Pré e pós-operatório Flashcards

1
Q

Não é necessário nenhum exame laboratorial pré-operatório para mulheres com menos de 55 anos (em cirurgia de baixo risco e sem comorbidades). V ou F?

A

Verdadeiro

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2
Q

O objetivo da avaliação pré-operatória é identificar e quantificar uma comorbidade que possa causar complicações no resultado operatório e deve ser feita através de exames laboratoriais e de imagem solicitados
rotineiramente. V ou F?

A

Falso. Exames pré-operatório de rotina não são custo consciente.

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3
Q

Dentre as estratégias perioperatórias que podem diminuir as complicações pulmonares podemos citar o uso de anestesia peridural e terapia contínua com broncodilatadores. V ou F?

A

Verdadeiro. A anestesia geral é um fator de risco para complicações pulmonares pós-operatórias e o uso de broncodilatadores é uma das medidas de prevenção.

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4
Q

Um nível pré-operatório de creatinina igual ou maior 2,0 mg/dl é um fator de risco independente de complicações cardíacas. V ou F?

A

Verdadeiro. É um dos critérios do Índice de Risco Cardiovascular Revisado ou Índice de Lee e significa que o paciente possui DRC.

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5
Q

Os microorganismos responsáveis pela infecção do sítio cirúrgico podem ser endógenos ou exógenos. V ou F?

A

Verdadeiro.

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6
Q

Antibióticos profiláticos sistêmicos são indicados, sendo que nas cirurgias limpas de baixo risco, indica-se dose única. V ou F?

A

Falso, nas cirurgias limpas (sem abertura de TGI, TGU e TR / sem infecção e inflamação) não se realiza antibioticoprofilaxia.

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7
Q

Febre até o terceiro dia de pós operatório provavelmente tenha causa não
infecciosa. V ou F?

A

Verdadeiro. A principal causa de febre nas primeiras 72h pós-operatório.

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8
Q

Paciente sem comorbidades será submetido a cirurgia com perda sanguínea estimada em <30% e ao exame laboratorial apresenta Hb de 7 g/dL. É necessária transfusão sanguínea?

A

Não. A transfusão sanguínea é necessária se a perda sanguínea for estimada em >30% e/ou a concentração de Hb do paciente seja <6 g/dL.

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9
Q

Quais estratégias perioperatórias podem ser tomadas para evitar complicações pulmonares pós cirúrgicas?

A

Cessar o tabagismo 8 semanas antes do procedimento, tratar quaisquer patologias pulmonares prévias, realizar anestesia epidural (evitando assim a anestesia geral), terapia broncodilatadora durante o ato cirúrgico e fisioterapia respiratória após o ato cirúrgico.

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10
Q

Quais são os principais exames pré-operatórios (ditos gerais)?

A

Hemograma completo, glicemia, ureia e creatinina, eletrólitos, ECG

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11
Q

Em cirurgias de baixo risco sem comorbidades, homens a partir de 45 anos devem realizar ECG antes da cirurgia e mulheres a partir de 55 anos devem realizar ECG + Hemograma. Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro.

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12
Q

Mulher, 35 anos, sem comorbidades sendo submetida a cirurgia de baixo risco. Quais exames pré-operatórios devem ser solicitados?

A

A rigor, nenhum. Pode ser realizado Beta-HCG urinário na manhã do procedimento, visto que está em idade fértil.

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13
Q

Homem, 77 anos, sem comorbidades sendo submetido a cirurgia de baixo risco. Quais exames pré-operatórios devem ser solicitados?

A

A partir dos 70 anos, deve-se solicitar todos os ditos principais exames pré-operatórios: ECG, hemograma completo, glicemia, ureia e creatinina e eletrólitos.

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14
Q

A partir dos 55 anos até os 70 anos deve ser solicitado, tanto para homens quanto mulheres, ECG e hemograma completo. Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro.

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15
Q

Um homem de 45 anos sem comorbidades deve realizar apenas ECG, enquanto um homem de 55 anos deve realizar ECG + hemograma. V ou F?

A

Verdadeiro.

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16
Q

Tabagistas independente da idade devem realizar ECG antes da cirurgia. V ou F?V

A

Verdadeiro.

17
Q

O que corresponde o período perioperatório?

A

Pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório (até 48h). Após isso, existe o pós-operatório tardio que vai até 30 dias.

18
Q

Quais as classificações de risco anestésico e o que significam?

A

ASA 1: Paciente saudável, sem comorbidades.
ASA 2: Paciente com condição sistêmica leve, sem limitação.
ASA 3: Paciente com doença sistêmica grave, que impõe limitação, mas não é incapacitante.
ASA 4: Paciente com doença sistêmica grave, incapacitante, que representa ameaça constante à vida.
ASA 5: Paciente moribundo, que não se espera sobreviver às próximas 24 horas com ou sem cirurgia.
ASA 6: Paciente em morte encefálico que irá doar órgãos.

19
Q

Quais são os critérios utilizados no risco cardíaco avaliado pelo Índice de Risco Cardíaco Revisado ou Índice de Lee?
Como é feita a classificação?

