Semiologia MMII Flashcards

1
Q

Quadril

Noções básicas

A
  • Corresponde à articulação coxofemoral (realiza movimentos em todos os planos)
  • Articulação de carga, com estruturas ósseas e musculares muito fortes.
  • No fêmur, deve-se saber identificar:
  1. Cabeça femoral
  2. Colo
  3. Trocanteres maior e menor.
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Q

Quadril

Como é formado o acetábulo?

A
  1. Ísquio
  2. Ílio
  3. Púbis
  • São fundidos no adulto, mas não na criança.
  • Na região periférica do acetábulo existe uma estrutura fibrocartilaginosa, em forma semicircular, chamada labrum e que tem a função de:
  1. Aumentar a profundidade acetabular
  2. Redistribuir as cargas
  3. Nutrir a cartilagem
  • Na criança ela contribui, ainda, para o crescimento da borda do acetábulo.
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3
Q

Quadril

Estrutura muscular

A
  • A musculatura periarticular é, em geral, muito potente sendo reconhecidos os principais grupos:
  1. Glúteo máximo:
    - Extensor
    - Contribui para a manutenção da posição ereta, atuando como músculo antigravitacional
  2. Glúteo médio e mínimo:
    - Abdutores
    - Função de estabilização da pelve durante a fase de apoio da marcha
  3. Adutores: Realizam a adução
  4. Tensor da fáscia lata:
    - Abdutor
    - Estabilização da pelve, atuando até no joelho.
  5. Flexores:
    - Os principais: o iliopsoas, o sartório e a porção direta do reto anterior do quadríceps.
    - O psoas é flexor e rotador externo do quadril e flexor acessório do tronco.
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4
Q

Quadril

Pontos de referência anatômicos na semiologia

A
  1. Crista ilíaca
  2. Espinhas ilíacas anterossuperior e posterossuperior
  3. Trocanter maior
  4. Tuberosidade isquiática
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5
Q

Quadril

Movimentos

A
  1. Flexão
  2. Abdução
  3. Adução
  4. Rotação interna
  5. Rotação externa
  • O movimento de extensão não é pesquisado rotineiramente.
  • Para pesquisa da movimentação:
  1. Indivíduo é colocado em decúbito dorsal, com o tronco e pelve em posição simétrica.
  2. Segurando-se pela perna e apoiando o joelho com a outra mão
  3. Realiza-se a flexão simultânea do quadril e joelho.
  4. Em seguida, pesquisa as rotações.
  5. Para isto, mantém o quadril e o joelho flexionados em 90º.
  6. Usa-se a perna como o ponteiro de um goniômetro para calcular os graus de rotação, a partir da posição neutra.
  • A abdução é realizada com o joelho estendido, a partir da posição neutra.
  1. Coloca-se uma mão na espinha ilíaca anterossuperior para perceber os movimentos associados da bacia e,
  2. Com a outra mão, faz-se abdução ou adução, até que a pelve comece a se movimentar.
  • O movimento de extensão é testado com o paciente em decúbito ventral.
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6
Q

V ou F?

Da mesma forma como ocorre com a escápula no ombro, no quadril é muito comum a bacia movimentar-se quando se testa a movimentação. Um indivíduo desatento pode interpretar movimentos pélvicos como originários do quadril. Por isto, sempre observe a pelve.

A

Verdadeiro!!!

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7
Q

Teste de Thomas

A
  • Verificar se há contratura em flexão do quadril.
  • Afecções intra-articulares ou na vizinhança do quadril frequentemente desencadeiam uma resposta reflexa antálgica no quadril que fica em semiflexão.
  • A manobra:
  1. O paciente é colocado deitado.
  2. Faz-se flexão de ambos os quadris, vagarosamente, até que a inclinação pélvica desapareça (quando a lordose lombar desaparece e a região lombar, aplanada, apresenta contato completo com a mesa de exame).
  3. Mantém-se o quadril normal em flexão para segurar a pelve e, vagarosamente, estende-se o quadril que se quer testar.
  4. Quando há contratura em flexão o
    quadril não estende completamente e o ângulo formado entre a face posterior da coxa e o
    plano da mesa de exame corresponde à contratura em flexão existente
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8
Q

