Pediatria Flashcards
Imunizações:
Vacinas vivas (7) vs. não vivas (9)
Quais as vantagens e desvantagens/CI?
VIVAS:
Desvantagens: doença, interferência de anticorpos (< 1 ano)
Contraindicações: gestantes, imunossupressos (Prednisona >= 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia > 14 dias)
- Via intradérmica:
1. BCG - nascimento
- Via oral:
2. VOP - 15 meses e 4 anos
3. VORH - 2/4 meses
- intervalo mínimo de 4 semanas
- Subcutânea:
4. Febre amarela - 9 meses e 4 anos
5. Tríplice viral - 12 meses
6. Tetraviral - 15 meses
7. Varicela - 4 anos
NÃO VIVAS:
Vantagens: não causam doença, imunopotencializador/adjuvante, conjugadas (imunidade < 2 anos)
- Via intramuscular:
1.Hepatite A - 15 meses ou 12/18 meses (SBP)
2. Hepatite B - ao nascimento
3. Pentavalente (DTP, HIB, HB) - 2/4/6 meses
4. Pneumo-10 - 2/4/12 meses
5. VIP - 2/4/6 meses
6. Meningo AC - 3/5/12 meses
7. Meningo ACWY -
8. HPV - 9-14 anos 2 doses
9. Influenza
Imunizações:
Calendário Básico Vacinal da Criança
Ao nascer:
BCG
Hepatite B
Aos 2 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 3 meses e 15 dias)
Aos 3 meses:
Meningo-AC
Aos 4 meses:
Penta
VIP
Pneumo-10
VORH (até 7 meses e 29 dias)
Aos 5 meses:
Meningo-AC
Aos 6 meses:
Penta
VIP
Aos 9 meses:
Febre Amarela
Aos 12 meses:
Tríplice viral
Pneumo-10
Meninco-AC
Aos 15 meses:
Tetraviral
Hepatite A (12/18 meses - SBP)
VOP
DTP
Aos 4 anos:
Varicela
VOP
DTP
Febre Amarela
Imunizações:
Calendário Básico do:
Adolescente (6)
Adulto (6)
- e a pneumo 23?
Idoso (6)
Adolescente:
1. Hepatite B: 3 doses
2. dT: 3 doses + reforço de 10/10 anos
3. Tríplice viral: 2 doses
4. Febre amarela: 1 dose (reforço só se < 5 anos)
5. HPV: 2 doses (9-14 anos)
6. Meningo ACWY (11-14 anos)
Vacinação entre 20-59 anos
1. Hepatite B: 3 doses
2. dT: 3 doses + reforço a cada 10 anos
3. Febre amarela: 1 dose (idoso apenas se alto risco)
4. Tríplice viral:
a. 1 dose >= 30 anos
b. 2 doses <= 29 anos
5. Varicela: 2 doses
6. HPV: 3 doses (15-45 anos)
- pode ser recomendada Pneumo 23 valente?
Pela AMRIGS 2019 sim: 1 dose
Vacinação >= 60 anos:
1. Hepatite B: 3 doses
2. dT: 3 doses + reforço a cada 10 anos
3. Febre amarela: 1 dose (idoso apenas se alto risco)
4. Pneumococo (asilados e morbidades - prioridade):
Pneumo-13 (VPC13) >
Pneumo-23 (VPP23) (6 meses) >
Pneumo-23 (VPP23) (5 anos - reforço)
5. Influenza
6. Herpes-Zóster: 1 ou 2 doses
Imunizações:
Contraindicações para com a VORH/VOP (5)
Contraindicações para com a Febre amarela (6)
VOP/VORH:
Contraindicações:
1. Imunossupressos
2. Contactantes de imunossupressos
3. Hospitalizados
4. Invaginação intestinal prévia (VORH)
5. Malformação congênita de TGI não corrigida (VORH)
Febre amarela:
Contraindicações:
1. < 6 meses
2. Amamentação em < 6 meses (suspensão por 10d)
3. Anafilaxia a ovo
4. Gestação
5. Doença do timo
6. Imunossupressão (HIV se CD4 < 200/15%)
Eventos adversos da vacinação com a Pentavalente:
Grupos de pacientes (4)
Conduta
Penta/DTP:
Eventos adversos:
1. Febre alta/choro incontrolável: sintomáticos
2. Hipotonia/Hiporresponsividade/Convulsão: DTPa
3. Encefalopatia: DT
4. Anafilaxia: suspensão completa de vacinação
Quais as vacinas contra o pneumococo?
Quando indicadas?
Pneumocócicas:
1. Pneumo-23: > 2 anos com comorbidades ou idosos institucionalizados
2. Pneumo-13-C: > 5 anos com HIV, neoplasia, transplantes SEM Pneumo-10 prévia (segunda dose de Pneumo-23)
3. Pneumo-10: calendário básico vacinal, pode ser aplicada até os 5 anos
Sorologia pós vacinal para HBV:
Quando indicada?
Qual a conduta?
E se abaixo do esperado?
Qual a particularidade na gestante?
