Redes Neurotransmissoras na Fisiopatologia da Psicose, segundo Sthal Flashcards
Sthal
A DA não é o único neurotransmissor associado a psicose. Evidências crescentes também implicam as redes ___________ e ____________ na psicose, não apenas na esquizofrenia, mas também no Parkinson e outras demências, e a psicose associada a numerosas substâncias psicoativas
Glutamatérgicas e serotoninérgicas
A DA não é o único neurotransmissor associado a psicose. Evidências crescentes também implicam as redes glutamatérgicas e serotoninérgicas na psicose, não apenas na esquizofrenia, mas também …
no Parkinson e outras demências, e a psicose associada a numerosas substâncias psicoativas
Classicamente a psicose é associada a hiperatividade _________ nos receptores ____ da via __________.
dopaminérgica
D2
Mesolímbica
A liberação de ___ pela anfetamina provoca uma psicose paranoide semelhante a esquizofrenia
DA
Síntese de DA
(bomba transportadora de tirosina) Tirosina —- (tirosina hidroxilase)—> DOPA —- (descarboxilase)—-> DA
Inicialmente a tirosina é captada pelo neurônio a partir do espaço extracelular e corrente sanguínea por uma bomba transportadora de tirosina.
A tirosina é convertida em DOPA pela enzima, limitadora de velocidade, tirosina hidroxilase (TOH). Em seguida, a DOPA é convertida em dopamina pela enzima dopa descarboxilase (DDC).
Armazenamento e excedente da produção intraneuronal de DA
Após a sua síntese, a dopamina é acondicionada em vesículas sinápticas por meio do transportador vesicular de monoaminas (VMAT2).
O excesso de DA que escapa de seu armazenamento nas vesículas sinápticas pode ser destruído no interior do neurônio pelas enzimas MAO-A e MAO-B.
Término da ação da DA na sinapse
Os DATs (Transportador de DA) constituem a principal via de inativação da DA nas sinapses onde existem DATs, com inativação extracelular secundária pela catecol-O-metiltransferase (COMT).
Ex: estriado
A dopamina também pode se difundir a partir das sinapses e pode ser captada pelo transportador de noradrenalina (NAT) em neurônios adjacentes.
No ————-, os DATs são relativamente escassos e, a DA é inativada por outros mecanismos, principalmente a COMT.
Córtex pré-frontal
Tipos de receptores de DA
Existem pelo menos, cinco subtipos farmacológicos e várias isoformas moleculares.
Atualmente, os receptores de DA são divididos em dois grupos.
O primeiro grupo é constituído pelos receptores do tipo D1, incluindo os receptores D1 e D5. Os receptores de tipo D1 são excitatórios e estão ligados positivamente à adenilato ciclase.
O segundo grupo é formado pelos receptores de tipo D2, incluindo os receptores D2, D3 e D4. Os receptores de tipo D2 são inibitórios e negativamente ligados à adenilato ciclase.
Todos os cinco tipos de receptores de DA podem ser pós-sinápticos. Quais deles podem também ser pré-sinápticos?
Os receptores D2 e D3 podem ter localização pré-sináptica (no terminal axonico ou na área somatodentrítica), e podem atuar na limitação da liberação de DA.
Lembrando que o D3 é mais sensível que o D2.
De onde e para onde se projetam os neurônios da via mesocortical ?
Se projetam da área tegumentar ventral (ATV) para o córtex pré-frontal (CPF)
Onde estão os autoreceptores D2/D3 nos neurônios da via mesocortical?
Os autoreceptores D2/D3 desses neurônios se localizam nos corpos celulares dos neurônios da ATV, porém no córtex pré-frontal (para onde se projetam) esses receptores são escassos (tanto pré quanto pós-sinápticos), de forma que nessa região a dopamina é mais livre para se difundir.
