Sangramentos na Gravidez Flashcards
Qual a definição de abortamento?
Interrupção da gestação com feto menor que 500g ou com idade gestacional inferior a 20-22 semanas.
Qual a principal etiologia do abortamento precoce?
Anomalias cromossômicas (principalmente do 16)
Quando o aborto provocado está previsto em lei?
Estupro, anencefalia e risco de morte materna
Em caso de estupro, como funciona o aborto previsto em lei?
Mulher pode abortar até 20-22 semanas, sem necessidade de BO ou autorização judicial
Em caso de anencefalia, como funciona o aborto previsto em lei?
Mulher pode abortar a qualquer momento a partir de 12 semanas, que é quando há menor risco de diagnóstico equivocado pela USG. Deve ter laudo assinado por dois médicos.
Em caso de risco materno, como funciona o aborto previsto em lei?
Mulher pode abortar a qualquer momento
Qual a apresentação clínica e a conduta da ameaça de abortamento?
Sangramento e dor discretos
Útero compatível com IG
Colo fechado
Embrião vivo
Conduta: repouso e analgésicos
Qual a apresentação clínica e a conduta no aborto inevitável?
Sangramento e cólicas
Útero compatível com IG ou diminuído
Colo aberto
USG com processo de expulsão
Conduta: esvaziamento
Qual a apresentação clínica e a conduta no aborto completo?
Sangramento e dor param
Útero menor que IG
Colo fechado
USG com endométrio menor que 15mm
Conduta: orientação
Qual a apresentação clínica e a conduta no aborto incompleto?
Sangramento variável e cólicas
Útero menor que IG
Colo aberto
USG com restos ovulares
Conduta: esvaziamento
Qual a apresentação clínica e a conduta no aborto retido?
Paciente assintomática
Útero menor que IG
Colo fechado
Embrião morto
Conduta: esvaziamento
Qual a apresentação clínica e a conduta no aborto infectado?
Sangramento com odor fétido
Dor, febre
Útero amolecido
Colo aberto
Conduta: esvaziamento e antibioticoterapia (clinda + genta por 7-10 dias)
Como escolher o método de esvaziamento uterino?
Se menor ou igual a 12 semanas, podemos optar pela AMIU ou curetagem. Se maior que 12 semanas e sem feto, curetagem. Se houver feto, induzir com misoprostol e realizar ou não a curetagem após.
Como fazemos o diagnóstico de gravidez ectópica?
Beta HCG maior que 1500 sem saco gestacional ao USGTV
Quando indicamos conduta expectante na gravidez ectópica?
Estabilidade hemodinâmica com beta HCG declinante (menor que 1000)
Quando indicamos tratamento medicamentoso na gravidez ectópica? Quais são as condições associadas a um melhor resultado?
Paciente estável com trompa íntegra. Usamos o metotrexate, que tem mais chances de funcionar se saco menor que 3,5 cm, ausência de BCF e beta HCG menor que 5 mil.
Como acompanhamos o tratamento medicamentoso com metotrexate da gravidez ectópica?
Dosando o beta HCG no quarto e no sétimo dias após a injeção, o qual deve cair 15%. Pode ser tentado 3 vezes.
Quando tentamos o tratamento cirúrgico conservador (salpingostomia laparoscópica) na gravidez tubária?
Quando a trompa está íntegra e há desejo de gestar.
Qual o cariótipo mais comum da mola hidatiforme?
46XX
Como é feito o controle da cura da mola hidatiforme?
Beta HCG semanal até a obtenção de 3 negativos consecutivos, quando passa a ser mensal por mais 6 meses. Não engravidar durante o seguimento (não usar DIU).
Quando devemos pensar em malignização da mola?
Aumento do beta HCG no seguimento, platô por 4 semanas, 6 meses ainda positivo ou metástases.
Qual a metástase mais comum do coriocarcinoma?
Pulmão
O que é fator de proteção para incompatibilidade Rh?
Incompatibilidade ABO
Quando fazemos profilaxia com imunoglobulina anti D?
