Choque Flashcards
Como é feita a medição da pressão venosa central (PVC) e pra que ela serve?
A pressão venosa central (PVC) é feita através do acesso venoso central, onde se insere um cateter através da veia jugular interna ou veia subclávia para atingir a VCS e medir a PVC. Essa pressão venosa central reflete a quantidade de sangue que chega no átrio direito, sendo portanto, uma medida numérica da pré-carga.
Choque é sinônimo de hipotensão. V ou F?
Falso. Choque é sinônimo de má perfusão tecidual.
Quais são as fases de progressão do choque?
Pré-choque: existe uma diminuição da perfusão tecidual e respostas compensatórias a isso, como taquicardia reflexa e vasoconstricção periférica. Possui recuperação rápida e completa.
Choque: as respostas compensatórias não são mais suficientes, e então há lesão tecidual e resposta inflamatória. Possui recuperação lenta.
Disfunção de órgão-alvo: apresenta lesão celular e tecidual extensa. Possui recuperação basicamente irreversível.
O que é Síndrome de Disfunção de Múltiplos Órgãos e Sistemas (SDMOS)?
Falência de 2 ou mais órgãos, sem considerar a disfunção inicial.
Qual é a fórmula de Pressão Arterial Média (PAM)?
PAM = DC x RVP
DC = FC x VS
Quais são os parâmetros de hipotensão?
Hipotensão absoluta: PAS<90 ou PAM<65
Hipotensão relativa: queda de >40 da PAS (independe da pressão)
Hipotensão profunda: a pressão arterial depende de drogas vasoativas.
Qual o melhor parâmetro para avaliar se a reposição volêmica está sendo adequada?
Débito urinário (deve estar > 0,5 mL/kg/h)
Quais são os critérios de diagnóstico de choque e como fechar?
O diagnóstico de choque depende de pelo menos 4 critérios abaixo:
- Aparência ruim (fáscies de sofrimento)
- Alteração do estado mental
- Hipotensão por mais de 30 minutos
- FC > 100
- FR > 20
- Débito urinário < 0,5 mL/kg/h
- Lactato > 4mmol/L (ou >32 mg/dL)
- Base excess < -4 mEg/L
Na classe I e II de choque hemorrágico, não realizamos reposição volêmica. V ou F?
Falso. Nas fases I e II, se realiza reposição volêmica com 1 litro de cristaloides (soro fisiológico ou ringer lactato aquecido)
A fase I do choque hemorrágico não apresenta taquicardia, taquipneia, alteração de P.A ou do débito urinário. V ou F?
Verdadeiro.
É na fase II do choque hemorrágico que começam a surgir alterações como taquicardia, taquipneia e diminuição do débito urinário, embora a PA se mantenha normal. V ou F?
Verdadeiro.
Apenas as fases III e IV do choque hemorrágico apresentam hipotensão (PAS < 90 ou PAM < 65). V ou F?
Verdadeiro.
Qual a conduta nos choques hemorrágicos III ou IV?
Reposição volêmica com cristaloides (1L de RG ou SF aquecido) + hemoconcentrados. Avalio se houve melhora clínica (o melhor parâmetro é o débito urinário > 0,5 mL/kg/h).
Se o paciente não for responsivo ao volume, deve se administrar drogas vasoativas.
Caso o paciente esteja em acidose lática, corrigir acidose metabólica (administrar HCO3-)
Não se deve administrar noradrenalina no choque hipovolêmico, uma vez que essa catecolamina aumenta o metabolismo tecidual. V ou F?
Verdadeiro.
Qual o tratamento inicial para todos os tipos de choque? Destrinche.
Oxigênio + Acesso venoso periférico + Monitorização.
Oxigenação: máscara não reinalante de O2 a 100% (10mL/min) ou IOT.
Acesso venoso periférico: dois acessos periféricos bilaterais na fossa cubital com jelco 18. Infundir 1 litro de cristaloide aquecido (SF ou RL) e reavaliar (o melhor parâmetro é o DU que deve ser > 0,5mL/kg/h).
Monitorização: gasometria arterial