Português Flashcards
Mas o que entendemos por cognição?
De acordo com Marcuschi (2007), a cognição diz respeito ao conhecimento, suas formas de produção e processamento, da qual se ocupa a Ciência Cognitiva. Nessa área, estuda-se a natureza e os tipos de operações mentais que realizamos no ato de conhecer ou de dar a conhecer.
A Fala
Especificidades quanto ao uso da língua
- Mais espontaneidade e fluidez.
- Sem planejamento; mais direta e econômica.
- Apoio da situação física, do contexto, do conhecimento do interlocutor, das expressões faciais, dos gestos, das pausas, das modulações da voz, das referências do ambiente.
- Repetição de informações para explicar ou resolver dúvidas do interlocutor.
- Uso de frases mais simples e diretas, períodos curtos com orações coordenadas.
- Expressão das ideias com mais truncamentos, cortes, repetições, titubeios e problemas de concordância.
- Uso de expressões de nível mais informais com mais frequência.
A Escrita
Especificidades quanto ao uso da língua
- Planejamento cuidadoso do texto para assegurar que o leitor compreenda. Sem o apoio imediato e direto do contexto, ou seja, não é possível resolver dúvidas imediatamente. Sem o auxílio de recursos como gestos, voz, expressões faciais.
- Revisão para avaliar o texto e evitar repetições desnecessárias de palavras, truncamentos, problemas de concordância, regência, colocação pronominal, pontuação, ortografia.
- Utilização de sintaxe (organização da frase) mais complexa. Observação da exatidão e clareza do pensamento. Orações subordinadas mais frequentes na escrita que na fala.
- Utilização de um vocabulário mais exato e preciso, pois temos tempo de procurar a palavra adequada.
- Não recomendável o uso de gírias e expressões coloquiais, principalmente a situação comunicativa é formal.
É um evento comunicativo para o qual convergem ações linguísticas, culturais, sociais e cognitivas.” (BEAUGRANDE, 1997, p. 10).
Texto
O contexto é:
tudo aquilo que de alguma forma contribui para/ou determina a construção do sentido (KOCH; ELIAS, 2006)
O que é Escrita?
uma atividade humana, sociocultural e historicamente marcada, inserida em práticas sociais, como uma possibilidade de reflexão e de inserção no mundo.
POR QUE (separado e sem acento)
Usa-se “por que” para fazer uma pergunta, direta ou indiretamente. Por QUE você não me esperou? Quero saber por QUE você não me esperou. Observe que a interrogação indireta é aquela que está subordinada a outra oração (no caso “Quero saber”); sendo assim, embora tenha a equivalência de uma pergunta, não se emprega sinal de pontuação de frase interrogativa (?). No caso da pergunta indireta, você sempre pode colocar os substantivos “motivo ou razão” após o “por que”. Retomemos o exemplo anterior: Quero saber por que motivo/razão você não me esperou » Emprega-se “por que“ também para substituir pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais, por qual, por quais (preposição “por” e pronome relativo “o qual”). As dificuldades por QUE passei… (= pelas quais);
Ignoro por QUE razões ela fez isso. (= por quais).
POR QUÊ (separado e com acento)
Utilizado em frases interrogativas, diretas ou indiretas, na posição final da frase. O QUÊ se torna monossílabo tônico e por isso deve ser acentuado sempre que vier imediatamente seguido do sinal de interrogação ou de ponto final. Você está triste. Por QUÊ? Você está triste. Diga-me por QUÊ.
PORQUE (junto e sem acento)
É empregado para se dar uma resposta ou explicação, sendo uma conjunção de causa/explicação. Não o chamei porQUE você estava ocupado; Não comprei a casa porQUE ela é muito pequena; Deixem-me ir agora, porQUE estou muito cansado.
PORQUÊ (junto e acentuado)
Trata-se na verdade de um substantivo, sinônimo de “causa”, “razão”, “motivo”, vem precedido de artigos (O, OS ou UM, UNS) e varia em número (singular/plural). As crianças querem saber o porQUÊ de tudo; Tudo na vida tem um porQUÊ; A ciência procura os porQUÊS dos fenômenos.
representa a competência do falante em relação à gramática de sua língua materna que, por sua vez, permite ao leitor perceber a maneira pela qual o texto foi tecido: sua ligação interna, sua textualidade, sua unidade.
Conhecimento Linguístico
corresponde ao conjunto de conhecimentos que o leitor adquiriu em seu processo de aprendizado formal e informal, incluindo também suas experiências pessoais.
Conhecimento de mundo
é construído pela convivência com diferentes textos em diferentes situações.
Conhecimento Textual
Segundo Garcia (1998), um parágrafo “padrão” divide-se em:
A Estrutura do Parágrafo “Padrão”
Típico Frasal
Desenvolvimento
Conclusão
Tipos de Desenvolvimento de Parágrafos
Enumeração ou descrição de detalhes
Paralelo por contraste ou por semelhança
Exemplificação
Testemunho de autoridade
Apresentação de causa e efeito ou motivo/explicação e consequência
Organização temporal
Tipos de Tópico Frasal.
Declaração Inicial;
Definição;
Divisão;
Interrogação;
Alusão Histórica.
Qual é a diferença entre coesão e coerência e como elas estão, ao mesmo tempo, diretamente relacionadas?
Coesão 🧩
Refere-se à estrutura interna do texto, ou seja, aos mecanismos linguísticos que garantem a conexão entre as palavras, frases e parágrafos. A coesão é garantida pelo uso adequado de conectivos, pronomes, elipses, sinônimos, referências anafóricas e catafóricas, entre outros elementos.
Coerência 🏗️
Diz respeito à lógica e ao sentido global do texto. Para que um texto seja coerente, suas ideias devem estar bem organizadas, relacionadas e fazer sentido dentro de um contexto. A coerência pode ser comprometida por contradições, falta de progressão temática ou falhas na organização das ideias.