Toda gestante Rh negativo com sangramento durante a gestação, procedimento invasivo e na hora do parto (até 72h depois), se Coombs indireto negativo.
Como investigamos aloimunização Rh na gestação?
Coombs indireto. Se negativo, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas. Se positivo e menor que 1:16 ou menor ou igual a 1:8, repetir mensal. Se maior ou igual a 1:16 ou maior que 1:8, investigar feto.
Como podemos avaliar a anemia fetal?
Doppler de artéria cerebral média a partir de 20-24 semanas se CI > 1:8;
Amniocentese;
Cordocentese (padrão-ouro).
Quando indicamos transfusão intrauterina por cordocentese?
Hematócrito menor que 30%, hemoglobina menor que 10 e hidrópicos, em prematuros (< 34 semanas)
Quais os fatores de risco para DPP?
HAS, trauma, idade > 35 anos, polidramnia, gemelaridade e drogas
Qual o quadro clínico da DPP?
Dor abdominal, taquissistolia, hipertonia, SFA, hemoâmnio e sangramento.
Como é o sangramento na DPP?
Escuro com coágulos
Como é feito o diagnóstico de DPP?
Clínico
Qual a conduta na DPP?
Se feto vivo, via de parto mais rápida. Se morto, faz amniotomia e parto via vaginal.
Qual a principal complicação da DPP?
Útero de Couvelaire
Qual a sequência de tratamentos para apoplexia uteroplacentária?
Massagem + ocitócito Misoprostol retal Sutura B-Lynch Ligadura de hipogástrica/uterina Histerectomia
A partir de quantas semanas podemos confirmar placenta prévia?
28 semanas
Quais os fatores de risco para placenta prévia?
Obs: usar mnemônico.
Cicatriz uterina (Cesárea/Cureta) Idade acima de 35 anos Multiparidade Endometrite Tabagismo
CIMET
Qual o quadro clínico de placenta prévia?
Obs: usar mnemônico.
Progressivo Repetição Espontânea Vermelho vivo Indolor Ausência de hipertonia e SFA
PREVIA
Como fazemos diagnóstico de placenta prévia?
Clínica, exame especular (sem toque) e USGTV (após 28 semanas)
Qual a conduta na placenta prévia?
Se gestação a termo, devemos interromper em caso de sangramento. Se prematuro, só interromper se sangramento intenso.
Qual a via de parto escolhida na placenta prévia?
Total é sempre cesariana, parcial é maioria cesariana, marginal pode avaliar
Quais as complicações de placenta prévia?
Apresentações anômalas, acretismo placentário, atonia, hemorragia puerperal, e outras
Qual a definição de acretismo placentário?
Penetração mais acentuada da placenta na camada esponjosa, causando aderência anormalmente firme à parede uterina
Como classificamos o acretismo placentário?
Placenta acreta vai até a esponjosa;
Placenta increta vai até o miométrio;
Placenta percreta vai até a serosa.
Quando devemos suspeitar de acretismo placentário?
Qual há placenta prévia com história de cesariana anterior
Qual o quadro clínico de acretismo placentário?
Hemorragia durante secundamento
Como é feito o diagnóstico de acretismo placentário?
Usamos a USG para ver a placenta prévia e a RNM para confirmar o acretismo
Qual a conduta no acretismo placentário?
Na acreta podemos tentar extração marginal. Na increta e na percreta somente histerectomia
Qual o quadro clínico da iminência de rotura uterina?
Contrações intensas e excessivamente dolorosas, palpação de anel separando corpo do segmento (sinal de Bandl) e dos ligamentos redondos distendidos (sinal de Frommel).
Qual o quadro clínico de uma rotura consumada de útero?
Percepção de partes fetais na palpação, crepitação (sinal de Clark) e ascensão da apresentação ao toque vaginal (sinal de Reasens).
Quais os fatores de risco para rotura de vasa prévia?
Placentas bilobadas e sucenturiadas e inserção velamentosa de cordão
Qual o quadro clínico de rotura de vasa prévia?
Sangramento vaginal após amniorrexe com SFA