Pneumo Flashcards
Asma, PAC, TB, DPOC
Quadro clínico da asma
DISPNEIA + TOSSE + SIBILANCIA
Paciente jovem, com história de melhora espontânea dos sintomas, piora com aeroalergenos
Associar com atopia
Sintomas mais noturnos e nas primeiras horas do dia
Melhora com tto
Diagnóstico asma
Clínica + prova de função pulmonar
Prova pode ser
- espirometria (DVO) + prova broncodilatadora positiva (aumento de 12% e 200ml do VEF1 ou CVF)
ou
- PFE ( variação do VEF1 >20% em adulto e 30% em criança avaliando por 10 a 14d)
Lembrar que períodos intercrises pode dar resultado negativo nas espirometrias
Acompanhar resposta ao tto em 3/6 meses
Tratamento asma
Classificar em leve, moderada e grave
Classificar controle
Classificar o Step
Step 1: S/N CI+LABA ou CI+ SABA
Step 2: CI baixa dose ou CI+LABA S/N ou LTRA ou CI+SABA S/N
Step 3: CI+LABA ou CI (média dose) ou CI+LTRA
Step 4: CI(média dose)+LABA ou CI(alta dose)+Tiotropio
Step5: CO ou anti-IgE
Crise de asma, como classifica
Pode ser de :
- leve a moderada, com poucos sintomas sistêmicos e Peak Flow >50% do previsto
- Grave a muito grave, com taquicardia, confusão mental, dispneia grave, cianose e Peak Flow < 50% do previsto
Conduta na exacerbação da asma
Como avaliar resposta ao tto e qual conduta para cada grau de resposta
Se muito grave (PFE <35%) »_space; UTI
Caso contrario, vai receber as 3 doses de Beta-2-agonista de 20 em 20 min e O2 se SpO2 <95%
- Avaliar resposta em 30 min por meio da clínica e do PFE:
A) Resposta BOA, sem sinais de gravidade e PFE >70%: Alta hospitalar com orientação pra usar Beta-agonista de 4/4h por 48h e Predsin 1-2mg/kg por 7 d
B) Resposta PARCIAL, redução dos sinais de gravidade e PFE entre 50 e 70%: Manter no PS, com Beta2 a cada hora por 4h associado com Ipatrópio e Predsin (60mg)
C) Resposta AUSENTE, mantem sinais e PFE entre 35 e 50%: Manter no PS, /beta 2 de 30 em 30 min por 4h e associar Ipatrópio com corticoide IV. Considerar SulMg
Quadro clínico/ diagnóstico da pneumonia
Critérios diagnósticos: Quadro radiológico compatível + 1 critério maior OU 2 critério menores
Critérios maiores: (ocorrem em até 80% dos casos)
- Tosse
- Expectoração
- Febre (T>37,8)
Critérios menores:
- Dor torácica
- Dispneia
- Ausculta pulmonar alterada
- Confusão mental
- Leucocitose >12000
*Se RX normal, solicitar TC de tórax
Classificação/ Local de tto da pneumonia
- Fazer o CURB-65, ou PSI, ou SCAP C: confusão mental U: Ureia > 50 R: FR >30 ipm B: PAS <100 ou PAD <60 65: mais de 65 anos
Se 0 ou 1 trata ambulatorialmente
Se 2 o trata em enfermaria
Se 3 ou mais trata em UTI
- Se CRB-65, consideramos tto em enfermaria se 1 ponto.
Tratamento da pneumonia
Se ambulatorialmente (5-7 dias):
- Sem comorbidades ou tto com ATB nos últimos 3 meses: Monoterapia com Macrolídeo ou Betalactâmico
- Com comorbidades ou usou ATB recentemente: Macrolídeo + Betalactâmico e, se alergia, Quinolona
Se na enfermaria (7-10 dias):
- Cefa de 3 ou Ampi/Sulb + Macrolídeo
- Amoxi/Clavu
- Quinolona respiratória
Se na UTI (7-14 dias) - Sem suspeita de Pseudomonas: Cefa de 3 ou Ampi/Sulb + Macrolídeo Cefa de 3 + Quinolona - Com suspeita de Pseudomonas: Carbapen ou Cefepime + Quinolona
Quadro clínico de TB
Procurar pelos sintomáticos respiratórios :tosse por mais de 3 semanas (população geral), >2 semanas (privados de liberdade) e profissionais de saúde, indígenas, HIV + e moradorores de rua independente do tempo.
Quadro: Tosse + sintomas constitucionais (Febre, falta de apetite, perda de peso, sudorese noturna, dor torácida, hemoptise)
RX - lobos superiores são mais acometidos
- Ocorre em pacientes institucionalizados e moradores de rua
- A TB pode ser primária ou secundária (pós-latência ou reinfecção)
- Reação granulomatosa ocorre em 90% dos casos, podendo gerar cicatrização, calcificação (complexo de Ghom) ou latência
- Transmissão aerógena por pessoas bacilíferas
- 40% dos infectados por HIV tem TB
- Doença de notificação compulsória
Diagnóstico de TB
Clinica (sintomáticos respiratórios) + exame laboratorial (BAAR ou TRM-TB)
- BAAR: Baciloscopia de escarro ou outros líquidos (pleural ou urina). Usado pra diagnóstico e avaliação após o início do tratamento. Deve solicitar a cultura junto ou depois da baciloscopia positiva pra avaliar resistência.
