PED02 - Síndromes Respiratórias na Infância Flashcards

1
Q

Quais os sinais e sintomas que nos fazem pensar em infecção respiratória aguda?

A
  • Tosse.
  • Coriza.
  • Dor de garganta.
  • Dificuldade respiratória.
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2
Q

Quais são os dois sintomas que nos ajudam a classificar as infecções respiratórias agudas?

A
  • Estridor (predominantemente inspiratório): obstrução de vias de condução extrapleurais.
  • Taquipneia: vias aéreas infeiores.
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3
Q

Quais os valores de frequência respiratória que nos permitem diagnosticar taquipneia?

A
  • Até 2 meses: ≥ 60ipm.
  • De 2 meses a 1 ano: ≥ 50ipm.
  • De 1 ano a 5 anos: ≥ 40ipm.
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4
Q

Como podemos classificar as infecções respiratórias agudas de acordo com seus sintomas cardinais?

A
  • SEM taquipneia e SEM estridor: infecção de vias aéreas superiores.
  • COM estridor (independente da FR): doenças periglóticas.
  • COM taquipneia e SEM estridor: pneumonia.
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5
Q

Quais são as principais doenças das vias aéreas superiores?

A
  • Resfriado comum.
  • Faringite bacteriana aguda.
    + suas complicações e diagnósticos diferenciais.
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6
Q

Qual o agente etiológico do resfriado comum?

A
  • Principalmente rinovírus.
  • Outros: vírus sincirsial respiratório, influenza, parainfluenza, coronavírus…
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7
Q

Como podemos classificar o resfriado comum quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR? Qual a marca dessa doença?

A

SEM taquipneia e SEM estridor. Presença de sintomas catarrais.

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8
Q

Qual o quadro clínico do resfriado comum? Tem algum sintoma obrigatório?

A
  • Coriza (inicialmente clara e hialina depois mucopurulenta).
  • Obstrução nasal (presença de roncos pela secreção em via aérea).
  • Tosse, principalmente a noite (gotejamento posterior).
  • Febre que pode ou não ser alta.

Coriza e obstrução nasal são obrigatórios.

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9
Q

No resfriado comum pode haver desconforto respiratório? Justifique.

A

Sim. A criança depende muito da respiração nasal e como na doença o nariz está obstruído pode haver certo desconforto.

*Desconforto respiratório é diferente de taquipneia!

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10
Q

Qual o tratamento do resfriado comum?

A
  • Lavagem nasal com soro.
  • Aumento da ingesta de líquidos.
  • Analgésicos/antipiréticos (dipirona, paracetamol…).
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11
Q

Pode-se usar AAS como analgésico/antipirético em uma criança com resfriado comum?

A

Não. Pela possível ocorrência da Síndrome de Reye (encefalopatia + lesão hepática). AAS aumenta o risco da síndrome, assim como o vírus influenza e o varicela zoster.

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12
Q

Quais medicamentos usados rotineiramente na prática como tratamento para o resfriado comum não devem ser utilizados pela ausência de evidência?

A
  • Antitussígenos.
  • Descongestionantes.
  • Mucolíticos.
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13
Q

Mel pode ajudar a reduzir a tosse noturna no resfriado comum?

A

Sim, mas não deve ser dado a menores de 1 ano pelo risco de botulismo.

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14
Q

Quais as principais complicações do resfriado comum? Qual a mais comum?

A
  • Otite média aguda (OMA).
  • Sinusite bacteriana aguda.

A OMA é a complicação mais comum.

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15
Q

Qual o quadro clínico da otite média aguda?

A
  • Dor
    > Queixa em local específico (crianças maiores).
    > Irritabilidade (crianças menores).
  • Otorreia com redução da dor.
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16
Q

Qual a ocorrência média de resfriado comum em crianças?

A

6-8x/ano ou 10-12x/ano se em escolas.

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17
Q

Qual a duração média dos sintomas no resfriado comum?

A

5-7 dias.

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18
Q

Qual o principal método de prevenção do resfriado comum?

A

Lavagem de mãos.

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19
Q

Qual é o exame confirmatório da otite média aguda? O que ele identifica?

A

Otoscopia (melhor avaliação com otoscopia pneumática), identifica a membrana timpânica com:
- Hiperemia.
- Opacidade.
- Abaulamento.
- Otorreia (as vezes é possivel identificar orifício de saída na membrana).

*Membrana normal: transparente, brilhante, côncava, móvel, presença do triângulo luminoso.

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20
Q

Membrana timpânica hiperemiana e opáca é um achado exclusivo da OMA? Justifique.

A

Não, o próprio resfriado comum ou mesmo o choro podem fazer com que a membrana adquira essas características.

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21
Q

Qual sinal da otoscopia é o mais acurado para diagnóstico de OMA?

A

Membrana timpânica abaulada.

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22
Q

O que é otite EXTERNA? Qual o fator de risco mais importante? Qual o agente etiológico?

A

Uma inflamação da orelha externa, o fator de risco principal é tomar banhos de piscina e o agente etiológico é o Pseudomonas.

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23
Q

Qual a sintomatologia e o tratamento da otite EXTERNA?

A

Otorreia que vem da orelha externa (membrana timpânica integra) e hiperemia de canal auditivo com dor associada. O tratamento é o uso de antibiótico tópico.

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24
Q

Qual o tratamento da OMA?

