Ped 1 (PED4) - Infecções congênitas e Sepse neonatal Flashcards

1
Q

Qual a relação da IG com a transmissibilidade e a gravidade das infecções?

A
  • Quanto mais tardio (3º tri) maior a transmissibilidade (> área de superfície placentária)
  • Porém quanto mais precoce (1º tri) maior a gravidade (embriogênese ocorrendo)
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2
Q

Encontrando ___ (IgM/IgG) no RN deve-se pensar em infecção ativa. Se ___ (IgM/IgG) a transferência de anticorpos maternos deve ser considerada.

A

IgM (pentamérico); IgG.

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3
Q

V ou F: a sífilis congênita causa abortamento ou morte fetal em 40% dos casos

A

Verdadeiro

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4
Q

Síflis congênita: Como é a apresentação precoce (< 2anos)? (4)

A

“COR” - cutâneo, osso, rinite

  • Condiloma plano (orificial)
  • Ósseas (periostite, osteocondrite)
  • Rinite sifilítica
  • Pênfigo palmo-plantar (vesico-bolhososas que descamam)

Inespecíficas das infecções: CIUR, esplenomegalia…

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5
Q

V ou F: as lesões cutâneo-mucosas são altamente contagiosas.

A

Verdadeiro

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6
Q

Como identificar periostite no Rx de ossos longos?

A

Sinal do duplo contorno

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7
Q

Q: RN com diminuição do movimento de membros, choro forte na troca de fraldas e manipulação, ictérico e hepatoesplenomegalia, qual Dx?

A

Sífilis congênita → pseudoparalisia de Parrot

“dor a mobilização ativa ou passiva, principalmente MMSS, devido a periostite”

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8
Q

Quais os critérios de tratamento adequado para a gestante com sífilis? (1o passo) (7)

A
  • Tratamento penicilínico (benzatina 2,4mi U IM - semanal)
  • Adequado para fase (1x se primária ou secundária, 3x na terciária ou duração indeterminada)
  • Completo
  • Documentado
  • Início ≥ 30 dias antes do parto (para tratar efetivamente o feto)
  • Queda de 2x a titulação em 3m documentada
  • Parceiro tratado adequadamente (? Caiu fora?)

​”Se não tiver algum desses = inadequado (Grupo A do MS)”

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9
Q

Quais exame solicitar no RN de mãe inadequadamente tratada?

A
  • VDRL (sangue periférico, não do cordão)
  • Hemograma
  • Líquor
  • Raio-x de ossos longos
  • Avaliação oftalmo e audiológica
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10
Q

Quando considerar o VDRL(+) no RN?

A

Se ≥ 2 titulações que a sorologia materna

“VDRL não diferencia IgM de IgG, e pode ser (+) devido a IgG materna transplacentária…”

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11
Q

Quais alterações no HMG na sífilis congênita?

A
  • Anemia hemolítica de Coombs negativo
  • Plaquetopenia
  • Leucocitose ou penia
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12
Q

Quais alterações do líquor indicam neurossífilis? (3)

A
  • VDRL (+) = neurossífilis
  • PTN > 150 \ provável
  • Celularidade > 25 /
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13
Q

Qual tratamento se alterações clínicas/laboratoriais (exceto líquor?) (Grupo A1)

A
  • Notificação compulsória
  • Penicilina cristalina EV 50.000 UI/kg por 10 dias ou
  • Penicilina procaína IM 50.000 UI/kg dose única por 10 dias
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14
Q

Qual tratamento se líquor alterado ou impossibilidade de PL? (Grupo A2)

A
  • Notificação compulsória
  • Penicilina cristalina EV

“a procaína não tem boa penetração no LCR”

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15
Q

Qual tratamento se RN sem alterações clínicas-laboratoriais-liquóricas? (Grupo A3)

A
  • Penicilina G benzatina (50.000 UI/kg dose única) → obrigatório a garantia de acompanhamento

​”Na impossibilidade de seguimento = A1 (penicilina procaína ou cristalina por 10 dias)!!”

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16
Q

Qual conduta se RN perder 1 dose do tratamento?

A

Reiniciar tratamento do zero

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17
Q

O que solicitar para RN de mãe adequadamente tratada?

A

VDRL de sangue periférico + EF cuidadoso

“Se (+) com titulação ≥ 2 que materna ou alterações clínicas = pedir a mesma bateria de exames e seguir igual ao inadequadamente…”

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18
Q

Qual conduta se mãe adequadamente tratada e VDRL do RN (-) ou (+) menor ou igual à titulação materna?

