Semiologia MMII Flashcards
Quadril
Noções básicas
- Corresponde à articulação coxofemoral (realiza movimentos em todos os planos)
- Articulação de carga, com estruturas ósseas e musculares muito fortes.
- No fêmur, deve-se saber identificar:
- Cabeça femoral
- Colo
- Trocanteres maior e menor.
Quadril
Como é formado o acetábulo?
- Ísquio
- Ílio
- Púbis
- São fundidos no adulto, mas não na criança.
- Na região periférica do acetábulo existe uma estrutura fibrocartilaginosa, em forma semicircular, chamada labrum e que tem a função de:
- Aumentar a profundidade acetabular
- Redistribuir as cargas
- Nutrir a cartilagem
- Na criança ela contribui, ainda, para o crescimento da borda do acetábulo.
Quadril
Estrutura muscular
- A musculatura periarticular é, em geral, muito potente sendo reconhecidos os principais grupos:
-
Glúteo máximo:
- Extensor
- Contribui para a manutenção da posição ereta, atuando como músculo antigravitacional -
Glúteo médio e mínimo:
- Abdutores
- Função de estabilização da pelve durante a fase de apoio da marcha - Adutores: Realizam a adução
-
Tensor da fáscia lata:
- Abdutor
- Estabilização da pelve, atuando até no joelho. -
Flexores:
- Os principais: o iliopsoas, o sartório e a porção direta do reto anterior do quadríceps.
- O psoas é flexor e rotador externo do quadril e flexor acessório do tronco.
Quadril
Pontos de referência anatômicos na semiologia
- Crista ilíaca
- Espinhas ilíacas anterossuperior e posterossuperior
- Trocanter maior
- Tuberosidade isquiática
Quadril
Movimentos
- Flexão
- Abdução
- Adução
- Rotação interna
- Rotação externa
- O movimento de extensão não é pesquisado rotineiramente.
- Para pesquisa da movimentação:
- Indivíduo é colocado em decúbito dorsal, com o tronco e pelve em posição simétrica.
- Segurando-se pela perna e apoiando o joelho com a outra mão
- Realiza-se a flexão simultânea do quadril e joelho.
- Em seguida, pesquisa as rotações.
- Para isto, mantém o quadril e o joelho flexionados em 90º.
- Usa-se a perna como o ponteiro de um goniômetro para calcular os graus de rotação, a partir da posição neutra.
- A abdução é realizada com o joelho estendido, a partir da posição neutra.
- Coloca-se uma mão na espinha ilíaca anterossuperior para perceber os movimentos associados da bacia e,
- Com a outra mão, faz-se abdução ou adução, até que a pelve comece a se movimentar.
- O movimento de extensão é testado com o paciente em decúbito ventral.
V ou F?
Da mesma forma como ocorre com a escápula no ombro, no quadril é muito comum a bacia movimentar-se quando se testa a movimentação. Um indivíduo desatento pode interpretar movimentos pélvicos como originários do quadril. Por isto, sempre observe a pelve.
Verdadeiro!!!
Teste de Thomas
- Verificar se há contratura em flexão do quadril.
- Afecções intra-articulares ou na vizinhança do quadril frequentemente desencadeiam uma resposta reflexa antálgica no quadril que fica em semiflexão.
- A manobra:
- O paciente é colocado deitado.
- Faz-se flexão de ambos os quadris, vagarosamente, até que a inclinação pélvica desapareça (quando a lordose lombar desaparece e a região lombar, aplanada, apresenta contato completo com a mesa de exame).
- Mantém-se o quadril normal em flexão para segurar a pelve e, vagarosamente, estende-se o quadril que se quer testar.
- Quando há contratura em flexão o
quadril não estende completamente e o ângulo formado entre a face posterior da coxa e o
plano da mesa de exame corresponde à contratura em flexão existente
Manobra de Trendelenburg
Conceitos iniciais
- Verifica se há insuficiência do músculo glúteo médio.
- Este músculo tem a função de manter a pelve nivelada durante a marcha.
- Se ele está insuficiente a pelve tende a cair para o lado contrário ao do apoio.