A
  • Analgésico e antipiréticos.
  • Antibiótico.
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25
Q

Quais grupos merecem antibiótico na OMA?

A
  • Menores de 6 meses: todos.
  • Entre 6m-2 anos:
    > OMA Bilateral.
    > Otorreia.
    > Doença grave.
  • Maiores de 2 anos:
    > Otorreia.
    > Doença grave.
  • Doença grave: OMA moderada a grave (ex.: impede de dormir ou comer) OU febre maior que 39°C OU dor maior que 48h.

** Demais casos é POSSÍVEL observar.

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26
Q

Como deve ser realizado a escolha do tipo de antibiótico na OMA? Qual a duração do tratamento?

A
  1. Amoxicilina
  2. Amoxicilina com clavulonato SE:
    - Otite com conjuntivite (cobrir “EYE”mófilo).
    - Uso de ATB nos últimos 30 dias.
    - Falha da terapêutica inicial.

A duração do tratamento é individualizado em média 7-10 dias.

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27
Q

Quais os patógenos mais comuns na OMA?

A
  • S. pneumoniae (pneumococo).
  • H. influenza.
  • Moraxella catarhalis.
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28
Q

Quais as principais complicações relacionadas a OMA?

A
  • Otite média com efusão.
  • Mastoidite.
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29
Q

O que é a otite média com efusão (ou serosa)? Qual o tratamento?

A

Uma otite que ocorre após a OMA e cursa com efusão SEM infecção aguda. Normalmente tem evolução favorável só sendo necessário tratamento se doença demorar mais de 3 meses (risco de redução da acuidade auditiva com dificuldade de aprendizagem concomitantemente).

Tratamento: colocação de tubo de ventilação na membrana timpânica por oftalmologista.

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30
Q

Quais os sintomas da mastoidite aguda?

A
  • Periostite.
  • Edema retroauricular (apagamento do sulco retroauricular).
  • Deslocamento do pavilhão (laterização da orelha).
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31
Q

Qual o tratamento da mastoidite aguda?

A

Internação + antibioticoterapia EV + TC (não é obrigatória).

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32
Q

Qual o local de acometimento da sinusite bacteriana aguda?

A
  • Menores de 5 anos: seio maxilar e etmoidal.
  • Após os 7 anos começa a se desenvolver o seio frontal e a sinusite também o atinge.
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33
Q

Qual o quadro clínico da sinusite bacteriana aguda?

A

Semelhante ao do resfriado comum com três principais alterações.
- Quadro arrastado: sintomas por mais de 10 dias, tosse noturna e diurna.
- Quadro grave: mais de 3 dias de febre maior que 39°C, presença de secreção purulenta.
- Quadro que piora (bifásico).

*Todos esses quadros também podem estar presente no resfriado comum, mas aumentam a chance de ser sinusite bacteriana aguda.

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34
Q

Um “quadro arrastado” com sintomas de um resfriado comum pode ser entendido como que patologia?

A

Classicamente é um indício de sinusite bacteriana aguda. Atualmente, ele é melhor entendido como uma sinusite pós-viral e que NÃO merece tratamento com antibióticos.

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35
Q

Qual a etiologia da sinusite bacteriana aguda?

A

Igual a da OMA:
- S. pneumoniae (pneumococo).
- H. influenza.
- Moraxella catarhalis.

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36
Q

Qual o tratamento da sinusite bacteriana aguda? Qual a duração do tratamento?

A

Amoxicilina. Individualizar tratamento, normalmente mantem por 7 dias após melhora.

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37
Q

Qual a complicação mais temida da sinusite bacteriana aguda? Qual a sintomatologia e como trata-la?

A

É a celulite orbitária, que cursa com:
- Inflamação da pálpebra.
- Proptose.
- Dor a movimentação.
- Edema na conjuntiva.

Tratamento: internar + ATB + TC.

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38
Q

Como realizar o diagnóstico diferencial entre celulite periorbiária e celulite orbitária?

A

Célulite periorbitária é pré-septal, ou seja, apenas os tecidos adjacentes a orbita estão inflamados e cursa com inflamação na pálpebra e mais nada. A celulite orbitária é um quadro muito mais grave que cursa com:
- Inflamação da pálpebra.
- Proptose.
- Dor a movimentação.
- Edema na conjuntiva.

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39
Q

Quando devemos suspeitar de rinite alérgica, sífilis congênita e corpo estranho no diagnóstico diferencial de resfriado comum?

A
  • Rinite alérgica: tem sintomas similares a um resfriado comum mas cursa com mais com prurido, espirros e palidez de mucosa. Tem a presença de gatilhos para início dos sintomas. Tratamento: corticoide nasal e anti-histamínicos.
  • Sífilis congênita: primeiros três meses de vida. Cursa com obstrução nasal intensa e secreção sanguinolenta.
  • Corpo estranho: rinorreia fétida e sanguinolenta geralmente unilateral.
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40
Q

Como podemos classificar a faringite bacteriana aguda quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR? Qual a marca dessa doença?

A

SEM taquipneia e SEM estridor. SEM sintomas catarrais e COM dor de garganta.

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41
Q

Qual o quadro clínico da faringite bacteriana aguda? Quem é mais acometido?

A

Epidemiologia: criança de 5-15 anos (antes de 3 anos alta chance de ser viral). Clínica:
- Febre alta.
- Dor de garganta.
- Exsudato amigdaliano.
- Petéquias em palato.
- Adenomegalias cervical dolorosa.
- Manifestações atípicas: dor abdominal, vômitos…
- NÃO tem sintomas catarrais (coriza e tosse).

