Gastro Pato Flashcards

1
Q

Como se forma o adenocarcinoma em esôfago de Barrett?

A

O esôfago de Barrett e quando ocorre uma metaplasia intestinal do epitélio do esôfago, havendo uma transformação do epitélio escamoso em epitélio colunar. A presença dessa metaplasia aumenta a predisposição dos indivíduos de desenvolver um adenocarcinoma, pois a displasia aumenta a capacidade de, em algumas divisões celulares, haver a formação de uma célula neoplásica.

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2
Q

Qual o estadiamento de de um câncer de esôfago com infiltração até a camada muscular própria, sem comprometimento linfonodal?

A

Quando o câncer invade a camada muscular própria ele é do tipo invasivo (pT2) e, como não há comprometimento linfonodal ele é do tipo T2N0.

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3
Q

O que é esôfago de Barrett? Cite duas complicações.

A

O esôfago de Barrett e uma metaplasia que ocorre na mucosa do esôfago, em que o epitélio escamoso se transforma em um epitélio colunar. Além disso, temos a presença de células caliciformes mucossecretoras.
Como complicação do esôfago de Barrett, podemos ter a formação de um adenocarcinoma e a formação de úlceras.

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4
Q

Biópsia de esôfago mostra intensa reação inflamatória com predomínio de neutrófilos e linfócitos, tendo no epitélio células de núcleos irregulares, vesiculosos e de cromatina frouxa, de aspecto vidro fosco, por vezes multinucleadas. Qual o diagnóstico mais provável?

A

A infecção pelo vírus herpes simples no esôfago causa uma úlcera saca-bocado. Tratam-se de inclusões virais multinucleadas dentro de células epiteliais em degeneração na borda da úlcera.

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5
Q

Quais alterações da macroscopia do megaesôfago?

A

No megaesôfago temos um espessamento por hipertrofia no segmento proximal ao esfíncter esofagiano inferior (EEI). Com a evolução da doença há perda da resistência imposta, ocorrendo adelgaçamento e dilatação luminal na fase final.

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6
Q

Cite três agentes causadores de esofagite.

A

DRGE (esofagite erosiva), soda cáustica (esofagite química) e Candida albicans (esofagite infecciosa).

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7
Q

Qual o critério histopatológico para Barrett? Qual a neoplasia mais associada?

A

No esôfago de Barrett ocorre uma metaplasia do epitélio esofágico, em que o epitélio escamoso se transforma em um epitélio colunar. Além disso, temos a presença de células caliciformes (produtoras de muco). A neoplasia mais associada é o adenocarcinoma de esôfago, com risco de 30-125 vezes maior do que a população geral. Isso ocorre devido à metaplasia, que pode complicar para um quadro de displasia, sendo uma alteração pré-cancerosa, que causa o aumento de mitoses, hipercromasia, nucléolos evidentes e irregularidades na cromatina. Sendo assim, pode ocorrer a formação de uma célula neoplásica.

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8
Q

Explique a classificação histológica das gastrites crônicas.

A

As gastrites crônicas podem ser caracterizadas em superficiais (sem atrofia) ou atróficas (em que ocorre a destruição glandular). Além disso, elas também podem ser classificadas em ativas (presença de neutrófilos e eosinófilos) e inativa (apenas linfócitos e plasmócitos).

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9
Q

O que é adenocarcinoma in situ e o que é o carcinoma precoce?

A

O adenocarcinoma in situ é aquele que fica restrito ao epitélio, não ultrapassando a lâmina própria. Já os carcinomas precoces são aqueles que não ultrapassam a camada muscular própria, acometendo até a submucosa (pT1b).

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10
Q

Quais as diferenças macroscópicas que existem entre a úlcera gástrica e a úlcera péptica crônica?

A

A úlcera gástrica aguda aparece como lesões menores do que 1 cm, arredondadas, que possuem uma base marrom ou enegrecida, pela deposição de eritrócitos digeridos. É comum que elas apareçam em várias, presentes no duodeno e no estômago.
A úlcera gástrica crônica, por sua vez, aparece como uma lesão única, em saca-bocado, de formato redondo a oval, tendo a base limpa, lisa e reta.

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11
Q

Como se classifica uma gastrite do paciente com anemia perniciosa?

A

Indivíduos com gastrite e anemia perniciosa podem apresentar possivelmente uma gastrite autoimune, em que há a indução de uma hipergastrinemia, poupando a região do antro. Neste tipo de gastrite há a formação de anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco. Toda gastrite autoimune é considerada uma gastrite atrófica, ou seja, há a destruição glandular.

