RPMO Flashcards
COMO CONCEITUAR RPMO
antes do início do trabalho de parto e após a 20a -
22a semana de idade gestacional.
COMO CLASSIFICAR RPMO DE ACORDO COM IDADE GESTACIONAL
– Rotura prematura pré – termo de membranas : aquela que ocorre antes da 37a
semana de gestação.
– Rotura prematura de membranas no termo : aquela que ocorre após a 37a semana
de gestação.
INCIDENCIA RPMO
Incidência : Acontece em cerca de 10 a 12% de todas as gestações, ocorrendo em 1/3 das
vezes abaixo da 37a semana, sendo responsável por 1/3 de todos os partos pré – termo
espontâneos.
PERIODO DE LATENCIA
Conceituado como o intervalo de tempo entre a rotura das membranas e o início
espontâneo do trabalho de parto.
– A sua duração costuma guardar uma relação inversa com a idade gestacional e
direta com o risco de infecção, ou seja, quanto menor a idade gestacional maior o
período de latência e quanto maior o período de latência, maior o risco de infecção.
ETIOLOGIA RPMO
aos processos inflamatórios e infecciosos do trato
genital, em especial, quando associados à cervicodilatação precoce.
– Esses agentes infecciosos atingem, em geral, por via ascendente a região das
membranas, promovendo seu enfraquecimento e favorecendo a sua rotura,
particularmente, na vigência de contrações frequentes. Nessa região, pelo processo
inflamatório estaria prejudicado o deslize do corion sobre o âmnio, tornando – se
uma região de maior fragilidade, favorecendo a sua rotura, que na maior parte das
vezes ocorre no polo inferior do ovo.
riscos RPMO
- A instalação de processo infeccioso, como corioamnionite e suas repercussões.
- Alterações da vitalidade fetal por compressão funicular e até descolamento
prematuro traumático da placenta quando ocorrem na vigência de polidrâmnio. - Hipoplasia pulmonar, principalmente quando ocorre antes de 24 – 26 semanas com
oligoâmnio severo persistente; além de escaras, bridas, deformidades e até
amputações.
DIAGNOSTICO RPMO
Clínico em 90% dos casos, geralmente não é difícil e baseia – se em :
– Anamnese: perda de líquido, em quantidade variada mas frequentemente contínua,
pelos genitais.
– Confirmado pelo exame físico: palpação obstétrica com sensação de pouco líquido
e visualização direta do líquido amniótico saindo pelo orifício externo do colo no
exame especular.
DEVE SER REALIZADO TV NA RPMO?
NA AUSENCIA DE CONTRAÇÕES UTERINAS E SE VITALIDADE FETAL BEM ESTABELECIDA, NÃO
FAZER O TV COM LUVA ESTERIL
EM CASO DE DUVIDA DX DE RPMO, QUAL TESTE FAZER?
– Medida do pH : quando acima de 6 reforça o diagnóstico de RPM.
– Cristalização do muco cervical em lâmina: em folha de samambaia visto no
microscópio.
– Teste de Ianetta: aquecimento da lâmina com permanência de cor branca sugere
RPM.
– Ultrassonografia Obstétrica: observação de líquido amniótico em quantidades
reduzidas, embora podendo estar presente em outras circunstâncias, sugere RPM.
– Actim PROM ® : Teste qualitativo imunocromatográfico em tira, de interpretação
visual que detecta a presença de líquido amniótico em secreções vaginais durante a
gravidez. O teste detecta a presença de IGFBP – 1 , proteína presente em grande
concentração no líquido amniótico e marcador deste em amostras vaginais.
– Teste AmniSure ®: Teste qualitativo imunocromatográfico. O teste detecta a
presença da proteína PAMG-1 (alfa1- microglobulina placentária) humana presente
no líquido amniótico.
diagnosticos diferencias rpmo
Devem ser feitos principalmente com perda de urina, corrimentos vaginais e saída
de tampão mucoso.
CONDUTA RPMO <24 SEMANAS
< 24 semanas: como estamos abaixo da viabilidade fetal, deve-se conversar com a
paciente explicando sobre o risco infeccioso e o prognóstico fetal desfavorável pela
prematuridade extrema, com o objetivo de tomar conduta ativa e imediata com indução do
parto. No caso de não obter o seu consentimento toma- se conduta expectante. *
Decisão deve ser compartilhada com o casal e registrada no consentimento pós –
informado.
Se não houver evidências de corioamnionite clínica (febre, taquicardia materna/fetal ou
fisometria) nem alterações importantes de exames subsidiários (hemograma e PCR) a
conduta pode ser adotada após a internação, confirmação da idade gestacional e
persistência de anidrâmnio, além de anuência dos chefes de Setor.
O uso do corticóide abaixo de 24 semanas deve ser individualizado caso a caso.
conduta rpmo >34 semanas
> 34 semanas: o prognóstico neonatal favorável a partir desta idade gestacional não
justifica correr o risco infeccioso, indicando conduta ativa com indução do parto
(preferentemente com ocitocina ou misoprostol); ou realização de cesariana (por indicação
obstétrica)
– Atenção: a conduta ativa resolutiva pode necessitar profilaxia ou terapia antibiótica
(cirúrgica, contra endometrite e para o estreptococo do grupo B).
conduta rpmo 24-34 sem
Visa aguardar crescimento e amadurecimento fetal, com vigilância atenta contra as
complicações infecciosas e monitoração da vitabilidade conceptual.
– ** A gestante permanecerá, em princípio, no ambiente hospitalar até o parto, sob
regime de repouso relativo e incentivada pela oferta de hiperhidratação via oral ( 2 a
3 litros/dia)
– Controle rigoroso de pulso, pressão arterial e temperatura a cada 6 horas.
– Acompanhamento com propedêutica abdominal (observação de altura uterina e
sensibilidade uterina), além de verificar o aspecto, odor e cor dos pensos de
contenção vaginal.
– Deve ser providenciada a coleta para pesquisa de estreptococo do grupo B (swab
anal e vaginal).
– Corticoterapia: se não houver evidências de infecção, realizar o ciclo de
corticoterapia.
O uso do antibiótico não é unânime. Temos valorizado a ministração de antibiótico
visando ampliar o período de latência e proteção contra o estreptococo do grupo B
– Infusão endovenosa de 2 g de ampicilina a cada 6 horas durante 48 horas, seguida
de 500 mg de amoxicilina, por via oral, a cada 8 horas por mais 5 dias. Gestantes
com menos de 26 anos e/ou com mais de 2 parceiros sexuais no último ano podem
merecer adição de Azitromicina 1g, via oral, dose única.
– O uso de tocolíticos não está indicado.
deve fazer tocolitico na rpmo?
NAO
CORTICOTERAPIA NA RPMO
24-34 SEM
SE AUSENCIA DE SINAIS DE INFECÇÃO
Esquema utilizado: 12 mg de betametasona , IM, com intervalo de 24 horas entre as
doses ( 2 doses no total )
– A repetição do ciclo será excepcional, após discussão com a equipe e após, no
mínimo, 2 a 3 semanas do primeiro ciclo.
BETAMETASONA 6 MG 2 AMPOLAS 1 MG 24 EM 24 HORAS (DUAS DOSES)