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42
Q

Qual o agente etiológico da faringite bacteriana aguda?

A

Streptococos beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes).

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43
Q

Qual o agente etiológico mais comum nas faringites agudas: vírus ou bactérias?

A

Vírus.

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44
Q

O exudato amigdaliano e as petéquias em palato são exclusivos da faringite bacteriana?

A

Não. Podem também estar presentes nas faringites virais, mas as petéquias em palato é o sinal mais acurado para faringite bacteriana.

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45
Q

Quais os diagnósticos diferenciais da faringite bacteriana aguda?

A
  • Herpangina.
  • Adenovirose.
  • Mononucleose.
  • PFAPA.
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46
Q

O que é herpangina? Qual a sintomatologia, o agente etiológico e o tratamento?

A

Herpangina: cursa com faringite, febre alta e úlceras dolorosas em cavidade oral gerando dificuldade para deglutir (ver se não tem úlceras em mão e pé se não é doença de mão-pé-boca). O agente etiológico é o Coxsackie A e o tratamento é analgésicos/antipiréticos.

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47
Q

O que é adenovirose? Qual a sintomatologia, o agente etiológico e o tratamento?

A

Adenovirose: faringite com conjuntivite, adenomegalia pré-auricular e febre faringoconjuntival. É um tipo de faringite viral aguda e o agente etiológico é o adenovírus.

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48
Q

O que é mononucleose? Qual a sintomatologia e o agente etiológico?

A

Mononucleose: faringite com linfadenopatia generalizada, esplenomegalia e linfocitose com atipia. Ao tratar com amoxicilina (erro diagnóstico com faringite viral) 90% evolui com rash. Agente etiológico: Epstein bar vírus.

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49
Q

O que é PFAPA? Qual a sintomatologia e o tratamento?

A

PFAPA: episódios recorrentes (recorrem a cada 8 semanas em média) e autolimitados (curam sem tratamento específico) de:
> Febre periódica.
> Estomatite aftosa.
> Faingite.
> Adenite.

Suspeita: quadros recorrentes + aftas + culturas negativas.
Tratamento: corticoide (rápida resposta).

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50
Q

Como é realizado o diagnóstico da faringite bacteriana aguda?

A

Inicia realizando teste rápido.
> SE positivo: trata.
> SE negativo faz cultura e aguarda.

Resultado da cultura:
> Positivo: trata.
> Negativo: reavalia e acompanha.

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51
Q

Qual o exame padrão ouro para diagnosticar a faringite bacteriana aguda?

A

Cultura.

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52
Q

Em adultos com faringite aguda de etiologia a esclarecer com teste rápido negativo devemos fazer cultura? E em crianças?

A

Em adultos não fazemos cultura pois a probabilidade pré-teste de ser faringite bacteriana aguda é baixa, como em crianças essa probabilidade é maior solicitamos cultura e aguardamos resultado sem usar ATB.

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53
Q

Qual o tratamento da faringite bacteriana aguda?

A
  • Penicilina benzatina (primeira opção).
  • Amoxicilina por 10 dias.

*Se paciente alérgico a penicilinas as opções são: cefalosporina (alergia leve) e macrolídeos (alergia grave/anafilaxia).

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54
Q

Qual o grande objetivo de tratar a
faringite bacteriana aguda com antibiótico?

A

Prevenir febre reumática, para isso devemos tratar com até 9 dias do início do quadro.

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55
Q

Quais as complicações não supurativas da faringite bacteriana aguda? E as supurativas?

A
  • Não supurativas:
    > GNDAPE.
    > Febre reumática.
  • Supurativas:
    > Abcesso peritonsilar.
    > Abcesso retrofaríngeio.
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56
Q

Qual a clínica do abcesso peritonsilar? Como diagnostica-lo? E qual a conduta?

A
  • Amigdalite.
  • Disfagia e sialorreia (não consegue deglutir a própria saliva).
  • Trismo (não consegue fechar a boca).
  • Desvio de úvula (contra-lateral ao abcesso).

Diagnóstico: clínica +/- USG.

Conduta:
- Internar.
- ATB que cubra Streptococos do grupo A e anaeróbios (geralmente gentamicina).
- Drenagem do abcesso por:
> Aspiração por agulha calibrosa (ambulatorial e método de escolha).
> Incisão e drenagem (cirúrgico se a aspiração não resolver).

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57
Q

A faringite bacteriana aguda é considerada uma complicação do resfriado comum?

A

Não, ela já começa como uma doença bacteriana não sendo complicação de uma doença viral, como a sinusite bacteriana aguda.

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58
Q

Como fazer o diagnóstico diferencial entre as complicações supurativas da faringite bacteriana aguda?

A
  • Abcesso peritonsilar: adolescentes e jovens adultos com disfagia, sialorreia e trismo.
  • Abcesso retrofaríngeo: crianças com menos de 5 anos com disfagia e torcicolo.
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59
Q

O que é a angina de LudWing? Qual a sintomatologia e o tratamento?

A

A angina de LudWing é uma infecção bacteriana do espaço submandibular cursa com febre alta, disfagia e elevação do assoalho da orofaringe. Normalmente se iniciam com alguma problema odontológico (ex.: cárie). O tratamento é ATB + drenagem + cuidados odontológicos.

