PNE 2 Flashcards

1
Q

Como é a transmissão da tuberculose?

A

Aerossol

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Descreva a fisiopatologia da tuberculose

A

Primoinfecção
Até 3 semanas: sem resposta específica.
Bacilo no alvéolo > fagocitado > incapaz de eliminar o bacilo > multiplicação > corrente sanguínea > diversas formas (pulmonar, miliar, meníngea, óssea, etc.)

Após 3-8 semanas: imunidade celular
Formação do granuloma caseoso (resposta intensa que controla a infecção, mas incapaz de eliminar o bacilo -estado de latência) > nódulo de Gohn > tendência à calcificação

> Forma latente - 90%
Doença (tuberculose) - 10%
-TB primária (1o contato)
-TB pós-primária (reativação do granuloma ou reinfecção)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais doenças fazem granuloma caseoso?

A

Apenas TB!

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O que é o nódulo de Gohn?

A

Granuloma caseoso após formação da imunidade celular contra o bacilo de Koch

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a clínica da tuberculose primária pulmonar?

A

.Crianças
.Quadro de pneumonia arrastada não responsiva ao ATB
.Geralmente leve e autolimitado
.rX: adenopatia hilar unilateral (linfáticos drenando os bacilos para linfonodos hilares)
.Complicação: TB miliar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o achado radiográfico da tuberculose primária pulmonar?

A

Adenopatia hilar unilateral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual a importância do dx da TB primária em criança?

A

ACHAR O CASO ORIGINAL que transmitiu a tuberculose à criança (crianças são paucibacilíferas)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os FR para TB miliar?

A

.<2a
.Imunodeprimidos
.Sem BCG

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é a TB miliar?

A

Forma SISTÊMICA da TB, não só restrita ao pulmão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual a clínica da TB pós-primária pulmonar?

A

.Adultos
.Tosse >3 semanas seca ou produtiva
.Febre vespertina
.Inapetência e perda ponderal
.Sudorese noturna
.rX: consolidação no início, cavitação após expectoração do pulmão necrosado

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Qual o achado radiográfico da tuberculose pós-primária pulmonar?

A

Consolidação (fase inicial)
Cavitação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual a forma de TB bacilífera (transmissível)?

A

TB pós-primária

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual a complicação da TB pós-primária?

A

Aspergillus.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual a fisiopatologia da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

Infecção em área cavitada pela infecção do bacilo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a clínica da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

Hemoptise

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais os achados em rX e TC da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

rX: cavitação com opacidade no interior

TC: sinal da lua crescente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Como é feito o dx da TB em >10a, em termos gerais?

A

Clínica + rX + escarro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais os exames de escarro para dx de TB? Qual a vantagem e desvantagem de cada? Quando é utilizado cada um?

A

.TRM-TB: resultado rápido, maior sensibilidade, indica resistência à rifampicina
-baixa disponibilidade

.baciloscopia (BAAR): maior disponibilidade
-resultado demorado, menor sensibilidade, não indica resistência

.cultura de escarro

TRM > exame de escolha
BAAR > se TRM indisponível
Cultura de escarro > dúvida diagnóstica OU qualquer caso positivo (avalia resistência aos ATBs)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a conduta se clínica + rX altamente sugestivo, mas BAAR negativo (considerando TRM indisponível)?

A

TB escarro negativo. É permitido iniciar o tratamento!!

-Iniciar tratamento
-Cultura de escarro

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Como é feito o dx da TB em <10a, em termos gerais? Quando tratar?

A

.Pontuação em 5 parâmetros:
-clínica
-rX
-contato com TB (adultos)
-prova tuberculínica (PPD)
-desnutrição

.Cultura de lavado gástrico

Tratar se >40pts

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quais as 2 principais formas de TB extra-pulmonar?

A

.Pleural
.Meníngea

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual a forma de TB extra-pulmonar + comum? Qual a exceção?

A

TB pleural

*HIV e crianças: ganglionar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual a clínica da TB pleural?

A

Na verdade semelhante à TB pulmonar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Como diagnosticar a TB pleural?

A

.Toracocentese: não confirma, mas já autoriza o tto
-exsudato
-glicose baixa
-ADA >40
-celularidade: polimorfos (inicial) ou linfomononuclear

.Biópsia pleural confrima o dX
.Baciloscopia e cultura é possível, mas baixo rendimento

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Quais os critérios de Light para exsudato?

A

Qualquer um dos 3:
.Proteína pleural / sérica >0,5
.DHL pleural / sérico >0,6
.DHL pleural maior que 2/3 sérico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Qual a clínica da TB meníngea?

A

.Meningite arrastada
.Acometimento frequente de par craniano
.Sequelas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Como é o diagnóstico da TB meníngea?

A

.Punção lombar: permite o tto
-aumento de proteínas
-glicose baixa
-celularidade: polimorfos (inicial) ou linfomononuclear (predomínio linfomononuclear não necessariamente é >50%, mas chegando perto desse valor já sugere o diagnóstico!)