Manobra de Trendelenburg

Conceitos iniciais

A
  • Verifica se há insuficiência do músculo glúteo médio.
  • Este músculo tem a função de manter a pelve nivelada durante a marcha.
  • Se ele está insuficiente a pelve tende a cair para o lado contrário ao do apoio.
  • As insuficiências do glúteo médio podem existir por:
  1. Doenças do próprio músculo
  2. De sua inervação
  3. Exemplos: sequela de poliomielite, miopatias, lesões raízes nervosas
  4. Por encurtamento da distância entre a origem e inserção do músculo. São exemplos a luxação congênita do quadril e deformidades em
    varo do terço proximal do fêmur (sequelas de fratura).
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9
Q

Manobra de Trendelenburg

Execução

A
  1. Doente fica de pé, de frente para o examinador.
  2. Segura-se firmemente as duas mãos do paciente e pede-se que ele levante o pé do lado normal, fazendo apoio do lado que se quer testar.
  3. Com isto, a pelve tende a cair para o outro lado e o músculo glúteo médio contrai-se para manter o nivelamento dela.
  4. Se ele estiver insuficiente o nivelamento não é mantido e a pelve cai para o lado oposto ao do apoio.
  5. Reflexamente, o paciente para não se desequilibrar, inclina o tronco para o lado do membro apoiado.
  • A manobra é feita primeiramente no lado normal ou menos afetado
  • Deve-se manter a posição de apoio monopodal por algum tempo pois, às vezes, o sinal só se positiva depois de um certo “cansaço muscular”.
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10
Q

Joelho

Noções básicas

A
  • Composto pela associação de três articulações:
  1. Femorotibial
  2. Femoropatelar
  3. Tibiofibular proximal
  • As duas primeiras são mais importantes em termos de movimentação.
  • O joelho se caracteriza por ser a conexão entre duas grandes alavancas, representadas pelo fêmur e tíbia, ficando submetido a enormes solicitações mecânicas.
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11
Q

Joelho

Sistema ligamentar

A
  • Pode-se dividir em:
  1. Ligamento colateral medial: Neutraliza esforços em valgo, impedindo que a articulação se abra medialmente.
  2. Ligamento colateral lateral: Neutraliza esforços em varo, impedindo que a articulação se abra neste sentido.
  3. Ligamento cruzado anterior: é intra-articular
  4. Ligamento cruzado posterior: intra-articular
  • Pode-se considerar que o cruzado anterior impeça o deslizamento da tíbia para a frente e o posterior o deslizamento da tíbia para trás, em relação ao fêmur.
  • Os meniscos lateral e medial são estruturas intra-articulares com função mecânica estabilizadora e redistribuidora de carga. Contribuem, também, para nutrição da cartilagem articular.
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12
Q

Joelho

Semiologia

A
  • Deve-se atentar para o alinhamento do ângulo frontal do joelho que, na maioria das pessoas, é em discreto valgo.
  • Em perfil o joelho normal deve estender-se completamente
  • Principais movimentos:
  1. Flexão
  2. Extensão
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13
Q

Joelho

Composição musculoesquelética

A
  • Grupo extensor:
    1. Quadríceps (vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e reto anterior)
  • A patela é um grande osso sesamóide que faz a conexão entre o tendão do quadríceps e o
    ligamento patelar que se insere na tuberosidade anterior da tíbia.
  1. Participa do movimento de extensão e atua melhorando a função mecânica do quadríceps.
  • O quadríceps é o grande extensor e, também, importante estabilizador dinâmico do joelho.
  • A musculatura flexora localiza-se na face posterior da coxa, sendo representada principalmente pelo:
  1. Bíceps sural
  2. Semitendíneo
  3. Semimembráceo
  • O sartório, gracilis e semimembráceo formam uma
    estrutura denominada pata de ganso, atritada contra o osso com os movimentos de flexão e extensão do joelho e, em decorrência, inflamar-se e constituir a
    tendinite da pata de ganso.
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14
Q

Joelho

Pontos de reparo anatômico

A
  1. Patela
  2. Cabeça da fíbula
  3. Tuberosidade anterior da tíbia
  4. Interlinha articular
  5. Tendão do bíceps sural e cavo poplíteo
  • Todas estas são visíveis e facilmente palpáveis.
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15
Q

V ou F?

No colo da fíbula palpa-se o nervo fibular superficial que inerva toda a musculatura dorsoflexora do tornozelo e pé.

A

Verdadeiro!

