Crise Febril Flashcards
Qual o seu caráter e sua frequência na população infantil?
É o tipo de convulsão mais comum na infância. Nas crianças abaixo de 5 anos, representa entre 2-5% dos casos.
É benigna na maioria das vezes.
Embora seja benigna, quais outras duas situações febre + convulsão nos remetem e que DEVEMOS descartar?
Sepse e meningite.
Qual a faixa etária mais acometida?
Crianças dos 6 meses aos 5 anos.
Fora dessa faixa etária o evento é raro, mas não impossível.
Quais são os fatores de risco mais associados?
Histórico familiar, especialmente parente de 1º grau.
Deficiência de ferro parece ser outro fator associado.
Predisposição genética.
Qual o quadro clínico clássico?
- Criança entre 6 meses - 1 ano.
- Febre alta e/ou que aumenta rapidamente;
- Duração menor do que 10 min;
- Convulsão generalizada, principalmente tonicoclônica ou apenas clônica;
- Período pós-ictal marcado por altearção do nível de consciência.
Em crises atípicas, quais achados podemos encontrar?
- Duram mais de 15 minutos;
- Crises do tipo focal;
- Ocorrem reptidamente;
- Permanecem déficits neurológicos focais no período pós-ictal.
Essas crianças têm risco aumentado de ter convulsões febris no futuro? Quais os fatores de risco associado para recorrência?
Sim, em 30-50% dos casos.
Principais fatores de risco:
- Crise convulsiva febril prévia;
- histórico familiar
Essas crianças não têm risco de desenvolver uma epilepsia primária a não ser em casos de sinais neurológicos de alarme.
Crianças afetadas tem risco de desenvolver epilepsia priária no futuro?
Não, exceto se houver sinais de alarme, como:
- Anormalidades do desenvolvimento neurológico;
- Crise focal complexa;
- História familiar de epilepsia;
- Febre com duração
Diagnóstico
É clínico. A não ser que estejemos pensando em outras causas, podemos solitiar, para descarta-las:
- Punção lombar - quando há forte suspeita de meningite. É fortemente recomendada em crianças dos 12 aos 18 meses de idade e sempre que pensarmos em meningite. Se for apenas quadro febril, será normal o resultado.
- EEG: suspeita de epilepsia (principalmente crises atípicas). Outra indicação: diferenciar status não convulsivante de período pós-ictal rpolongada
- RNM: não recomendada a não ser em casos atípicos, principalmente se houver outros achados neurológicos.
- Exames laboratoriais: apenas quando houver suspeita de outro diagnóstico. Vômitos, diarreia, desidtração são boas indicações.
Tratamento e conduta inicial
- Acalmar os pais;
- Medicação para a causa da febre (ex: antibiocitoterapia)
- Anti-térmicos podem ser usados mas há duvidas se eles diminuem a recorrência da convulsão;
- Se a crise durar + de 5 min - diazepam retal (Nelson)
- Status epilpticus febril: benzodiazepínicos ou outros anticonvulsivantes como a fenitoína. Nesses casos não está recomendado complementação com tiamina ou com glicose a 50%
- Pode-se pensar em profilaxia para eventos futuros diazepam oral na dose de 0,33 mg/kg 8/8 horas em episódios febris.
Quais os cuidados iniciais para crianças que chegam convulsionando?
- Moinorar vias aéreas;
- Oxigenação;
- Providenciar acesso venoso se possível
- Em seguida medidas medicamentosas, o controle inicial geralmente é feito com BZD.