Semiologia da Dor Flashcards

1
Q

Definição de dor

A

“Experiência emocional, sensitiva, desagradável provocada ou não por lesão real dos tecidos”

“Fenômeno subjetivo e multidimensional, que sofre influência de fatores individuais, culturais, sociais, psicológicos, ambientais e físicos”

Carácter subjetivo: limiar de percepção e tolerância é individual. Podem ser alterados por vários fatores como: idade, sexo, nível sócio-cultural, ciclo circadiano e fadiga.

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2
Q

Carácter subjetivo da dor

A

Carácter subjetivo: limiar de percepção e tolerância é individual. Podem ser alterados por vários fatores como: idade, sexo, nível sócio-cultural, ciclo circadiano e fadiga.

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3
Q

Sinal vital

A

50 sinal vital (temp, FC, FR, PA)

Estudo: dor foi referida como queixa principal por 281 (39,30%) pacientes, de um serviço de emergência (REV. DOR 2008 -DOR COMO QUEIXA PRINCIPAL NO SERVIÇO DE PRONTO-ATENDIMENTODO HOSPITAL MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DO SUL- RS)

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4
Q

Classificação da dor

A
Somática (superficial e profunda)
Visceral
Referida
Irradiada
Dor neuropática
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5
Q

Dor Somática Superficial

A

Dor Somática Superficial (Cutânea) – decorrente da estimulação de nociceptores (terminações nervosas livres de neurônios) do tegumento. Bem localizada e apresenta qualidade bem distinta. Depende do estímulo aplicado e sua intensidade é variável.
Ex: trauma, calor, substâncias cáusticas, picada de insetos

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6
Q

Dor Somática Profunda

A

Dor Somática Profunda – ativação dos nociceptores dos músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulações. Dor mais difusa. Sua intensidade é proporcional à do estímulo causal, podendo ser leve a moderada.

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7
Q

Dor Visceral

A

Dor Visceral – dor profunda, difusa, de difícil localização e descrita como um dolorimento ou dor surda. Provocada por distensão, tração, isquemia, inflamação.

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8
Q

Diferença dor somática e visceral

A

Dor somática é aguda, bem localizada, seguida de queimação ou hiperestesia.

Dor visceral é vaga, difusa e mal localizada.

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9
Q

Dor Referida:

A

Dor Referida: consiste em uma sensação dolorosa superficial localizada a distância da estrutura profunda (ex: dor na face medial do braço em infarto, dor epigástrica no apendicite, etc).
OBS: a dor referida geralmente é causada por uma dor visceral
Na medula, as fibras viscerais e cutâneas fazem sinapse com os mesmos 2 neurônios

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10
Q

Distribuição da dor referida

A

Os nocireceptores estão presentes em quase todos os tecidos do corpo

Pulmão e diafragma - região cervical

Origem - dor referida
Faringe - ouvido ipsilateral
esôfago - região subesternal
Coração - braço, região cervical e mandíbula esquerdos, região epigástrica
Intestino delgado - região periumbilical
Região subfrênica - ombro
Rins - região lombar
Ureter (porção superior) - região inguinal, testículo
Ureter (porção inferior) - bolsa escrotal, grandes lábios
Próstata - região dorsal baixa
útero - região dorsal baixa
Vesícula biliar - região subescapular direita
Reto - região sacral e perineal
Bexiga - região hipogástrica

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11
Q

Dor Irradiada

A
Dor Irradiada – dor sentida a distância de sua origem, porém obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz nervosa cuja estimulação mecânica é responsável pela dor.
L1
L2
L3
L4
L5
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12
Q

lesão do sistema nervoso periférico ou central sem estimulação do receptor

A

lesão do sistema nervoso periférico ou central sem estimulação do receptor
Causa inflamatória, traumática, vascular, neoplásica
Qualidade geralmente elétrica (queimação, lancinante, vibrátil, formigamento..)

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13
Q

HISTÓRIA X DIAGNÓSTICO

A

História é afundação do diagnóstico, do tratamento e da boa relação com o paciente.

O diagnóstico é baseado primariamente em uma história enfocada emeticulosa
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14
Q

3-Tipo

A

“Como dói? Qual a sensação da dor?”

Ex:
Pontada (afecções da pleura);
pulsátil (enxaquecas);
cólica (infecções intestinais, menstruação);
queimação (esofagite, gastrite); úlcera
surda –> dor lombar
constritiva/aperto –> (isquemia miocárdica);
contínua / em barra –> pancreatite aguda
lancinante (dissecção aneurisma de aorta)
fantasma –> amputação

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15
Q

3-Tipo

A

“Como dói? Qual a sensação da dor?”

Ex:
Pontada (afecções da pleura);
pulsátil (enxaquecas);
cólica (infecções intestinais, menstruação);
queimação (esofagite, gastrite); úlcera
surda –> dor lombar
constritiva/aperto –> (isquemia miocárdica);
contínua / em barra –> pancreatite aguda
lancinante (dissecção aneurisma de aorta)
fantasma –> amputação

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16
Q

4-Intensidade“qual a sua intensidade?”