Sorologia pós vacinal para imunossupresso, profissionais da saúde e doentes renais
- 30-60 dias após a terceira dose
- espera-se anticorpos > 10 unidades internacionais
Abaixo do esperado:
Se < 10 unidades internacionais: repetir esquema
Se sorologia > 60 dias da última dose: aplicar mais uma dose da vacina
E se gestante?
Gestante com anti-HbS - e HbSAg - vacinada: 1 dose de reforço é recomendada
BCG:
Contraindicações (5)
Efeitos adversos (3) - conduta
BCG:
Contraindicações:
1. Peso < 2000g
2. Doença cutânea extensa
3. Imunossupressão
4. Imunomodulador na gestação (6 meses)
5. Comunicante domiciliar bacilífero (profilaxia)
EAs: úlcera > 1cm após 12s; abcesso SC; linfadenopatia regional supurada > Isoniazida
Profilaxia pós-exposição:
Tétano:
Como é feita?
> = 3 doses e última < 5 anos:
Não fazer profilaxia
> = 3 doses e última 5-10 anos:
Ferimento risco mínimo: não fazer
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
> = 3 doses e última > 10 anos:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação
* idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT
** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT
< 3 doses ou incerta:
Ferimento risco mínimo: vacinação
Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT
Profilaxia pós-exposição:
Raiva:
Como é feita?
- Acidente com animal de produção:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação
Exposição grave: vacinação + soro - Acidente com animal silvestre:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação + soro
Exposição grave: vacinação + soro - Acidente com cão/gato:
- observar animal por 10 dias, se necessário:
Exposição indireta: nada
Exposição leve: vacinação
Exposição grave: vacinação + soro
+ Amoxi-Clav 3-5 dias
- Vacinação IM ou ID 4 doses (0-3-7-14 dias)
- Soro/imunoglobulina: até 7° dia da vacina, depois CI
ITU na Pediatria:
Fatores de risco (6)
Diagnóstico
Tratamento
Fatores de risco:
1. Sexo masculino < 1 ano (não circuncisado)
2. Sexo feminino >= 1 ano (10:1)
3. Refluxo vesicoureteral
4. Disfunção vesical
5. Obstrução urinária
6. Constipação
Diagnóstico:
-EAS: estearase leucocitária (alta S), nitritos (alta E), leucócitos >= 5
-Urocultura
1. Jato médio: >= 100.000 UFC/ml
2. Cateterismo: >= 50.000 UFC/ml
3. Punção suprapúbica (padrão-ouro): qualquer ou >= 50.000 em algumas referências
4. Saco coletor: melhor para exclusão de diagnóstico
Tratamento:
1. ITU afebril (cistite): 3-5 dias
Nitrofurantoína
Bactrim
Cefalexina
2. ITU febril (pielonefrite): 7-14 dias
a. Ambulatorial:
Amoxi-clav
Ciprofloxacino
Cefuroxima
b. Hospitalar (graves, < 3 meses):
Ceftriaxone
Ampi + Genta
ITU na Pediatria:
Agentes etiológicos e particularidades (7)
- E. coli
> 90% dos casos no sexo feminino - Proteus
Sexo masculino / nefrolitíase por Estruvita - Klebsiella
Segunda mais comum no sexo feminino - Pseudomonas
Manipulação uretral - Enterococos
Gram + mais comum no sexo masculino - S. saprophyticus
- Adenovírus
Cistite hemorrágica e urocultura negativa
ITU na Pediatria:
Avaliação complementar com exames de imagem:
Qual exame pedir? (3)
Quais suas particularidades?
Indicações:
1. Primeira ITU febril na infância:
a. USG de vias urinárias, se alterada:
b. Uretrocistografia miccional
2. Se dois episódios de pielonefrite na infância:
a. Uretrocistografia miccional
- < 2 anos: profilaxia até realização de investigação
- > = 2 anos: sem profilaxia, mas fazer investigação
Exames:
1. USG de vias urinárias: fatores de risco
2. Uretrocistografia miccional: diagnóstico e classificação do refluxo vesicoureteral
-pedir urinocultura antes
3. Cintilografia renal com DMSA: morfologia do parênquima renal
- padrão-ouro para dx agudo de pielonefrite (hipocaptação de DMSA por inflamação)
- avaliação de cicatrizes / fibrose (não captação)
ITU na Pediatria:
Condições relacionadas:
Refluxo vesicoureteral
Válvula de uretra posterior
- Refluxo vesicoureteral:
Primário (mais comum): inserção anômala do ureter
Secundário: a aumento de pressão intravesical
Prognóstico: resolução espontânea até os 5 anos
Quimioprofilaxia ITU para grau >= 3
Diagnóstico: uretrocistografia miccional - Válvula de uretra posterior:
Malformação congênita do sexo masculino
Hidronefrose fetal bilateral + distensão vesical
Sinal da fechadura (uretra prostática dilatada)
Manter sondada até resolução da obstrução
ITU na Pediatria:
Qual o tratamento profilático? (4)
E o Ácido Nalidíxico?