A
  • Acompanhamento!
  • Na impossibilidade de manter seguimento: Penicilina G benzatina dose única
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19
Q

Quais as manifestações das sífilis congênita tardia (> 2 anos)?

A

São sequelas…

  • Inespecíficas: hidrocefalia, retardo mental
  • Tríade de Hutchinson: dentes incisivos em fenda, molares em amor / ceratite ocular intersticial / Surdez neurossensorial
  • Sequelas ósseas: fronte olímpica, tíbia em sabre, articulações de Crutton
  • Nariz em sela (pela rinite)
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20
Q

Como é o acompanhamento do RN tratado para sífilis congênita? (4)

A
  • Consultas ambulatoriais mensais até 6m
  • VDRL seriado (1, 3, 6, 12, 18 meses)
  • Avaliação visual e auditiva → BERA
  • Se líquor alterado → repetir 6/6m até 2a
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21
Q

Quando considerar retratamento e reinvestigação no acompanhamento do VDRL?

A
  • Elevação do título de VDRL
  • Não negativação até os 18 meses

“Q: VDRL de acompanhamento 1:8 1º mês, 1:8 3º mês, 1:8 6º mês, 1:16 12º mês. Qual Cd? R: Tratar novamente + reinvestigar comprometimento ósseo e neurológico.”

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22
Q

V ou F: a maioria das infecções por toxoplasma é subclínica, exceto na gestação

A

Verdadeiro

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23
Q

V ou F: a maioria dos casos de toxoplasmose congênita ocorre pela reativação da infecção latente.

A

Falso → maioria é devido a infecção primária durante a gestação

“mas pode ser reativação em gestantes imunodeficientes”

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24
Q

Toxo: qual a investigação no feto? (2)

A

USG e Amniocentese com PCR do LA

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25
Q

Toxo: Qual a investigação no RN? (4)

A
  • Sorologia;
  • Fundo de olho;
  • Imagem de SNC;
  • Avaliação de LCR.
26
Q

Qual tratamento de gestante com toxoplasmose congênita sem evidência de infecção fetal?

A

Espiramicina

“previne risco de infecção fetal”

27
Q

Qual o tratamento para o RN com toxoplasmose congênita? Por quanto tempo?

A

POR 12 MESES

  • Pirimetamina
  • Sulfadiazina
  • Ácido folínica
28
Q

Quando adicionar corticoide no tratamento do RN com toxo?

A
  • Coriorretininite grave
  • PTN no LCR > 1 g/dL
29
Q

Quais os achados e qual a infecção congênita?

A

Calcificações periventriculares + hidrocefalia = CMV

30
Q

Qual a principal complicação do CMV?

A

Surdez neurossensorial

“CMV = cê me vê, mas não me ouve…”

31
Q

V ou F: a maioria das infecções congênitas por CMV é sintomática

A

Falso.

“maioria é assintomática 90%”

32
Q

Como diagnosticar CMV neonatal?

A

Isolamento viral na saliva/urina nas primeiras 3 semanas

(CCQ UNIFEP 2017) “Se > 3 semanas passo a não diferenciar se é CMV congênita ou pós-natal…”

33
Q

Qual tratamento da citomegalovirose congênita?

A

Ganciclovir EV

34
Q

Rubéola: qual a gestante de risco para transmissão?

A

Primoinfectadas durante a gestação.

(são as únicas que realizam transmissão vertical)

35
Q

Rubéola: Apresentação clínica? (3)

A

Síndrome da Rubéola Congênita

  • Surdez;
  • Reflexo vermelho ausente (catarata);
  • Cardiopatia congênita.
36
Q

Qual a cardiopatia mais comum da rubéola congênita?

A

Persistência do canal arterial com ou sem estenose da artéria pulmonar

“PCA + EAP”

37
Q

Qual a endocrinopatia associado a rubeola congênita?

A

DM tipo 1

“atingem as ilhotas em formação - 20% terão DM1 até a vida adulta”

38
Q

Qual tratamento da rubéola congênita?

A

Não há tratamento específico / manejo das sequelas

39
Q

Varicela congênita: Qual condição para ocorrência da síndrome de varicela congênita?

A

Transmissão nas primeiras 20 semanas de gestação

40
Q

Varicela: Qual QC da síndrome de varicela congênita? (3)

A
  • Várias lesões cicatriciais
  • Hipoplasia de membros
  • Alterações neurológicas (microcefalia, retardo, hidrocefalia…)
41
Q

Varicela: qual período de início de varicela materna com maior risco de varicela perinatal (até 10d do parto)?

