Princípios Expressos Flashcards

1
Q

Onde está previsto o princípio da legalidade na Constituição Federal de 1988?

A

O princípio da legalidade está previsto expressamente no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, sendo aplicável às administrações públicas direta e indireta, de todos os Poderes e esferas de governo.

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2
Q

O que significa o princípio da legalidade para os administrados?

A

Para os administrados (particulares), o princípio da legalidade significa que tudo o que não for proibido pela lei é permitido, conforme o inciso II do art. 5º da Constituição Federal.

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3
Q

Qual é o significado do princípio da legalidade para a Administração Pública?

A

Para a Administração Pública, o princípio da legalidade significa que a atuação administrativa só pode ocorrer quando houver previsão legal, ou seja, a Administração só pode agir quando a lei determinar ou autorizar sua atuação (também conhecido como princípio da estrita legalidade).

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4
Q

O que é a autonomia da vontade dos administrados no contexto da legalidade?

A

A autonomia da vontade dos administrados significa que eles podem fazer tudo o que não estiver proibido por lei, ao contrário da Administração, que só pode agir conforme o que está autorizado ou determinado por lei.

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5
Q

Qual a diferença entre o princípio da legalidade e a reserva legal?

A

O princípio da legalidade implica que a Administração Pública deve seguir todas as normas legais, incluindo atos secundários como decretos e portarias, enquanto a reserva legal se refere à exigência de que certas matérias sejam reguladas exclusivamente por lei formal (leis ordinárias ou complementares), conforme estabelecido pela Constituição.

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6
Q

O que são as exceções ao princípio da legalidade?

A

As exceções ao princípio da legalidade incluem medidas provisórias, o estado de defesa e o estado de sítio, que são situações excepcionais nas quais a atuação administrativa pode ser realizada fora dos limites normais impostos pela legislação.

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7
Q

O que o princípio da juridicidade acrescenta ao princípio da legalidade?

A

O princípio da juridicidade amplia o conceito de legalidade, sublinhando que o administrador não deve se submeter apenas à lei, mas a todo o ordenamento jurídico. Isso significa que a discricionariedade administrativa é mais limitada, e atos administrativos podem ser anulados, mesmo que estejam de acordo com a lei, caso infrinjam princípios jurídicos.

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8
Q

A Administração pode criar direitos ou obrigações por meio de atos secundários?

A

Não. A Administração Pública pode regulamentar a lei por meio de atos normativos secundários (como decretos e portarias), mas esses atos não podem criar direitos e obrigações; eles apenas detalham a aplicação da legislação já existente.

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9
Q

O que é o princípio da impessoalidade na Administração Pública?

A

O princípio da impessoalidade implica que os atos da Administração Pública devem ser praticados sem favorecimento de pessoas específicas, visando exclusivamente ao interesse público, e não à promoção pessoal dos agentes públicos.

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10
Q

Quais são os dois sentidos do princípio da finalidade?

A

princípio da finalidade possui dois sentidos:

Sentido amplo: Os atos da Administração devem visar ao interesse público.
Sentido estrito: Os atos administrativos devem atender à finalidade específica prevista na lei.

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11
Q

O que acontece se um ato administrativo não observar a finalidade prevista em lei?

A

Se o ato administrativo não atender à finalidade prevista em lei, ele será inválido, pois configura desvio de finalidade.

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12
Q

O que é um agente de fato e qual é a consequência da impessoalidade nesse caso?

A

Um agente de fato é aquele que exerce funções públicas sem uma investidura regular (exemplo: ocupando cargo sem concurso). Mesmo sendo um agente irregular, os atos administrativos por ele praticados são considerados válidos, especialmente em relação aos terceiros de boa-fé.

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13
Q

O princípio da impessoalidade está relacionado ao princípio da igualdade?

A

Sim, o princípio da impessoalidade implica que a Administração deve tratar todos os administrados de forma igualitária, sem discriminação, favorecimento ou perseguição. O tratamento diferenciado só pode ocorrer quando houver previsão legal.

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14
Q

O que diz o art. 37, § 1º da Constituição Federal sobre promoção pessoal na Administração Pública?

A

O art. 37, § 1º proíbe a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em campanhas e publicidade dos órgãos públicos, que devem ter caráter educativo, informativo ou de orientação social. Não pode haver a utilização de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal.

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15
Q

Qual a consequência da promoção pessoal no contexto da Administração Pública?

A

A promoção pessoal fere o princípio da impessoalidade, sendo considerada uma infração administrativa que pode configurar ato de improbidade administrativa, conforme a Lei 8.429/1992, art. 11, XII.

