Fórcipe, Sofrimento Fetal e Puerpério Flashcards
Qual a indicação de fórcipe de Simpson?
Todas as aplicações, exceto posição transversa
Qual a principal indicação de fórcipe de Kielland?
Posição transversa
Qual a principal indicação de fórcipe de Piper?
Cabeça derradeira na apresentação pélvica
Qual a pegada ideal do fórcipe?
Biparietomalomentoniana
Quais as condições para aplicação do fórcipe?
Obs: mnemônico!
Ausência de colo (dilatação total) Pelve proporcional Livre canal Insinuação Conhecer variedade de posição Amniotomia Reto e bexiga vazios
Qual a conduta quando a prova de tração com o fórcipe não tem progresso?
Cesárea de urgência
Qual a periodicidade da ausculta cardíaca fetal intermitente?
Se baixo risco, 30/30 minutos no período de dilatação e 15/15 minutos no período expulsado. Se alto risco, 15/15 na dilatação e 5/5 no expulsivo.
Como diagnosticamos sofrimento fetal agudo na ausculta cardíaca fetal intermitente?
Bpm < 110 por pelo menos 50% de 3 contrações consecutivas
Quais são as alterações basais na cardiotocografia?
Linha de base: BCF médio em 10 minutos maior que 160 ou menor que 110.
Variabilidade: diferença entre maior BCF e menor. Se > 25 é aumentada (suspeita), entre 6 e 25 é moderada (normal), se 5 ou menos é mínima (SFA ou sono) e se 0 é terminal.
Quais são as alterações transitórias na cardiotocografia?
Acelerações: normal é aumentar 15 bom por 15 segundos, duas vezes em 20 minutos.
Desacelerações: DIP I (precoce/cefálico) coincide com contração (compressão cefálica, não é SFA), DIP II (tardio) é após a contração (asfixia) e DIP III (variável/umbilical) varia com a contração (compressão do cordão, não é SFA a princípio).
Qual a conduta frente a um DIP II?
O2, decúbito lateral esquerdo, ocitocina, corrigir PA e parto pela via mais rápida
Quando um DIP III é considerado desfavorável?
Quando há recuperação lenta, ausência de retorno à linha de base ou desaceleração bifásica (W).
Qual a sequência de alterações fetais no SFA?
Taquicardia Desaparecimento de acelerações Queda da variabilidade Bradicardia DIP tardio
Qual o parâmetro mais sensível para diagnóstico de CIUR?
Circunferência abdominal
Defina os tipos de CIUR
I (simétrico): 5-10%. Agressão no início da gravidez (propranolol, infecções, trissomias) com feto proporcionalmente pequeno.
II (assimétrico): 70-80%. Agressão no final da gravidez (insuficiência placentária). Aumento da relação circunferência cefálica/abdominal.
III (misto ou assimétrico precoce): raro. Ocorre em cromossomopatias.
Quais parâmetros compõem o perfil biofísico fetal?
Cardiotocografia Volume de líquido amniótico Movimentos fetais Movimentos respiratórios fetais Tônus fetal
Qual o primeiro parâmetro a se alterar no sofrimento fetal? E o segundo?
Primeiro é a cardiotocografia, depois os movimentos respiratórios.
O que avaliamos na dopplerfluxometria da artéria umbilical?
Circulação placentária. Normalmente tem baixa resistência e alto fluxo. Alterada se maior resistência, diástole zero ou reversa.
O que avaliamos na dopplerfluxometria da artéria cerebral média?
Circulação fetal. Normalmente tem alta resistência. Se a resistência for baixa, o feto está em centralização.
Quais são os órgãos nobres priorizados na centralização fetal?
Cérebro, coração e suprarrenal
O que avaliamos na dopplerfluxometria do ducto venoso?
Função cardíaca fetal. Está indicado para fetos com menos de 32 semanas em centralização. Alterado se onda a negativa.
O que avaliamos na dopplerfluxometria da artéria uterina?
Risco de pré-eclâmpsia e CIUR. Alterada na presença de incisura bilateral protodiastólica.
Que condições causam polidramnia?
Atresia de esôfago, doença hemolítica perinatal, corioangioma e placenta circunvalada.
Como o útero se comporta no puerpério?
Após o parto se encontra na cicatriz umbilical, em 15 dias está intrapélvico e em 4 semanas volta ao tamanho normal.
Como a vagina se comporta no puerpério?
Crise vaginal pós parto por até 15 dias (atrofia)
Como os ovários se comportam no puerpério?
Função retorna em 6-8 semanas caso não haja amamentação
Como as mamas se comportam no puerpério?
No primeiro dia já há saída de colostro e a apojadura ocorre até o terceiro dia.
Quais as etapas da lactação?
Mamogênese (desenvolvimento), lactogênese (início da lactação, independe de estímulo) e lactopoiese (manutenção da lactação, depende de estímulo)
Como se comportam os lóquios no puerpério?
Avermelhados até o quarto dia, e vão clareando até que no décimo dia estão esbranquiçados.
O que lóquios avermelhados após duas semanas com subinvolução uterina querem dizer?
Restos placentários
O que lóquios com odor fétido, pus e febre querem dizer?
Endometrite
Quais são as principais causas de hemorragia pós parto?
Atonia uterina, laceração de canal, restos placentários e coagulopatias
Quais condições aumentem o risco de atonia uterina puerperal?
Gemelaridade, polidramnia, corioamnionite, trabalho de parto prolongado ou muito rápido.
Qual a sequência de condutas a ser adotada na atonia uterina?
Massagem uterina (manobra de Hamilton), ocitocina, rafia de B-Lynch, rafia vascular, embolização uterina e histerectomia.
Como podemos prevenir a atonia uterina?
10 U IM (ou IV se já acesso) de ocitocina após expulsão fetal para todas as mulheres
Qual a clínica de infecção puerperal?
Febre de 38 graus ou mais do segundo ao décimo dia do parto.
O que é a tríade de Brum e o que ela indica?
Útero amolecido, hipoinvoluído e doloroso. Indica infecção puerperal.
Qual o esquema antibiótico preconizado para endometrite?
Clindamicina com gentamicina IV até 72h afebril é assintomática
Qual o principal patógeno da mastite puerperal?
Staphylococcus aureus