60
Q

O que é tosse em staccato? Em qual doença ela é comum?

A

É uma tosse que surge em breves e repentinas explosões. As pessoas tossem uma vez, depois param e tossem de novo, muitas vezes repetidamente. É típica dos casos de pneumonia afebril do lactante causadas por clamídia.

61
Q

A febre familiar do Mediterrâneo cursa com qual sintomatologia? Qual a similaridade com PFAPA?

A

Quadros recorrentes de serosite, dores abdominais, torácicas e articulares. Ela também recorre, assim como a PFAPA, mas a sintomatologia é bem diferente.

62
Q

Como podemos classificar uma sinusite como aguda ou crônica?

A
  • Aguda: menos de 12 semanas.
  • Crônica: mais de 12 semanas.
63
Q

Qual o agente etiológico mais comum da traqueíte bacteriana aguda?

A

Staphylococcus aureus.

64
Q

Como podemos classificar a epiglotite aguda quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?

A

COM estridor e frequência respiratória variável.

65
Q

Qual o quadro clínico da epiglotite aguda?

A
  • Agudo (poucas horas) e fulminante.
  • Febre alta.
  • Toxemia (estado geral gravemente comprometido).
  • Dor de garganta.
  • Disfagia/sialorreia.
  • Estridor (obstrução de VA iminente).
  • Posição do tripé.
  • Voz em “batata quente”.
66
Q

O que é a posição do tripé? De qual doença ela é característica?

A

Posição na qual a criança fica inclinada para frente, com hiperextensão cervical e com a língua para fora demostrando alta esforço respiratório e obstrução de VA próxima na epiglotite aguda.

67
Q

Qual o agente etiológico da epiglotite aguda?

A

Haemophilos tipo B (prevenível com vacina).

68
Q

Qual a conduta na epiglotite aguda?

A
  • Prioridade: garantir via aérea (IOT extremamente difícil).
  • Antibioticoterapia.
  • A doença tem bom prognóstico após IOT.
69
Q

Como podemos classificar a laringotraqueíte viral quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?

A

COM estridor e frequência respiratória variável.

70
Q

Qual a etiologia da laringotraqueíte viral?

A

Vírus parainfluenza (75% dos casos).

71
Q

Qual o quadro clínico da laringotraqueíte viral? Qual o sintoma mais específico da doença?

A
  • Pródromos catarrais.
  • Febre baixa.
  • Tosse metálica.
  • Estridor.
  • Rouquidão (sintoma mais específico, doença acomete também as cordas vocais).
72
Q

Como diferenciar epiglotite aguda de laringotraqueíte viral?

A

A laringotraqueíte viral tem um quadro menos agudo com evolução em dias, apresentando pródromos catarrais (o início do quadro parece um resfriado comum). A epiglotite aguda tem um quadro agudo e grave que dura poucas horas e pode cursar com morte iminente se via aérea não for garantida.

73
Q

Tosse metálica, estridor e rouquidão fazem parte de qual diagnóstico sindrômico?

A

Grupe que pode ser viral ou bacteriana.

74
Q

Como é feito o diagnóstico da laringotraqueíte viral?

A

Clínico.

75
Q

O sinal da torre/sinal da ponta do lápis é uma marca radiológica comum em qual doença?

A

Laringotraqueíte viral.

*A radiografia não deve ser solicitada de rotina o diagnóstico é clínico.

76
Q

Como é o tratamento da laringotraqueíte viral?

A
  • COM estridor em repouso (doença grave):
    > Adrenalina por nebulização (reduz edema e tem uma resposta rápida). Fazer 0,5 ml/Kg sem diluir.
    > Corticoide (dexametasona), demora mais para agir, mas tem ação duradoura.

*Aguardar 2-4h após administração das medicações para verificar melhora continuada (o efeito da adrenalina pode passar antes do efeito do corticoide começar a agir e, assim, a sintomatologia voltar).

  • SEM estridor em repouso (sem gravidade):
    > Corticoide.
77
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da laringotraqueíte viral? Como realizia-lo?

A

Laringite estrudulosa (grupe espasmático). Não tem pródromos, ocorre despertar súbito com sintomas. Normalmente chega ao médico sem sintomas, se chega sintomático o tratamento é igual a grupe viral. Geralmente recorre algumas vezes.

78
Q

Qual a principal complicação da laringotraqueíte viral?

A

Traqueíte bacteriana (grupe bacteriano).

79
Q

Qual a sintomatologia da grupe bacteriana? E o tratamento?

A
  • Presença de membranas de pus na via aérea.
  • Febre alta e piora clínica.
  • Resposta parcial ou ausente a adrenalina (o problema não é o edema e sim o pus).
  • Paciente grave.

Tratamento: suporte (com IOT se necessário) e ATB.

80
Q

O sinal radiológico do polegar é marca de qual doença?

A

Epiglotite aguda.

*A radiografia não deve ser solicitada de rotina, pois o diagnóstico é clínico.

81
Q

Como é realizado o diagnóstico na epiglotite aguda?

A

Clínica + visualização da epiglote.

*A epiglote só deve ser visualizada na hora da IOT, pois ela pode ocluir durante a visualização.

82
Q

Como podemos classificar a pneumonia quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?

A

COM taquipneia e SEM estridor.

83
Q

Uma criança com taquipneia necessariamente tem pneumonia?