Lembrando que no CPF existem também poucos DATs (maior difusão de DA), porém o receptor predominante é o D1, o menos sensível entre eles
DATs no CPF
Os neurônios mesocorticais tem pouco ou nenhum DAT nos terminais sinápticos (maior raio de difusão da DA)
Receptores de DA mais sensível e mais insensível
D3 é o mais sensível e D1 o menos
No CPF, devido a pouca quantidade de DATs e autorreceptores D2/D3, a DA se difunde com mais liberdade, podendo fazer um tipo de neurotransmissão chamada de…
neurotransmissão de volume
Neurônios dopaminérgicos mesoestriatais: receptores pré-sinápticos e DATs
Os neurônios DA mesoestriatais têm receptores D2 ou D3 pré-sinápticos, não apenas nos corpos celulares da ATV e da substância negra, mas também nos terminais nervosos pré-sinápticos e locais pós-sinápticos no estriado.
Além disso, existem DAT nos terminais nervosos pré-sinápticos no estriado desses neurônios DA.
Vias dopaminérgicas clássicas
- Tuberoinfundibular
- Nigroestriatal
- Talâmica
- Mesocortical
- Mesolímbica
Via DA tuberoinfundibular
Neurônios DA que se projetam do hipotálamo para a adenohipófise
Tem atividade tônica e inibem a liberação de prolactina
Se o funcionamento dos neurônios DA tuberoinfundibulares for afetado por lesões ou substâncias, pode ocorrer elevação dos níveis de prolactina.
Na esquizofrenia não tratada, a função da via tuberoinfundibular pode estar relativamente preservada.
Excesso de PRL por diminuição da atividade inibitória da DA pode causar…
Os níveis elevados de prolactina estão associados à galactorreia, ginecomastia, amenorreia e, possivelmente, outros problemas, como disfunção sexual.
Via DA talâmica
Origina-se de múltiplos locais, incluindo a substância cinzenta periaquedutal, a parte ventral do mesencéfalo, vários núcleos hipotalâmicos e o núcleo parabraquial lateral. Sua função ainda está em fase de pesquisa, mas pode estar envolvida nos mecanismos do sono e da vigília por meio da regulação das informações que passam pelo tálamo até o córtex e outras áreas do cérebro.
Via DA nigroestriatal: se projeta de onde e para onde
Se projeta a partir da substância negra por meio de axônios que terminam no estriado.
Classicamente, a via DA nigroestriatal tem sido considerada como parte do sistema nervoso ———- e está envolvida no controle dos ————- por meio de suas conexões com o tálamo e o córtex em circuitos ou —————–.
Extrapiramidal
Movimentos motores
Alças corticoestriato-tálamo-corticais (CETC)
Via DA Nigroestriatal
A DA regula alças CETC e movimentos motores no estriado, influenciando as duas vias presentes nesse sistema:
Via direta (“via do movimento”)
Via indireta (“via da parada”)
Via DA Nigroestriatal
CETC: via direta
Tem receptores de dopamina D1 que são excitatórios e projeta-se diretamente do estriado para o globo pálido interno para estimular os movimentos (via “do movimento”).
Via DA Nigroestriatal
CETC: via indireta
Tem receptores de dopamina D2 que são inibitórios e projeta-se indiretamente para o globo pálido interno por meio do globo pálido externo e núcleo subtalâmico. Normalmente, essa via bloqueia os movimentos motores (via “da parada”).
Via nigroestriatal
Influência da DA nas vias direta e indireta
A dopamina que vem da substância negra (via nigroestriatal) e chega ao estrido inibe essa ação nos receptores D2 da via indireta, e isso quer dizer “não pare” para a via “da parada” ou “faça mais movimento”.
Na via direta estimula os receptores D1.
A linha de base é a de que a dopamina da via nigroestriatal estimula os movimentos motores nas vias motoras tanto direta quanto indireta.
Acredita-se que a ——– da DA na via nigroestriatal esteja na base de vários distúrbios hipercinéticos do movimento, como …
hiperatividade
coreia, discinesias e tiques (em condições como doença de Huntington, síndrome de Tourette, entre outras).
Foi formulada a hipótese de que a ————- na via nigroestriatal pelo tratamento da doença de Parkinson com levodopa esteja na base da ocorrência de movimentos hipercinéticos e discinéticos anormais (denominados discinesias induzidas por levodopa ou DIL).
estimulação crônica dos receptores dopaminérgicos D2