Respiratório Flashcards
Paciente com hipótese diagnóstica clínica de tuberculose. Quais os exames complementares que podem ser utilizados?
Mínimo indispensável é realizar radiografia de tórax e baciloscopia do escarro.
Homem, 20 anos, hígido, deu entrada no PS com intensa falta de ar há 2 horas. Estava jogando futebol e, sem sofrer nenhum trauma, apresentou dor torácica intensa, em facada em hemitórax esquerdo que piorava com a inspiração profunda e foi seguida de falta de ar rapidamente progressiva até o repouso. Apresentou também sudorese fria, coração acelerado e extremidades arroxeadas.
Exame: corado, taquidispneico ++++, hidratado, sudoreico, cianótico, afebril. A = 1,80m; P = 60 kg; PA = 80 x 40 mmHg; FC = 140 bat/min; f = 34 rpm; SpO2 = 73% em ar ambiente. Presença de enfisema subcutâneo em região cervical bilateral. Ictus não palpável. BR hipofonéticas e taquicárdicas. Abaulamento de hemitórax esquerdo. Diminuição da expansibilidade e abolição do frêmito toracovocal em htx E. Timpanismo em htx E. Som respiratório ausente em htx E.
A) A cianose apresentada pelo doente em questão tem relação direta com qual outro sinal observado no exame físico?
B) Qual a síndrome propedêutica observada nesse caso?
C) Se fizéssemos uma espirometria nesse paciente, o que encontraríamos?
A) Saturação periférica de oxigênio, que está bem diminuída.
B) Síndrome de pneumotórax.
C) Um padrão restritivo intenso, porque o ar entre as pleuras levou ao colabamento do pulmão.
Mulher, 42 anos, refere há nove anos um quadro de tosse produtiva com eliminação de secreção amarela clara diariamente, em volume de aproximadamente 60 mL, sendo a maior quantidade eliminada pela manhã. Nos últimos anos tem apresentado aumento da expectoração, que fica francamente purulenta e, após avaliação médica, sempre recebe antimicrobiano. No último ano foram seis episódios semelhantes. Nega infecções respiratórias na infância, passado de tuberculose pulmonar ou contato familiar. TC de tórax mostrou extensas regiões com espessamento brônquico, muitos com aspecto de anel de sinete e trilhos de trem.
Qual é a principal hipótese diagnóstica?
Trata-se provavelmente de um caso de bronquiectasia, pois a paciente tem um quadro de tosse produtiva com eliminação de secreção amarela clara há nove anos, tendo nos últimos anos aumento da expectoração com episódios frequentes de uso de antimicrobianos. Além disso, a TC de tórax mostrou achados típicos do quadro, como: espessamento brônquico, células em anel de sinete e trilhos de trem.
BS, 68 anos, masculino, ex fumante há 5 anos (52 anos maço). Refere tosse produtiva, quase diária e com pequena quantidade de expectoração nos últimos 8 anos. Há 6 anos apresenta dispneia progressiva. Durante o último ano teve dois episódios de aumento da secreção e piora da dispneia, tendo sido tratado com antimicrobianos, entre outras medicações. Atualmente, apresenta dispneia para trocar de roupa e aumento do peso.
Exame: corado, dispneico, hidratado, cianótico. A = 1,76m; P = 80 kg; PA = 130 x 85 mmHg; FC = 112 bat/min; f = 18 rpm; SpO2 = 92% (com O2 2L/min). Tórax com aumento do diâmetro ânteroposterior. Tiragem supraclavicular. Som respiratório globalmente reduzido. Roncos e sibilos esparsos. Ictus não palpável. BR hipofonéticas sem sopros. Edema de 4+ de MMII.
Qual é a sua principal hipótese diagnóstica?
DPOC GOLD D, pois o paciente tem o mMRC de 4, pois apresenta dispneia quando vai se vestir. Além disso, no último ano ele apresentou dois episódios de exacerbação, a qual precisou fazer o uso de antimicrobianos.
BS, 68 anos, masculino, ex fumante há 5 anos (52 anos maço). Refere tosse produtiva, quase diária e com pequena quantidade de expectoração nos últimos 8 anos. Há 6 anos apresenta dispneia progressiva. Durante o último ano teve dois episódios de aumento da secreção e piora da dispneia, tendo sido tratado com antimicrobianos, entre outras medicações. Atualmente, apresenta dispneia para trocar de roupa e aumento do peso.
Exame: corado, dispneico, hidratado, cianótico. A = 1,76m; P = 80 kg; PA = 130 x 85 mmHg; FC = 112 bat/min; f = 18 rpm; SpO2 = 92% (com O2 2L/min). Tórax com aumento do diâmetro ânteroposterior. Tiragem supraclavicular. Som respiratório globalmente reduzido. Roncos e sibilos esparsos. Ictus não palpável. BR hipofonéticas sem sopros. Edema de 4+ de MMII.
