Abdome Flashcards

1
Q

Pontos de irrigação crítica do sistema digestório

A

Os pontos críticos de irrigação são:

  • Transição duodeno jejunal, que é o local de transição entra a irrigação pelo tronco celíaco e pela artéria mesentérica superior; (nao consegui visualizar???)
  • Íleo terminal, cuja irrigação depende do fino ramo recorrente ileal da artéria ileocólica, ramo da artéria mesentérica superior. (nao consegui visualizar/ nao entendi???)
  • Flexura esquerda do cólon: que é a região de transição entre o intestino médio e posterior e, portanto, da irrigação a cargo da mesentérica superior (artéria cólica média) para a artéria mesentérica inferior (com a cólica esquerda). (ponto de Griffith???)
  • Ponto crítico de Sudeck, que é a área de irrigação das sigmoideanas e retais, na junção retosigmoidea e que conta com uma anastomose muito pobre
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2
Q

Em que região estão localizadas as ulceras duodenais mais comuns? Explique o motivo.

A

As úlceras duodenais mais comuns são aquelas que acometem a primeira porção do duodeno, ou seja, a região mais exposta à ação do ácido
gástrico.

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3
Q

Diferencie as úlceras anteriores e posteriores da primeira porção do duodeno.

A

Parede posterior: a parede posterior do duodeno tem uma íntima relação com a artéria gastroduoedenal (ramo da artéria hepática comum) e também com o colédoco. Quando essa úlcera evolui e rompe a parede, ela é capaz de romper esse importante vaso e causar hemorragias importantes. Assim, a úlcera da parece posterior é a que mais sangra. O colédoco não costuma ser acometido, porém devemos estar atentos à sua topografia uma vez que na sutura da parede do intestino podemos sutura-lo junto.

Parede anterior: a parede anterior da primeira parte do duodeno não tem relação com qualquer vaso importante. Assim, ainda que ela perfure mais, raramente sangra.

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4
Q

Limites, conteúdos e utilidade do trígono hepático-cístico ou trígono de Buddet-Calot

A

Limites: ducto hepático comum, ducto cístico e face visceral do fígado.

Conteúdos: artéria cística e linfonodo de Mascagni

Utilidade: o reconhecimento e a dissecação dos limites e do conteúdo desse trígono são importantes durante a colecistectomia para evitar a ligadura do colédoco com a lesão de outra estrutura da região.

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5
Q

Como é feita a segmentação hepática. ???

A

A segmentação hepática, diferentemente do que ocorre na segmentação pulmonar, não é uma segmentação verdadeira. Na verdade, consiste em territórios vasculares, que não são separados por tecido conjuntivo. Estes territórios consistem nas reais áreas funcionais do fígado, de importância para o cirurgião.

O fígado é dividido em 8 segmentos.

O primeiro segmento fica localizado no lobo caudado.

O segundo e terceiro segmento estão no lobo “anatômico” esquerdo do fígado. O quarto segmento, à direita do ligamento falciforme, pertence ao lobo “funcional” esquerdo do fígado, por ser irrigado por artérias derivadas do ramo esquerdo da artéria hepática própria.

O quinto, sexto, sétimo e oitavo segmentos pertencem ao lobo “anatômico” direito, por estarem à direita do ligamento falciforme e, simultaneamente, ao lobo “funcional” direito por serem irrigados por ramos da artéria hepática própria direita.

Os ductos bilíferos e a veias hepáticas acompanham a divisão dos ramos da artéria hepática própria.

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6
Q

O que é o espaço de Traube

A

É a projeção na parede anterolateral do abdome do fundo gástrico. É, portanto, um espaço normalmente timpânico a percussão. Quando maciço esse espaço está ocupado por vísceras maciças como um aumento do lobo esquerdo do fígado ou o
baço.

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7
Q

Cite os limites do espaço de Traube

A

O espaço de Traube é o espaço em forma de meia lua que vai do 6o ao 10 EIC entre as linhas hemiclavicular D e hemiaxilar D.
É limitado pelo gradeado costal, pelo baço, pelo pâncreas, pelo rim esquerdo, pela flexura esquerda do cólon e pelo estômago.

