Pelve Flashcards
Paciente submetida a histerectomia total evoluindo com anúria no pós-operatório. Explica anatomicamente o que pode ter ocorrido.
Provavelmente, durante a histerectomia o cirurgião ligou ambos os ureteres da paciente. Durante seu trajeto, o ureter passar por baixo da artéria uterina, lateralmente ao colo uterino. Assim, quando o cirurgião liga essa artéria ele pode inadvertidamente ligar ou lesar também o ureter. Com isso, caso a iatrogenia seja bilateral a urina não chega à bexiga e, portanto, a paciente não urina. Isso deve ser rapidamente
corrigido para evitar uma insuficiência renal pós-renal.
Descreva irrigação do útero
é responsabilidade da artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna), com eventual participação de uma circulação colateral da artéria ovárica
Drenagem venosa do útero
as veias uterinas formam um plexo venoso uterino ao lado do colo uterino e que drena para a veia ilíaca interna
Descreva irrigação do ovário
o ovário possui uma irrigação dupla. Isso ocorre para garantir a sobrevivência dos óvulos. A irrigação é da artéria ovárica (ramo direto da aorta abdominal) e também dos ramos ováricos da artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna). Assim, no ovário se estabelece uma via de circulação colateral entre a aorta e a ilíaca interna
Descreva a drenagem venosa do ovário
As veias que drenam o ovário formam o plexo pampiniforme no ligamento largo do útero. Esse plexo forma as veias ováricas que drenam para a v cava inferior do lado direito e para a veia renal esquerda do lado esquerdo.
Desceva a drenagem linfática do ovário - ????????
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Descreva o trajeto da urina até o meio externo
Rim: no órgão produtor da urina, ela segue o seguinte trajeto: pirâmides, cálice menor, cálice maior e pelve renal.
Ureter: o ureter forma-se como uma continuação da pelve renal de cada lado. O ureter descende pelo retroperitônio, atinge e chega à pelve menor e encontra a bexiga, onde se abre no óstio do ureter.
Bexiga: a urina fica armazenada na bexiga até o momento de urinar, quando a musculatura detrusora se contrai e a urina é passa pelo o óstio interno da uretra.
Uretra: as uretras de homens e mulheres são diferentes.
- Mulheres: muito mais simples e mais curta do que a dos homens. A uretra se origina na bexiga no óstio interno da uretra e segue um curto caminho até se abrir no óstio externo da uretra, no vestíbulo da vagina, logo anteriormente à vagina.
- Homens: é muito mais longa. A uretra masculina possui 4 partes. A primeira delas é a chamada parte intramural (que fica dentro da parede da bexiga). É seguida pela parte prostática, quando a uretra passa por dentro da glândula e recebe os conteúdos produzidos na própria glândula e também no ducto ejaculatório. Em seguida temos a parte membranácea da uretra e, por fim, a longa parte esponjosa por dentro do corpo
esponjoso do pênis até a glande, onde se abre no óstio esterno da uretra.
Descreva a inervação sensitiva e o bloqueio da pelve
- A inervação da pelve é responsabilidade dos plexos sacrais e coccíceo.
- O plexo sacral tem como principais nervos o nervo pudendo e o nervo isquiático. O nervo isquiático, apesar de ser o maior nervo do corpo humano, não possui participação na inervação da pelve. O nervo pudendo(S2-S4), ao contrário, é o maior responsável pela pele da região pélvica, particularmente da região do períneo e da genitália externa. Seu bloqueio é especialmente importante durante os partos. Nesse caso, o procedimento é feito na passagem do nervo sobre a espinha isquiática. Ou seja, durante o toque vaginal palpamos essas espinhas e, então, infiltramos anestésico superior e inferior à passagem do nervo.
- O plexo coccígeo é responsável por uma pequena região de pele entre o cóccix e o ânus
Descreva as bases anatômicas do exame ginecológico
Inspeção: na inspeção estática avaliamos a genitália externa. Ou seja, avaliamos a pilificação ginecoide do monte do púbis, a formação dos grandes lábios do pundendo, dos pequenos lábios do pudendo, do vestíbulo da vagina, o meato uretral a óstio da vagina. Na inspeção dinâmica avaliamos o assoalho pélvico ao pedir para a paciente aumentar a pressão abdominal e observamos, ou não, o surgimento de algum abaulamento ou algum prolapso.
Toque vaginal: o toque vaginal é realizado afastando os grandes e os pequenos lábios do pudendo e expondo o vestíbulo da vagina utilizando o primeiro e o 4o dedo. Em seguida introduzimos o dedo médio (ou o dedo médio e o indicador) pelo canal vaginal. Nesse percurso devemos avaliar a parede vaginal. No fundo do canal vaginal devemos palpar o colo uterino e os fórnices anterior e posterior.
Exame especular: consiste na introdução de um espéculo que deve manter o canal vaginal aberto e, assim, permitir a visualização adequada do colo do útero, centrando anteriormente e com o óstio externo fechado.
Descreva as relações anatômicas do reto, diferenciando no homem e na mulher
Mulher: o reto está localizado posteriormente à vagina e ao útero. Entre eles existe um recesso peritoneal que forma uma bolsa onde líquido peritoneal pode se acumular. Esse recesso é chamado de fundo de saco de Douglas ou recesso retouterino.
Homem: o reto se relacionada anteriormente com a próstata e com a bexiga. O reto tem uma relação de grande proximidade com o lobo posterior da próstata, o que permite a realização do toque retal da próstata (estão separados somente pela fáscia de Denovillier). A relação com a bexiga é mais superior e não pode ser palpada. A separação é feita pelo septo retovesical e o recesso retovesical.