A

5 dias antes ou 48h após o parto

“indicações da VZIG”

42
Q

Sepe: Como classificar temporalmente a sepse neonatal?

A

Controverso:

  • Sepse precoce: < 48-72h
  • Sepse tardia: > 72h ou > 1 semana
43
Q

Sepse: Quais os principais microorganismos da sepse neonatal precoce?

A
  • Streptococcus agalactiae (grupo B)
  • E. coli
  • Listeria monocytogenes (menos comum, risco meningite)
44
Q

Sepse: Qual FR para sepse neonatal precoce? (4ou+)

A

Mecanismo de ascensão:

  • ITU recente
  • Bolsa rota prolongada > 18h
  • Corioamnionite
  • Colonização por GBS
  • Infecção em gestação prévia por GBS
  • Prematuridade
45
Q

Sepse: como diagnosticar corioamnionite materna?

A

Febre materna > 37,8 e 2 ou + das seguintes:

  • Leucocitose > 15.000
  • Taquicardia > 100
  • Taquicardia fetal > 160
  • Dor uterina
  • LA fétido
46
Q

Sepse: Quais os principais microorganismos da sepse neonatal tardia?

A
  • Staphylococcus coagulase negativo
  • S. aureus
  • Bactérias gram-negativas
47
Q

Sepse: Quais as características clínicas da sepse neonatal? (4ou+)

A
  • Instabilidade térmica (principalmente hipotermia)
  • Irritabilidade
  • Hipotonia / letargia
  • Desconforto respiratório / taquipneia
  • Enterocolite necrosante
48
Q

Sepse: Qual conduta se RN com sinais de sepse neonatal? (5)

A

Avaliação diagnóstica “completa” + ATB empírico

  • Hemograma
  • Hemocultura
  • Urocultura (na sepse tardia)
  • Líquor
49
Q

Quais achados no HMG sugerem sepse/PNM neonatal?

A
  • Neutropenia (específico para sepse)
  • ↑Relação I/T ≥ 0,2 (alta sensibilidade)*

​”Relação de neutrófilos Imaturos / Totais”

Leucocitose ou penia não específicos (CCQ AMRIGS 2016)

50
Q

Sepse: qual conduta se RN assintomático e mãe com corioamnionite?

A

Avaliação diagnóstica “limitada” + ATB empírico:

  • Hemograma
  • Hemocultura
  • PCR
51
Q

Sepse: Como realizar rastreamento para GBS na gestação?

A

Entre 35 e 37 semanas de gestação por swab vaginal/anal

52
Q

Sepse: Quando indicar profilaxia antibiótica intraparto?

A
  • Hx de sepse por GBS em RN anterior
  • Rastreamento(+) para GBS em amostra retovaginal
  • Status desconhecidos para GBS mais:
    • TP prematuro < 37 sem
    • Ruptura prolongada > 18h
    • T materna > 38,0
    • Teste rápido GBS (NAAT) (+)
53
Q

Sepse: Quais ATB e tempo mínimo necessário para profilaxia intraparto de GBS?

A

≥ 4 horas de ATB:

  • Penicilina cristalina
  • Ampicilina
  • Cefazolina
54
Q

V ou F: Gestante com rastreamento para GBS(+) não necessita de profilaxia antibiótica se parto cesáreo sem início de TP e membrana íntegras

A

Verdadeiro - ainda com membranas íntegras

55
Q

Sepse: se mãe recebeu profilaxia intraparto adequada, qual Cd para o RN?

A

Observação em alojamento conjunto ≥ 48h

56
Q

Sepse: qual conduta se RN assintomático, mãe sem corioamnionite e sem indicação de profilaxia intraparto para GBS?

A

Cuidados clínicos de rotina

57
Q

Sepse: Qual conduta para RN assintomático, mãe sem corioamnionite, com indicação de profilaxia para GBS mas que não realizou corretamente?

A
  • Se a termo e bolsa rota <18h: observação em alojamento conjunto ≥ 48h
  • Se < 37 sem ou bolsa rota > 18h: avaliação diagnóstica limitada + observação ≥ 48h
58
Q

Sepse: Qual tratamento ATB da precoce?

A

Ampicilina + Gentamicina (aminoglicosídeo)

“ampi → gram+ = GBS / genta → gram(-)”

59
Q

Sepse: Qual tratamento ATB da tardia?

A

“Depende do padrão local / CCIH”

  • Vancomicina se estafilococos resistentes
60
Q

CCQ: 2m, não reage a ruídos, PIG, reflexo vermelho(-), perímetro cefálico

A

Rubéola congênita / Manejo das sequelas e cuidados com a transmissão por 1 ano