PED02 - Síndromes Respiratórias na Infância Flashcards
Quais os sinais e sintomas que nos fazem pensar em infecção respiratória aguda?
- Tosse.
- Coriza.
- Dor de garganta.
- Dificuldade respiratória.
Quais são os dois sintomas que nos ajudam a classificar as infecções respiratórias agudas?
- Estridor (predominantemente inspiratório): obstrução de vias de condução extrapleurais.
- Taquipneia: vias aéreas infeiores.
Quais os valores de frequência respiratória que nos permitem diagnosticar taquipneia?
- Até 2 meses: ≥ 60ipm.
- De 2 meses a 1 ano: ≥ 50ipm.
- De 1 ano a 5 anos: ≥ 40ipm.
Como podemos classificar as infecções respiratórias agudas de acordo com seus sintomas cardinais?
- SEM taquipneia e SEM estridor: infecção de vias aéreas superiores.
- COM estridor (independente da FR): doenças periglóticas.
- COM taquipneia e SEM estridor: pneumonia.
Quais são as principais doenças das vias aéreas superiores?
- Resfriado comum.
- Faringite bacteriana aguda.
+ suas complicações e diagnósticos diferenciais.
Qual o agente etiológico do resfriado comum?
- Principalmente rinovírus.
- Outros: vírus sincirsial respiratório, influenza, parainfluenza, coronavírus…
Como podemos classificar o resfriado comum quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR? Qual a marca dessa doença?
SEM taquipneia e SEM estridor. Presença de sintomas catarrais.
Qual o quadro clínico do resfriado comum? Tem algum sintoma obrigatório?
- Coriza (inicialmente clara e hialina depois mucopurulenta).
- Obstrução nasal (presença de roncos pela secreção em via aérea).
- Tosse, principalmente a noite (gotejamento posterior).
- Febre que pode ou não ser alta.
Coriza e obstrução nasal são obrigatórios.
No resfriado comum pode haver desconforto respiratório? Justifique.
Sim. A criança depende muito da respiração nasal e como na doença o nariz está obstruído pode haver certo desconforto.
*Desconforto respiratório é diferente de taquipneia!
Qual o tratamento do resfriado comum?
- Lavagem nasal com soro.
- Aumento da ingesta de líquidos.
- Analgésicos/antipiréticos (dipirona, paracetamol…).
Pode-se usar AAS como analgésico/antipirético em uma criança com resfriado comum?
Não. Pela possível ocorrência da Síndrome de Reye (encefalopatia + lesão hepática). AAS aumenta o risco da síndrome, assim como o vírus influenza e o varicela zoster.
Quais medicamentos usados rotineiramente na prática como tratamento para o resfriado comum não devem ser utilizados pela ausência de evidência?
- Antitussígenos.
- Descongestionantes.
- Mucolíticos.
Mel pode ajudar a reduzir a tosse noturna no resfriado comum?
Sim, mas não deve ser dado a menores de 1 ano pelo risco de botulismo.
Quais as principais complicações do resfriado comum? Qual a mais comum?
- Otite média aguda (OMA).
- Sinusite bacteriana aguda.
A OMA é a complicação mais comum.
Qual o quadro clínico da otite média aguda?
- Dor
> Queixa em local específico (crianças maiores).
> Irritabilidade (crianças menores). - Otorreia com redução da dor.
Qual a ocorrência média de resfriado comum em crianças?
6-8x/ano ou 10-12x/ano se em escolas.
Qual a duração média dos sintomas no resfriado comum?
5-7 dias.
Qual o principal método de prevenção do resfriado comum?
Lavagem de mãos.
Qual é o exame confirmatório da otite média aguda? O que ele identifica?
Otoscopia (melhor avaliação com otoscopia pneumática), identifica a membrana timpânica com:
- Hiperemia.
- Opacidade.
- Abaulamento.
- Otorreia (as vezes é possivel identificar orifício de saída na membrana).
*Membrana normal: transparente, brilhante, côncava, móvel, presença do triângulo luminoso.
Membrana timpânica hiperemiana e opáca é um achado exclusivo da OMA? Justifique.
Não, o próprio resfriado comum ou mesmo o choro podem fazer com que a membrana adquira essas características.
Qual sinal da otoscopia é o mais acurado para diagnóstico de OMA?
Membrana timpânica abaulada.
O que é otite EXTERNA? Qual o fator de risco mais importante? Qual o agente etiológico?
Uma inflamação da orelha externa, o fator de risco principal é tomar banhos de piscina e o agente etiológico é o Pseudomonas.
Qual a sintomatologia e o tratamento da otite EXTERNA?
Otorreia que vem da orelha externa (membrana timpânica integra) e hiperemia de canal auditivo com dor associada. O tratamento é o uso de antibiótico tópico.
Qual o tratamento da OMA?
- Analgésico e antipiréticos.
- Antibiótico.
Quais grupos merecem antibiótico na OMA?
- Menores de 6 meses: todos.
- Entre 6m-2 anos:
> OMA Bilateral.