- As insuficiências do glúteo médio podem existir por:
- Doenças do próprio músculo
- De sua inervação
- Exemplos: sequela de poliomielite, miopatias, lesões raízes nervosas
- Por encurtamento da distância entre a origem e inserção do músculo. São exemplos a luxação congênita do quadril e deformidades em
varo do terço proximal do fêmur (sequelas de fratura).
Manobra de Trendelenburg
Execução
- Doente fica de pé, de frente para o examinador.
- Segura-se firmemente as duas mãos do paciente e pede-se que ele levante o pé do lado normal, fazendo apoio do lado que se quer testar.
- Com isto, a pelve tende a cair para o outro lado e o músculo glúteo médio contrai-se para manter o nivelamento dela.
- Se ele estiver insuficiente o nivelamento não é mantido e a pelve cai para o lado oposto ao do apoio.
- Reflexamente, o paciente para não se desequilibrar, inclina o tronco para o lado do membro apoiado.
- A manobra é feita primeiramente no lado normal ou menos afetado
- Deve-se manter a posição de apoio monopodal por algum tempo pois, às vezes, o sinal só se positiva depois de um certo “cansaço muscular”.
Joelho
Noções básicas
- Composto pela associação de três articulações:
- Femorotibial
- Femoropatelar
- Tibiofibular proximal
- As duas primeiras são mais importantes em termos de movimentação.
- O joelho se caracteriza por ser a conexão entre duas grandes alavancas, representadas pelo fêmur e tíbia, ficando submetido a enormes solicitações mecânicas.
Joelho
Sistema ligamentar
- Pode-se dividir em:
- Ligamento colateral medial: Neutraliza esforços em valgo, impedindo que a articulação se abra medialmente.
- Ligamento colateral lateral: Neutraliza esforços em varo, impedindo que a articulação se abra neste sentido.
- Ligamento cruzado anterior: é intra-articular
- Ligamento cruzado posterior: intra-articular
- Pode-se considerar que o cruzado anterior impeça o deslizamento da tíbia para a frente e o posterior o deslizamento da tíbia para trás, em relação ao fêmur.
- Os meniscos lateral e medial são estruturas intra-articulares com função mecânica estabilizadora e redistribuidora de carga. Contribuem, também, para nutrição da cartilagem articular.
Joelho
Semiologia
- Deve-se atentar para o alinhamento do ângulo frontal do joelho que, na maioria das pessoas, é em discreto valgo.
- Em perfil o joelho normal deve estender-se completamente
- Principais movimentos:
- Flexão
- Extensão
Joelho
Composição musculoesquelética
- Grupo extensor:
1. Quadríceps (vasto lateral, vasto medial, vasto intermédio e reto anterior) - A patela é um grande osso sesamóide que faz a conexão entre o tendão do quadríceps e o
ligamento patelar que se insere na tuberosidade anterior da tíbia.
- Participa do movimento de extensão e atua melhorando a função mecânica do quadríceps.
- O quadríceps é o grande extensor e, também, importante estabilizador dinâmico do joelho.
- A musculatura flexora localiza-se na face posterior da coxa, sendo representada principalmente pelo:
- Bíceps sural
- Semitendíneo
- Semimembráceo
- O sartório, gracilis e semimembráceo formam uma
estrutura denominada pata de ganso, atritada contra o osso com os movimentos de flexão e extensão do joelho e, em decorrência, inflamar-se e constituir a
tendinite da pata de ganso.
Joelho
Pontos de reparo anatômico
- Patela
- Cabeça da fíbula
- Tuberosidade anterior da tíbia
- Interlinha articular
- Tendão do bíceps sural e cavo poplíteo
- Todas estas são visíveis e facilmente palpáveis.
V ou F?
No colo da fíbula palpa-se o nervo fibular superficial que inerva toda a musculatura dorsoflexora do tornozelo e pé.
Verdadeiro!
- Este nervo é muito vulnerável nesta região, podendo ser lesado por:
- Traumatismos
- Enfaixamentos
- Aparelhos gessados
- Sua paralisia leva ao “pé caído”.