A

Não. Condições como febre, dor e choro podem causar uma taquipneia leve, sendo necessário resolver essas questões e depois reavaliar.

84
Q

Quais são os tipos de pneumonias? Como diferencia-las?

A
  • Bacterianas: agudo e grave.
  • Atípica: insidioso.
  • Viral (bronquilite): sibilos.
85
Q

Qual o quadro clínico de uma pneumonia bacteriana?

A
  • Pródromos catarrais (principalmente em crianças pequenas, crianças maiores costumam ter quadro mais agudo).
  • Febre alta.
  • Tosse.
  • Taquipneia.
  • Sinais clássicos.
    > Estertores.
    > Aumento do FTV.
    > Macicez.
    > Broncofonia (voz mais alta).
    > Pectorilóquia afônica (percepção clara do som mesmo com voz cochichada).
  • Sinais de gravidade
    > Tiragem subcostal.
    > Batimento da asado nariz.
    > Gemência.
    > Cianose.
    > SatO2<92%.
86
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns da pneumonia bacteriana?

A

<1-2 anos: S. agalactiae (grupo B), gram negativos entéricos.
> 1-2 anos: S. pneumoniae (mais comum) e Staphylococcus.

87
Q

Qundo suspeitar de uma pneumonia bacteriana por Staphylococcus?

A
  • < 1 ano.
  • Mais grave.
  • Com complicações (principalmente derrame, pneumatocele* e abcesso).
  • Presença de porta de entrada.

*Mais associado com Staphylococcus.

88
Q

Como é realizada a avalição complementar na pneumonia bacteriana? Quais as indicações de solicitar esses exames?

A
  • Radiografia de tórax: NÃO é obrigatória, indicar nas hospitalizações.
  • Hemograma e prova de atividades inflamatórias (PCR, Procalcitonina): indicar nas hospitalizações, alto valor preditivo negativo (valores normais afastam pneumonia bacteriana).
  • Hemocultura: indicar nas hospitalizações.
89
Q

Qual a utilidade da radiografia de tórax na pneumonia bacteriana?

A
  • Pode sugerir etiologia (mas a clínica continua sendo soberana).
  • Alterações possíveis na pneumonia bacteriana:
    > Consolidações.
    > Aerbroncogramas (ar na árvore brônquica, parte escura marginada por parte clara).
    > Pneumonia redonda (área radiopaca circular).
  • Pode indicar complicações:
    > Pnematocele (imagem cavitária de parece fina).
    > Abcesso (imagem cavitária de parede espessa com nível hidroaéreo - mais comum em pneumonias broncoaspirativas).
    > Derrame pleural.
90
Q

O que é o sinal radiológico da vela de barco? O que ele indica?

A

Imagem radiopaca bilateral em região superior do tórax presente em crianças com menos de 1-2 anos. Representa o timo.

91
Q

Qual o agente etiológico mais comum das pneumonias bacterianas? E o das pneumonias bacterianas que cursam com derrame pleural?

A

Nos dois casos o S. pneumoniae é
o mais comum. O Staphylococcus quando presente costuma dar derrame, mas a incidência do pneumococo é tão maior que ainda assim ele é mais prevalente na pneumonia com derrame.

92
Q

Quais são as indicações de hospitalização nos quadros pneumônicos?

A
  • Idade menor que 2 meses.
  • Comprometimento respiratório grave (MS/SBP consideram tiragem subcostal como critério de internamento obrigatório, a OMS discorda).
  • Sinais gerais de perigo:
    > Vomita tudo que ingere.
    > Incapaz de beber líquido ou mamar.
    > Lertargia/torpor.
    > TEC > 2s.
    > Batimento da asa nasal/gemência.
    > Convulsões ou movimentos anormais há menos de 72h.
  • Doenças de base.
  • Complicações (ex.: derrame pleural).

*Tiragem intercostal não é considerado como comprometimento respiratório grave.

93
Q

Qual o tratamento das pneumonias bacterianas?

A

< 2 anos: ampicilina e aminoglicosídeo (ex.: gentamicina).

> 2 meses:
AMBULATORIAL: amoxicilina VO (cerca de 7 dias em média). Reavaliar em 48h.
HOSPITALAR: penicilina IV (opção: ampicilina ou amoxicilina).

*A conduta de primeira linha é a penicilina, a SBP afirma que o tratamento com amoxicilina pode ser realizado, mas não é o preconizado pela maioria das fontes.

94
Q

Quais as causas de falha no tratamento de uma pneumonia bacteriana?

A
  • Erro no tratamento.
  • Resistência antibiótica.
  • Pneumonia viral.
  • Complicações (causa mais importante).
95
Q

Como podemos classificar um derrame pleural? Como ele se apresenta na pneumonia?

A

O derrame pleural pode ser classificado em transudato (pobre em proteínas) e exudato (rico em proteínas). O derrame parapneumônico costuma apresentar-se como exsudato, que ainda pode ser subdividido em inflamatório ou empiema. O empiema é caracterizado como a presença de bactérias na pleura.

*Transudato: relação LDH pleural/sérica <0,6 e relação proteína pleural/sérica < 0,5.

96
Q

Qual conduta devemos tomar após uma falha terapêutica na pneumonia bacteriana?