> Otorreia.
> Doença grave. - Maiores de 2 anos:
> Otorreia.
> Doença grave. - Doença grave: OMA moderada a grave (ex.: impede de dormir ou comer) OU febre maior que 39°C OU dor maior que 48h.
** Demais casos é POSSÍVEL observar.
Como deve ser realizado a escolha do tipo de antibiótico na OMA? Qual a duração do tratamento?
- Amoxicilina
- Amoxicilina com clavulonato SE:
- Otite com conjuntivite (cobrir “EYE”mófilo).
- Uso de ATB nos últimos 30 dias.
- Falha da terapêutica inicial.
A duração do tratamento é individualizado em média 7-10 dias.
Quais os patógenos mais comuns na OMA?
- S. pneumoniae (pneumococo).
- H. influenza.
- Moraxella catarhalis.
Quais as principais complicações relacionadas a OMA?
- Otite média com efusão.
- Mastoidite.
O que é a otite média com efusão (ou serosa)? Qual o tratamento?
Uma otite que ocorre após a OMA e cursa com efusão SEM infecção aguda. Normalmente tem evolução favorável só sendo necessário tratamento se doença demorar mais de 3 meses (risco de redução da acuidade auditiva com dificuldade de aprendizagem concomitantemente).
Tratamento: colocação de tubo de ventilação na membrana timpânica por oftalmologista.
Quais os sintomas da mastoidite aguda?
- Periostite.
- Edema retroauricular (apagamento do sulco retroauricular).
- Deslocamento do pavilhão (laterização da orelha).
Qual o tratamento da mastoidite aguda?
Internação + antibioticoterapia EV + TC (não é obrigatória).
Qual o local de acometimento da sinusite bacteriana aguda?
- Menores de 5 anos: seio maxilar e etmoidal.
- Após os 7 anos começa a se desenvolver o seio frontal e a sinusite também o atinge.
Qual o quadro clínico da sinusite bacteriana aguda?
Semelhante ao do resfriado comum com três principais alterações.
- Quadro arrastado: sintomas por mais de 10 dias, tosse noturna e diurna.
- Quadro grave: mais de 3 dias de febre maior que 39°C, presença de secreção purulenta.
- Quadro que piora (bifásico).
*Todos esses quadros também podem estar presente no resfriado comum, mas aumentam a chance de ser sinusite bacteriana aguda.
Um “quadro arrastado” com sintomas de um resfriado comum pode ser entendido como que patologia?
Classicamente é um indício de sinusite bacteriana aguda. Atualmente, ele é melhor entendido como uma sinusite pós-viral e que NÃO merece tratamento com antibióticos.
Qual a etiologia da sinusite bacteriana aguda?
Igual a da OMA:
- S. pneumoniae (pneumococo).
- H. influenza.
- Moraxella catarhalis.
Qual o tratamento da sinusite bacteriana aguda? Qual a duração do tratamento?
Amoxicilina. Individualizar tratamento, normalmente mantem por 7 dias após melhora.
Qual a complicação mais temida da sinusite bacteriana aguda? Qual a sintomatologia e como trata-la?
É a celulite orbitária, que cursa com:
- Inflamação da pálpebra.
- Proptose.
- Dor a movimentação.
- Edema na conjuntiva.
Tratamento: internar + ATB + TC.
Como realizar o diagnóstico diferencial entre celulite periorbiária e celulite orbitária?
Célulite periorbitária é pré-septal, ou seja, apenas os tecidos adjacentes a orbita estão inflamados e cursa com inflamação na pálpebra e mais nada. A celulite orbitária é um quadro muito mais grave que cursa com:
- Inflamação da pálpebra.
- Proptose.
- Dor a movimentação.
- Edema na conjuntiva.
Quando devemos suspeitar de rinite alérgica, sífilis congênita e corpo estranho no diagnóstico diferencial de resfriado comum?
- Rinite alérgica: tem sintomas similares a um resfriado comum mas cursa com mais com prurido, espirros e palidez de mucosa. Tem a presença de gatilhos para início dos sintomas. Tratamento: corticoide nasal e anti-histamínicos.
- Sífilis congênita: primeiros três meses de vida. Cursa com obstrução nasal intensa e secreção sanguinolenta.
- Corpo estranho: rinorreia fétida e sanguinolenta geralmente unilateral.
Como podemos classificar a faringite bacteriana aguda quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR? Qual a marca dessa doença?
SEM taquipneia e SEM estridor. SEM sintomas catarrais e COM dor de garganta.
Qual o quadro clínico da faringite bacteriana aguda? Quem é mais acometido?
Epidemiologia: criança de 5-15 anos (antes de 3 anos alta chance de ser viral). Clínica:
- Febre alta.
- Dor de garganta.
- Exsudato amigdaliano.
- Petéquias em palato.
- Adenomegalias cervical dolorosa.
- Manifestações atípicas: dor abdominal, vômitos…
- NÃO tem sintomas catarrais (coriza e tosse).