.Baciloscopia e cultura

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Quais os fármacos no tratamento da TB?

A

COXCIP-4
.Rifampicina
.Isoniazida
.Pirazinamida
.Etambutol

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Qual o esquema de tratamento para TB pulmonar?

A

.RIPE 2 meses
.RI 4 meses

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Qual a ressalva quanto ao Etambutol?

A

<10 anos não devem usar
Risco de neurite óptica (na criança pode atrasar o diagnóstico!)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Qual o esquema de tratamento para TB meníngea?

A

.RIPE 2 meses
.RI 10 meses
+ corticoide por 1-3 meses

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Qual o esquema de tratamento para TB resistente (R + I) ou falência terapêutica?

A

CLEPT 18 meses
.Capreomicina
.Levofloxacino
.Etambutol
.Pirazinamida
.Terizidona

33
Q

Como funciona o tratamento diretamente observado da TB?

A

Solicitar ao paciente vir à unidade ou ACS ir à casa do paciente para tomar o remédio

34
Q

Como é o acompanhamento do tratamento da TB?

A

.Acompanhamento clínico mensal: adesão, sintomas, peso, efeitos adversos
.Baciloscopia mensal (a maioria negativa em 14 dias)
.Controle radiológico pode ser útil, especialmente naqueles que não expectoram (maioria das crianças) ou BAAR-, a critério clínico

*TRM identifica DNA, sendo o bacilo vivo ou morto, portanto não serve para acompanhamento

35
Q

Quais os critérios de falência terapêutica?

A

.BAAR + no final do tto
.BAAR 2 ou 3+ em 4 meses
.BAAR negativo mas volta a positivar por 2 meses consecutivos

*Ao final da fase de ataque (RHZE 2m), se manter BAAR+ solicitar TRM e cultura para avaliar resistência aos antibióticos e prolongar RHZE por mais 30 dias até ter os resultados de sensibilidade, que deverão guiar a conduta a partir de então

36
Q

Qual a conduta na falência terapêutica?

A

Cultura + baciloscopia
Considerar prolongar fase de ataque RHZE por mais 30 dias
Considerar CLEPT 18m

37
Q

Quais os efeitos adversos comum a todas as drogas da TB?

A

Intolerância gástrica

38
Q

Quais os efeitos adversos da Rifampicina?

A

.Gripe
.Alergia, inclusive NIA
.Suor laranja

39
Q

Quais os efeitos adversos da Isoniazida?

A

.Neuropatia periférica (depleta estoques de piridoxina B6)

40
Q

Quais os efeitos adversos da Pirazinamida?

A

.Hiperuricemia (cuidado em pacientes com gota)

41
Q

Quais os efeitos adversos do Etambutol?

A

.Neurite óptica

42
Q

Quais os efeitos adversos do Levofloxacino?

A

.Lesão aórtica
.Ruptura tendínea

43
Q

Quais as drogas contra TB hepatotóxicas? Qual a + tóxica?

A

Rifampicina
Isoniazida
Pirazinamida (+ tóxica)

44
Q

Quando suspender tto da TB por hepatotoxicidade?

A

.Icterícia
.TGO/TGP >3x + sintomas
.TGO/TGP >5x

45
Q

Como é a reintrodução do tratamento da TB após melhora da hepatotoxicidade?

A

Reintrodução gradual: Rifampicina + Etambutol, depois Isoniazida, depois Pirazinamida

46
Q

Como fica o tto da TB em cirróticos, TB grave ou hepatotoxicidade sem melhora?

A

CEL 12 meses
.Capreomicina
.Etambutol
.Levofloxacino

47
Q

Como fica o tto da TB em gestantes?

A

RIPE + piridoxina 50mg/dia
(repor B6 que é consumida pela Isoniazida - evitar neuropatia)

48
Q

Qual tratar primeiro: HIV ou TB?

A

RIPE, depois de 2 semanas iniciar TARV

Se iniciar tto do HIV, vai melhorar imunidade, piorando o quadro de TB

49
Q

Qual a principal causa de morte da PVHIV?

50
Q

O que fazer com os contactantes dos bacilíferos?

A

.Clínica + rX para todos
.Se clínica ou rX alterado: TRM ou BAAR (tem doença?)
.Se assintomático e rX normal: PPD (tem infecção latente?)

51
Q

Qual a utilidade da PPD?

A

Diagnóstico da TB latente

52
Q

Como avaliar o resultado da PPD?

A

Injetar PPD e avaliar após 48h: medir área ENDURADA (não hiperemiada)

<5mm: não reator - não infectado OU infecção inicial
>5mm: reator - infecção latente
*Se vacina há menos de 2 anos: >10mm

53
Q

Qual a conduta no contactante de bacilífero com PPD <5mm?

A

Repetir em 8 semanas (pode ser infecção inicial)

54
Q

Qual a conduta no contactante de bacilífero com PPD >5mm?