A

Difícil avaliação
Particularidades do indivíduo
Escalas pouco objetivas

ESCALA VERBAL
  Quantificação da experiêcia dolorosa por meio de frases:
Nenhuma dor
Dor leve
Dor moderada
Dor forte 
Dor insuportável
Pior dor possível

ESCALA NUMÉRICA
Quantificação da dor através de números.
0 = nenhuma dor
10 = maior dor possível

LEVE 0 1 2
MODERADA 3 A 7
INTENSA 8 A 10

17
Q

5-Duração

A

Início da dor ATÉ consulta
Dores contínuas

Dores cíclicas ou que apresentam periodicidade Definir:
Intervalo de tempo entre as crises
Duração da crise “qto dura?)
Primeiro episódio

Duração > 6 meses&raquo_space;» dor crônica

18
Q

6-Evolução

A

É a relação da dor com o tempo

Cíclica ou contínua?

Houve piora ou melhora da intensidade?

19
Q

7-Relação com funções orgânicas

A

A dor é acentuada pela solicitação funcional da estrutura em que ela se origina
Ex:
Cervicalgia, lombalgia, dorsalgia: movimento da coluna
dor abdominal: que piora após alimentação, micção, evacuação
Dor torácica: movimentos respiratórios, tosse, espirros

20
Q

8-Fator de piora“o que piora a dor?”

A
Atividades que podem piorar a dor
Ex: 
esforço físico na angina de peito
excesso de luz na migrânea
Uso de AINE na gastrite
21
Q

9-Fator de melhora“o que melhora a dor?”

A
Condições que aliviam a dor
Ex: 
Ingesta alimentar na úlcera duodenal
Posição antálgica
Uso de anlgésicos
Vômitos na obstrução duodenal
22
Q

10- Sintomas associados“sente mais alguma coisa junto com a dor?”

A
São os sintomas que acompanham a dor
Ex: 
sudorese e tontura na angina
Nâuseas e vômitos na pancreatite
Escotomas na enxaqueca
23
Q

Dor de origem cardíaca

A

Local: retro-esternal, epigástrica
Irradiação: mandíbula, braço e ombro esq.
Tipo: queimação,aperto
Intensidade: intensa,pode estar associada a sensação de morte iminente
Duração: maior que 20minutos
Relação com a função do orgão: esforço,estress,frio
F. melhora: repouso
F.piora: atividade física
Sintomas associados: nâuseas, vômitos, sudorese

24
Q

Paciente do sexo feminino com 68 anos de idade, há 6 anos vive com o diagnóstico de “angina” (doença coronariana) porque o seu médico não ouviu atentamente a sua história que foi a seguinte:
PERGUNTAS

A

Exemplo:
Paciente do sexo feminino com 68 anos de idade, há 6 anos vive com o diagnóstico de “angina” (doença coronariana) porque o seu médico não ouviu atentamente a sua história que foi a seguinte:
Dr. Conte-me a respeito da sua dor no peito ?
Pcte: É uma dor em aperto aqui no meio do tórax e sobe queimando até a minha garganta. Às vezes dói um pouco no braço e nas costas.
Dr: Quando a dor aparece ?
Pcte: Aparece nos mais diferentes momentos e situações. Algumas vezes aparece no meio da noite.
Dr: A dor tem relação com o exercício físico ?
Pcte: Não. A dor aparece mesmo eu estando em repouso.

Mesmo tendo em vista que a paciente nunca apresentou dor torácica aos exercícios, foi realizado investigação cardiológica, completa incluíndo a angiografia coronariana. Apesar de todos os exames terem sido negativos, a paciente recebeu o diagnóstico de doença arterial coronariana. Posteriormente, outro médico foi consultado e tendo achado que a história da paciente não era compatível com o diagnóstico, realizou investigação radiológica do esôfago e estomago, tendo sido estabelecido a existência de refluxo e espasmo esofagiano. Após 6 anos de convivência com o diagnóstico de insuficiência coronariana, a paciente não acreditou que nada tinha no coração e não conseguiu ser reabilitada para uma vida ativa.

25
Q

Paciente relata que há 1 semana iniciou com dor torácica, em queimação, com irradiação para MSE, associado a sudorese e nâuseas, de forte intensidade, com duração aproximada de 30 minutos e melhora espontânea. Relata como fator desencadeante subir escadas ou qualquer outro esforço físico e fator de melhora o repouso. Nos últimos dias houve piora do quadro com presença da dor em períodos mais curtos, inclusive ao repouso.

A

Paciente relata que há 1 semana iniciou com dor torácica, em queimação, com irradiação para MSE, associado a sudorese e nâuseas, de forte intensidade, com duração aproximada de 30 minutos e melhora espontânea. Relata como fator desencadeante subir escadas ou qualquer outro esforço físico e fator de melhora o repouso. Nos últimos dias houve piora do quadro com presença da dor em períodos mais curtos, inclusive ao repouso.

26
Q

Dor de origem renal

A
Local: lombar
Irradiação: anterior do abdomen, períneo
Tipo: cólica, queimação, incaracterística
Intensidade: muito forte
Duração: minutos a horas
Relação com fç do orgão: não
Fator melhora e piora: não
Sintomas associados: nâuseas, vômitos, hematúria, sudorese.
27
Q

Característica da migrânea

A

Local: hemicraniana
Irradiação: posterior e periorbitária
Tipo: pulsatil
Intensidade: forte
Duração: minutos,horas, dias
Relação com função do orgão: não se aplica
F. desencadeante: dist.sono, alimentos, stress..
F. melhora: silêncio, escuro
F. piora: luz(fotofobia), barulho (fonofobia)