O que se espera encontrar na espirometria desse paciente?
Como provavelmente temos um quadro de DPOC, a CVF(L) continua com o mesmo valor; a VEF1 diminui assim como a VEF1/CVF(L).
Mulher de 33 anos, apresenta febre e tosse produtiva com expectoração amarelada há 4 dias.
Exame: bom estado geral, lúcida e orientada, hidratada, normocorada, f = 24 irpm; PA = 115x70 mmHg; FC = 90 bpm; sPO2 = 98%. Ausculta cardíaca e exames abdominais normais. Macicez à percussão e frêmito toracovocal aumentado em 1/3 inferior de htx E, com crepitações finas à ausculta desta região.
Radiografia de tórax: opacidade com aerobroncograma em lobo inferior esquerdo.
Em relação a sua hipótese diagnóstica e conduta, o que podemos afirmar?
A hipótese é de pneumonia comunitária com baixo risco de complicações, pois a paciente é classificada como 0 pelos critérios do CRB-65. A melhor conduta é o tratamento ambulatorial, com cobertura para S. pneumoniae e germes atípicos.
Mulher de 33 anos, apresenta febre e tosse produtiva com expectoração amarelada há 4 dias.
Exame: bom estado geral, lúcida e orientada, hidratada, normocorada, f = 24 irpm; PA = 115x70 mmHg; FC = 90 bpm; sPO2 = 98%. Ausculta cardíaca e exames abdominais normais. Macicez à percussão e frêmito toracovocal aumentado em 1/3 inferior de htx E, com crepitações finas à ausculta desta região.
Radiografia de tórax: opacidade com aerobroncograma em lobo inferior esquerdo.
Após 3 dias, paciente apresentou piora do estado geral, dispneia e dor torácica ventilatório-dependente em HTE. Mantinha febre diária de 38 graus. Ao exame físico, apresentava-se em regular estado geral, lúcida e orientada, hidratada, normocorada, f = 32 irpm, PA = 105x60 mmHg, FC = 120 bpm. Foi detectada macicez à percussão e frêmito toracovocal diminuído em 1/3 inferior do htx E com sons pulmonares reduzidos nessa região. Radiografia de tórax: derrame pleural à esquerda. Toracocentese diagnóstica: líquido turvo, 15.000 células (80% d polimorfonucleares); pH 7,1; glicose 40 mg/dL; DHL 1200 UI/L (sérico 240), proteínas 3,6 g/dL (sérico 4,2) .
Qual o diagnóstico mais provável e a conduta nessa situação?
Trata-se de um derrame parapneumônico complicado, sendo que a conduta consiste em uma toracocentese de alívio e troca de antibiótico.
- Empiema: consiste no acúmulo de pus na cavidade pleural. Nele, geralmente temos: glicose abaixo de 40 mg/dL, DHL acima de 1000 UI/L e pH abaixo de 7,25.
- A decisão pela drenagem depende da análise do líquido. Se a punção demonstrou empiema a drenagem é obrigatória. Caso contrário, a conduta depende dos valores do pH, glicose e DHL. Se pH > 7,2, glicose > 40 mg/dL e DHL < 1000 UI/L, o derrame está no estágio exsudativo e, por isso, não deve ser drenado. Por conseguinte, quando pH < 7 e glicose < 40 mg/dL a drenagem deve ser feita.
Qual é o agente da pneumonia que cursa com chiado no recém nascido?
Chlamydia trachomatis.
Quais são os principais agentes etiológicos das rinussinusites agudas bacterianas?
Streptococcos e Haemophilus influenzae.
No exame de PET-CT, quais são os órgãos que fisiologicamente captam muito radiofármaco, ou seja, têm alto metabolismo de glicose?
SNC, coração, rins e bexiga.
Qual é o principal exame para a avaliação de lesão traqueobrônquica?
Broncoscopia
Qual é a causa mais comum de eventos de aparente ameaça a vida ou quase morte no RN? (ALTE = Apparent Life-Threatening Events)
Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
Qual é o melhor exame para avaliação da tonsila faríngea?
Nasofibroscopia.
Quais são os achados que sugerem sinais de malignidade em uma radiografia de tórax?
Contornos espiculados.
Paciente dispneica, com PaO2 < 60 mmHg e PaCO2 > 45 mmHg. Qual é o tipo de insuficiência respiratória?
Trata-se de uma insuficiência respiratória hipoxêmica (tipo I) e hipercápnica (tipo II).