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8
Q

Descreva a irrigação do estomago

A

É realizada inteiramente pelos ramos do tronco celíaco.
Os 3 ramos do tronco celíaco emite, no total 6 ramos para o estômago.

  • Na curvatura menor do estômago temos as artérias gástricas esquerda (ramo direto do tronco celíaco) e a gástrica direita (ramo da artéria hepática comum).
  • Na curvatura maior do estômago temos as artérias gastromental esquerda (ramo da artéria esplênica) e a artéria gastromental direita (ramo da artéria gastroduodenal, também ramo da hepática comum).
  • Artérias gástricas posteriores e curtas são responsáveis pelo fundo gástrico e são ramos da artéria esplênica.
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9
Q

Descreva a drenagem venosa do estômago????

A

Como é de se esperar, as veias do estômago acompanham as artérias e, como todo o sistema digestório, drenam para o sistema porta.

As veias gástricas E e D drenam diretamente para a porta e é importante ter em mente que essas veias estabelecem uma ampla anastomose com as veias do esôfago e, assim, podem drenar também para o sistema ázigo.

As veias gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica. As veias gastromentais D drenam para mesenterica superior (indiretamente né tem outra veia que liga até a m superior ne?) que drena para a porta.

As gastricas curtas drenam para a veia esplênica que drena para a porta?

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10
Q

Descreva a drenagem linfática do estomago e uma aplicação clinica.

A

É feita basicamente em 3 níveis. Primeiramente a linfa é encaminhada para os linfonodos gástricos e gastromentais. Em seguida, a linfa chega aos linfonodos dos ramos do tronco celíaco (esplênicos e acompanhantes da mesentérica superior). Por fim, a linfa chega aos linfonodos celíacos.

Quando chega aos linfonodos celíacos, em caso de adenocarcinoma gástrico já dizemos que a doença é sistêmica.

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11
Q

Descreva o caminho da bile

A

Via biliar intra-hepática: a bile é produzida nos hepatócitos. Daqui a bile é carrega pelos canalículos biliares. Esses canalículos convergem e formam pequenos ductos biliares interlobulares. Esses, então, convergem e formam ductos biliferos que convergem e formam ductos hepáticos direito e esquerdo.

Via biliar extra-hepática: os ductos hepáticos direito e esquerdo convergem para a formação do ducto hepático comum. Esse se junto aoducto cístico e forma o ducto colédoco. O colédoco chega vai até a porção descendente (segunda) do duodeno e se junta ao ducto pancreático principal na ampola de Vater. Essa ampola se abre na chamada papila maior do duodeno.

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12
Q

Descreva e cite os limites???? do forame omental (ou de Winslow)

A

Definição: o forame omental é uma passagem que comunica a cavidade peritoneal à bolsa omental.

Limites:
Anteriormente: o ligamento hepatoduodental (e, portanto, a tríade hepática com veia porta, artéria hepática e colédoco)
Posteriormente: a VCI
Superiormente: o lobo caudado do fígado
Inferiormente: a primeira porção do duodeno

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13
Q

Dê as bases anatômicas da perihepatite gonocócica (síndrome de Fitz-Hugh-Curtis)

A

Circulação do liquido normal –> O líquido na cavidade peritoneal pode chegar até a região supra-mesocólica pela pressão negativa produzida durante a expiração pelo diafragma. Nesse processo, o diafragma se eleva e a pressão faz com que o líquido peritoneal suba pelo sulcos paracólicos (sulcos produzidos pelo próprio peritônio lateralmente aos cólons direito e esquerdo) até a região subfrênica. É evidente que o líquido localizado no espaço supra-mesocólico pode chegar até a cavidade pélvica por ação da gravidade.
No caso da peri-hepatite gonocócica, um DIP, o
líquido inflamatório pélvico sobe pelo sulco paracólico e se aloja no espaço subfrênico podendo criar um abscesso.

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14
Q

Descreva o hiato esofágico e cite qual o seu conteúdo

A

Formação: o hiato esofágico é formado pelo pilar direito do diafragma. Ele é superior e à direita do hiato aórtico.

Conteúdo: além, obviamente, de permitir a passagem do esôfago do mediastino posterior para o abdômen, o hiato esofágico permite a passagem do tronco vagal anterior e posterior, além dos ramos esofágicos dos vasos gástricos esquerdos, além de alguns vasos linfáticos.