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12
Q

Quais as diferenças macro e microscópicas entre a úlcera péptica e o adenocarcinoma ulcerado de estômago?

A
  • Macroscópicas: a úlcera péptica crônica apresenta-se como uma lesão em formato oval, em saca-bocado, com a base limpa, lisa, bordos regulares e que estão no mesmo plano. Já o adenocarcinoma ulcerado apresenta-se como uma úlcera com bordas irregulares e maiores, saindo do plano.
  • Microscopia: na úlcera péptica temos a presença de crosta de fibrina com neutrófilos, tecido de granulação e fibrose. Já no adenocarcinoma ulcerado temos a presença de células displásicas e de células em anel de sinete, a depender do tipo histológico.
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13
Q

Paciente feminina de 24 anos com queixa de dor abdominal vaga do tipo cólica, localizada em quadrante inferior direito, com piora após ingesta alimentar, associada a distensão abdominal, diarreia e vômitos há aproximadamente 10 anos. Evoluiu com piora dos sintomas, perda de peso e aparecimento de lesão aftosa em língua e fístula anal. Qual o provável diagnóstico? Realizada a biópsia, quais as alterações histológicas que devem ser encontradas?

A

Trata-se provavelmente de uma Doença de Crohn. Na doença de Crohn a biópsia irá evidenciar a presença de um infiltrado de neutrófilos, danos às criptas e formação de abcessos de cripta e granulomas não caseosos. A doença de Crohn acomete toda a parede do TGI, principalmente por ser uma doença de aspecto transmural. Dessa forma, a parede vai estar edemaciada, com presença de fibrose e hipertrofia da musculatura, podendo ter úlceras, estenose e até mesmo fístulas.

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14
Q

Como se classificam os pólipos intestinais?

A

Eles podem se classificar em neoplásicos e não neoplásicos.

  • Neoplásicos (adenomas): tubulares, túbulo-vilosos, vilosos;
  • Não neoplásicos: hamartomatosos, inflamatórios e hiperplásicos.
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15
Q

Quais as diferenças macro e microscópicas entre RCUI e doença de Crohn?

A

Macroscópicas: a retocolite é uma lesão restrita ao reto, que também pode acometer o cólon. É uma lesão que vai somente até a camada submucosa, não interferindo na parede, por isso, ela não causa estenoses ou fístulas. É uma que cursa com úlceras de aspecto contínuo e, nela, pode haver a formação de pseudopólipos, que são formados devido à regeneração parcial da mucosa acometida.
A doença de Crohn, por sua vez, pode acometer todo o TGI, sendo uma lesão transmural, por isso, nela pode ter a formação de estenoses ou fístulas. Ela cursa com lesões espaçadas (“salteadas”) tendo áreas íntegras. O local mais acometido é o íleo terminal.

Microscópicas: há acometimento apenas da mucosa e da submucosa. Existe um infiltrado de células inflamatórias, que pode causar destruição das criptas e formar microabscessos de criptas. Nela, não há a formação de granuloma não caseoso.
A doença de Crohn tem um acometimento de todas as camadas, podendo haver comprometimento da parede (estenoses, úlceras e fístulas). Ocorre uma destruição das criptas, pelo infiltrado de células inflamatórias, com formação de granulomas não caseosos.

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16
Q

Qual a neoplasia anal mais comum e quais são seus fatores de risco?

A

É o CEC (Carcinoma Espinocelular). Os fatores de risco são: dieta, tabagismo, história pessoal ou familiar de adenoma esporádico ou CA colorretal esporádico, doença inflamatória intestinal, síndrome de Lynch (é uma alteração genética que aumenta o risco de desenvolver câncer no cólon e no reto) e radioterapia pélvica.