1, Nitrofurantoína
2. Bactrim
3. Cefalexina
- cefadroxila em substituição, com melhor aceitação
E o Ácido Nalidíxico?
Pode ser usado como tratamento, mas não como profilaxia
Doenças exantemáticas:
Exantema + febre simultâneos:
Quais as etiologias? (2)
Quais as suas particularidades?
- SARAMPO 36
-Agente etiológico: Paramixovírus
-Transmissão: aerossóis: 6 dias antes-4 dias pós rash
-Clínica: febre alta progressiva + Enantema de KOPLIK
-Exantema: MORBILIFORME RETROAURICULAR, progressão craniocaudal
-Descamação: furfurácea
-Tratamento: 2 doses de Vitamina A (D1 e D2) + notificação imediata
-Profilaxia:
» Vacinação: 12 meses e 15 meses
» Vacinação de bloqueio <= 3 dias
suscetível > 6 meses
» Imunoglobulina <= 6 dias
imunossupresso, gestante suscetível, < 6m
-Complicações: OMA (mais comum), pneumonias (maior causa de morte), encefalite (maior letalidade) - RUBEOLA
-Agente etiológico: togaviridaea
-Transmissão: 5-7 dias antes à 5-7 dias pós rash
-Clínica: LINFADENOPATIA retroauricular, occipital e cervical
-Exantema: RUBEOLIFORME de progressão craniocaudal rápida, precedido ou não de manchas de FORSCHEIMER (enantemas)
-Profilaxia: vacinação 12 e 15 meses e vacinação de bloqueio
-Complicações:
» Rubéola congênita: surdez, catarata e cardiopatia congênita
» Artropatia
Doenças exantemáticas:
Exantema pós febre:
Quais as etiologias? (2)
Quais as suas particularidades?
- EXANTEMA SÚBITO (roséola):
Agente etiológico: Herpesvirus humano tipo 6 ou 7
Epidemiologia: mais comum do lactente (> 6 meses)
Clínica: Febre alta que some subitamente
Exantema: maculopapular iniciado em TRONCO
Diagnóstico diferencial: farmacodermia (prurido, eosinofilia)
Complicações: crise febril - ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Agente etiológico: Parvovírus B19
Transmissão: não ocorre na fase exantemática (processo imunomediado)
Clínica:
» Primeira fase: fase esbofeteada
» Segunda: exantema RENDILHADO tronco e membros, poupa palma e planta mãos e pés
» Terceira: recidivas 1-3 semanas
Complicação - Crise aplástica:
- Ocorre em anemia hemolítica
- Anemia acentuada + reticulocitopenia
Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Varicela 54:
Particularidades e diagnóstico diferencial
Indicações de Aciclovir VO (5) e EV (3)
Profilaxia (3)
Complicações (5)
VARICELA 54
-Agente etiológico: Vírus varicela-zóster
-Transmissão: aerossóis até lesões virarem crostas
-Clínica: fase prodrômica em adolescentes/adultos
-Exantema: vesicular, pruriginoso, polimorfismo regional, distribuição centrípeta e progressão centrífuga, acometendo mucosas
Evolução: mácula > vesícula > pústula > crosta
- Diagnóstico diferencial: Monkey Pox
a. ausência de polimorfismo regional
b. lesões dolorosas e não pruriginosas
-Tratamento:
a. Aciclovir VO:
> 12 anos
2° caso no mesmo domicílio
Doença pulmonar / cutânea crônicas
Corticoide não imunossupressor
AAS (Síndrome de Reye)
b. Aciclovir EV:
Imunossupressos
RNs (?)
Varicela progressiva
c. anti-histamínicos para prurido
-Profilaxia:
1. Vacinação: 15 meses e 4 anos
2. Pós exposição:
- Vacinação até 5° dia (ideal até 3° dia)
- IGHAVZ até o 4° dia
-Complicações:
1. Infeção bacteriana (mais comum): GAS e S. aureus
Tratamento: Cefalexina, amoxi, amoxi-clav
2. Varicela progressiva (mais grave)
3. Varicela congênita
4. Ataxia cerebelar aguda
5. Encefalite
Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Varicela 54:
Profilaxia pós contato:
Como é feita? (2)
Quais as indicações de vacinação (2) e IGHAVZ (5)?
- Vacinação de bloqueio:
Até o quinto dia, ideal até o terceiro
Em > 9 meses
- Indicações - MS: - Internados > 9 meses = bloqueio hospitalar
- > 9 meses e < 7 anos = surto em creche/escola
- Imunoglobulina Hiperimune para Varicela:
Até o quarto dia
- Indicações: - Imunossupressos
- Gestantes suscetíveis
- RN prematuros (< 28 dias):
< 28 semanas sempre
>= 28 semanas se mãe sem varicela - RN de mulher com Varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
- < 9 meses hospitalizado para evitar surto hospitalar
Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Doença mão-pé-boca-cóccix
Agente, clínica e complicação
Agente: Coxsackievirus A16 (enterovírus menos)
Clínica: Vesículas e úlceras em cavidade oral + exantema vesicular em mão, pé e nádega
Complicação: onicomadese