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15
Q

Descreva as bases anatômicas da hipertensão portal.

A

A veia porta é responsável por 75% do suprimento vascular do fígado (sendo os outros 25% a cargo da artéria hepática). Quando ocorre um aumento da dificuldade do sangue em passar pelo tecido hepático (as etiologias mais comuns são a esquistossomótica e a cirrose alcoólica) o sangue fica congesto nesse sistema porta. A pressão, então, aumenta e o sangue assume um sentido retrógrado e as veias que o suprem ficam ingurgitadas.

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16
Q

Descreva as bases anatômicas das

varizes esofagianas.

A

A drenagem venosa do esôfago deve ser dividia em uma porção superior e uma inferior que se anastomosam. A porção superior drena para o sistema ázigo (veias esofágicas). A porção inferior drena para o sistema porta (ramo esofágicos da veia gástrica esquerda). São esses ramos esofágicos através da veia gástrica esquerda que recebem o sangue da veia porta que quando com hipertensão portal assumem um sentido retrógrado. Por isso, esse plexo venoso esofágico se dilata e pode vir a romper a qualquer momento.

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17
Q

Descreva as anastomoses portosistêmicas

A

Existem 4 pontos de anastomose desse tipo.

  1. No plexo venoso esofágico, os ramos esofágicos da veia gástrica esquerda se anastomosam com as veias esofágicas tributárias do sistema ázigo.
  2. As veias paraumbilicais se anastomosam com as veias epigástricas superiores e toracoabdominais.
  3. No canal anal, a veia retal inferior e média drenam para a VCI enquanto a veia retal superior drena para o sistema porta pela veia mesentérica inferior.
  4. Nas faces nuas das vísceras secundariamente retroperitoneais, as veias que drenam para o sistema porta (tributária da mesentérica inferior) se anastomosam com as que drenam para a VCI (gonadais)
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18
Q

Descreva as relações anatômicas do esôfago

A

Parte cervical: a parte cervical do esôfago se inicia a nível de C5/C6 a partir da parte laríngea da faringe. Nesse ponto o esôfago assume uma topografia posteriorizada, entre a traqueia e a coluna vertebral.
Parte torácica: o esôfago inicia seu trajeto torácico no mediastino superior, posteriormente à aorta (e seus ramos) e a traqueia. Na altura da carina, o esôfago cruza a aorta, posicionando-se anteriormente à parte descendente da aorta, estando agora no mediastino posterior. Nessa região o esôfago em íntimo contato com o pericárdio e particularmente com o átrio esquerdo (n sei se e vdd??? confirmar). É importante mencionar que nesse trajeto o esôfago assume grande proximidade com o nervo vago, com a formação do plexo esofágico e também dos troncos vagais anterior (a partir principalmente do vago esquerdo) e posterior (principalmente do vago direito)
Parte abdominal: O esôfago passa pelo hiato esofágico do diafragma, iniciando seu curto trajeto intraperitoneal do abdome. Assume uma curva à esquerda (ângulo de His) e chega a cárdia.

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19
Q

Descreva o que é omento maior e quais suas funções

A

O omento é uma prega de peritônio que liga uma víscera a outra. O omento maior é uma dessas pregas (com 4 camadas) que sai da curvatura maior do estômago e pende como um avental cobrindo as vísceras inframesocólicas. É uma estrutura ampla, móvel, cheia de gordura e de células de defesa.
Funções: o omento é capaz de rapidamente se aderir a uma víscera inflamada. Dessa forma, além de levar células de defesa para o órgão acometido, tem o objetivo de conter o espalhamento da infecção (o que é chamado de bloqueio). Além disso, o omento protege os órgão abdominais de lesões mecânicas e também de variações da temperatura.