17
Q

Paciente do sexo feminino, branca, 74 anos de idade, casada, aposentada e ex-cozinheira. Queixa de dor abdominal em fossa ilíaca esquerda de forte intensidade, contínua em pontada, iniciada há meses. Refere mudança no hábito intestinal, que passou de evacuações com fezes bem formadas para evacuações diarreicas com muco. Apesar de obesa, refere anorexia e perda de peso de cerca de 6 kg no período. De antecedentes pessoais, traz um tabagismo crônico, menopausa aos 55 anos. Ao exame físico, REG, emagrecida e descorada +/4+. Ausculta CV normal, abdome normotenso e sem massa palpável. Sinais de insuficiência venosa periférica de MMII. Toque retal: esfíncter normotenso, com presença de lesão vegetante em QID, iniciando-se na linha pectínea e se estendendo até 3 cm acima.

a) Qual o diagnóstico mais provável?
b) Qual o tipo de neoplasia mais comum nessa localização?
c) Qual a conduta mais adequada para este paciente? Que exames solicitar?
d) A presença de tumor profundo até a camada serosa com 2 linfonodos metastáticos. Qual o estadiamento?

A

a) O diagnóstico mais provável é uma neoplasia colorretal, pois há indícios na anamnese e no exame físico que condizem com esse diagnóstico (perda de peso, anorexia, alteração do hábito intestinal, presença de lesão vegetante em QID e a idade - 74 anos).
b) No reto a neoplasia mais comum é o adenocarcinoma.
c) O primeiro passo é a confirmação diagnóstica através da biópsia por retossigmoidoscopia. Confirmado o diagnóstico, a conduta mais adequada é o estadiamento com pesquisa de metástases para o adequado planejamento terapêutico e cirúrgico, que deve ser feito com RM e TC de tórax e abdome. O hemograma para avaliar a anemia e o CEA podem ser úteis.
d) T3LN1.

18
Q

JP, 28 anos, sexo feminino. Paciente refere que há 6 anos apresenta episódios de diarreia com sangramento retal e dor abdominal. Há 2 meses, começou a apresentar quadro de constipação com evacuações apresentando laivos de sangue, perda de peso de aproximadamente 10kg. Há 12 horas iniciou febre, parada da eliminação de gazes e fezes, juntamente com rigidez abdominal. Apresenta constipação crônica há 20 anos e uso de laxantes com frequência. Exame físico: REG, febril, hipocorado 3+/4+, rigidez abdominal com dor à palpação, Jobert +. Realizada colectomia total. Observou-se:

Volumosa neoplasia intestinal maligna do cólon ascendente, com metástase para 3 linfonodos pericólicos.

Múltiplas úlceras confluentes rasas em toda a extensão da mucosa intestinal.

Quais os diagnósticos? Forneça o estadiamento.

A

Diagnósticos: neoplasia intestinal maligna, possivelmente causada por alguma síndrome, pois o paciente é muito jovem. Além disso, também temos um quadro de abdome agudo obstrutivo (parada de eliminação de gases e fezes há 12 horas) e retocolite ulcerativa (múltiplas lesões confluentes em toda a extensão da mucosa).
O estadiamento das lesões é TxN1. Para podermos saber qual a classificação T desse tumor seria necessário uma biópsia do colo.

19
Q

Qual a causa mais comum de megacólon na infância e como ocorre?

A

A causa mais comum do megacólon na infância é o megacólon congênito, que ocorre quando há uma falha na migração das células ganglionares para o cólon, de forma que não ocorre a formação do plexo mioentérico, de forma que a região afetada não consegue fazer o peristaltismo normal. Assim, a região com ausência das células ganglionares é normal ou até mesmo estreitada, e a região do cólon que antecede a alteração geralmente é mais dilatada, pois realiza mais força para fazer com que o bolo fecal passa pela região que não tem peristaltismo e acaba se dilatando formando o megacólon.

20
Q

O que é colite pseudomembranosa? Qual a fisiopatologia e agente etiológico?

A

A colite pseudomembranosa, também chamada de colite associada a antibióticos, é a que ocorre uma inflamação de origem infecciosa do cólon que acontece após o uso de antibióticos que, por alterar a microflora intestinal favorece a multiplicação do Clostridium difficile. Nessa doença ocorre a formação de uma pseudomembrana (por uma camada aderente de células inflamatórias e detritos), o desnudamento do epitélio, infiltração de neutrófilos, perda de barreira da junção íntima e liberação de citocinas.

21
Q

Explique a classificação da alteração estrutural e o estadiamento da atividade da doença nas hepatites.

A

Estadiamento da atividade da doença:

  • 0: sem atividade;
  • 1: infiltrado linfocitário sem necrose em saca-bocado;
  • 2: necrose em saca-bocado discreta;
  • 3: necrose em saca-bocado moderada;
  • 4: necrose em saca-bocado extensa.