Qual o agente etiológico da faringite bacteriana aguda?
Streptococos beta hemolítico do grupo A (S. pyogenes).
Qual o agente etiológico mais comum nas faringites agudas: vírus ou bactérias?
Vírus.
O exudato amigdaliano e as petéquias em palato são exclusivos da faringite bacteriana?
Não. Podem também estar presentes nas faringites virais, mas as petéquias em palato é o sinal mais acurado para faringite bacteriana.
Quais os diagnósticos diferenciais da faringite bacteriana aguda?
- Herpangina.
- Adenovirose.
- Mononucleose.
- PFAPA.
O que é herpangina? Qual a sintomatologia, o agente etiológico e o tratamento?
Herpangina: cursa com faringite, febre alta e úlceras dolorosas em cavidade oral gerando dificuldade para deglutir (ver se não tem úlceras em mão e pé se não é doença de mão-pé-boca). O agente etiológico é o Coxsackie A e o tratamento é analgésicos/antipiréticos.
O que é adenovirose? Qual a sintomatologia, o agente etiológico e o tratamento?
Adenovirose: faringite com conjuntivite, adenomegalia pré-auricular e febre faringoconjuntival. É um tipo de faringite viral aguda e o agente etiológico é o adenovírus.
O que é mononucleose? Qual a sintomatologia e o agente etiológico?
Mononucleose: faringite com linfadenopatia generalizada, esplenomegalia e linfocitose com atipia. Ao tratar com amoxicilina (erro diagnóstico com faringite viral) 90% evolui com rash. Agente etiológico: Epstein bar vírus.
O que é PFAPA? Qual a sintomatologia e o tratamento?
PFAPA: episódios recorrentes (recorrem a cada 8 semanas em média) e autolimitados (curam sem tratamento específico) de:
> Febre periódica.
> Estomatite aftosa.
> Faingite.
> Adenite.
Suspeita: quadros recorrentes + aftas + culturas negativas.
Tratamento: corticoide (rápida resposta).
Como é realizado o diagnóstico da faringite bacteriana aguda?
Inicia realizando teste rápido.
> SE positivo: trata.
> SE negativo faz cultura e aguarda.
Resultado da cultura:
> Positivo: trata.
> Negativo: reavalia e acompanha.
Qual o exame padrão ouro para diagnosticar a faringite bacteriana aguda?
Cultura.
Em adultos com faringite aguda de etiologia a esclarecer com teste rápido negativo devemos fazer cultura? E em crianças?
Em adultos não fazemos cultura pois a probabilidade pré-teste de ser faringite bacteriana aguda é baixa, como em crianças essa probabilidade é maior solicitamos cultura e aguardamos resultado sem usar ATB.
Qual o tratamento da faringite bacteriana aguda?
- Penicilina benzatina (primeira opção).
- Amoxicilina por 10 dias.
*Se paciente alérgico a penicilinas as opções são: cefalosporina (alergia leve) e macrolídeos (alergia grave/anafilaxia).
Qual o grande objetivo de tratar a
faringite bacteriana aguda com antibiótico?
Prevenir febre reumática, para isso devemos tratar com até 9 dias do início do quadro.
Quais as complicações não supurativas da faringite bacteriana aguda? E as supurativas?
- Não supurativas:
> GNDAPE.
> Febre reumática. - Supurativas:
> Abcesso peritonsilar.
> Abcesso retrofaríngeio.
Qual a clínica do abcesso peritonsilar? Como diagnostica-lo? E qual a conduta?
- Amigdalite.
- Disfagia e sialorreia (não consegue deglutir a própria saliva).
- Trismo (não consegue fechar a boca).
- Desvio de úvula (contra-lateral ao abcesso).
Diagnóstico: clínica +/- USG.
Conduta:
- Internar.
- ATB que cubra Streptococos do grupo A e anaeróbios (geralmente gentamicina).
- Drenagem do abcesso por:
> Aspiração por agulha calibrosa (ambulatorial e método de escolha).
> Incisão e drenagem (cirúrgico se a aspiração não resolver).
A faringite bacteriana aguda é considerada uma complicação do resfriado comum?
Não, ela já começa como uma doença bacteriana não sendo complicação de uma doença viral, como a sinusite bacteriana aguda.
Como fazer o diagnóstico diferencial entre as complicações supurativas da faringite bacteriana aguda?
- Abcesso peritonsilar: adolescentes e jovens adultos com disfagia, sialorreia e trismo.
- Abcesso retrofaríngeo: crianças com menos de 5 anos com disfagia e torcicolo.
O que é a angina de LudWing? Qual a sintomatologia e o tratamento?
A angina de LudWing é uma infecção bacteriana do espaço submandibular cursa com febre alta, disfagia e elevação do assoalho da orofaringe. Normalmente se iniciam com alguma problema odontológico (ex.: cárie). O tratamento é ATB + drenagem + cuidados odontológicos.
O que é tosse em staccato? Em qual doença ela é comum?