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20
Q

Descreva a irrigação do intestino grosso

A

O intestino grosso é irrigado do ceco até a flexura esplênica (esquerda) pelos ramos da artéria mesentérica superior. Desse ponto até reto, a responsabilidade é da artéria mesentérica inferior. Assim:

Da (1) mesentérica superior: esse importante ramo ímpar da aorta abdominal forma, para o intestino grosso, as (2) artérias ileocólica, (3) cólica direita e (4) cólica média.
A (2) artéria ileocólica emite um ramo recorrente (5) ileal fino que irriga a porção distal do ílio. Que emite ramos para o ceco ((6 e 7) a. cecal anterior e posterior são ramos da ileal) e para o apêndice cecal ((8) a. apendicular também é ramo da ileal); A a. ileocólica emite um (9) ramo cólico que, através de seus ramos ascendentes, se anastomosa com a (3) cólica direita.
A (3) cólica direita emite ramos descendentes que se anastomosam com a (2) ileocólica e ramos ascendentes que se anastomosam com a (4) cólica média. A (3) cólica direita é responsável mais diretamente pelo cólon ascendente.
A (4) cólica média, que se anastomosa tanto com a (3) cólica direita como com a (10) cólica esquerda, é a maior responsável pelo cólon transverso.

Da (11) mesentérica inferior: esse outro ramo da aorta abdominal forma as artérias (10) cólica esquerda, (12) sigmoideas e (13) retais superiores.
A transição, na flexura esplênica (esquerda) entre a (4) cólica média (da (1) mesentérica superior) e (10) cólica esquerda (da (11) mesentérica inferior) é um ponto de irrigação crítica.
A (10) cólica esquerda é a mais associada com o cólon descendente.
Os (12) ramos sigmoideos e o (13) retal superior também se anastomosam, mas de forma pobre, sendo outro ponto de irrigação crítica.

(14) Arco justacólico (Artéria marginal do cólon): as artérias cólicas, junto as artérias ileocólica e sigmoideias formam anastomoses próximo ao intestino para a formação da artéria marginal do cólon.

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21
Q

Descreva a drenagem venosa do intestino grosso

A

compreendida a irrigação, a drenagem venosa é muito simples. As veias acompanham as artérias. Basta saber que a veia mesentérica superior é a que, junto à veia esplênica forma a veia porta. Aveia mesentérica inferior, por sua vez, drena para veia esplênica que, como dito, forma a veia porta.

22
Q

Descreva a drenagem linfática do intestino grosso

A

A linfa é primeiramente drenada para os (1) linfonodos paracólicos (só no caso do ceco e apendice tem um nome diferente que são os linfonodos pré-cecais e apendiculares).
Daqui a linfa é drenada para os linfonodos que (2) acompanham a artéria responsável por sua irrigação ((2) podendo ser linfonodos ileocólicos, cólicos direitos, colicos medios –> vão para (3) linfonodos mesentéricos superiores; (2) linfonodos cólicos esquerdos, sigmóideos e retais superiores –> vão para (3) linfonodos mesentéricos inferiores).
Em seguida forma-se o (4) tronco linfático intestinal a partir desses linfonodos e, por fim, a linfa chega ao (5) ducto torácico.

23
Q

Descreva a irrigação das suprarrenais

A

As suprarrenais são amplamente vascularizadas (só perdem para a tireoide como glândula mais irrigada do corpo humano). A irrigação é feita por 3 pedículos.

O pedículo superior é a artéria suprarrenal superior (ramo da frênica inferior)
O segundo pedículo é formado pela artéria suprarrenal média (ramo direto da aorta abdominal)
O pedículo inferior são as artérias suprarrenais inferiores (ramos da artéria renal).

24
Q

Drenagem venosa da suprarrenal

A

A veia suprarrenal direita drena para a VCI diretamente, enquanto a suprarrenal esquerda drena para a veia renal esquerda.

25
Q

Descreva as relações anatômicas do rim direito

A

Superiormente: os rins se relacionam ao diafragma (postero-superiormente); as suprarrenais, obviamente, se relacionam superomedialmente

Posteriormente: como um órgão retroperitoneal, as faces posteriores se relacionam com os músculos psoas maior (mais medialmente), quadrado lombar (mais na regiao média) (e suas fáscias) e com a aponeurose do m transverso do abdome (mais lateralmente). Também se relaciona com os nervos da região (ex: ilio-hipogástrico, ilio-inguinal, nervo subcostal) mais postero-inferiormente. Sua projeção posteriormente inicia na região do 11º EIC (lembrando que o rim E começa um pouco mais alto que o D)

Anteriormente: O fígado ocupa uma boa parte da face anterior e superior do rim.