A

Realizar radiografia/USG, se não apresentar derrame pleural devemos trocar o esquema antibiótico. Apresentando derrame pleural devemos realizar toracocentese diagnóstica:

  • EMPIEMA:
    > Purulento.
    > pH menor que 7,2 (depende da referência).
    > Glicose menor que 40 mg/Dl.
    > Bactérias.
    Cd.: Drenagem + Manter ATB.
  • INFLAMATÓRIO: não entra em nenhum critério de classificação de empiema.
    Cd.: Depende, só a presença do derrame já retarda o ritmo de melhora, logo, outros pontos devem ser abordados a fim de trocar ou não o esquema antibiótico, como: houve alguma melhora mesmo que mínima? Qual o volume do derrame? Qual o estado do paciente?…

*Em geral, fazemos toracocentese em derrame com mais de 1cm na USG de tórax. Pode ser feita com derrame menor se contexto global não for favorável (piora clínica).

97
Q

Como é caracterizada a falha terapêutica na pneumonia bacteriana?

A

Ausência de resposta importante do quadro geral/laboratório após introdução de esquema adequado de antibioticoterapia por 48-72h.

98
Q

Quais os agentes etiológicos mais comuns nas pneumonias atípicas?

A
  • Mycoplasma pneumoniae (principalmente em >5 anos).
  • Chlamydia trachomatis.
99
Q

Qual o quadro clínico comum as pneumonias atípicas independente do agente etiológico?

A
  • Curso insidioso.
  • Cursam com diversas manifestações extrapulmonares.
  • Não melhoram com penicilina.
100
Q

Qual o exame mais acurado para evidenciar derrame pleural?

A

USG de tórax.

101
Q

Qual o quadro clínico da pneumonia causada por Mycoplasma?

A
  • Início gradual (7-10 dias).
  • Cefaleia.
  • Odinofagia.
  • Rouquidão.
  • Tosse.
  • Taquipneia (marca das pneumonias).
  • Alterações do exame pulmonar.
102
Q

Quais as clássicas alterações laboratoriais e nos exames de imagem que esperamos encontrar numa pneumonia causada por Mycoplasma?

A
  • Laboratório: crioaglutininas (anticorpos que se aglutinam no frio).
  • Radiografia: infiltrado intersticial.
103
Q

Qual o tratamento da pneumonia causada por Mycoplasma?

A

Macrolídio (azitromicina, claritromicina…).

104
Q

Qual o agente etiológico da pneumonia afebril do lactante?

A

Chlamydia trachomatis.

105
Q

Qual a história epidemiológica clássica da pneumonia afebril do lactante?

A

RN de 1-3 meses que nasceu de parto vaginal e apresentou conjuntivite neonatal.

106
Q

Qual o quadro clínico clássico da pneumonia afebril do lactante?

A
  • Conjuntivite neonatal.
  • Pneumonia (1-3 meses, o patógeno tem alto período de incubação, já infecção ocorre durante o parto).
  • Insidioso.
  • Tosse.
  • Taquipneia.
  • Ausência de febre ou episódios de “febrícula”.
  • Estertores e raros sibilos.
107
Q

Quais as clássicas alterações laboratoriais e nos exames de imagem esperamos encontrar no quadro de pneumonia afebril do lactante?

A
  • Laboratório: hemograma com eosinofilia.
  • Radiografia: infiltrado intersticial.
108
Q

Qual o tratamento da pneumonia afebril do lactante?

A

Macrolídio.

109
Q

Qual o risco do uso de macrolídeo em crianças pequenas?

A

Aumento do risco de desenvolver estenose hipertrófica de piloro, cursando com vômitos biliosos.

110
Q

Devemos tratar um neonato com conjuntivite por Chalamydia thachomatis apenas com colírio? Justifique.

A

Não, pois esse é o sintoma inicial da pneumonia afebril do lactante. Se não tratarmos com medicamento sistémico, o RN irá desenvolver pneumonia em poucos meses.

111
Q

Qual o diagnóstico diferencial principal da pneumonia afebril do lactante?

A

Coqueluche.

112
Q

Qual o agente etiológico da Coqueluche?

A

Bordetella pertussis.

113
Q

Qual a epidemiologia clássica da Coqueluche?

A
  • Criança menor de 6 meses.
  • Cartão vacinal incompleto (doença prevenível por vacina).
  • Mãe que não realizou pré-natal (mãe recebe vacina no pré-natal que protege bebê da doença).
114
Q

Quais as fases da coqueluche?

A
  1. Catarral (achados inespecíficos).
  2. Paroxística
    - Acessos de tose que podem culminar em vômitos.
    - Guincho (após acessos de tose, inspira e guincha).
    - Normalmente NÃO tem taquipneia.
  3. Convalescença (achados inespecíficos).
115
Q

Qual a diferença de guincho da Coqueluche para estridor das doenças periglóticas?

A

O guincho ocorre apenas após os acessos de tosse, na inspiração. Já o estridor ocorre em toda a inspiração.

116
Q

Tosse, apeneia e cianose em um paciente com menos de 3 meses é característico de qual doença?

A

Coqueluche (quadro clássico nessa faixa etária).

117
Q

Quais as clássicas alterações presentes nos exames de laboratório e radiológicos na Coqueluche?

A
  • Laboratório: leucocitose franca com linfocitose.
  • Radiografia: infiltrado peri-hilar.
118
Q

O sinal radiológico do coração felpudo é marca de qual patologia? O que ele significa?

A

Coqueluche (infiltrado peri-hilar).

119
Q

Qual o tratamento da Coqueluche?

