC)
Norte-americanos em viagem para países em desenvolvimento, e passageiros em aeronaves
e navios de turismo onde ocorram erros na preparação dos alimentos estão em grande risco de sofrer de diarreia infecciosa aguda. Qual o agente infeccioso mais comum na diarreia dos viajantes?
E. coli enterotóxica.
A síndrome hemolítico-urêmica (anemia hemolítica microangiopática, insuficiência renal e plaquetopenia) poder estar associada a 2 etiologias:
E.coli êntero-hemorrágica
Shigella.
É um bacilo Gram-negativo flagelado transmitido a partir de alimentos de origem animal como aves, leite e ovos. Provoca gastroenterite indistinguível, com náuseas, vômitos e diarreia dentro de 6 a 48 horas após a ingestão do alimento ou água contaminada.
Salmonella
É uma bactéria Gram-negativa, imóvel, transmitida através de alimentos ou pelo contato interpessoal. Possui alta infectividade, pois é resistente à acidez do suco gástrico: um pequeno inóculo já é suficiente para produzir a doença (bastam dez bactérias!!).
Shigella.
Quanto ao tratamento da Diarreia causada pela Shigella, a recomendação atual é
tratar todos os casos com antibióticos - cipro.
Um menino de 2 anos apresenta quadro de disenteria há 3 dias. Há 4 horas apresentou crise convulsiva tonicoclônica generalizada. A gastroenterite que está mais associada a convulsões é a causada por:
Shigella dysenteriae.
A síndrome hemolítico-urêmica é uma das complicações das diarreias infecciosas. Identifique os micro-organismos capazes de desencadear esta síndrome.
a) E. coli êntero-hemorrágica e Clostridium difficile.
b) Cólera e rotavírus.
c) Salmonella e Yersinia.
d) Shigella e Salmonella.
e) E. coli êntero-hemorrágica e Shigella.
E
Um lactente de 6 meses apresenta disenteria há 3 dias e é trazido ao pronto-socorro por crise convulsiva tonicoclônica generalizada. A investigação laboratorial mostra que não há distúrbios eletrolíticos. O agente que pode estar relacionado a este quadro é:
Shigella.
São bastonetes Gram-negativos curvos, móveis e não formadores de esporos. São bactérias transmitidas através de alimentos como carne crua (principalmente aves), água e contato direto com animais infectados. Em países de clima temperado, isto é mais frequente
no verão.
Campylobacter
São várias as complicações relacionadas à infecção por Campylobacter. Entre elas, a principal, seria:
Síndrome de Guillain-Barré.
Esta bactéria é capaz de contaminar alimentos e produzir uma toxina termoestável. Os sintomas se iniciam algumas horas após a ingestão do alimento contaminado.
S. aureus
Infecção por Yersinia enterocolitica pode mimetizar:
Apendicite aguda.
Paciente de 12 anos de idade iniciou quadro
de dor abdominal periumbilical que posteriormente
se irradiou para a fossa ilíaca direita,
associada a náuseas. O exame físico apresenta
dor à palpação da fossa ilíaca direita,
com descompressão súbita dolorosa. É indicada
cirurgia de urgência, na qual se encontra
apêndice normal e aumento dos linfonodos
mesentéricos. O agente mais frequentemente
associado a esta síndrome é:
Yersinia enterocolítica.
Quadro em que dor abdominal e toxicidade sistêmica são mais proeminentes que os episódios de diarreia.
Quais os 2 principais agentes etiológicos envolvidos?
Pseudoapendicite
Campylobacter e Yersinia
Trata-se de um Gram-positivo anaeróbio obrigatório, cujos esporos (formas resistentes) são observados principalmente no ambiente hospitalar e instituições asilares, sob superfícies e nas mãos dos profissionais de saúde. O risco de aquisição aumenta proporcionalmente ao tempo de internação.
Clostridium difficile
Podemos concluir que são três os principais fatores necessários para o desenvolvimento da colite pseudomembranosa:
1- Exposição a antibiótico (especialmente os
mais associados);
2- Exposição à toxina do C. difficile (sobretudo
os mais virulentos);
3- Níveis de IgG produzidos contra a toxina A.
Quais antibióticos provocam colite pseudomembranosa?
clindamicina /
cefalosporinas /
quinolonas.
Toda diarreia que se inicie entre o primeiro dia e a sexta semana após o início do antimicrobiano deve levantar a suspeita de
colite pseudomembranosa
O diagnóstico de colite pseudomembranosa se dá através de uma combinação de critérios:
1) Diarreia (≥ 3 episódios de fezes não moldadas
a cada 24 horas, durante ≥ 2 dias) sem outra causa conhecida.
2) Detecção de toxina A ou B nas fezes OU detecção de C. difficile produtor de toxina nas fezes por coprocultura/PCR OU observação de pseudomembranas na endoscopia do cólon (placas esbranquiçadas ou amareladas).
O tratamento da Colite Pseudomembranosa, além de suspender os ATB, pode ser feito com:
- Metronidazol 500 mg 8/8h, VIA ORAL, por 10 a 14 dias
OU - Vancomicina 125 mg 6/6h, VIA ORAL, por 10 a 14 dias
OU - Fidaxomicina 200 mg, VIA ORAL, por 10 dias
Em caso de recorrência da Colite Pseudomembranosa, o retratamento pode ser feito com:
- 1ª recorrência: metronidazol
- 2ª recorrência: vancomicina
- Múltiplas recorrências: vancomicina e esquemas alternativos
É CORRETO afirmar que a colite por Clostridium difficile:
a) Ocorre apenas com o uso de clindamicina.
b) Não determina febre.
c) Deve ser tratada com aminoglicosídeos por
via oral.
d) Deve ser tratada com metronidazol por via
oral.
e) Deve ser tratada com vancomicina por via
parenteral, em casos severos.