Inferiormente: o rim se relaciona com a flexura direita do cólon e também com o jejuno-ileo (colon e jejuno-ileo tmb se posicionam anteriormente). O duodeno, por fim, passa medialmente (e anteriormente) ao rim direito.

Lâmina 319 e 320

26
Q

Descreva as relações anatômicas do rim esquerdo

A

Superiormente: os rins se relacionam ao diafragma (postero-superiormente); as suprarrenais, obviamente, se relacionam superomedialmente

Posteriormente: como um órgão retroperitoneal, as faces posteriores se relacionam com os músculos psoas maior (mais medialmente), quadrado lombar (mais na regiao média) (e suas fáscias) e com a aponeurose do m transverso do abdome (mais lateralmente). Também se relaciona com os nervos da região (ex: ilio-hipogástrico, ilio-inguinal, nervo subcostal) mais postero-inferiormente. Sua projeção posteriormente inicia na região do 11º EIC (lembrando que o rim E começa um pouco mais alto que o D)

Anteriormente: O estômago ocupa uma boa parte da face anterior e superior do rim. A cauda pâncreas situa-se anteriormente ao rim ocupando parte mais do meio do rim.

Inferiormente: o rim se relaciona com o cólon descendente e também com o jejuno-íleo (colon e jejuno tmb se posicionam anteriormente, sendo o jejuno ileo mais medial e o colon mais lateral). O duodeno, por fim, passa medialmente (e anteriormente) ao rim direito.

Lâmina 319 e 320

27
Q

Cite as relações anatômicas do ureter

A

O ureter possui 3 porções: abdominal (em que é retroperitoneal, as outras nao sao tmb??), pélvica e intramural (curta dentro da parede da bexiga urinária). Durante o seu trajeto, o ureter assume relações que podem ser memorizadas pela frase “por cima-por baixo por cima-por baixo. Ou seja, o ureter passa por cima do nervo genitofemoral, por baixo dos vasos gonadais, por cima das ilíacas comuns (artéria e veia) e por baixo do ducto deferente/artéria uterina (na realidade a a uterina tmb passa por baixo do ureter quando este esta mais proximo da a iliaca). Na passagem por baixo da artéria uterina o ureter passa próximo lateralmente ao colo???. O ureter chega então à bexiga onde se abre no óstio do ureter.

28
Q

Cite os estreitamentos do ureter e sua importância

A

Os ureteres possuem 3 estreitamentos.

  • Pieloureteral: Na sua formação, na passagem entre a pelve e o ureter.
  • Transpélvico: Na passagem por sobre as ilíacas comuns, na entrada da pelve
  • Intramural: Na entrada na bexiga.
29
Q

Descreva a topografia do fundo da vesícula biliar

A

o fundo da vesícula biliar é a porção dilatada da vesícula. A vesícula está localizada na fossa biliar, na face visceral do fígado, sobre o lobo quadrado. Localiza-se, portanto, no hipocôndrio direito, a altura da 9a cartilagem costal direita. Assume uma importante relação com o duodeno e com o cólon transverso.

30
Q

Descreva a topografia do duodeno

A

o duodeno é dividido em 4 partes.
A primeira delas (superior) é uma porção horizontal localizada a nível de L1 e que se comunica com o estômago na região do epigástrio, é a única porção peritonizada.
A segunda porção (descendente) assume uma relação muito íntima com a cabeça do pâncreas e também com a vesícula biliar. É nessa porção que encontramos a papila maior do duodeno, ou seja, a abertura da ampola de Vater. A partir desse ponto o duodeno é retroperitoneal.
A terceira parte (horizontal/inferior) cruza o plano mediano da direita para e esquerda a nível de LII-LIII, passando sobre a VCI, entre a aorta abdominal a artéria mesentérica superior.
Por fim, a quarta parte (porção ascendente) do duodeno segue superiormente até a margem inferior da cabeça do pâncreas, onde se curva anteriormente e se une ao jejuno na flexura duodenojejunal.