É uma tosse que surge em breves e repentinas explosões. As pessoas tossem uma vez, depois param e tossem de novo, muitas vezes repetidamente. É típica dos casos de pneumonia afebril do lactante causadas por clamídia.
A febre familiar do Mediterrâneo cursa com qual sintomatologia? Qual a similaridade com PFAPA?
Quadros recorrentes de serosite, dores abdominais, torácicas e articulares. Ela também recorre, assim como a PFAPA, mas a sintomatologia é bem diferente.
Como podemos classificar uma sinusite como aguda ou crônica?
- Aguda: menos de 12 semanas.
- Crônica: mais de 12 semanas.
Qual o agente etiológico mais comum da traqueíte bacteriana aguda?
Staphylococcus aureus.
Como podemos classificar a epiglotite aguda quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?
COM estridor e frequência respiratória variável.
Qual o quadro clínico da epiglotite aguda?
- Agudo (poucas horas) e fulminante.
- Febre alta.
- Toxemia (estado geral gravemente comprometido).
- Dor de garganta.
- Disfagia/sialorreia.
- Estridor (obstrução de VA iminente).
- Posição do tripé.
- Voz em “batata quente”.
O que é a posição do tripé? De qual doença ela é característica?
Posição na qual a criança fica inclinada para frente, com hiperextensão cervical e com a língua para fora demostrando alta esforço respiratório e obstrução de VA próxima na epiglotite aguda.
Qual o agente etiológico da epiglotite aguda?
Haemophilos tipo B (prevenível com vacina).
Qual a conduta na epiglotite aguda?
- Prioridade: garantir via aérea (IOT extremamente difícil).
- Antibioticoterapia.
- A doença tem bom prognóstico após IOT.
Como podemos classificar a laringotraqueíte viral quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?
COM estridor e frequência respiratória variável.
Qual a etiologia da laringotraqueíte viral?
Vírus parainfluenza (75% dos casos).
Qual o quadro clínico da laringotraqueíte viral? Qual o sintoma mais específico da doença?
- Pródromos catarrais.
- Febre baixa.
- Tosse metálica.
- Estridor.
- Rouquidão (sintoma mais específico, doença acomete também as cordas vocais).
Como diferenciar epiglotite aguda de laringotraqueíte viral?
A laringotraqueíte viral tem um quadro menos agudo com evolução em dias, apresentando pródromos catarrais (o início do quadro parece um resfriado comum). A epiglotite aguda tem um quadro agudo e grave que dura poucas horas e pode cursar com morte iminente se via aérea não for garantida.
Tosse metálica, estridor e rouquidão fazem parte de qual diagnóstico sindrômico?
Grupe que pode ser viral ou bacteriana.
Como é feito o diagnóstico da laringotraqueíte viral?
Clínico.
O sinal da torre/sinal da ponta do lápis é uma marca radiológica comum em qual doença?
Laringotraqueíte viral.
*A radiografia não deve ser solicitada de rotina o diagnóstico é clínico.
Como é o tratamento da laringotraqueíte viral?
- COM estridor em repouso (doença grave):
> Adrenalina por nebulização (reduz edema e tem uma resposta rápida). Fazer 0,5 ml/Kg sem diluir.
> Corticoide (dexametasona), demora mais para agir, mas tem ação duradoura.
*Aguardar 2-4h após administração das medicações para verificar melhora continuada (o efeito da adrenalina pode passar antes do efeito do corticoide começar a agir e, assim, a sintomatologia voltar).
- SEM estridor em repouso (sem gravidade):
> Corticoide.
Qual o principal diagnóstico diferencial da laringotraqueíte viral? Como realizia-lo?
Laringite estrudulosa (grupe espasmático). Não tem pródromos, ocorre despertar súbito com sintomas. Normalmente chega ao médico sem sintomas, se chega sintomático o tratamento é igual a grupe viral. Geralmente recorre algumas vezes.
Qual a principal complicação da laringotraqueíte viral?
Traqueíte bacteriana (grupe bacteriano).
Qual a sintomatologia da grupe bacteriana? E o tratamento?
- Presença de membranas de pus na via aérea.
- Febre alta e piora clínica.
- Resposta parcial ou ausente a adrenalina (o problema não é o edema e sim o pus).
- Paciente grave.
Tratamento: suporte (com IOT se necessário) e ATB.
O sinal radiológico do polegar é marca de qual doença?
Epiglotite aguda.
*A radiografia não deve ser solicitada de rotina, pois o diagnóstico é clínico.
Como é realizado o diagnóstico na epiglotite aguda?
Clínica + visualização da epiglote.
*A epiglote só deve ser visualizada na hora da IOT, pois ela pode ocluir durante a visualização.
Como podemos classificar a pneumonia quanto a presença/ausência de TAQUIPNEIA e ESTRIDOR?
COM taquipneia e SEM estridor.
Uma criança com taquipneia necessariamente tem pneumonia?
Não. Condições como febre, dor e choro podem causar uma taquipneia leve, sendo necessário resolver essas questões e depois reavaliar.