- IR hipoxêmica: PaO2 < 60 mmHg e PaCO2 < 50 mmHg
- IR hipercápnica: PaO2 < 60 mmHg e PaCO2 > 50 mmHg.
Quais são os fatores de risco para SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono) na criança?
Os fatores de risco incluem qualquer entidade que obstrua a luz das VAS ou reduza o tônus da musculatura da faringe:
- Hipertrofia adenomatosa;
- Malformações craniofaciais;
- Síndromes genéticas;
- Obesidade;
- Doenças neuromusculares.
Na rinite alérgica, como está a relação entre IgE e os eosinófilos?
IgE e os eosinófilos se encontram aumentados.
Como o paciente fica posicionado para cirurgias de tórax que não envolvem o coração?
Decúbito lateral.
Qual é o lobo do pulmão mais acometido no enfisema lobar congênito?
O enfisema lobar congênito tem preferência pelo lobo superior esquerdo.
Quais são os achados na insuficiência pancreática dos pacientes que têm fibrose cística?
Fezes gordurosas e com odor fétido, juntamente com a desnutrição. Vale ressaltar que não há uma deficiência na absorção de vitaminas hidrossolúveis.
Como é feita a irrigação do nariz?
A irrigação do nariz é feita basicamente pelas artérias carótidas interna e externa.
A carótida externa tem os ramos maxilar e facial. O ramo maxilar emite a artéria esfenopalatina, que irriga a parte nasal lateral, posterior e septal (parte posterior do nariz); além das artérias palatina descendente e faríngea ascendente. Já o ramo facial irriga o lábio superior.
A carótida interna emite a artéria oftálmica (localizada no teto do nariz), que tem os ramos etmoidais anterior e posterior.
Paciente de 58 anos, portadora de hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca esquerda isquêmica há 15 anos, ex tabagista 35 anos-maço. Apresenta febre e tosse produtiva com expectoração amarelada há 5 dias.
Exame físico: BEG, hidratada, normocorada, lúcida, orientada e taquipneica (f = 28 irpm), mas sem uso de musculatura acessória. PA = 115x70 mmHg, FC = 110 bpm. Observa-se em 1/3 inferior de ambos os hemitórax: macicez a percussão, aumento do frêmito toracovocal, respiração brônquica e crepitações finas. Ausculta cardíaca evidenciava sopro sistólico em foco mitral.
A) O que esperamos encontrar na radiografia torácica dessa paciente?
B) O que você faria em relação ao tratamento?
A) O aumento do frêmito toracovocal nos sugere uma imagem de consolidação nas áreas afetadas sem a presença de derrame pleural, pois apesar desse quadro ter a presença de macicez à percussão, nele temos uma diminuição do frêmito toracovocal.
B) O tratamento vai ser feito de acordo com o escore CURB-65, que avalia a gravidade de pacientes com pneumonia adquirida na comunidade. Ele tem os seguintes parâmetros: C (confusão mental); U (uremia - ureia plasmáticas acima de 50mg/dL); R (FR >= 30 irpm); B (PA sistólica < 90 mmHg ou PA diastólica <= 60 mmHg); Idade maior ou igual a 65 anos.
Além dele, temos o CRB-65, uma versão simplificada que não inclui a avaliação da uremia.
Nossa paciente não está confusa, tem a FR < 30, e a PA sistólica > 90 e a diastólica > 60. Além disso, ela não tem mais que 65 anos. Dessa forma, ela pontua 0 pelo score do CRB-65, sendo uma possível candidata para o tratamento ambulatorial, com retorno em 48-72h para reavaliação clínica.
Paciente de 35 anos relata que há sete anos tenha tosse produtiva com secreção amarela clara diariamente, cujo volume corresponde a 4 colheres de sopa e a maior quantidade é eliminada pela manhã. Nos últimos anos, teve episódio de febre, com aumento da expectoração que fica francamente purulenta e após avaliação médica sempre recebe antimicrobiano. No último ano foram seis episódios semelhantes. Nega: infecções respiratórias na infância, passado de tuberculose pulmonar ou contato familiar. Fez tomografia computadorizada de tórax recentemente e recebeu o diagnóstico de bronquiectasia difusas.
Em relação ao diagnóstico e etiologia das bronquiectasias, o que podemos afirmar?
A história de infecções de repetição na infância é essencial para o diagnóstico de bronquiectasias em adultos.
As bronquiectasias são dilatações ou distorções irreversíveis das vias aéreas decorrentes de inflamações crônicas que ocorrem como consequência de agressões infecciosas e depuração inadequada de vários agentes infecciosos, proporcionando uma inflamação recorrente ou crônica.