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16
Q

O que são impedimento e suspeição no contexto da impessoalidade?

A

Impedimento e suspeição referem-se ao afastamento de autoridades ou agentes que não possuem condições de atuar de forma imparcial em processos administrativos ou judiciais, devido a vínculos de parentesco, amizade ou inimizade com as partes envolvidas.

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17
Q

Quais os principais aspectos do princípio da impessoalidade?

A

O princípio da impessoalidade envolve:

A busca pela finalidade pública nos atos administrativos.
O tratamento igualitário aos administrados, conforme o princípio da isonomia.
A vedação de promoção pessoal dos agentes públicos.
A necessidade de afastar autoridades que não possam julgar de forma imparcial (impedimento ou suspeição).

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18
Q

O que exige o princípio da moralidade na Administração Pública?

A

O princípio da moralidade exige que os atos administrativos sigam não apenas a legalidade, mas também os preceitos éticos e os padrões de conduta moral esperados, visando a boa administração pública.

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19
Q

Qual a relação entre os princípios da legalidade e da moralidade?

A

Embora ambos sejam princípios autônomos, eles estão intimamente relacionados. Atos legais podem ser imorais, e a moralidade administrativa pode ser usada para anular atos, mesmo que estes sejam legalmente válidos.

20
Q

Como o art. 37, § 4º da Constituição Federal trata a moralidade administrativa?

A

O art. 37, § 4º prevê que atos de improbidade administrativa podem resultar na suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário, refletindo a importância da moralidade na Administração Pública.

21
Q

O que diz a Lei 9.784/1999 sobre o princípio da moralidade?

A

A Lei 9.784/1999 estabelece que a Administração Pública federal deve atuar conforme padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé, destacando o princípio da moralidade administrativa.

22
Q

Como o princípio da moralidade pode ser violado, mesmo sem violar a lei?

A

O princípio da moralidade pode ser violado quando um ato, embora legal, ofende os bons costumes, a honestidade ou os princípios de justiça e equidade, como em casos de nomeação de parentes para cargos públicos (nepotismo).

23
Q

O que estabelece a Súmula Vinculante nº 13 do STF sobre nepotismo?

A

A Súmula Vinculante nº 13 proíbe a nomeação de cônjuges, parentes ou afins até o terceiro grau para cargos em comissão ou funções gratificadas, com exceção de cargos de natureza política, quando demonstrada a falta de capacidade técnica ou fraude.

24
Q

O que é considerado nepotismo na Administração Pública?

A

Nepotismo é a prática de nomear parentes para cargos públicos, o que configura violação dos princípios da moralidade, impessoalidade, igualdade e eficiência. Pode ser considerado ato de improbidade administrativa após a Lei 14.230/2021.

