Preventiva Flashcards

1
Q

O que é vigilância epidemiológica?

A

Conjunto de ações que proporcionam conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores de saúde com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos

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2
Q

O que é vigilância sanitária?

A

Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou previnir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e serviços de interesse da saúde

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3
Q

Secretaria de vigilância em saúde

A

Não toma conta somente dos agravos transmissíveis, mas também dos agravos não transmissíveis

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4
Q

Funções básicas da vigilância epidemiológica

A

Prevenção e controle de doenças através da coleta, processamento e avaliação de dados (principal objetivo)

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5
Q

Fonte de dados mais importante

A

Notificação dos agravos

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6
Q

Quem deve notificar os agravos ?

A

Qualquer cidadão! Notificar mesmo na suspeita

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7
Q

A quem deve ser encaminhado à notificação?

A

Ao Município (ele quem deve investigar, controlar e diagnosticar). Mas alguns devem ser feitos ao Estado e ao MS

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8
Q

Notificação negativa

A

Avisar que não houve doença ou agravo no período.

Se o municipio não fizer a negativa em 2 meses consecutivos perde o PAB (piso de assistência básica)

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9
Q

Quais doenças devem ser notificadas negativamente ?

A

Todas as doenças da lista. Principalmente as erradicadas ou em processo de erradicação e as de baixa incidência.

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10
Q

Notificação é sempre sigilosa

A

Respeitar anonimato dos cidadãos

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11
Q

Critérios de inclusão

A

MAGNITUDE (quantidade de pessoas acometidas, doenças de elevada frequência)
DISSEMINAÇÃO (fonte de infecção, capacidade de disseminar a doença)
TRANSCENDÊNCIA (avalia gravidade, relevância social)
VULNERABILIDADE (avalia capacidade de prevenção e controle)
COMPROMISSOS INTERNACIONAIS (metas continentais e mundiais)
EVENTOS INUSITADOS (epidemias, surtos, inclusive na suspeita)

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12
Q

Doenças de notificação internacional

A

VIPS

Varíola
Influenza
Poliomielite / paralisia flácida aguda
SARS (coronavírus)

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13
Q

Notificação compulsória
Vacinas -MS
Atenção: caXumba não!

A
Varicela (casos graves/óbito) 
Evento adverso grave das vacinas 
Sarampo 
Rubéola
Febre amarela 
Tuberculose
Hepatites virais 
Difteria / tétano / coqueluche / hemófilo (invasivo) 
Doença meningocócica (incluindo meningites virais) 
Doença pneumocócica invasiva (SENTINELA)
Rotavírus (diarreia aguda / SHU) (SENTINELA)
Síndrome gripal (SENTINELA)
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14
Q

Notificação compulsória

Síndromes febris

A
Malária 
Dengue, Zika, chikungunya 
Leptospirose 
Hantavirose 
Febre tifoide 
Febre maculosa / outras Riquetisioses 
Febre do Nilo ocidental / outras arboviroses
Febre hemorrágica e Reemergentes (febre purpúrica brasileira, arenavírus, lassa, ebola, marburg)
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15
Q

Notificação compulsória

Endêmicas

A
Hanseníase
Leishmaniose 
Esquistossomose
Acidente de trabalho (biológico, grave-MMM menores/mutilação/morte, doença relacionada ao trabalho* SENTINELA) 
Óbito materno e infantil 
Doença de chagas aguda
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16
Q

Notificação compulsória

Terrorismo

A

Antraz pneumonico
Botulismo
Tularemia
Violência

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17
Q

Notificação compulsória

Bichos loucos

A

Doença de Creutzfeldt-Jacob (vaca louca)
Raiva e acidente com animais transmissores
Peçonhentos
Toxoplasmose (se congênita ou em gestante)
Peste (pulga louca)

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18
Q

Notificação compulsória

Exógenas

A

Agrotóxicos
Metais pesados
Gases tóxicos

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19
Q

Notificação compulsória

Começam com “Si”..

