Pelve Flashcards

1
Q

Paciente submetida a histerectomia total evoluindo com anúria no pós-operatório. Explica anatomicamente o que pode ter ocorrido.

A

Provavelmente, durante a histerectomia o cirurgião ligou ambos os ureteres da paciente. Durante seu trajeto, o ureter passar por baixo da artéria uterina, lateralmente ao colo uterino. Assim, quando o cirurgião liga essa artéria ele pode inadvertidamente ligar ou lesar também o ureter. Com isso, caso a iatrogenia seja bilateral a urina não chega à bexiga e, portanto, a paciente não urina. Isso deve ser rapidamente
corrigido para evitar uma insuficiência renal pós-renal.

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2
Q

Descreva irrigação do útero

A

é responsabilidade da artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna), com eventual participação de uma circulação colateral da artéria ovárica

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3
Q

Drenagem venosa do útero

A

as veias uterinas formam um plexo venoso uterino ao lado do colo uterino e que drena para a veia ilíaca interna

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4
Q

Descreva irrigação do ovário

A

o ovário possui uma irrigação dupla. Isso ocorre para garantir a sobrevivência dos óvulos. A irrigação é da artéria ovárica (ramo direto da aorta abdominal) e também dos ramos ováricos da artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna). Assim, no ovário se estabelece uma via de circulação colateral entre a aorta e a ilíaca interna

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5
Q

Descreva a drenagem venosa do ovário

A

As veias que drenam o ovário formam o plexo pampiniforme no ligamento largo do útero. Esse plexo forma as veias ováricas que drenam para a v cava inferior do lado direito e para a veia renal esquerda do lado esquerdo.

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6
Q

Desceva a drenagem linfática do ovário - ????????

A

?

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7
Q

Descreva o trajeto da urina até o meio externo

A

Rim: no órgão produtor da urina, ela segue o seguinte trajeto: pirâmides, cálice menor, cálice maior e pelve renal.
Ureter: o ureter forma-se como uma continuação da pelve renal de cada lado. O ureter descende pelo retroperitônio, atinge e chega à pelve menor e encontra a bexiga, onde se abre no óstio do ureter.
Bexiga: a urina fica armazenada na bexiga até o momento de urinar, quando a musculatura detrusora se contrai e a urina é passa pelo o óstio interno da uretra.
Uretra: as uretras de homens e mulheres são diferentes.
- Mulheres: muito mais simples e mais curta do que a dos homens. A uretra se origina na bexiga no óstio interno da uretra e segue um curto caminho até se abrir no óstio externo da uretra, no vestíbulo da vagina, logo anteriormente à vagina.
- Homens: é muito mais longa. A uretra masculina possui 4 partes. A primeira delas é a chamada parte intramural (que fica dentro da parede da bexiga). É seguida pela parte prostática, quando a uretra passa por dentro da glândula e recebe os conteúdos produzidos na própria glândula e também no ducto ejaculatório. Em seguida temos a parte membranácea da uretra e, por fim, a longa parte esponjosa por dentro do corpo
esponjoso do pênis até a glande, onde se abre no óstio esterno da uretra.

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8
Q

Descreva a inervação sensitiva e o bloqueio da pelve

A
  • A inervação da pelve é responsabilidade dos plexos sacrais e coccíceo.
  • O plexo sacral tem como principais nervos o nervo pudendo e o nervo isquiático. O nervo isquiático, apesar de ser o maior nervo do corpo humano, não possui participação na inervação da pelve. O nervo pudendo(S2-S4), ao contrário, é o maior responsável pela pele da região pélvica, particularmente da região do períneo e da genitália externa. Seu bloqueio é especialmente importante durante os partos. Nesse caso, o procedimento é feito na passagem do nervo sobre a espinha isquiática. Ou seja, durante o toque vaginal palpamos essas espinhas e, então, infiltramos anestésico superior e inferior à passagem do nervo.
  • O plexo coccígeo é responsável por uma pequena região de pele entre o cóccix e o ânus
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9
Q

Descreva as bases anatômicas do exame ginecológico

A

Inspeção: na inspeção estática avaliamos a genitália externa. Ou seja, avaliamos a pilificação ginecoide do monte do púbis, a formação dos grandes lábios do pundendo, dos pequenos lábios do pudendo, do vestíbulo da vagina, o meato uretral a óstio da vagina. Na inspeção dinâmica avaliamos o assoalho pélvico ao pedir para a paciente aumentar a pressão abdominal e observamos, ou não, o surgimento de algum abaulamento ou algum prolapso.
Toque vaginal: o toque vaginal é realizado afastando os grandes e os pequenos lábios do pudendo e expondo o vestíbulo da vagina utilizando o primeiro e o 4o dedo. Em seguida introduzimos o dedo médio (ou o dedo médio e o indicador) pelo canal vaginal. Nesse percurso devemos avaliar a parede vaginal. No fundo do canal vaginal devemos palpar o colo uterino e os fórnices anterior e posterior.
Exame especular: consiste na introdução de um espéculo que deve manter o canal vaginal aberto e, assim, permitir a visualização adequada do colo do útero, centrando anteriormente e com o óstio externo fechado.

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10
Q

Descreva as relações anatômicas do reto, diferenciando no homem e na mulher

A

Mulher: o reto está localizado posteriormente à vagina e ao útero. Entre eles existe um recesso peritoneal que forma uma bolsa onde líquido peritoneal pode se acumular. Esse recesso é chamado de fundo de saco de Douglas ou recesso retouterino.

Homem: o reto se relacionada anteriormente com a próstata e com a bexiga. O reto tem uma relação de grande proximidade com o lobo posterior da próstata, o que permite a realização do toque retal da próstata (estão separados somente pela fáscia de Denovillier). A relação com a bexiga é mais superior e não pode ser palpada. A separação é feita pelo septo retovesical e o recesso retovesical.

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