Principais Síndromes Epilépticas Flashcards
Ausência Infantil ou Pequeno Mal
Idade: início entre 5 e 8 anos
Crise: perda total de consciência, com duração de 5 a 25 segundos, até 200 vezes ao dia.
Pode haver componente motor: alteração de tônus, movimentos clônicos)
autonômico (dilatação pupilar, taquicardia, palidez) e
automatismo (continuar a fazer o que estava fazendo)
Crianças irão apresentar dificuldade escolar
EEG: complexos ponda-onda na frequência de ciclos por segundo.
Epilepsia Parcial Benigna da Infância (Rolândica)
É a forma mais comum de epilepsia na infância
Idade: 3 aos 13 anos.
Crise: Parcial simples (motora ou sensitiva).
Normalmente envolve língua, lábios, musculatura da orofaringe, bochechas.
As crises são curtas (de 1 a 2 minutos). Quando noturna é comum se generalizar.
EEG: Complexos ponta-onda centrotemporais.
Mais comum em meninos, há predisposição familiar.
Como é o tratamento da Epilepsia Rolândica?
Geralmente ocorre remissão espontânea na idade adulta.
Entretanto, nos casos em que isso não ocorre, o tratamento de escolha é a carbamazepina.
Epilepsia Mioclônica Juvenil (Síndrome de Janz)
Idade: 13 - 20 anos;
Crises: mioclônicas principalmente ao despertar e geralmente desencadeadas por privação do sono. Frequentemente evoluem com crises tonicoclônicas após mioclonias.
Pode haver também crises de ausência.
Cerca de 1/3 dos casos há fotossensibilidade.
EEG: Heterogêneos, mas geralmente mostram atividade de pontas e polipontas-onda bilateral e sincrônica ou complexos ritmados com frequência superior a 3/s.
Epilepsia do Lobo Temporal
É a epilepsia mais comum no adulto (40% dos casos)
Causa mais comum: esclerose mesial temporal (esclerose hipocampal)
Crise: caracteriza-se na maioria das vezes por crises parciais complexas recorrentes (olhar fixo, automatismos orais e manuais) de duração de 1 a 2 minutos.
Frequentemente é seguida por crises tônico-clônicas generalizadas.
Pode haver distúrbios de memória.
Pode haver história de crises febris na infância.
Como é o EEG na Epilepsia do Lobo Temporal?
Atividade epileptiforme nas regiões temporais médio-basais.
A RNM pode mostrar esclerose médio-basal em algumas situações.
Qual terapêutica é mais indicada nos casos de Epilepsia do Lobo Temporal?
- Não costumam responder bem a medicação;
- A intervenção cirúrgica costuma ser uma boa opção.
O que é a Síndrome de West?
Compreende a tríade:
- Espasmos infantis;
- Retardo do desenvolvimento neuropsicomtor;
- EEG com padrão de hipsiarrtimias.
Em que idade a Síndrome de West mais comumente se manifesta e como são as rises convulsivas?
Idade: inicia-se quase exclusivamente no primeiro ano.
Crise: Espasmos breves intermitentes da musculatura do pescoço, tronco e membros, podendo levar a movimentos de extensão ou flexão.
A Síndrome de West pode ser secundária a quais condições?
Pode ser secundário a eventos perinatais e pré-natais:
- Encefalopatia anóxico-isquêmica com leucomalacia periventricular;
- Infecções congênitas;
- Erros inatos do metabolismo;
- Síndromes neurocutâneas como esclerose tuberosa;
- Anormaldidades estruturais e prematuridade
Pós-natais:
- Infecções do SNC;
- TCE;
- Encefalopatia Hipóxico-isquêmica.
Como se dá o tratamento da Síndrome de West (Espasmos infantis)?
ACTH ou corticosteroides.
Quais são as características da Síndrome de Lennox-Gastaut?
Idade: 2-10 anos;
Crise: diversos tipos de crise (tônica, atônica, mioclônica, tônicoclônica, parciais, complexas) associadas a retardo mental distúrbios comportamentais.
EEG: Complexo de pontas-onda de frequência lenta e atvidiade de base caótica na vigília.
Geralmente é refratária ao tratamento com antie-epiléptico como carbamazepina
Quais são possíveis etiologias da Síndrome de Lennox-Gastaut?
- Encefalopatia anóxica-isquêmica prévia;
- Precedida por Síndrome West;
- Criptogênica (sem causa aparente);
Quais exames complementares podemos solicitar para avaliar um quadro de epilepsia?
- Eletroencefalograma (EEG);
- Videoeletroencefalograma;
- Tomografia Computadorizada;
- Ressonância Magnética.