Quais são os tipos de pneumonias? Como diferencia-las?
- Bacterianas: agudo e grave.
- Atípica: insidioso.
- Viral (bronquilite): sibilos.
Qual o quadro clínico de uma pneumonia bacteriana?
- Pródromos catarrais (principalmente em crianças pequenas, crianças maiores costumam ter quadro mais agudo).
- Febre alta.
- Tosse.
- Taquipneia.
- Sinais clássicos.
> Estertores.
> Aumento do FTV.
> Macicez.
> Broncofonia (voz mais alta).
> Pectorilóquia afônica (percepção clara do som mesmo com voz cochichada). - Sinais de gravidade
> Tiragem subcostal.
> Batimento da asado nariz.
> Gemência.
> Cianose.
> SatO2<92%.
Quais os agentes etiológicos mais comuns da pneumonia bacteriana?
<1-2 anos: S. agalactiae (grupo B), gram negativos entéricos.
> 1-2 anos: S. pneumoniae (mais comum) e Staphylococcus.
Qundo suspeitar de uma pneumonia bacteriana por Staphylococcus?
- < 1 ano.
- Mais grave.
- Com complicações (principalmente derrame, pneumatocele* e abcesso).
- Presença de porta de entrada.
*Mais associado com Staphylococcus.
Como é realizada a avalição complementar na pneumonia bacteriana? Quais as indicações de solicitar esses exames?
- Radiografia de tórax: NÃO é obrigatória, indicar nas hospitalizações.
- Hemograma e prova de atividades inflamatórias (PCR, Procalcitonina): indicar nas hospitalizações, alto valor preditivo negativo (valores normais afastam pneumonia bacteriana).
- Hemocultura: indicar nas hospitalizações.
Qual a utilidade da radiografia de tórax na pneumonia bacteriana?
- Pode sugerir etiologia (mas a clínica continua sendo soberana).
- Alterações possíveis na pneumonia bacteriana:
> Consolidações.
> Aerbroncogramas (ar na árvore brônquica, parte escura marginada por parte clara).
> Pneumonia redonda (área radiopaca circular). - Pode indicar complicações:
> Pnematocele (imagem cavitária de parece fina).
> Abcesso (imagem cavitária de parede espessa com nível hidroaéreo - mais comum em pneumonias broncoaspirativas).
> Derrame pleural.
O que é o sinal radiológico da vela de barco? O que ele indica?
Imagem radiopaca bilateral em região superior do tórax presente em crianças com menos de 1-2 anos. Representa o timo.
Qual o agente etiológico mais comum das pneumonias bacterianas? E o das pneumonias bacterianas que cursam com derrame pleural?
Nos dois casos o S. pneumoniae é
o mais comum. O Staphylococcus quando presente costuma dar derrame, mas a incidência do pneumococo é tão maior que ainda assim ele é mais prevalente na pneumonia com derrame.
Quais são as indicações de hospitalização nos quadros pneumônicos?
- Idade menor que 2 meses.
- Comprometimento respiratório grave (MS/SBP consideram tiragem subcostal como critério de internamento obrigatório, a OMS discorda).
- Sinais gerais de perigo:
> Vomita tudo que ingere.
> Incapaz de beber líquido ou mamar.
> Lertargia/torpor.
> TEC > 2s.
> Batimento da asa nasal/gemência.
> Convulsões ou movimentos anormais há menos de 72h. - Doenças de base.
- Complicações (ex.: derrame pleural).
*Tiragem intercostal não é considerado como comprometimento respiratório grave.
Qual o tratamento das pneumonias bacterianas?
< 2 anos: ampicilina e aminoglicosídeo (ex.: gentamicina).
> 2 meses:
AMBULATORIAL: amoxicilina VO (cerca de 7 dias em média). Reavaliar em 48h.
HOSPITALAR: penicilina IV (opção: ampicilina ou amoxicilina).
*A conduta de primeira linha é a penicilina, a SBP afirma que o tratamento com amoxicilina pode ser realizado, mas não é o preconizado pela maioria das fontes.
Quais as causas de falha no tratamento de uma pneumonia bacteriana?
- Erro no tratamento.
- Resistência antibiótica.
- Pneumonia viral.
- Complicações (causa mais importante).
Como podemos classificar um derrame pleural? Como ele se apresenta na pneumonia?
O derrame pleural pode ser classificado em transudato (pobre em proteínas) e exudato (rico em proteínas). O derrame parapneumônico costuma apresentar-se como exsudato, que ainda pode ser subdividido em inflamatório ou empiema. O empiema é caracterizado como a presença de bactérias na pleura.
*Transudato: relação LDH pleural/sérica <0,6 e relação proteína pleural/sérica < 0,5.
Qual conduta devemos tomar após uma falha terapêutica na pneumonia bacteriana?
Realizar radiografia/USG, se não apresentar derrame pleural devemos trocar o esquema antibiótico. Apresentando derrame pleural devemos realizar toracocentese diagnóstica:
- EMPIEMA:
> Purulento.