A

Azitromicina (1ª escolha).

120
Q

Qual o agente etiológico da bronquiolite viral aguda?

A

Vírus sincicial respiratório (VSR).

121
Q

Qual o quadro clínico da bronquiolite viral aguda?

A
  • Febre.
  • Tosse.
  • Pródromos catarrais.
  • Taquipneia.
  • Sibilos / estertores DIFUSOS / tempo expiratório prolongado.

*Estertores localizados são característicos das pneumonias bacterianas.

122
Q

Qual a faixa etária a bronquiolite viral aguda costuma atingir? Porque ela é chamada assim?

A

Normalmente acomete crianças menores de 2 anos. Nessa faixa etária a inflamação dos brônquios (bronquiolite) é mais importante que dos alvéolos (pneumonia). Por isso, a doença viral das vias aéreas inferiores em crianças menores de 2 anos é chamada de bronquilite viral aguda e não de pneumonia viral (apesar do componente alveolar também ser acometido, mas menos).

123
Q

Como é feito o diagnóstico da bronquiolite viral aguda?

A

Clínico.

124
Q

Quais exames complementares podem ser solicitados na bronquiolite viral aguda?

A
  • Antígenos virais.
  • Radiografia de tórax: hiperinsuflação sem outras alterações. Podem estar presentes opacidades, que são atelectasias (principal complicação).

*Opacidades no Rx da bronquiolite viral aguda: não pensar em consolidação, como nas pneumonias bacterianas, e afastar diagnóstico! Podem ser atelectasias, a clínica quem manda.

125
Q

Qual o diagnóstico diferencial principal da bronquiolite viral aguda? Como realiza-lo?

A

Criança sibilante / Asma. Para realizar o diagnóstico diferencial devemos pensar nos preditores de asma:
- Episódios recorrentes de sibilância.
- História familiar positiva.
- Sensibilização a alérgenos.
- Eczema tópico (ex.: dermatite atópica… rinite não entra).
- Eosenofilia (>4%).

126
Q

Como classificar uma criança sibilante?

A
  • Sibilante transitório precoce (sibila com menos de dois anos e para): provavelmente é bronquiolite viral.
  • Sibilante persistente (sibila e não para mais): provavelmente é asma.
  • Sibilante de início tardio (sibila com mais de dois anos): provavelmente é asma.
127
Q

Qual o tratamento da bronquiolite viral aguda?

A
  • Oxigenoterapia (SE SatO2 < 90-92%). Forma: cateter nasal de alto fluxo .
    *Não deixar com monitorização contínua de rotina (saturação varia muito), eleva tempo e internação e uso de oxigênio sem necessidade.
  • Nutrição e hidratação (preferível: VO>VNSE>EV). Forma: solução ISOtônica.
  • Nebulização com salina HIPERtônica.
128
Q

Qual a forma de ofertar oxigênio na bronquiolite viral aguda? Porque?

A

Cateter nasal de alto fluxo pois reduz necessidade de IOT.

129
Q

Em uma criança menor de 2 anos apresentando-se sibilante pela primeira vez devemos fazer corticoide e beta agonista?

A

Não, não devemos fazer corticoide e beta agonista num quadro típico de bronquiolite viral aguda.

130
Q

Devemos fazer fisioterapia respiratória na bronquiolite viral aguda?

A

Não. Não reduz tempo de internamento.

131
Q

Qual a “fórmula padrão” de uma solução isotônica?

A

1000ml de SG% 5%
40ml de NaCl 20% (145 mE/L)
10ml de KCl 19,1% (20mE/L)

As soluções isotônicas mantém a proporção dessa fórmula.

132
Q

Qual a necessidade hídrica diária na pediatria?

A
  • Até 10Kg: 100 mL/Kg.
  • 10-20 Kg: 1000 mL + 50 mL/Kg dos 10-20 Kg.
  • 20-30Kg: 1500 mL + 20 mL/Kg dos 20-30 Kg.
133
Q

Quais os critérios de internação na bronquiolite viral aguda?

A
  • Idade menor que 3 meses.
  • Comprometimento respiratório grave (MS/SBP consideram tiragem subcostal como critério de internamento obrigatório, a OMS discorda).
  • IG < 32 semanas.
  • Sinais gerais de perigo:
    > Vomita tudo que ingere.
    > Incapaz de beber líquido.
    > Lertargia/torpor.
  • Doenças de base.
  • Complicações.

*Tiragem intercostal não é considerado como comprometimento respiratório grave.

134
Q

Como pode ser realizada a prevenção da bronquiolite viral aguda?

A
  • Isolamento respiratório de sintomáticos.
  • Pavalizumabe

INDICAÇÕES MS:
> Menores de ano prematuros com IG < 29 semanas.
> Menores de dois anos com cardiopatia congênita grave ou doença pulmonar da prematuridade.

INDICAÇÕES SBP:
> Indicações MS.
> Menores de 6 meses: prematuros IG entre 29-32 semanas.

135
Q

Crianças com bronquiolite viral aguda podem desenvolver hepatoesplenomegalia?

A

Sim, por hiperinsuflação pulmonar.

136
Q

O que é pneumonia recorrente? Quais patologias devemos levar em consideração quando um paciente apresenta esse quadro?