A
  • Cirurgia de risco elevado (vascular suprainguinal, intratóracica ou intraperitoneal)
  • ICC
  • DAC
  • Doença cerebrovascular
  • DM com insulinoterapia
  • DRC (creatinina sérica > 2 mg/dL)

Nenhuma variável: risco 0,4%
Uma variável: risco 0,9%
Duas variáveis: risco 6,6%
Três ou mais: risco 11%

20
Q

A anestesia geral é um fator associado ao risco cirúrgico. V ou F?

A

Verdadeiro

21
Q

Como se classifica a cirurgia limpa; possivelmente contaminada; contaminada e suja e como realiza possível conduta de antibiótico?

A

Cirurgia limpa: sem abertura de TGI, TGU e TR / sem inflamação ou infecção. Sem antibioticoprofilaxia.

Cirurgia possivelmente contaminada: com abertura de TGI, TGU ou TR, mas sem ou pouco extravasamento. Com antibioticoprofilaxia

Cirurgia contaminada: com abertura de TGI, TGU ou TR e extravasamento de fluido / há sinal de inflamação, mas sem pus / quebra da assepsia. Com antibioticoprofilaxia.

Cirurgia suja: infecção com pus / víscera perfurada / ferida traumática com necrose ou corpo estranho. Com antibioticoterapia.

22
Q

Qual a prevenção e o tratamento do seroma?

A

A prevenção é feita através de drenos de sucção colocados no subcutâneo.

O tratamento é feito com aspiração com agulha de grande calibre e curativo compressivo. Se após 2 aspirações, o seroma reicidir, deve se realizar drenagem aberta, limpa com gaze e solução salina e é deixada aberta para cicatrizar por segunda intenção.

23
Q

O hematoma é mais preocupante que o seroma, visto que há maior risco de infecção secundária. Precisamos nos atentar especialmente aos hematomas em pescoço, pois pode comprimir VA, e hematomas retroperitoneais, pois podem provocar íleo paralítico. V ou F?

A

Verdadeiro.

24
Q

Quais são as causas da deiscência de ferida operatória e suas possíveis complicações?

A

A deiscência de ferida operatória é a separação das bordas da sutura e ocorre por falha de técnica cirúrgica, elevação da pressão intra-abdominal, prejuízo na cicatrização por conta da idade avançada, infecção da ferida operatória, etc.
Com isso, podemos ter complicações como hérnia incisional (atinge subcutêno) e evisceração.

25
Q

Qual o quadro clínico da deiscência de ferida operatória?

A

Antes da ferida cirúrgica abrir, há eliminação de líquido sanguinolento cor salmão (conhecido como “em água de carne”) e então existe dor local e possível abaulamento, caso haja pus, hematoma ou seroma no local.

26
Q

Qual o tratamento da deiscência de ferida operatória?

A

Se for pequena, deve ser conservador (gaze com solução salina + bandagem compressiva)
Se for grande (ou evisceração), o tratamento é cirúrgico.

27
Q

Até quanto tempo pode ocorrer a infecção do sítio cirúrgico?

A

Geralmente surge 5 a 6 dias após a cirurgia, mas pode aparecer até 30 dias após o procedimento (ou 1 ano, caso seja utilizado material sintético).

28
Q

Qual a fisiopatologia da hipotermia e suas complicações?

A

Devido a algum fator, como anestésico, administração de fluidos IV não aquecidos ou ambiente muito frio, há queda da temperatura corpórea central para < 35 graus. Com isso, o centro termorregulador ativa o SN simpático (aumentar o metabolismo e gerar calor). Há liberação de catecolaminas, que promovem vasoconstricção periférica e aumento da PA, assim há menos perda de calor na pele por evaporação.

Essa vasoconstricção periférica pode gerar isquemia pós-operatória (além do prejuízo da cicatrização) e o aumento da PA pode levar a arritmias.

29
Q

Qual o quadro clínico do paciente com hipertermia maligna?

A
  • Taquicardia, taquipneia e arritmia
  • Acidose metabólica e hipercapnia
  • Rigidez muscular
  • Rabdomiólise
30
Q

A febre pós-operatória sempre ocorre por infecção. V ou F?

A

Falso, cerca de 1/3 dos pacientes que apresentam febre pós-operatória ocorre por infecção.

31
Q

Qual a causa mais comum de febre pós-operatória em até 72h? E a febre mais tardia?

A

Atelectasia (geralmente até 72h).

Se a febre aparecer mais tardiamento, entre o 5 e 8 dia pós-operatório, provavelmente é infecção.

32
Q

Quais os exames solicitados para febre pós-operatória?

A

Hemograma, hemocultura, raio-X de tórax e Urina tipo I e II.

33
Q

Qual o tratamento para deiscência de anastomose?

A

Deve suspender a alimentação (dieta zero), corrigir distúrbios eletrolíticos e reposição volêmica e realizar uma estomia temporária até a cicatrização espontânea. O cirurgia não deve tentar corrigir a deiscência suturando novamente, pois a existência de uma deiscência predispõe novas deiscências.