31
Q

Descreva a topografia do pâncreas

A

É um órgão retroperitoneal, localizado atrás do estômago, entre o baço e o duodeno, a nível de LI-LII. É dividido em cabeça, colo, corpo e cauda. Sua cabeça, porção dilatada, está em contato com praticamente todo o duodeno. A porção final do pâncreas assuma uma íntima relação com o hilo esplênico e também com o rim esquerdo, de quem está logo a frente. É importante mencionar também que o pâncreas cruza a linha mediana logo a frente da aorta e da VCI, além de ser o assoalho da fossa omental (leito do
estômago).

32
Q

Descreva a topografia do apêndice cecal/vermiforme

A

É uma projeção do ceco de formato vermiforme. O seu ponto de origem no ceco não costuma variar, porém a sua relação com o ceco varia. O apêndice normalmente é livre, porém pode estar aderido ao revestimento peritoneal do ceco. A posição mais comum é retrocecal.

33
Q

Descreva a topografia do ceco

A

é a primeira porção e dilatada do intestino grosso. Localizada na fossa ilíaca direita, localiza-se logo após a junção ileocecal. É uma bolsa cega contínua com o cólon ascendente.

34
Q

Lesão anterior de L1/L2. Cite as possíveis estruturas lesadas.

A

Nessa topografia, várias estruturas importantes podem ter sido lesadas. De anterior para posterior, temos: pele, tela subcutânea, linha alba, fígado, estômago (piloro e ampola duodenal), corpo do pâncreas, vasos mesentéricos superiores, veia porta, veia renal esquerda, artéria renal esquerda, veia cava inferior, aorta abdominal, tronco simpático??, ducto torácico?? e musculatura paravertebral

35
Q

Descreva as relações anatômicas das estruturas localizadas no hipocôndrio direito.

A

A principal estrutura dessa região é o fígado, ele é um órgão quase totalmente peritonizado e que ocupa quase todo o hipocôndrio direito com seu lobo direito.

Superiormente ao fígado temos o diafragma, a que está fixo pelo ligamento coronário, e nas demais porções, está separado pelo recesso subfrênico.

Na face visceral do fígado temos o leito vesicular, onde repousa a vesícula biliar.

A flexura direita (ou hepática) do cólon está logo abaixo do lobo direito do fígado.

É importante ter em mente, também, que por essa região passam o duodeno, a cabeça do pâncreas, a região pilórica e, eventualmente, parte do cólon transverso.

36
Q

Descreva os locais de possível hemorragia retroperitoneal

A

Diante de uma hemorragia retroperitoneal, devemos ter em mente que esse sangramento pode tanto ser de uma víscera retroperitoneal, como pode ser da pelve e ter ascendido até a região do retroperitônio.

Assim, os possíveis locais são rim e hilo renal, suprarrenais, pâncreas (de todo o monobloco duodeno-pâncreas na realidade) e as fratura da pelve.

As fraturas da pelve são responsáveis por volumosos sangramentos pela laceração dos vasos parietais ramos das ilíacas internas que ocorre aderidos ao osso do quadril.

37
Q

Dê as bases anatômicas da dor pélvica em paciente com diverticulite.

A

O local mais comum para a formação dos divertículos é o cólon sigmoide. Essa região é uma região de transição da inervação. A metade superior do cólon sigmoide é inervada da mesma foram que o restante do intestino grosso. Isso é, as fibras álgicas são conduzidas junto às fibras simpáticas ao longo dos nervos esplâncnicos até o tronco simpático. A partir do ponto médio do colo sigmoide, as fibras passam a seguir as fibras parassimpáticas, seguindo pelos nevos esplâncnicos pélvicos para o plexo hipogástrico inferior. Ou seja, no local de formação dos divertículos, a inervação é pélvica (linha de dor pélvica).

38
Q

Descreva a drenagem venosa da região lombar L1/L2

A

As veias lombares drenam para o sistema ázigo. Ou seja, o sangue da região lombar é drenado para as veias lombares, as quais drenam para a veia ázigo (à direita) e para a veia hemiázigo (à esquerda). É importante ter a noção de que essa via é também uma via de circulação colateral que liga a VCI a VCS. Outro fato importante é que o sangue drenado do lado esquerdo (pela veia hemiázigo) drena para a ázigo, que é a responsável por levar o sangue até a VCS.