> pH menor que 7,2 (depende da referência).
> Glicose menor que 40 mg/Dl.
> Bactérias.
Cd.: Drenagem + Manter ATB. - INFLAMATÓRIO: não entra em nenhum critério de classificação de empiema.
Cd.: Depende, só a presença do derrame já retarda o ritmo de melhora, logo, outros pontos devem ser abordados a fim de trocar ou não o esquema antibiótico, como: houve alguma melhora mesmo que mínima? Qual o volume do derrame? Qual o estado do paciente?…
*Em geral, fazemos toracocentese em derrame com mais de 1cm na USG de tórax. Pode ser feita com derrame menor se contexto global não for favorável (piora clínica).
Como é caracterizada a falha terapêutica na pneumonia bacteriana?
Ausência de resposta importante do quadro geral/laboratório após introdução de esquema adequado de antibioticoterapia por 48-72h.
Quais os agentes etiológicos mais comuns nas pneumonias atípicas?
- Mycoplasma pneumoniae (principalmente em >5 anos).
- Chlamydia trachomatis.
Qual o quadro clínico comum as pneumonias atípicas independente do agente etiológico?
- Curso insidioso.
- Cursam com diversas manifestações extrapulmonares.
- Não melhoram com penicilina.
Qual o exame mais acurado para evidenciar derrame pleural?
USG de tórax.
Qual o quadro clínico da pneumonia causada por Mycoplasma?
- Início gradual (7-10 dias).
- Cefaleia.
- Odinofagia.
- Rouquidão.
- Tosse.
- Taquipneia (marca das pneumonias).
- Alterações do exame pulmonar.
Quais as clássicas alterações laboratoriais e nos exames de imagem que esperamos encontrar numa pneumonia causada por Mycoplasma?
- Laboratório: crioaglutininas (anticorpos que se aglutinam no frio).
- Radiografia: infiltrado intersticial.
Qual o tratamento da pneumonia causada por Mycoplasma?
Macrolídio (azitromicina, claritromicina…).
Qual o agente etiológico da pneumonia afebril do lactante?
Chlamydia trachomatis.
Qual a história epidemiológica clássica da pneumonia afebril do lactante?
RN de 1-3 meses que nasceu de parto vaginal e apresentou conjuntivite neonatal.
Qual o quadro clínico clássico da pneumonia afebril do lactante?
- Conjuntivite neonatal.
- Pneumonia (1-3 meses, o patógeno tem alto período de incubação, já infecção ocorre durante o parto).
- Insidioso.
- Tosse.
- Taquipneia.
- Ausência de febre ou episódios de “febrícula”.
- Estertores e raros sibilos.
Quais as clássicas alterações laboratoriais e nos exames de imagem esperamos encontrar no quadro de pneumonia afebril do lactante?
- Laboratório: hemograma com eosinofilia.
- Radiografia: infiltrado intersticial.
Qual o tratamento da pneumonia afebril do lactante?
Macrolídio.
Qual o risco do uso de macrolídeo em crianças pequenas?
Aumento do risco de desenvolver estenose hipertrófica de piloro, cursando com vômitos biliosos.
Devemos tratar um neonato com conjuntivite por Chalamydia thachomatis apenas com colírio? Justifique.
Não, pois esse é o sintoma inicial da pneumonia afebril do lactante. Se não tratarmos com medicamento sistémico, o RN irá desenvolver pneumonia em poucos meses.
Qual o diagnóstico diferencial principal da pneumonia afebril do lactante?
Coqueluche.
Qual o agente etiológico da Coqueluche?
Bordetella pertussis.
Qual a epidemiologia clássica da Coqueluche?
- Criança menor de 6 meses.
- Cartão vacinal incompleto (doença prevenível por vacina).
- Mãe que não realizou pré-natal (mãe recebe vacina no pré-natal que protege bebê da doença).
Quais as fases da coqueluche?
- Catarral (achados inespecíficos).
- Paroxística
- Acessos de tose que podem culminar em vômitos.
- Guincho (após acessos de tose, inspira e guincha).
- Normalmente NÃO tem taquipneia. - Convalescença (achados inespecíficos).
Qual a diferença de guincho da Coqueluche para estridor das doenças periglóticas?
O guincho ocorre apenas após os acessos de tosse, na inspiração. Já o estridor ocorre em toda a inspiração.
Tosse, apeneia e cianose em um paciente com menos de 3 meses é característico de qual doença?
Coqueluche (quadro clássico nessa faixa etária).
Quais as clássicas alterações presentes nos exames de laboratório e radiológicos na Coqueluche?
- Laboratório: leucocitose franca com linfocitose.
- Radiografia: infiltrado peri-hilar.
O sinal radiológico do coração felpudo é marca de qual patologia? O que ele significa?
Coqueluche (infiltrado peri-hilar).
Qual o tratamento da Coqueluche?
Azitromicina (1ª escolha).
Qual o agente etiológico da bronquiolite viral aguda?
Vírus sincicial respiratório (VSR).