- TRM: Faz diag da doença e avalia resistencia da rifampicina
- PPD só serve pra dizer de teve contato com a TB, não para diag
Tratamento de TB
Esquema básico e p/ meningoencefalite
3 Regras básicas: Associação de medicamentos, regime prolongado e bifásico, tratamento regular.
- A fase de ataque reduz a população bacilar
- Solicitar baciloscopia a cada 2 meses
- ESQUEMA BÁSICO: 2RIPE/4RI
Rifampicina
Isoniazida
Pirazinamida
Etambutol
*Pacientes com mais de 50 kg tomam 4 comprimidos, de 36 a 50 toma 3 e se abaixo de 35 toma 2.
- ESQUEMA MENINGOENCEFALITE: 2RIPE/7RI
- Definições importantes: Retratamento (após 30d de tto, necessita novamente após cura ou abandono) e Falência terapêutica (persistência da baciloscopia positiva após tto)
Efeitos adversos do tratamento pra TB
Ordem da reintrodução e fatores de risco
ISONIAZIDA: Neuropatia periférica (corrige com B6 - Piridoxina)
RIFAMPICINA: Urina avermelhada
PIRAZINAMIDA: Hiperuricemia
ESTREPTOMICINA: Ototoxicidade e nefrotoxicidade
ETAMBUTOL: Alterações visuais
- Hepatotoxicidade: Suspender todo o RIPE até 2xLSN e reintroduz da seguinte forma: R+E // I // P comintervalo de uma semana entre cada introdução
- Dispepsia - tomar após o desjejum e a associar com IBP/procinético
Maior risco PARA: >40 anos, etilista crônico, desnutrido, história de doença hepática e portador de HIV
Profilaxia ou tratamento da TB latente
Esquema no sintomático e no assintomático
TTO profilático feito com:
Isoniazida: Por 9 meses, mais efetiva
Rifampicina: Por 4 meses, indicada para: >50 anos, hepatopatas e intolerantes a Isoniazida
- Nunca inicia TTO sem antes descartar TB ativa
Fazer bacterioscopia + RX nos sintomáticos
Fazer PPD + RX nos assintomáticos, seguindo o esquema: - PPD < 5 mm?
Repetir em 8 Semanas
Se conversão continua investigação com RX
Se RX normal faz profilaxia, se alterado faz baciloscopia - PPD> ou = 5mm?»_space; RX !!
Se normal faz profilaxia
Se alterado faz baciloscopia
*Conversão é quando aumenta 10 do valor basal em 8 semanas (estava 3 e depois vai pra 13)
Quadro clínico da DPOC
- Temos 2 fenótipos: o enfisematoso (mais magro e hiperinsuflado) e o bronquítico (com mais tosse e expectoração)
- Está muito associado tabagismo e ocorre a partir da 4ª década de vida
A clínica é uma tríade:
- Dispneia: Progressiva e que piora com esforço
- Tosse crônica: Intermitente e seca (tosse matinal)
- Catarro: Intermitente e com variações
No exame físico encontramos: tórax em tonel, sibilos, roncos. hipertimpanismo à palpação, expansibilidade diminuída e estertores ausentes
Diagnóstico da DPOC
Clinica + Espirometria (DVO) sem melhora pós BD
*Avaliar espirometria com BD
DVO : Relação VEF1/CVF <0,70 pós BD (negativo)
*Avaliamos a gravidade com o valor de VEF1 pós BD
GOLD 1) > ou = 80
GOLD 2) Entre 50 e 79
GOLD 3) Entre 30 e 49
GOLD 4) < que 30
*Avaliar se teve exacerbações nos últimos 12 meses e o grau de dispneia de acordo com o MRCm
A) Até 1 exacerbação + mMRC 0-1
B) Até 1 exacerbação + mMRC >2
C) Duas ou mais exacerbações + mMRC 0-1
D) Duas ou mais exacerbações + mMRC >2
Mais fácil encontrar pacientes B e mais difícil os C
DD com: Asma, ICC, Bronquiectasia, TB, TEP crônico
Tratamento da DPOC
É feito de acordo com a classificação exacerbação/dispneia
A) Usa um BD (pode ser de curta ação)
B) Usa um BD de longa ação (LABA ou LAMA)
C) Usa LAMA
D) LAMA ou LAMA+LABA (se muito sintomático) ou CI+LABA (se eosinófilo > ou = 300)
Conduta na exacerbação:
1) Olhar eosinófilos
2) Se > 300 coloca CI, se menor ou com PNM coloca LABA+LAMA
3) Se não melhora a gente olha se o eos >100
4) Se sim coloca CI, se não as opções são:
- Roflumilaste ( Se VEF1<50% ou bronquite crônica)
- Azitro ( Em ex-fumantes, 2ª-4ª-6ª)
- LAMA: Anticolinérgico de longa ação, é melhor para evitar exacerbações. Pode causar boca seca, retenção urinária e glaucoma agudo. TIOTROPIO
- O CI pode causar PNM e não deve ser usado se PNM
- Não se usa Xantina
- Orientar a parar de fumar, tomar vacina de gripe e pneumocócica e reabilitação pulmonar (B,C e D)
- NENHUM MEDICAMENTO ALTERA MORTALIDADE, só cessar tabagismo ou usar O2 (>15h/d) quando indicado:
- PaO2 < ou = 55mmHg ou SpO2 < ou = 88
- PaO2 entre 55 e 60 ou SpO2 entre 88 e 90 naqueles com ICC (HP) ou policitemia