Sangramentos da Gravidez (Obs 1) Flashcards

1
Q

Cite a IG prevista para determinados achados ao USG até a formação do embrião:

A

Visualização do saco gestacional: 4 semanas

Visualização da vesícula vitelínica: 5 semanas

Visualização do embrião: 6-7 semanas

BCF +: 6-7 semanas

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2
Q

Quais são as principais causas de sangramento uterino na primeira metade da gestação?

A

Abortamento

Doença trofoblástica gestacional

Gestação ectópica

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Q

Quais são os tipos de abortamento caso o colo esteja aberto?

A

Incompleto

Inevitável

Infectado

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4
Q

Como diferenciar as formas de abortamento com colo aberto?

A

INCOMPLETO:

  • Útero menor do que o esperado para a IG
  • Presença de restos (USG com endométrio > 15mm)

INEVITÁVEL:
- Útero de acordo com IG

INFECTADO:

  • Presença de febre
  • Odor fétido
  • Leucocitose
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5
Q

Qual a conduta para cada forma de abortamento com o colo aberto?

A

INCOMPLETO:
- Esvaziamento

INEVITÁVEL:
- Esvaziamento

INFECTADO:

  • Esvaziamento
  • ATB (Clindamicina + Gentamicina)

Colo aberto = esvaziamento

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6
Q

Quais são os tipos de abortamento possíveis caso o colo esteja fechado?

A

COMPLETO

AMEAÇA

RETIDO

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7
Q

Como diferenciar as formas de abortamento com colo fechado? Qual a conduta para cada forma?

A

COMPLETO:

  • Útero menor e vazio (< 15mm de endométrio)
  • Conduta: orientação

AMEAÇA:

  • Útero compatível com IG
  • Embrião vivo
  • Conduta: repouso relativo

RETIDO:

  • Embrião morto
  • Útero menor
  • Conduta: esvaziamento
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8
Q

Como devemos realizar o esvaziamento uterino no caso de aborto, caso o mesmo seja recomendado?

A
  • IG ≤ 12 semanas: AMIU ou curetagem
  • IG > 12 semanas:
    .Sem feto: curetagem
    .Com feto: Misoprostol +/- curetagem
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9
Q

Como podemos classificar o abortamento de acordo co a IG?

A

≤ 12 semanas: Precoce

> 12 semanas: Tardio

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10
Q

Quais formas de abortamento provocado estão previstas por lei? Citar os detalhes de cada.

A
  • Estupro: até a 20ª semana (não precisa de BO)
  • Anencefalia: ≥ 12 semanas (necessário 2 médicos laudando USG)
  • Risco materno (necessário laudo de 2 médicos)
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11
Q

Qual a causa mais comum de abortamento esporádico?

A

Trissomia do 16

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12
Q

Qual a definição de abortamento habitual e quais são as 4 causas mais importantes?

A

HABITUAL: ≥ 3 vezes

  • Incompetência istmo cervical
  • Síndrome ac. antifosfolipídeo
  • Insuficiência do corpo lúteo
  • Mal formação uterina
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13
Q

Descreva as características e manejo da incompetência istmo cervical:

A
  • Aborto tardio (pode evoluir para parto pré-maturo)
  • Colo fica curto
  • Dilatação indolor (≠ abortamento inevitável)
  • Feto VIVO e NORMAL
  • CONDUTA: Circlagem “McDonald” (12 a 16 semanas)
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14
Q

Descreva as características e manejo da SAF:

A
  • Colo normal
  • Pode ter LES
  • Anticorpos +
    .Anticardiolipina
    .Anticoagulante lúpico
    .Anti-beta 2 glicoproteína
  • Trombose

CONDUTA: Fazer AAS e heparina

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15
Q

Descreva como são as formas de mola benigna:

A

MOLA HIDATIFORME COMPLETA

  • Espermatozoide + óvulo vazio
  • Cariótipo 46XX 100% paterno
  • Sem tecido fetal
  • 20% de malignização

MOLA HIDATIFORME PARCIAL

  • 2 espermatozoides + 1 óvulo
  • Cariótipo 69XXY (triploide)
  • Presença de tecido fetal
  • 5% de malignização
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16
Q

Quais são as formas malignas de doença trofoblástica?

Especificar qual é mais comum

A

Mola invasora (+ comum)

Coriocarcinoma

Tumor trofoblástico do sítio placentário

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17
Q

Qual o quadro cínico característico da doença trofoblástica e quais exames permitem o diagnóstico?