Qual o quadro clínico da bronquiolite viral aguda?
- Febre.
- Tosse.
- Pródromos catarrais.
- Taquipneia.
- Sibilos / estertores DIFUSOS / tempo expiratório prolongado.
*Estertores localizados são característicos das pneumonias bacterianas.
Qual a faixa etária a bronquiolite viral aguda costuma atingir? Porque ela é chamada assim?
Normalmente acomete crianças menores de 2 anos. Nessa faixa etária a inflamação dos brônquios (bronquiolite) é mais importante que dos alvéolos (pneumonia). Por isso, a doença viral das vias aéreas inferiores em crianças menores de 2 anos é chamada de bronquilite viral aguda e não de pneumonia viral (apesar do componente alveolar também ser acometido, mas menos).
Como é feito o diagnóstico da bronquiolite viral aguda?
Clínico.
Quais exames complementares podem ser solicitados na bronquiolite viral aguda?
- Antígenos virais.
- Radiografia de tórax: hiperinsuflação sem outras alterações. Podem estar presentes opacidades, que são atelectasias (principal complicação).
*Opacidades no Rx da bronquiolite viral aguda: não pensar em consolidação, como nas pneumonias bacterianas, e afastar diagnóstico! Podem ser atelectasias, a clínica quem manda.
Qual o diagnóstico diferencial principal da bronquiolite viral aguda? Como realiza-lo?
Criança sibilante / Asma. Para realizar o diagnóstico diferencial devemos pensar nos preditores de asma:
- Episódios recorrentes de sibilância.
- História familiar positiva.
- Sensibilização a alérgenos.
- Eczema tópico (ex.: dermatite atópica… rinite não entra).
- Eosenofilia (>4%).
Como classificar uma criança sibilante?
- Sibilante transitório precoce (sibila com menos de dois anos e para): provavelmente é bronquiolite viral.
- Sibilante persistente (sibila e não para mais): provavelmente é asma.
- Sibilante de início tardio (sibila com mais de dois anos): provavelmente é asma.
Qual o tratamento da bronquiolite viral aguda?
- Oxigenoterapia (SE SatO2 < 90-92%). Forma: cateter nasal de alto fluxo .
*Não deixar com monitorização contínua de rotina (saturação varia muito), eleva tempo e internação e uso de oxigênio sem necessidade. - Nutrição e hidratação (preferível: VO>VNSE>EV). Forma: solução ISOtônica.
- Nebulização com salina HIPERtônica.
Qual a forma de ofertar oxigênio na bronquiolite viral aguda? Porque?
Cateter nasal de alto fluxo pois reduz necessidade de IOT.
Em uma criança menor de 2 anos apresentando-se sibilante pela primeira vez devemos fazer corticoide e beta agonista?
Não, não devemos fazer corticoide e beta agonista num quadro típico de bronquiolite viral aguda.
Devemos fazer fisioterapia respiratória na bronquiolite viral aguda?
Não. Não reduz tempo de internamento.
Qual a “fórmula padrão” de uma solução isotônica?
1000ml de SG% 5%
40ml de NaCl 20% (145 mE/L)
10ml de KCl 19,1% (20mE/L)
As soluções isotônicas mantém a proporção dessa fórmula.
Qual a necessidade hídrica diária na pediatria?
- Até 10Kg: 100 mL/Kg.
- 10-20 Kg: 1000 mL + 50 mL/Kg dos 10-20 Kg.
- 20-30Kg: 1500 mL + 20 mL/Kg dos 20-30 Kg.
Quais os critérios de internação na bronquiolite viral aguda?
- Idade menor que 3 meses.
- Comprometimento respiratório grave (MS/SBP consideram tiragem subcostal como critério de internamento obrigatório, a OMS discorda).
- IG < 32 semanas.
- Sinais gerais de perigo:
> Vomita tudo que ingere.
> Incapaz de beber líquido.
> Lertargia/torpor. - Doenças de base.
- Complicações.
*Tiragem intercostal não é considerado como comprometimento respiratório grave.
Como pode ser realizada a prevenção da bronquiolite viral aguda?
- Isolamento respiratório de sintomáticos.
- Pavalizumabe
INDICAÇÕES MS:
> Menores de ano prematuros com IG < 29 semanas.
> Menores de dois anos com cardiopatia congênita grave ou doença pulmonar da prematuridade.
INDICAÇÕES SBP:
> Indicações MS.
> Menores de 6 meses: prematuros IG entre 29-32 semanas.
Crianças com bronquiolite viral aguda podem desenvolver hepatoesplenomegalia?
Sim, por hiperinsuflação pulmonar.
O que é pneumonia recorrente? Quais patologias devemos levar em consideração quando um paciente apresenta esse quadro?
Dois ou mais episódios de pneumonia em um ano ou três ou mais episódios em qualquer momento. Devemos pensar em doenças hereditárias (ex.: fibrose cística), quadros de imunossupressão e alterações anatômicas (sequestro pulmonar, enfisema lobar, refluxo gastroesofágico…).