Estadiamento das alterações da arquitetura:

  • 0: sem alteração (fibrose);
  • 1: fibrose portal;
  • 2: fibrose com septos porta-porta;
  • 3: fibrose com septos porta-porta e porta-centro;
  • 4: cirrose (nódulos delimitados por fibrose).
22
Q

Quais as características microscópicas da esteato-hepatite?

A

Na esteato-hepatite iremos encontrar uma degeneração hidrópica, com focos de necrose, infiltrado neutrofílico, presença de corpos de Mallory e fibrose perisinusoidal.

23
Q

Paciente com estadiamento de fibrose grau 3 e avaliação de hepatite de interface grau 2. Qual o significado?

A

Fibrose em grau 3: fibrose com septos porta-porta e porta-centro;
Interface (atividade) grau 2: necrose em saca-bocado discreta.

24
Q

O que é fibrose na esteato-hepatite alcoólica e como ela se forma?

A

A fibrose é o processo final da esteato-hepatite. Na esteato-hepatite de causa alcoólica temos uma fibrose inicial da veia central (ou centro-lobular) e só depois ocorre a fibrose da veia portal. Assim, a fibrose da esteato-hepatite forma septos centro-portal.

25
Q

Paciente com hepatite crônica estadiamento 4 e atividade peri-portal 3. Qual o significado?

A

Estadiamento 4: cirrose (nódulos delimitados por fibrose);

Atividade peri-portal 3: necrose em saca-bocado moderada.

26
Q

Conceitue doença hepática gordurosa, cite as principais causas e descreva as possíveis evoluções das lesões hepáticas do ponto de vprista microscópico.

A

A doença hepática gordurosa é o conjunto de lesões que ocorrem pelo acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos e que apresentam graus variáveis de inflamação, morte hepatocelular e distúrbios arquiteturais que podem levar à cirrose. As principais causas são alcoólica e não alcoólica (síndrome metabólica, aumento do aporte hepático de triglicerídeos e resistência à insulina). A patogênese das duas causas são diferentes, porém as alterações morfológicas são iguais. A doença hepática gordurosa começa simplesmente com esteatose. Nesse momento, ocorre um acúmulo hepatocítico de gordura sobre a forma de macrovesículas ou microvesículas. Com a agressão contínua ocorre a esteato-hepatite, caracterizada pela balonização dos hepatócitos, presenças de corpos de Mallory e neutrófilos em torno dos hepatócitos em degeneração. Por fim, pode ocorrer a fibrose, que se inicia pela região centro-lobular e progride para a região portal.

27
Q

Paciente do sexo masculino, 64 anos, portador de cirrose hepática associado ao vírus B. Apresenta nódulo hepático do segmento VII medindo 3 cm, acompanhado de níveis séricos elevados de alfa-fetoproteína. Qual o diagnóstico mais provável? Comente os mecanismos patogênicos entre esta lesão e o agente etiológico da cirrose.

A

Trata-se, provavelmente de um hepatocarcinoma, pois o paciente apresenta cirrose, que é um fator de risco importante para o desenvolvimento desse quadro, além de ter níveis séricos elevados de alfa-fetoproteína, que é um marcador tumoral para esse tipo de neoplasia. Além disso, o vírus B é oncogênico, que também pode predispor o desenvolvimento do hepatocarcinoma.

28
Q

Quais são os fatores de risco de colelitíase?

A

Mulher, idade > 40 anos, obesidade e em período fértil.

29
Q

Paciente portador crônico do HCV, com discreta elevação de aminotransferases é submetido a biópsia hepática com o seguinte diagnóstico: hepatite crônica associada ao HCV, com atividade de interface (atividade periportal) igual a 3, segundo a classificação das hepatites crônicas pelas Sociedades Brasileiras de Patologia e Hepatologia. Qual o significado desse escore? A hepatite crônica também é estadiada como 3. O que isso quer dizer?

A

A classificação da atividade de interface 3 significa que o paciente apresenta necrose em saca-bocado moderada do fígado. Já a hepatite crônica sendo classificada em grau 3, significa que há uma fibrose com formação de septos porta-porta e porta-centro.

30
Q

Quais os achados típicos da infecção pelo vírus C?

A

A infecção do vírus C normalmente irá se apresentar como uma cirrose, uma vez que o seu diagnóstico é feito tardiamente, na maioria dos casos. Assim, os achados encontrados na cirrose são: nódulos cercados por fibrose, alterações gordurosas, infiltrado linfoide e lesão do ducto biliar.