A

CLÍNICA:

  • Sangramento e repetição
  • “Suco de ameixa”
  • Presença de vesículas
  • Aumento do útero
  • Hiperêmese
  • Vômito, queda de peso, distúrbio hidroeletrolítico
  • Hipertensão
  • Hipertireoidismo
  • BETA-HCG: elevado
  • USG: presença de “flocos de neve” ou “cachos de uva”
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18
Q

Como é o tratamento da doença trofoblástica gestacional?

A
  • Esvaziamento uterino + histopatológico (Vácuo)

- Histerectomia (sem anexec.) se prole definida e > 40 anos

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19
Q

Como é feito o controle de cura da doença trofoblástica gestacional e quais sinais sugerem malignização?
Qual conduta caso haja suspeita de malignização?
Quis são os focos mais comuns de metástase?

A
  • Controle*:
    .beta-hcg Semanal até 3 exames -
    .beta-hcg Mensal até 6 meses -
    .Avaliação ginecológica + Rx de torax**

SUGERE MALIGNIZAÇÃO:

  • Elevação em 3 dosagens
  • 4 doses em platô (< 10% de alteração)
  • Positivo após 6 meses (?)

Malignização = QT

*Orientar contracepção (exceto DIU)

**METÁSTASES:
.1º: Pulmão
.2º: Vagina

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20
Q

Qual o local mais comum de ocorrência de gestação ectópica?

A

Região AMPULAR da trompa

21
Q

Como é feito o diagnóstico de gestação ectópica?

A

CLÍNICA: atraso menstrual + DOR

BETA-HCG: > 1500

USG: útero vazio

22
Q

Descreva como é feito o manejo da paciente com gesta ectópica:

A

EXPECTANTE:

  • Caso ectópica esteja íntegra e beta-hcg declinante
  • Seguimento: esperada queda semanal de beta-hcg

MEDICAMENTOSO:
- Ectópica deve estar INTEGRA
- Idealmente sem BCF, massa < 3,5 cm, beta-hcg < 5000
- Administra metotrexato em injeção local ou sistêmica
- Medir beta-hcg no D4 e D7
.Esperada queda de ≥ 15% em cada
.Se sem queda, nova injeção (até 3-4x)

CIRURGIA CONSERVADORA:
“salpingostomia laparoscópica”
- Em caso de ectópica íntegra e desejo reprodutivo

CIRURGIA RADICAL:

  • Ectópicas rotas
  • Laparoscopia (estável) x Laparotomia (instável)
23
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de gestação ectópica?

A
  • Ectópica prévia
  • Endometriose
  • Tabagismo
  • DIP
  • Raça negra
  • Cirurgia prévia
  • DIU
24
Q

Qual a gestação de gestação heterotópica?

A

Gravidez tópica + ectópica

*NÃO realizar metrotexate

25
Q

Qual a situação necessária (Rh materno, paterno e fetal) para o desenvolvimento de doença hemolítica perinatal pelo Rh?

A

MÃE: Rh- e DU - (DU+ não sensibiliza)

PAI e FETO: Rh+

26
Q

Como é feito o segmento da gestação com risco de desenvolvimento da doença hemolítica perinatal?

A
COOMBS INDIRETO
- Se -: epetir com 28, 32, 36 e 40 semanas
- Se +:
   .< 1:16: teste mensal
   .≥ 1:16: investigar anemia fetal
\/

DOPPLER da artéria cerebral média:
- Se velocidade máxima do pico sistólico > 1,5
\/

CORDOCENTESE (PADRÃO OURO)
- Diagnóstico e terapêutico (arriscado)

27
Q

Quando devemos administrar imunoglobulina anti-D?

A
  • Sangramento
  • Exame invasivo (amniocentese / cordocentese)
  • Parto

OU

  • Na 28 semana para todos os casais
  • Efetivo se:
    .Coombs indireto + (se - aplicar nova dose)
    .Teste de Keirhauer -

*Repetir nas outras gestações

28
Q

Quais são as maiores causas e sangramento na segunda metade da gestação?

A

DPP

Placenta prévia

Roturas

29
Q

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DPP?

A
  • Trauma
  • Idade > 35 anos
  • Corioamnionite
  • Drogas (coca/tabaco)
  • Polidramnia
  • Gestação gemelar
  • Hipertensão
30
Q

Qual o quadro clínico da DPP?