  • Este nervo é muito vulnerável nesta região, podendo ser lesado por:
  1. Traumatismos
  2. Enfaixamentos
  3. Aparelhos gessados
  • Sua paralisia leva ao “pé caído”.
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16
Q

Joelho

Testes especiais

Teste de integridade do ligamento colateral medial

A
  1. Coloca-se o indivíduo deitado
  2. Examina-se, primeiramente, o lado normal e, depois, o lesado.
  3. Segura-se o membro inferior e aplica-se um esforço em valgo apoiando-se uma mão na face lateral do joelho e, a outra, na face interna da perna, próximo do tornozelo.
  4. Testa-se, primeiramente, com o joelho estendido e, depois, com flexão de 20º.
  5. Quando há rotura do ligamento verifica-se abertura anormal em valgo do joelho
  • O teste da integridade do ligamento colateral lateral. é realizado da mesma forma que o anterior, com a diferença de que o esforço aplicado é em varo, apoiando uma mão na face interna do joelho e, com a outra, forçando a perna para dentro.
17
Q

Joelho

Testes especiais

Teste da integridade dos ligamentos cruzados

A
  1. O indivíduo é mantido deitado, examinando-se, primeiro, o lado normal.
  2. Coloca-se o joelho flexionado em 90º e o pé do paciente apoiado sobre a mesa de exame.
  3. O examinador senta levemente sobre o antepé do paciente e segura firmemente a extremidade proximal da tíbia com as duas mãos, puxando-a para frente e empurrando-a para trás.
  4. Quando há lesão do ligamento cruzado anterior, a tíbia desliza anormalmente para frente (sinal da gaveta anterior positivo). Quando há lesão do cruzado posterior, a tíbia desliza para trás (sinal da gaveta posterior positivo).
18
Q

Joelho

Testes especiais

Teste de Lachman

A
  • Avalia a integridade dos ligamentos cruzados.
  1. Mantém-se o joelho flexionado em 20º.
  2. Uma das mãos segura firmemente o fêmur e, a outra, a tíbia, tentando-se puxá-la para frente e empurrá-la para trás.
  • O teste é positivo quando há excursão anômala da tíbia em relação ao fêmur.
19
Q

Noções básicas

A
  • Região sensitiva e origem de reflexos proprioceptivos que alimentam os sistemas de postura e equilíbrio.
  • É comumente dividido em três partes:
  1. Retropé: formado pelo tálus e calcâneo
  2. Mediopé: formado pelo navicular, cuboide e cunhas
  3. Antepé: formado pelos metatarsais e artelhos
  • A articulação mediotársica, ou de Chopart, separa o retro do mediopé
  • A articulação tarsometatársica, ou de Lisfranc, conecta os médio e antepé.
  • O pé possui um arco plantar medial que faz com que haja uma elevação na face interna da
    planta do pé.
  1. Quando este arco está diminuído tem-se o pé plano e, quando aumentado, o pé cavo
  • Maiores áreas de apoio são o calcanhar, a cabeça do quinto metatarsal e a cabeça do primeiro metatarsal.
  • Se visto por trás, o calcanhar está em discreto valgo
  1. Quando há acentuação desta inclinação tem-se o pé valgo e, quando há inversão, o pé varo.
    * O primeiro (grande artelho) é o mais importante e participa efetivamente da impulsão na troca de passos.
  2. Este dedo está discretamente em valgo
  3. O exagero desta inclinação constitui o hálux valgo
20
Q

Musculatura

A
  • É extrínseca quando se origina na perna e atua no pé por meio de tendões
  • É intrínseca quando se origina no próprio pé
21
Q

Movimentos

A
  1. Flexão dorsal
  2. Extensão (ou flexão plantar)
  3. Inversão
  4. Eversão
  • A flexão dorsal é realizada pelo músculo tibial anterior e auxiliada pelos extensores longos dos artelhos.
  • A flexão plantar é feita pelo tríceps sural que se insere no calcâneo por meio do potente tendão calcâneo (de Aquiles) e auxiliada pelos flexor comum dos artelhos e próprio do hálux.
  • A inversão é realizada pelo músculo tibial posterior
  • A eversão pelos fibulares (longo e curto).
22
Q

Pontos de reparo anatômico

A
  1. Maléolos medial e lateral
  2. Cabeças dos metatarsais
  3. Calcâneo
  • Atrás e inferiormente ao maléolo medial pode ser palpado o pulso da artéria tibial posterior que, juntamente com o nervo do mesmo nome, atravessa, nesta região o túnel do tarso.
  • Este local pode ser sede de compressões.
  • No dorso do pé palpa-se o pulso da artéria pediosa, ramo da artéria tibial anterior
23
Q

Principais deformidades primárias

A
  1. Pé varo
  2. Pé equino
  3. Pé calcâneo
  4. Pé valgo
  5. Pé cavo
  6. Pé plano
  7. Pé adulto (antepé desviado medialmente)