Perda Visual Aguda Flashcards
Qual a causa de déficit visual relacionado a esclerose múltipla?
A causa é a neurite óptica.
A NO desmielinizante pode ocorrer isoladamente sem o comprometimento de outras lesões no SNC, identificadas pela IRM ou pode-se apresentar como uma manifestação da EM previamente diagnosticada.
O sintoma que define a NO é a perda visual caracterizada
por embaçamento, turvação ou escurecimento
total ou parcial.
Ao mesmo tempo, o paciente pode descrever dor
ocular, que pode preceder alguns dias à perda visual.
Raramente a dor aparece após a perda visual. A dor é
acentuada ao movimento do globo ocular acometido,
podendo ocorrer no repouso com sensação de peso.
A NO é unilateral em 70% dos pacientes adultos,
acompanhada de dor ocular e de baixa acuidade visual.
Na instalação dos sintomas, o fundo de olho mostra um
disco óptico normal em 66% dos pacientes; disco óptico
edemaciado ocorre em 23% dos pacientes e somente
em 2% dos discos ópticos apresentam-se hemorragias
peripapilares.
Por que a neurite óptica causa dor?
A inflamação distende a bainha do nervo que provoca
a dor na movimentação do nervo quando faz os
movimentos habituais de acompanhamento, esse sintoma
auxilia o diagnóstico de NO desmielinizante.
O que é a neuromielite óptica (NMO)?
A NMO é uma doença que foi descrita dentre as
doenças desmielinizantes do SNC, como variante da
EM, acometendo somente a medula espinal e o nervo
óptico. A presença de lesões na medula espinal com extensão
maior que 3 corpos vertebrais, assim como uma
ampla extensão transversal associada a NO, com IRM
do encéfalo normal, são elementos fundamentais para o
diagnóstico da NMO (doença de Devic).
Quais as características da NMO?
Uma característica da doença recorrente é não
apresentar progressão entre as recidivas, elas ocorrem
de forma súbita e com somatória da incapacidade. A
amaurose unilateral e paraparesia severa ou paraplegia
crural, com alteração do controle vesical é a evolução da
doença de Devic recidivante.
O que é a degeneração macular relacionada a idade (DMRI)?
A DMRI é um conjunto de doenças que se caracterizam
pelo declínio progressivo da visão em indivíduos com mais de 50 anos, relacionadas à disfunção da retina central, epitélio pigmentado da retina e coróide. Podem ocorrer em todos os grupos étnicos; no entanto, é mais comum em pessoas com pele clara e com mais de 70 anos de idade..
Quais as características da DMRI?
I. Precoces
o Pontos amarelos discretos na mácula (drusas).
o Hiperpigmentação do EPR.
o Áreas bem delimitadas de despigmentação do EPR.
- Tardias
o Atrofia geográfica do EPR com vasos da coróide
subjacente visíveis.
o DEP com ou sem descolamento neurossensorial.
o Neovascularização sub-retiniana ou sub-EPR.
o Cicatriz de tecido fibroglial, hemorragias e exsudatos.
Qual a prevalência de DMRI?
DMRI é a causa mais comum de perda visual irreversível no mundo ocidental em indivíduos com mais de 5O anos. A prevalência de perda visual severa aumenta com a idade.
Qual o quadro clínico da DMRI?
A doença pode ser classificada em forma seca e exsudativa.
A forma seca, responsável por 90% dos casos de DMRI,
caracteriza-se por alterações de coloração do epitélio pigmentado macular associado a drusas moles. Nessa forma da DMRI, os sintomas visuais não são muito acentuados e o paciente em geral mantém boa acuidade visual. A forma exsudativa caracteriza-se pela formação de um complexo neovascular sub-retiniano, que leva a uma perda de visão acentuada num período de 12 meses.
Como é a forma seca da DMRI?
Nos quadros iniciais, a acuidade visual está preservada e
o paciente pode apresentar apenas alterações visuais discretas envolvendo metamorfopsia (distorção de imagens), microescotomas, micropsia e nictalopia. Nos quadros mais avançados de atrofia geográfica do epitélio pigmentado da retina envolvendo a região foveal, pode haver um comprometimento mais importante da acuidade visual. As principais características de fundo de olho são mudanças pigmentares maculares, presença de áreas de atrofia geográfica do epitélio pigmentado da retina e drusas moles (maiores de 63 micra) – que podem ser isoladas ou coalescentes. Essas alterações aumentam em número e extensão com a evolução da doença.
Como é a forma exudativa da DMRI?
O paciente geralmente nota alteração visual mais aguda
com diminuição da acuidade visual, aparecimento de escotomas e metamorfopsia. A evolução natural dessa forma de DMRI leva a uma perda rápida, acentuada e muitas vezes irreversível da visão.
As alterações de fundo de olho características envolvem
as lesões da forma seca da DMRI associadas a descolamento seroso da retina, do epitélio pigmentado, dos exsudatos duros e a hemorragias sub-retinianas, que indicam a presença de membrana neovascular sub-retiniana.
Como é feito o diagnóstico da DMRI?
O diagnóstico da DMRI seca é clínico e baseia-se no
achado e na documentação das lesões de fundo de olho características (drusas moles, alterações pigmentares maculares e atrofia geográfica).
Quando há alterações de fundo de olho que sugerem a
presença de membrana neovascular sub-retiniana, exames complementares com angiofluoresceinografia, angiografia com indocianina verde e tomografia de coerência óptica podem ser úteis no diagnóstico e no acompanhamento da DMRI na sua forma exsudativa.
Qual o tratamento da DMRI?
O tratamento da DMRI envolve desde medidas comportamentais, como a proteção ocular contra raios ultra-violeta e não tabagismo, até tratamentos farmacológicos e cirúrgicos.