A
  • Dor abdominal
  • Taquissistolia
  • Hipertonia uterina
  • Sofrimento fetal agudo
  • Sangramento* (escuro com coagulos

*Oculto em 20%, não depender para diagnóstico

31
Q

Como é feito o diagnóstico de DPP?

A

ClÍNICA

32
Q

Como é o manejo da paciente vítima de DPP?

A
  • Se feto vivo: Via mais rápida (se parto iminente = vaginal, caso contrário, cesária)
  • Se feto morto: preferencia por via vaginal (se demorar, cesária)
33
Q

Quais são as principais complicações da DPP?

A

Útero de Couvelaire (Apoplexia uteroplacentária)

Síndrome de Sheehan

CIVD

34
Q

Como é feito o tratamento do Útero de Couvelaire?

A

1- Massagem + ocitocina
2- Sutura de B- Lynch
3- Ligadura hipogástrica / uterina
4- Histerectomia

35
Q

Quando podemos fazer o diagnóstico d e placenta prévia? Por que?

A

Após a 28ª semana, devido ao fenômeno de “migração pacentária”

36
Q

Quais são os atores de risco para o desenvolvimento de placenta prévia?

A
  • Idade > 35 anos
  • Tabagismo
  • Gestação gemelar
  • Cicatriz Uterina
  • Endometrite
  • Multiparidade
37
Q

Qual o quadro clínico da placenta prévia?

A

SANGRAMENTO:

  • Progressivo
  • Repetitivo
  • Espontâneo
  • Vermelho vivo
  • Indolor
  • Sem hipertonia / sofrimento fetal
38
Q

Como é feita a classificação de placenta prévia?

A
  • Marginal
  • Parcial
  • Total
  • “placenta de inserção baixa”: 2cm do colo
39
Q

Como é feito o diagnóstico de placenta prévia? Qual exame é proscrito?

A

Diagnóstico é feito através de exame especular + USG

Toque NÃO

40
Q

Como é feito o manejo da paciente com placenta prévia?

A

A TERMO: Interromper

PRÉ-TERMO:

  • Intenso: Interromper
  • Leve / Moderado: conservador (corticoide)
  • VIA DE PARTO:
  • Total: Cesária!
  • Parcial: Maioria cesária
  • Marginal: Parto vaginal
41
Q

Quais são as complicações mais comuns da placenta prévia?

A
  • Apresentação anormal
  • Penetração no útero anormal (Acretismo)
  • Puerpério anormal (Hemorragia, infecção)
42
Q

Como é feito o diagnóstico de acretismo placentário?

A
  • Suspeita: Placenta prévia + Cesária prévia

- Exames: USG ou RM

43
Q

Como é feita a classificação de acretismo placentário e qual a conduta para cada forma de acretismo?

A

ACRETA (perfura endométrio)

  • Pode conservador
  • Padrão é histerectomia

INCRETA (invade endométrio)
- Histerectomia

PERCRETA (≥ serosa)
- Histerectomia

44
Q

Descreva o quadro clínico e tratamento de rotura de seio marginal:

A

CLÍNICA:

  • Sangramento indolor
  • Vermelho vivo
  • Espontâneo
  • Periparto
  • Tônus normal
  • Sem sofrimento fetal

*(Clínica semelhante a placenta prévia, porém sem alterações em USG)

TRATAMENTO
- Seguimento com trabalho de parto (bom prognóstico)

45
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de rotura de vasa prévia?

A

Placenta bilobada

Placenta sucenturiada

Inserção velamentosa
(vaso umbilical desprotegido entre apresentação e colo)

46
Q

Qual quadro clínico e conduta da rotura de vasa prévia?

A

CLÍNICA:

  • Sangramento vaginal após amniorrexe
  • Sofrimento fetal agudo

CONDUTA:
- Cesariana de urgência

47
Q

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de rotura uterina?

A
  • Multiparidade
  • Kristeller
  • Cicatriz uterina
  • Parto obstruido
  • Malformação
48
Q

Qual o quadro clínico característico de rotura uterina?

A

IMINÊNCIA
- Síndrome de Bandlt-Frommel (anel separa corpo do segmento / ligamento redondo distendido)

ROTURA CONSUMADA
- Dor lancinante seguida por acalmia
- Fácil palpação de partes fetais (pode ser ectópica abdominal
- Sinais:
.Reasens: subida de deLee
.Clark: enfizema subcutâneo (crepitação)

49
Q

Qual a conduta no caso de rotura uterina?

A

Iminência: cesária

Consumada:
.Histerorrafia
.Histerectomia