A

Dois ou mais episódios de pneumonia em um ano ou três ou mais episódios em qualquer momento. Devemos pensar em doenças hereditárias (ex.: fibrose cística), quadros de imunossupressão e alterações anatômicas (sequestro pulmonar, enfisema lobar, refluxo gastroesofágico…).

137
Q

O que é BOOP? Como é realizado o diagnóstico e o tratamento?

A

Bronquiolite obliterante, pode ser uma complicação após um insulto infeccioso, inflamatório ou tóxico onde ocorre um um processo de regeneração tecidual anormal. Caracteriza-se pela obliteração de bronquíolos terminais, respiratórios e ductos alveolares.

Dx.: Clinico + Exames complementares.

  • Clínica (reaparecem após melhora inicial):
    > Tosse.
    > Produção de escarro.
    > Dispneia.
    > Febre.
    > Cianose.
    > Curso pode ser progressivo ou arrastada levando anos.
  • Radiografia de tórax:
    > Atelectasias.
    > Infiltrados difusos.
    > Áreas de hipotransparência.
  • Espirometria: padrão obstrutivo.
  • Biópsia pulmonar (diagnóstico definitivo).

Trat.: Sem tratamento específico. Alguns autores defendem o uso de corticoide oral.

138
Q

Qual a vacina traz proteção a Coqueluxe? Em que momento da vida ela é disponibilizada?

A

Pentaviral. 3 doses no primeiro ano de vida aos 2-4-6 meses de vida.

139
Q

Qual a conduta imediata frente a um derrame pleural com líquido francamente purulendo?

A

Líquido purulento = empiema, logo:
-Drenagem.
- Cultura.

140
Q

O que é a pneumonia necrotizante? Qual tratamento?

A

Representa uma complicação dos quadros de pneumonia comunitária, sendo mais relacionada a Streptococcus pneumoniae. É marcada pelo desenvolvimento de focos necróticos e de liquefação em áreas de consolidação pulmonar. O tratamento demanda ATB prolongado e algumas fontes citam necessidade de intervenção cirúrgica.

141
Q

O que é síndrome de Kartagener e qual outra patologia ela é associada?

A

A síndrome de Kartagener é uma malformação genética rara, marcada pela tríade:
- Sinusite de repetição.
- Bronquiectasias.
- Situs inversos.

Ela apresenta relação íntima com a discinesia ciliar primária, doença genética que afeta a estrutura e função ciliar. Leva a uma infecção crônica de vias aéreas superiores e inferiores pela retenção de muco.

142
Q

Quais são as principais causas de estridor crônico? Como realizar o diagnóstico diferencial entre elas?

A
  • Laringomalácia: anomalia laríngea congênita mais comum, causa um estridor inspiratório que piora com agitação, choro, alimentação e decúbito dorsal (posição supina). Melhora com o decúbito ventral (posição prona). O estridor começa nas primeiras semanas de vida e tem resolução espontânea, geralmente, até os 18 meses.
  • Estenose subglótica: segunda causa mais comum de estridor congênito, o estridor costuma surgir junto com quadros respiratórios infecciosos e surge geralmente na expiração, podendo ser bifásico.
  • Paralisia de pregas vocais: BILATERAL: insuficiência respiratória por obstrução grave. UNILATERAL: estridor e mais nada. SE congênita, é vista desde o nascimento.
  • Hemangioma subglótico: causa pouco frequente, as manifestações tipicamente se iniciam nos primeiros 2-6 meses de vida e pioram com o passar do tempo. O estridor pode ser bifásico e mais intenso na inspiração, piorando com choro, esforço e infecções de vias aéreas. Trat: propranolol (preferível) ou corticoide.
  • Papiloma laríngeo: tumor benigno causado pelo HPV, não é congênito e quando aparece apresenta piora gradual e progressiva.
  • Anéis vasculares: anomalia congênita do arco aórtico, cursa com compressão do esôfago/traqueia e com sintomas respiratórios e digestivos. Os sintomas se iniciam ao nascimento ou até os 6 meses de idade.
143
Q

Asma pode causar estridor?

A

Não. Estridor = doença das vias áreas intermediárias.

144
Q

Quais são os sinais de perigo? O que devemos fazer frente a eles independentemente do diagnóstico?

A
  • Sinais gerais de perigo:
    > Vomita tudo que ingere.
    > Incapaz de beber líquido ou mamar.
    > Lertargia/torpor.
    > TEC > 2s.
    > Batimento da asa nasal/gerência.
    > Convulsões ou movimentos anormais há menos de 72h.

A conduta imediata é internamento.

145
Q

Após a introdução da vacina anti pneumocócica em 2010, quais agentes passaram a ter mais importância?

A

Vírus em lactantes e Mycoplasma em escolares.

146
Q

Os testes sorológicos (ex.: ASLO) são usados no manejo agudo da faringite?

A

Não. Os testes sorológicos, como antiestreptolisina O e a antidesoxirribonuclease B, servem para confirmar uma infecção estreptocócica PREGRESSA, mas não interferem no manejo agudo da doença.

147
Q

O que é e para que é usada a classificação de Brodsky?

A

A classificação de Brodsky é usada pra amigdalite aguda:
- Grau 0: amigdalas na fossa.
- Grau 1: amigdalas ocupam <25% da orofaringe.
- Grau 2: Amigdalas ocupam 25-50% da
orofaringe.
- Grau 3: Amigdalas ocupam 50-75% da
orofaringe.
- Grau 4: Amigdalas ocupam >75% da
orofaringe.