D
Paciente feminino, 70 anos, em uso de ceftriaxone + clindamicina para pneumonia comunitária, passa a apresentar após 7 dias de tratamento dor abdominal em cólica e diarreia sanguinolenta. Após a introdução de metronidazol e suspensão dos dois outros antibióticos, a paciente tem remissão completa do quadro. Neste caso o agente etiológico mais provável foi:
Clostridium difficile
Paciente feminina internada devido abscesso pulmonar, recebendo antibioticoterapia (clindamicina) por 5 dias começa com quadro de diarreia líquida (10 evacuações por dia) e dores abdominais em cólicas.
Qual sua conduta:
Suspensão do antibiótico, pesquisa da toxina para C. difficile e metronidazol VO 8/8h por 10-14 dias.
É um bastonete Gram-negativo, anaeróbio facultativo, produtor de toxina, cujo habitat natural é a água costeira salgada e os estuários salobros, onde o micro-organismo vive em estreita relação com o plâncton.
Vibrio cholerae
A transmissão do Vibrio cholerae é, essencialmente:
Orofecal, através do consumo de água e de alimentos contaminados.
Pouco tempo após a exposição o paciente pode abrir com diarreia aquosa indolor, muuuuito volumosa, seguida da por vômitos. Em geral não há febre, nem
sangue nas fezes.
Cólera
O tratamento da Cólera envolve 4 passos:
Repor + líquidos
Corrigir distúrbios eletrolíticos
Corrigir acidose metabólica
Antibióticos (formas graves)
Nas diarreias devido à doença Cólera, o tratamento deve ser feito através da reidratação e uso de antibióticos, sendo que os mais recomendados são:
Ciprofloxacina e Azitromicina
Foi noticiado, em agosto de 2013, um surto de cólera em Cuba, onde alguns turistas foram acometidos pela doença. Sobre a cólera, é CORRETO afirmar que:
a) Uma vez acometido pela doença, o indivíduo desenvolve imunidade permanente.
b) A notificação da doença não é compulsória no Brasil, pois, em nosso país, a cólera é uma doença endêmica.
c) Os contactantes de pacientes com cólera não devem receber tratamento quimioprofilático com antibióticos.
d) O principal reservatório do Vibrio cholerae são plantas aquáticas, moluscos marinhos e crustáceos, por isso a doença é endêmica na área do Caribe.
e) A vacinação é eficaz, confere imunidade por longo período (aproximadamente 10 anos) e somente é indicada em áreas onde esteja ocorrendo surto de cólera devido ao alto custo da vacina.
C
Nestes casos de Diarreia Aguda, quais exames devem ser realizados?
Hemograma
Bioquímica
Lactoferrina
Exame parasitológico fezes
Coprocultura
Pesquisa da toxina do Clostridium difficile
Paciente de 18 anos, com diarreia aquosa volumosa, mais de 10 evacuações/dia com cólica hipogástrica, e febre de 38,5ºC há 3 dias. A conduta a ser adotada é:
a) Antibioticoterapia de amplo espectro.
b) Exame de fezes tipo MIF.
c) Elementos anormais das fezes + coprocultura.
d) Colonoscopia + exame parasitológico.
C
A base do tratamento das diarreias agudas é a
hidratação.
Carolina, 75 anos, obesa, mora em casa geriátrica. É trazida à Emergência por sua filha com diarreia e letargia. Estava bem até há quatro dias quando iniciou diarreia líquida, que não melhorou com loperamida e evoluiu com sangue em 24 horas. Duas senhoras da casa geriátrica apresentaram quadro semelhante. Nega uso de medicamentos. Exame físico: sonolenta, desidratada e somente identifica a filha, hipocorada
(3+/4), ictérica (+/4), fraqueza nos membros. Abdome
depressível e doloroso difusamente, com peristalse aumentada. O exame neurológico não mostra alterações focais. Exames laboratoriais hematócritos 25%; plaquetas 67.000/mm3; glicose 700 mg/dl; ureia 60 mg/dl, creatinina 3,5 mg/dl, K+ 4,0mEq/L, Na 128mEq/I, bilirrubinas totais 3 mg/dl, bilirrubina indireta 2.0 mg/dl. Exame de fezes: sangue e leucócitos.
O distúrbio hidroeletrolitico e metabólico deve ser corrigido com:
Solução fisiológica 0,9% e insulina.
Carolina, 75 anos, obesa, mora em casa geriátrica. É trazida à Emergência por sua filha com diarreia e letargia. Estava bem até há quatro dias quando iniciou diarreia líquida, que não melhorou com loperamida e evoluiu com sangue em 24 horas. Duas senhoras da casa geriátrica apresentaram quadro semelhante. Nega uso de medicamentos. Exame físico: sonolenta, desidratada e somente identifica a filha, hipocorada
(3+/4), ictérica (+/4), fraqueza nos membros. Abdome
depressível e doloroso difusamente, com peristalse aumentada. O exame neurológico não mostra alterações focais. Exames laboratoriais hematócritos 25%; plaquetas 67.000/mm3; glicose 700 mg/dl; ureia 60 mg/dl, creatinina 3,5 mg/dl, K+ 4,0mEq/L, Na 128mEq/I, bilirrubinas totais 3 mg/dl, bilirrubina indireta 2.0 mg/dl. Exame de fezes: sangue e leucócitos.
O provável diagnóstico e o agente etiológico
são, respectivamente, síndrome:
Hemolítico-urêmica; Escherichia coli.
Devido à sua fisiopatologia, a terapia de reidratação
oral com solução de sódio e glicose é menos eficaz na diarreia do tipo:
Inflamatória.