A

Sífilis
SIDA (HIV)
“Sinistra” Cólera
Síndrome do corrimento masculino (SENTINELA)
Síndrome neurológica pós febre e exantema (Guillian barre)

20
Q

Notificação compulsória é BESTEIRA

A
B: bichos loucos 
E: endêmicas 
S: síndrome febril 
T: terrorismo 
E: exógenas 
I: internacionais 
R: risco de saúde pública 
A: anticorpos (vacina)
S: começar com SI..
21
Q

Notificação compulsória IMEDIATA (dentro das 24h após a suspeita)

A

I: internacionais
M: mata todos
E: eventos de risco
D: doença de chagas aguda
I: internacionais antigas (cólera, peste e febre amarela)
A: anticorpos (vacina) - menos TB(BK) e hepatites virais
T: terrorismo (violência sexual e suicídio)
A: acidentes (de trabalho graves-MMM e com animais peçonhentos)
S: síndromes febris (Zika, dengue e chikungunya- os óbitos e malária extra Amazônia e zika em gestantes)

22
Q

Outras situações de notificação

A

1) Maus tratos contra crianças e adolescentes: na suspeita ou confirmação (em duas vias)
2) Esterilização cirurgia: LTB ou vasectomia
3) Meus tratos a idoso: na suspeita ou confirmação
4) Internação psiquiátrica forçada: prazo de 72h

23
Q

Atenção ao Ministério da Saúde:

Alguns documentos específicos

A

TB/ AIDS/ Hanseníase/ Leishmaniose tegumentar -> notificar quando confirmada!

24
Q

Transição epidemiológica

A

Aumento das doenças e agravos não transmissíveis (DANT)

25
Q

Motivo da transição epidemiológica

A

Transição demográfica:
Queda da taxa de fecundidade e natalidade
Aumento na proporção de idosos
aumento de doenças crônico-degenerativas (CV, Ca, DM, respiratórias)
Transição nutricional: queda da desnutrição e aumento da obesidade
Aumento dos traumas por causa externa

26
Q

2006- VIGITEL (vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico)

A

Objetivo de medir a prevalência de fatores de risco para DANT e propor a realização de ações de promoção a saúde e prevenção de doenças

27
Q

2009- PeNSE (pesquisa nacional de saúde do escolar)

A

Sistema de vigilância de fatores de risco e proteção à saúde em escolares

28
Q

Doenças emergentes

A

Doenças novas (até então desconhecidas, ou só atingiam animais, ou sofreram mutações) ex: aids, hantavirose, hepatite C, influenza H5N1 (aviária)
Região indene (onde até então não tinha a doença)

29
Q

Doenças reemergentes

A

Já conhecidas e que estavam controladas, mas voltam a representar ameaça (aumento de incidência local ou em população específica) ex: dengue, febre amarela, malária, Tb, hansen, leishmaniose

30
Q

Fatores que afetam emergência e reemergência de doenças

A

Deslocamento pelo mundo
Rápidas e intensas viagens internacionais
Superpopulação em cidades precárias
Exposição humana a vetores e reservas naturais
Alterações ambientais e climáticas

31
Q

Doenças negligenciadas

A

Doenças que prevalecem em condições de pobreza e contribuem para a manutenção da desigualdade social
Ex: dengue, Chagas, malária, esquistossomose

32
Q

Conceitos: agravos, epizootia, evento de saúde pública

A

Agravos: qualquer dano à integridade física ou mental provocado por circunstâncias nocivas

Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública

Evento de saúde pública: situação que pode constituir potencial a ameaça à saúde pública (surto ou epidemia), doença ou agravo desconhecidos, alteração de padrão, desastres ou acidentes (considerando os critérios de inclusão)

33
Q

Aspectos da doença (sociologia médica)

A

Disease: sinais e sintomas, parte médica e técnica

ILLNESS: percepção do paciente sobre sua doença (como a doença é experimentada por ela)

SICKNESS: aspecto cultural da doença, como a sociedade que o cerca vê a doença

34
Q

Modo de transmissão das doenças

A

Horizontal: agente passa de pessoa a pessoa num grupo de pessoas. Pode ser classificada em mediata, imediata, indireta.