A

Tratamento da infecção latente.

55
Q

Qual a alternativa ao PPD no diagnóstico da infecção latente?

A

IGRA (interferon) positivo

56
Q

Como é o tratamento da infecção latente?

A

.Isoniazida 270 doses (1 por dia) - 9 a 12 meses

OU

.Rifampicina 120 doses (1 por dia) - 4 a 6 meses
>Hepatopatas
>Menor de 10 anos
>Maior de 50 anos
*Pode ser Isoniazida para eles, mas de preferência Rifampicina

OU

.Isoniazida + Rifapentina 12 doses (1 por semana) - 3 meses

57
Q

Quando investigar infecção latente?

A

.Contactantes de TB sem clínica ou rX
.Profissionais de saúde
.RN contactante

58
Q

Como investigar TB latente em profissionais de saúde?

A

PPD anual, resultado positivo se aumento do PPD em >10mm em 1 ano

59
Q

Qual a conduta no RN contactante de bacilífero?

A

.Não vacinar BCG ao nascer (porque a profilaxia torna a vacina ineficaz)
.Profilaxia com I ou R por 3 meses
.PPD em 3 meses:
<5mm: BCG
>5mm: não vacinar e manter profilaxia (I 3 meses ou R 1 mês)

60
Q

Qual a clínica da paracoccidioidomicose aguda?

A

.Mononucleose-like
.<30a
.Febre
.Adenomegalia
.Hepatoesplenomegalia

61
Q

Qual a clínica da paracoccidioidomicose crônica?

A

.TB-like
.>30a
.Tosse crônica
.Lesão cutâneo-mucosa
.rX: infiltrado pulmonar em asa de morcego

62
Q

Como é o diagnóstico da paracoccidioidomicose?

A

.Escarro
.Raspado de lesão cutânea
.Biópsia

63
Q

Qual o achado patognomônico da biópsia da paracoccidioidomicose?

A

Célula em roda de leme

64
Q

Qual o tratamento da paracoccidioidomicose leve? E grave?

A

Leve: Itraconazol ou SMX-TMP
Grave: Anfotericina B

65
Q

Qual a epidemio da paracoccidioidomicose?

A

Zona rural

66
Q

Qual a clínica da histoplasmose aguda?

A

.Síndrome gripal

67
Q

Qual a clínica da histoplasmose crônica?

A

.Igual à TB
.Pacientes com DPOC ou pneumopatias de base
.rX igual TB: infiltrado em ápices
-pode fazer forma disseminada (igual miliar)

68
Q

Como é o diagnóstico da histoplasmose?

A

.Escarro
.Biópsia
.Sorológico (pouco disponível)

69
Q

Como é o tratamento da histoplasmose leve? E grave?

A

.Leve: Itraconazol, Voriconazol
.Grave: Anfotericina B

70
Q

Qual a epidemio da histoplasmose?

A

.Cavernas
.Fezes de aves

71
Q

Qual o tratamento da aspergilose?

A

.Depende da forma:

-aspergilose invasiva (imunocompetentes): antifúngicos
-aspergilose em bola fúngica: depende da gravidade
>branda: acompanhamento
>sintomas importantes: ressecção cirúrgica ou embolização (antifúngicos não alcançam a bola fúngica)

72
Q

O que é o teste de Mantoux?

73
Q

Criança com adenopatia cervical 3cm com USG revelando calcificação. Qual a suspeita dx? Qual a conduta?

A

.Todos os dados sugerem TB ganglionar
.Solicitar PPD e investigar contactantes

74
Q

Qual a infecção pulmonar oportunista mais comum nos imunocomprometidos?

A

Aspergilose

75
Q

Paciente com HIV+ e contactante de bacilífero. Qual a conduta?

A

.Excluir TB doença: clínica e rX
.Iniciar quimioprofilaxia, independente do PPD!

76
Q

Qual o agende da paracoccidioidomicose?

A

Paracoccidioides brasiliensis

77
Q

Como fica a quimioprofilaxia do RN exposto à TB se ele recebeu a BCG?

A

Fazer profilaxia completa para estes casos, sem solicitar PPD com 3 meses
-Isoniazida 6m
-Rifampicina 4m

78
Q

Quais as precauções de transmissão na internação de paciente bacilífero?

A

.EPI: PFF2/N95
.Ar condicionado com pressão negativa e filtração do ar

79
Q

Uma criança não vacinada com BCG possui pai bacilífero. A criança não apresenta sintomas e rX apresenta nódulo calcificado. PPD 11mm. Qual a conduta, quanto à profilaxia e vacinação?

A

.Não apresenta critérios suficientes para confirmar o diagnóstico de TB (rX com nódulo é apenas sinal de infecção latente)

.Iniciar profilaxia (Rifampicina de preferência, mas pode ser Isoniazida)
.Como há infecção latente, não está mais indicada a vacinação da criança