39
Q

Parametros anatomicos para localização da cabeça do pâncreas e ponto cístico

A

No indivíduo em decúbito dorsal, traçamos uma linha horizontal que passa pela margem anterior da axila direita e chega à cicatriz umbilical. Assim, temos:

  • Ponto cístico (localização do fundo da vesícula biliar): quando a linha cruza o rebordo costal
  • Cabeça do pâncreas (transição duodeno pâncreas): A meio caminho entre o ponto cístico e a cicatriz umbilical.
40
Q

Parametros anatomicos para localização do apêndice vermiforme

A

Ponto de McBurney: traçando uma linha reta que liga a espinha iliaca antero superior à cicatriz umbilical, temos entre os terços distal e médio da EIAS o ponto de McBurney, onde encontramos o apêndice cecal.

41
Q

Descreva um corte tomográfico alto do abdome

A

O corte alto do abdome é, na realidade, um corte toracoabdominal.

Nessa altura o fígado ocupa a maior parte do espaço, já que visualizamos o lobo direito em sua maior extensão e também o lobo esquerdo.

O fundo gástrico também pode ser visto.

O pâncreas deve ser visto lateralmente já que em seu trajeto entre a cauda e a cabeça ele desce.

Os pilares direito e esquerdo do diafragma devem ser vistos formando o hiato aórtico.

O rim esquerdo também pode ser visualizado já que está posição mais elevada do que o rim direito (uma característica dos cortes altos).

A flexura esquerda do cólon e algumas alças de delgado na porção central também são visíveis.

É importante identificar ainda o corpo vertebral, a canal medular, a musculatura paravertebral, a VCI e a aorta abdominal.

42
Q

Descreva um corte tomográfico médio do abdome

A

Reconhecemos um corte médio pela visualização simultânea de ambos os rins. Em cortes subsequentes ainda na região média, é importante ter a noção de que esperamos que o rim direito aumente de tamanho e o rim esquerdo diminua.

Nesse cenário, visualizamos também apenas o lobo direito do fígado e já ocupando uma área menor da imagem.

Sem o lobo esquerdo do fígado visualizamos com maior clareza o estômago.

Além disso, o baço também deve ser visualizado.

Quanto ao intestino grosso, já visualizamos o cólon transverso e também os cólons direito e esquerdo.

Aorta e cava inferior continuam visíveis

43
Q

Descreva um corte tomográfico baixo do abdome

A

Utilizando os rins como referência, o corte baixo do abdome é aquele em que só conseguimos visualizar o rim direito.

Além disso, o fígado ou já não é mais visível ou vemos apenas uma pequena parte do lobo direito.

O intestino delgado ainda é visível centralmente.

Quanto ao intestino grosso visualizamos já o cólon sigmoide e o ceco.

A bifurcação da aorta e da veia cava inferior em ilíacas comuns também é um achado importante.

Por fim, a bexiga e o reto podem ser visíveis a depender da altura do corte.

44
Q

Descreva a anatomia endoscópica

A

A endoscopia inicia-se na cavidade oral e chega até o
duodeno.

O endoscópio passa, portanto, pela cavidade oral, orofaringe, parte laríngea da faringe, esôfago, estômago e duodeno.

Na faringe já pode-se avaliar a presença de lesões, abaulamentos, fístulas, divertículos, funcionamento da musculatura da faringe e até mesmo do esfíncter esofagiano superior.

No esôfago avalia-se a integridade do epitélio, presença de metaplasia (possível esôfago de Barrett, úlceras e sinais de esofagite. Na passagem para o estômago avaliamos a capacidade de funcionamento do esfíncter funcional e linha Z de Zenker (passagem entre os epitélios do esôfago e do estômago).

Na cavidade gástrica deve-se buscar sinais de gastrite, adenocarcinoma e úlceras. Além disso, atrofias, avaliar as pregas cerebriformes e o canal gástrico. No antro pilórico já podemos avaliar a chegada da musculatura do piloro. Na passagem gastroduodenal é importante avaliar o funcionamento da musculatura.

Chegando no duodeno a primeira porção possui um pregueado longitudinal para permitir a passagem rápida do alimento e que deve ser avaliado. As paredes também devem ser estudadas em buscar de úlceras e outras lesões. Na segunda porção do duodeno observamos a abertura da papila maior do duodeno. Pode-se nesse momento, entrar nessa papila se o objetivo for estudar as vias biliares.