25
O que diz o art. 5º, LXXIII da Constituição Federal sobre a moralidade administrativa?
O art. 5º, LXXIII garante que qualquer cidadão pode propor ação popular para anular atos lesivos à moralidade administrativa, mostrando o controle social sobre a ética no serviço público.
26
Quais os três sentidos do princípio da moralidade de acordo com Gustavo Barchet?
Os três sentidos são: Dever de atuação ética (princípio da probidade): Agente público deve agir com ética, honestidade e transparência. Concretização dos valores da lei: O agente deve aplicar a lei de forma a alcançar seus valores fundamentais. Observância dos costumes administrativos: As práticas administrativas, mesmo informais, que se tornam parte do cotidiano administrativo e que não violam a lei, devem ser observadas.
27
O que pode ocorrer quando um ato administrativo é legal, mas imoral?
Mesmo que um ato seja legal, ele pode ser anulado se for considerado imoral, pois a moralidade administrativa permite o controle judicial dos atos, visando preservar os padrões éticos e a boa administração.
28
A moralidade administrativa também se aplica às relações internas da Administração Pública?
Sim, o princípio da moralidade se aplica tanto às relações externas, com os administrados, quanto às relações internas, como nos casos de fraudes em licitações ou conluio entre empresas e a Administração.
29
Qual é o duplo sentido do princípio da publicidade, conforme a Constituição Federal?
O princípio da publicidade tem dois sentidos: 1 - Exigência de publicação em órgãos oficiais para eficácia dos atos administrativos com efeitos gerais ou ônus ao patrimônio público. 2 - Exigência de transparência na atuação administrativa, garantindo o direito dos administrados a informações e o controle da Administração Pública.
30
Quais atos administrativos precisam ser publicados para terem efeito jurídico?
Apenas os atos administrativos que possuem efeitos gerais (destinados a um público indeterminado) ou que implicam ônus ao patrimônio público, como editais de licitação ou a assinatura de contratos.
31
O que é a transparência ativa?
Transparência ativa é a divulgação proativa de informações pela Administração Pública, como a publicação de dados em sites oficiais ou em jornais, sem que haja solicitação prévia.
32
O que é a transparência passiva?
Transparência passiva é quando a Administração Pública fornece informações após solicitação dos cidadãos, em conformidade com os direitos de acesso à informação.
33
Quais informações são exceções à regra da publicidade?
A publicidade não se aplica a informações que envolvem sigilo, como dados pessoais (que afetam a intimidade, honra e imagem das pessoas) e informações classificadas como imprescindíveis para a segurança do Estado e da sociedade.
34
Quais são os direitos garantidos no art. 5º, da Constituição Federal relacionados à publicidade?
O art. 5º garante o direito de peticionar aos órgãos públicos e de obter certidões, além de garantir o direito à informação pública, salvo quando o sigilo é imprescindível para a segurança da sociedade e do Estado.
35
O que diz o art. 37, § 3º da Constituição sobre a publicidade administrativa?
O art. 37, § 3º determina que a lei regulamente a participação do usuário na administração pública e o acesso a registros administrativos e informações sobre atos de governo, promovendo a transparência.
36
O que dispõe a Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação)?
A Lei 12.527/2011 regulamenta o direito de acesso às informações públicas, estabelecendo os procedimentos para garantir que a União, Estados, Municípios e Distrito Federal forneçam informações de interesse coletivo ou geral, salvo exceções de sigilo.
37
Como o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu sobre a publicação de salários de servidores públicos?
O STF decidiu que é legítima a publicação dos nomes dos servidores públicos e seus respectivos vencimentos em sites oficiais, mas excluiu informações pessoais irrelevantes ao público, como número de CPF e endereço (RE 652.777 AgR).
38
Qual é a relação entre o princípio da publicidade e o princípio da indisponibilidade do interesse público?
O princípio da publicidade deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público, sendo essencial para garantir o controle da Administração Pública pelos cidadãos e assegurar que a atuação administrativa seja transparente.
39
O que estabelece o art. 216, § 2º da Constituição Federal sobre a publicidade?
O art. 216, § 2º da Constituição estabelece que a Administração Pública deve gerenciar a documentação governamental e garantir o acesso à consulta pública dessas informações, conforme a lei.
40
Quais são os dois aspectos do princípio da eficiência, segundo Maria Sylvia Di Pietro?
1- Modo de atuação do agente público: Busca-se a melhor atuação possível para obter os melhores resultados. 2- Modo de organizar e disciplinar a administração pública: Exige-se a organização racional da administração para alcançar melhores resultados, com foco em uma gestão gerencial.
41
Como a Emenda Constitucional 19/1998 impactou a estabilidade dos servidores públicos?
A emenda introduziu a exigência de avaliação de desempenho para aquisição de estabilidade e a possibilidade de perda de cargo público em decorrência da avaliação periódica de desempenho.
42
O que é a administração gerencial e como ela se relaciona com o princípio da eficiência?
A administração gerencial envolve a mudança de um controle administrativo predominantemente por processos para um controle focado em resultados. Ela aumenta a autonomia dos gestores e melhora a eficiência ao realizar controle prioritariamente a posteriori (após o ato).
43
Qual foi o principal motivo para a inclusão do princípio da eficiência na Constituição?
O princípio da eficiência surgiu devido ao descontentamento da sociedade com a qualidade dos serviços públicos e os prejuízos causados pela morosidade administrativa.
44
O que estabelece o art. 37, § 16 da Constituição Federal sobre a avaliação das políticas públicas?
O art. 37, § 16 determina que os órgãos e entidades da administração pública devem realizar avaliação das políticas públicas, incluindo a divulgação dos objetos a serem avaliados e os resultados alcançados, conforme a lei.
45
Como o princípio da eficiência deve se relacionar com os demais princípios da Administração Pública?
O princípio da eficiência deve ser buscado em harmonia com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Ou seja, não se pode violar esses princípios em nome de um resultado mais eficiente.
46
O que foi introduzido pela Emenda Constitucional 109/2021 sobre o foco da Administração Pública?
A Emenda Constitucional 109/2021 introduziu a exigência de avaliação das políticas públicas com a divulgação dos resultados alcançados, visando a efetividade e o foco nos resultados da administração pública.