Vertical: ocorre durante a gravidez (mãe-feto). Período da gestão ou no nascimento ou no aleitamento

35
Q

Classificação da transmissão horizontal

Doenças de transmissão direta são conhecidas como Doenças Contagiosas (não precisam de veículo/vetor/hospedeiro)

A

Direta mediata: pessoa infectada transmite para outra através de substrato vital (mãos, secreções) que carreiam esse agente pelo meio ambiente. Ex: sarampo, resfriado, conjuntivite

Direta imediata: ocorre pelo contato direto, sem passar pelo meio ambiente (beijo, tocar, morder) ex: DST

Indireta: agente necessita de veículo, veto ou hospedeiro intermediário. Ex: dengue, Chagas, esquistossomose

36
Q

Precaução na transmissão

  • isolamento de contato
  • isolamento respiratório
A

Isolamento respiratório:
- Gotícula (disseminação até 1m/ >5um): MÁSCARA CIRÚRGICA (quarto privativo). Ex: meningite, influenza, coqueluche, caxumba, difteria..

  • Aerossol (espalha >1m; permanece no ar por mais tempo/ <5um): MÁSCARA N95-PFF2 (quarto privativo com pressão negativa). Ex: Varicela, sarampo, TB
37
Q

Bioética

A

1) Beneficência: fazer o bem. Ajudar pessoas com incapacidades
2) Respeito à Autonomia: poder de decisão. Consentimento livre e esclarecido
3) Não Maleficência: não causar mal. Não causar dor e sofrimento
4) Justiça: distribuição dos recursos de maneira justa. Acesso igualitário.

38
Q

Método Centrado na PESSOA

Começar com perguntas abertas
Contato visual exclusivo nos primeiros segundos de consulta
Postura proativa em relação aos problemas

A

P: percepção do problema (sentimentos, expectativa)
E: entender a pessoa como um todo (história de vida)
S: sistematizar (plano conjunto)
S: ser realista (priorizar, não dá pra fazer tudo)
O: objetivar prevenção
A: aprofundar a relação (empatia, compaixão, cuidado)

39
Q

Conceitos

Epidemias x endemias

A

1) epidemias = incidência (casos novos)

2) dependem da incidência da doença ao longo dos anos (padrão esperado de casos novos)

40
Q

Conceitos

Endemia e Epidemia

A

Endemia: doença cuja incidência se situe dentro dos limites de uma faixa de incidência normal.

Epidemia: doença cuja incidência se situe acima do limite superior de uma incidência normal.

41
Q

Curva epidêmica

Fases

A

Incremento inicial de casos: quando começa a aumentar e se aproxima do nível superior endêmico

Egressão: duração da epidemia

Progressão: período do aumento do número de casos, até a incidência máxima

Incidência máxima: número máximo de casos novos

Regressão: última fase na evolução. Começa no clímax da epidemia e acaba no limite superior endêmico

Decréscimo endêmico: número de casos regride mais baixo do que aqueles antes da epidemia

42
Q

Epidemia- Classificação

A

Surto: epidemia de proporção reduzida. Em uma localidade com casos relacionados entre si.

Pandemia: larga proporção, vários países e até outros continentes

43
Q

Epidemia- comportamento

A

Rápida:
Explosiva ou maciça: atinge a incidência máxima em um curto período. Fonte comum de transmissão. Ex: cólera, intoxicação alimentar
- fonte puntual
- fonte persistente

Lenta:
Progressiva ou propaganda, demora a atingir a incidência máxima. Transmissão pessoa-pessoa ou vetores. Ex: malária, DST, meningite..

44
Q

Epidemia- classificação

Variação temporal dos casos

A

Sazonal: incidência máxima ou mínima ocorrendo no mesmo período (no ano, no mês, na semana ou no dia)

Cíclica: repetição de um padrão de variação através do tempo, da frequência de casos

Tendência secular (histórica): variação do padrão de incidência das doenças ao longo de grandes períodos de tempo (décadas ou séculos)

45
Q

Níveis de prevenção

A

Primária: evitar a doença, remover os fatores causais. Diminuir a incidência (casos novos). Atua no período pré-patogênico. O indivíduo não está doente. Realiza proteção à saúde e proteção específica.

Secundária: identificar e corrigir qualquer desvio da normalidade. Período patogênico. Já está doente. Diminuição da prevalência. Diagnóstico precoce e tratamento.

Terciária: período patogênico. Visa reinserir a sociedade. Reduzir a incapacidade. Reabilitação.

Quaternária: prevenção da iatrogenia e da prevenção inapropriada.

Primordial: evita aparecimento e estabelecimento de padrões de vida social, econômico ou cultural que estão ligados ao aumento do risco de doença - promoção da saúde do modelo Leavell & Clark