45
Q

Descreva a anatomia colonoscópica

A

A colonoscopia é o exame endoscópio que avalia desde o canal anal até a região do íleo terminal.

Nesse trajeto, portanto, passamos por canal anal, reto, cólon sigmoide, cólon descendente, cólon transverso, cólon ascendente, ceco e íleo terminal.

No canal avalia-se as colunas anais, a presença de lesões, abaulamentos ou hemorroidas.

No reto é importante a avaliação das pregas de Houston e também eventuais lesões.

Na passagem para o cólon sigmoide devemos avaliar as pregas e a presença de divertículos.

Nas demais regiões do cólon devemos sempre estar atentos para pólipos e lesões malignas ou pré-malignas, além de avaliar o pregueado mucoso.

Por fim, no ceco vemos a perviedade do óstio do apêndice e da papila óstio ileal e os recessos.

46
Q

Descreva a formação do sistema ázigo

A

O sistema ázigo forma-se ao nível de L5, a partir das veias lombares ascendentes e das veias lombares.

Forma-se à direita a veia ázigo e à esquerda a veia hemiázigo. Essas veias ascendentes drenando as paredes do dorso e toracabdominal, além de parte das vísceras do mediastino.

Além disso, as veias ázigo e hemiázigo estabelecem importantes anastomoses com a VCI em seu trajeto.

Ao nível de T4-T5 a veia ázigo cruza o plano mediano e drena para a veia ázigo.

A partir desse ponto forma-se pelas veias intercostais posteriores a veia hemiázigo, a qual continua drenando a parede torácica. Essa veia então cruza o plano mediano e também drena para a ázigo.

A veia ázigo, por fim, forma o arco da veia ázigo e drena para a veia cava superior.

47
Q

Descreva a formação da cisterna do quilo

A

A cisterna do quilo forma-se, normalmente, ao nível de LI, anteriormente ao corpo vertebral e posteriormente à aorta abdominal e à VCI.

Forma-se pela junção do tronco linfático intestinal com o tronco linfático lombar.

O tronco linfático intestinal é formado pela linfa dos linfonodos celíacos, mesentéricos superiores e inferiores. O tronco lombar vem dos linfonodos lombares direito e esquerdo. Forma-se então o ducto torácico que ascende pelo lado direito dos corpos vertebrais, até que cruza o plano mediano no tórax e chega à junção júgulo-subclávia esquerda.

48
Q

O que é hernia de hiato e por que ocorre

A

Definição: a hérnia de hiato é a protrusão do esôfago abdominal e parte do estômago ou do peritônio para o mediastino pelo hiato esofágico.

Bases anatômicas: a frouxidão da membrana frenoesofagiana permite que o esôfago e o cardia (ou demais partes do estômago) deslizem pelo hiato esofagiano (formado pelo pilar direito do diafragma) e alcance a cavidade torácica.

49
Q

O esfincter distal do esôfago é considerado um esfincter anatômico? Explique o por quê.

A

Não pois, a rigor, esfíncter é uma hipertrofia da musculatura circular. Isso não ocorre na porção distal do esôfago. O que temos são mecanismos fisiológicos que criam o chamado esfíncter funcional.

50
Q

Descreva os mecanismos fisiológicos antirefluxo e a fisiopatologia do refluxo.

A

5 mecanismos

  1. Membrana frenoesofagiana: é uma membrana formada pela continuidade das fáscias endotorácica e endoabdominal pelo diafragma e mantendo o esôfago na sua topografia, impedindo o seu deslizamento.
  2. Diferença de pressão entre o esôfago e cavidade abdominal. A pressão intra-abdominal é maior do que a pressão dentro do esôfago (pressão torácica). Assim, a tendência é de que as suas paredes de colabem impedindo a passagem.
  3. O próprio clearance esofagiano, isso é, a peristalse do esôfago que só ocorre no sentido supero-inferior.
  4. O hiato esofagiano no diafragma, durante a sua contração;
  5. O plexo venoso submucoso aumenta durante o período pós-prandial e auxilia a evitar o refluxo.

Quando ocorre refluxo geralmente é devido a uma falha em algum desses mecanismos (principalmente da membrana freno esofagiana e do clearance esofagiano) ou da capacidade do estomago em receber alimento.