O que é BOOP? Como é realizado o diagnóstico e o tratamento?
Bronquiolite obliterante, pode ser uma complicação após um insulto infeccioso, inflamatório ou tóxico onde ocorre um um processo de regeneração tecidual anormal. Caracteriza-se pela obliteração de bronquíolos terminais, respiratórios e ductos alveolares.
Dx.: Clinico + Exames complementares.
- Clínica (reaparecem após melhora inicial):
> Tosse.
> Produção de escarro.
> Dispneia.
> Febre.
> Cianose.
> Curso pode ser progressivo ou arrastada levando anos. - Radiografia de tórax:
> Atelectasias.
> Infiltrados difusos.
> Áreas de hipotransparência. - Espirometria: padrão obstrutivo.
- Biópsia pulmonar (diagnóstico definitivo).
Trat.: Sem tratamento específico. Alguns autores defendem o uso de corticoide oral.
Qual a vacina traz proteção a Coqueluxe? Em que momento da vida ela é disponibilizada?
Pentaviral. 3 doses no primeiro ano de vida aos 2-4-6 meses de vida.
Qual a conduta imediata frente a um derrame pleural com líquido francamente purulendo?
Líquido purulento = empiema, logo:
-Drenagem.
- Cultura.
O que é a pneumonia necrotizante? Qual tratamento?
Representa uma complicação dos quadros de pneumonia comunitária, sendo mais relacionada a Streptococcus pneumoniae. É marcada pelo desenvolvimento de focos necróticos e de liquefação em áreas de consolidação pulmonar. O tratamento demanda ATB prolongado e algumas fontes citam necessidade de intervenção cirúrgica.
O que é síndrome de Kartagener e qual outra patologia ela é associada?
A síndrome de Kartagener é uma malformação genética rara, marcada pela tríade:
- Sinusite de repetição.
- Bronquiectasias.
- Situs inversos.
Ela apresenta relação íntima com a discinesia ciliar primária, doença genética que afeta a estrutura e função ciliar. Leva a uma infecção crônica de vias aéreas superiores e inferiores pela retenção de muco.
Quais são as principais causas de estridor crônico? Como realizar o diagnóstico diferencial entre elas?
- Laringomalácia: anomalia laríngea congênita mais comum, causa um estridor inspiratório que piora com agitação, choro, alimentação e decúbito dorsal (posição supina). Melhora com o decúbito ventral (posição prona). O estridor começa nas primeiras semanas de vida e tem resolução espontânea, geralmente, até os 18 meses.
- Estenose subglótica: segunda causa mais comum de estridor congênito, o estridor costuma surgir junto com quadros respiratórios infecciosos e surge geralmente na expiração, podendo ser bifásico.
- Paralisia de pregas vocais: BILATERAL: insuficiência respiratória por obstrução grave. UNILATERAL: estridor e mais nada. SE congênita, é vista desde o nascimento.
- Hemangioma subglótico: causa pouco frequente, as manifestações tipicamente se iniciam nos primeiros 2-6 meses de vida e pioram com o passar do tempo. O estridor pode ser bifásico e mais intenso na inspiração, piorando com choro, esforço e infecções de vias aéreas. Trat: propranolol (preferível) ou corticoide.
- Papiloma laríngeo: tumor benigno causado pelo HPV, não é congênito e quando aparece apresenta piora gradual e progressiva.
- Anéis vasculares: anomalia congênita do arco aórtico, cursa com compressão do esôfago/traqueia e com sintomas respiratórios e digestivos. Os sintomas se iniciam ao nascimento ou até os 6 meses de idade.
Asma pode causar estridor?
Não. Estridor = doença das vias áreas intermediárias.
Quais são os sinais de perigo? O que devemos fazer frente a eles independentemente do diagnóstico?
- Sinais gerais de perigo:
> Vomita tudo que ingere.
> Incapaz de beber líquido ou mamar.
> Lertargia/torpor.
> TEC > 2s.
> Batimento da asa nasal/gerência.
> Convulsões ou movimentos anormais há menos de 72h.
A conduta imediata é internamento.
Após a introdução da vacina anti pneumocócica em 2010, quais agentes passaram a ter mais importância?
Vírus em lactantes e Mycoplasma em escolares.
Os testes sorológicos (ex.: ASLO) são usados no manejo agudo da faringite?
Não. Os testes sorológicos, como antiestreptolisina O e a antidesoxirribonuclease B, servem para confirmar uma infecção estreptocócica PREGRESSA, mas não interferem no manejo agudo da doença.
O que é e para que é usada a classificação de Brodsky?
A classificação de Brodsky é usada pra amigdalite aguda:
- Grau 0: amigdalas na fossa.
- Grau 1: amigdalas ocupam <25% da orofaringe.
- Grau 2: Amigdalas ocupam 25-50% da
orofaringe.
- Grau 3: Amigdalas ocupam 50-75% da
orofaringe.
- Grau 4: Amigdalas ocupam >75% da
orofaringe.