A etiologia pode ser infecciosa (aspergilose, tuberculose, sarampo), genética (discinesia ciliar, imunodeficiência, fibrose cística) e outras causas, como aspiração de corpo estranho, tumores, idiopática.
Por que a tuberculose é considerada uma doença de grande importância?
O Brasil é um dos países responsáveis por 80% dos casos de tuberculose no mundo, tendo alta taxa de incidência, alta morbi-mortalidade e curável na maioria dos casos.
Vale ressaltar que a incidência é maior nas áreas metropolitanas e enquanto a incidência de tuberculose droga sensível tem diminuído, a tuberculose multidroga resistente tem aumentado.
AP, 21 anos, natural e procedente de SP, motoboy. Refere crises de tosse e dispneia com mudança climática há mais de 10 anos que pioraram quando iniciou a atividade como motoboy. Os sintomas melhoraram após o uso da bombinha de salbutamol. Há mais ou menos 2 meses passou a ter crises de falta de ar frequentes durante o dia e acorda duas a três vezes/semana na madrugada com crises de tosse e aperto no peito necessitando usar a bombinha. AP: rinite alérgica. Não faz uso de nenhuma outra medicação. Hoje procurou o pronto atendimento porque acordou 4 vezes durante a noite e não apresentou nenhuma melhora com o broncodilatador.
Exame físico: EG, corado, hidratado, taquipneico, acianótico. PA: 100x70 mmHg; FC: 102; f = 28; T = 36,8ºC; SpO2: 95%. Sem tiragem intercostal, som respiratório globalmente diminuído com sibilos. Bulhas rítmicas taquicárdicas. Restante do exame físico sem alterações.
a) Qual a principal hipótese diagnóstica?
b) Qual exame é o mais indicado para comprovar o diagnóstico?
a) Asma, pois o paciente tem um quadro de sibilos, dispneia, falta de ar frequentes e tosse, relacionadas com a mudança climática e que teve uma piora depois que começou a atividade como motoboy, comprovando o fato de que 20% dos asmáticos que desenvolvem a doença na fase adulta apresentam algum componente ocupacional.
b) O diagnóstico é clínico, porém o diagnóstico funcional pode ser feito pela espirometria, que vai nos mostrar um quadro obstrutivo com resposta positiva ao broncodilatador.
Paciente de 61 anos, fumante (45 anos-maço), refere tosse com eliminação de pequena quantidade de secreção clara matinal há seis anos. Há um ano apresentou quadro agudo de aumento da tosse e secreção, a qual se tornou amarelada e observou o surgimento de falta de ar que o impedia de caminhar 100 metros no plano. Procurou um médico que lhe prescreveu um tratamento medicamentoso. Após o tratamento, melhorou significativamente dos sintomas. No entanto, tosse com pequena quantidade de secreção persistiu, e a falta de ar manteve-se apenas ao subir uma ladeira leve, quadro que persiste até hoje. O exame físico do paciente é normal.
Espirometria: FEV1/FVC diminuído; FEV1/SVC diminuído; FEF diminuído. O paciente não teve resposta ao uso de BD.
a) Como podemos avaliar a dispneia no momento da consulta?
b) Qual é o MRCm usual deste paciente?
c) Qual é o estadiamento espirométrico da doença deste paciente (de acordo com o GOLD)? FEV = 1,95 (84%)
d) Considerando-se a avaliação combinada de gravidade da doença em questão, como ela será classificada pelo GOLD?
a) A história já permite a avaliação a dispneia, pois o paciente refere que tem dispneia para subir uma ladeira.
b) Classificação I: dispneia ao andar rápido ou subir colina. É classificado dessa forma, pois o paciente tem falta de ar quando vai subir uma ladeira leve.
c) Considerando os critérios de GOLD, temos: Gold 1: leve - FEV1 >= 80% Gold 2: moderado - 50% <= FEV1 < 80% Gold 3: severo - 30% <= FEV1 < 50% Gold 4: muito severo - FEV 1 < 30%
Neste caso, o paciente tem FEV1 = 1,95 (84%), sendo assim, ele é classificado como leve (GOLD 1).
d) GOLD A, pois o seu MRC é classificado como I e o paciente não teve nenhum episódio de exacerbação ao qual precisou ser internado no último ano.
Qual é o seio que não tem drenagem ativa?
O seio frontal, uma vez que a drenagem é gravitacional (os cílios batem em sentido contrário a drenagem para evitar o ressecamento do seio).
Os meatos e conchas fazem parte de qual estrutura do nariz?
Da parede nasal lateral.
Qual é a função do nariz?
Umidificação e aquecimento.
Quadro de um paciente com ronco, com adenoide aumentada e amígdala normal. Qual a principal causa do ronco?
Hipertrofia adenoidiana.