Patologias Mamárias Benignas Flashcards

1
Q

Quais são as patologias mamárias benignas?

A

1) Alteração funcional benigna
2) Cistos mamários
3) Fluxos papilares
4) Tumores sólidos - fibroadenoma e tumores filoides
5) Mastites

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2
Q

Qual é a definição da Sociedade Brasileira de Mastologia para alterações funcionais benignas da mama?

A

É uma condição clínica caracterizada por dor mamária e/ou espessamento que aparece no início da menacme, geralmente com reforço pré-menstrual e tendendo a desaparecer na menopausa

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3
Q

Qual é a prevalência da mastalgia?

A

Prevalência variável: cerca de 70% das mulheres

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4
Q

Quais são as possíveis classificações da mastalgia?

A

1) Cíclica: resposta funcional mamária
2) Acíclica: processos específicos inflamatórios, traumáticos ou sequelares das mamas ou parede torácica
Obs: Não são associadas ao risco de câncer mamário

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5
Q

Como é a fisiopatologia das alterações funcionais benignas da mama?

A

1) Fator hormonal: contraceptivo estroprogestativo, elevação de prolactina
2) Fator metabólico: carência de ácidos graxos essenciais, acúmulo de metilxantinas
3) Fator psíquico: Estresse, cancerofobia

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6
Q

Como é o quadro clínico das alterações funcionais benignas da mama?

A

1) Dor - mastalgia com reforço no pré-menstrual
2) Nodularidade
3) Fluxos papilares multiductais, bilaterais e geralmente provocados

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7
Q

Como fazer o diagnóstico de alterações funcionais benignas da mama?

A

1) Anamnese
2) Exame clínico
3) Imagem: rigor acima dos 35 anos - tomografia, ultrassonografia
4) Métodos invasivos: punções e biópsias

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8
Q

Como é feito o tratamento das alterações funcionais benignas da mama?

A

1) Orientação verbal: esclarecer a situação para a paciente, evitando medo
2) Antiestrogênicos: danazol e TAMOXIFENO (principal)
3) Cirurgia: suspeita de lesão maligna
Outros métodos: analgésicos, diuréticos, antiprolactinêmicos, análogos do GnRH

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9
Q

Quais são as características dos cistos mamários?

A

1) Não palpáveis na maioria
2) Não acrescentam maior risco
3) Punção é o método de escolha
4) Abordagem clínica ou pelo ultrassom
5) Tumores mistos - “cuidado”

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10
Q

Como é feito o tratamento de cistos mamários?

A

Cistos mamários - punção

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11
Q

Quando é indicada a cirurgia para cistos mamários?

A

1) Líquido hemorrágico
2) Presença de tumor após punção
3) Cisto com conteúdo: complexo

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12
Q

Quais são as características do fibroadenoma?

A

1) Tumor benigno mamário mais frequente
2) 3º lugar dos diagnósticos em mastologia
3) Incidência entre 10 e 25% das mulheres
4) Faixa etária mais comum: 20 - 30 anos
5) Bilateralidade e multiplicidade 15 a 20%
6) Receptor de estrogênios
7) Neoplasia mista

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13
Q

Qual é o efeito terapêutico do tamoxifeno e como é feito o tratamento?

A

1) Reduz a cinética celular
2) 10 a 20 mg/dia de forma contínua ou 10 mg/dia do 13º ao 26º dia do ciclo
(Eficácia de 70 a 90%)

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14
Q

Quais são os efeitos colaterais do tamoxifeno?

A

Alterações menstruais, fogachos, náuseas, irritabilidade

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15
Q

Como é a clínica do fibroadenoma?

A

1) Dor é incomum
2) Tamanho médio 2 - 3 cm
3) Nódulo de consistência fibroelástica, móvel, superfície regular
4) Grande maioria estáveis
5) Regressão ao redor de 25%

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16
Q

Como é a associação entre fibroadenoma e câncer?

A

Associação entre fibroadenoma e câncer: 1% (carcinoma in situ em mais de 95% dos casos)

17
Q

Os fibroadenomas complexos podem estar associados a que?

A

Cistos, adenose esclerosante, alterações apócrinas papilares

18
Q

Quais são os critérios para a realização de tratamento cirúrgico de fibroadenoma?

A

1) Idade superior a 35 anos
2) Tumores maiores que 3 cm
3) Crescimento rápido
4) Aparecimento na pós-menopausa
5) Tumores recidivantes
6) Desejo da paciente
7) “Dúvida” do médico

19
Q

Qual é a definição de fluxos papilares?

A

Saída de secreção papilar, espontânea ou não, uni ou bilateral uni ou multiductal, serosa, sero-sanguinolenta, esverdeada, azulada ou láctea (sendo 6% espontânea, com achados de câncer em 10% das cirurgias)

20
Q

O que é galactorreia?

A

Descarga láctea fora do ciclo gravídico-puerperal, por aumento da prolactina
1) Iatrogênico (Anticoncepcionais)
2) Patológico (adenomas hipofisários) PRL>100ng/ml
3) Diagnóstico: laboratorial e imagem (tomografia e ultrassom)

21
Q

Em quais contextos ocorrem fluxos papilares fisiológicos?

A

1) Neonatal - recém-nascido produz e libera leite por causa dos hormônios maternos
2) Pré-menstrual: leve ou inaparente
3) Ciclo gravídico-puerperal: colostro e lactação

22
Q

Como é a clínica do papiloma intraductal?

A

Uniductal, unilateral, espontâneo ou não, água de rocha ou sero/sanguinolento com ponto gatilho ou nódulo

23
Q

Como é feito o diagnóstico de papiloma intraductal?

A

Clínica, exame físico, citologia, imagem e cirurgia

24
Q

Como é feito o tratamento de papiloma intraductal?

A

Ressecção segmentar retroareolar com identificação do ducto (cateterização)

25
Q

O que são pseudo-derrames?

A

Fissuras, ulcerações, eczema, adenoma de papila e doença de Paget (os 3 primeiros, tratamento clínico, os 2 últimos, diagnóstico e tratamento cirúrgicos)

26
Q

Carcinoma papilífero: características, diagnóstico e tratamento

A

1) Uniductal, unilateral, associado ou não a nódulo e ponto gatilho
2) Diagnóstico: clínico, citologia, imagem e cirurgia
3) Tratamento: quadrantectomia central (+RT) ou mastectomia simples + linfonodo sentinela + reconstrução

27
Q

Quais são as classificações das mastites?

A

1) Agudas e crônocas
2) Lactacional e não lactacional

28
Q

Quais são as características das mastites agudas?

A

1) Maior incidência no ciclo gravídico e puerperal
2) Mais comuns em primíparas
3) De 1 a 5% das mulheres que amamentam
4) Etiopatogenia: intersticial ou canalicular
5) Agentes oxidantes infecciosos: Staphylococos aureus e Streptococcus primariamente

29
Q

Profilaxia para mastites agudas

A

1) Higiene adequada e evitar uso de hidratantes
2) Evitar exercícios areolopapilares na gestação
3) Protetores mamilares e suspensores adequados
4) Massagem centrípeta na estase láctea
5) Ocitocina spray
6) Bombas de sucção
7) Técnica adequada

30
Q

Como é feito o diagnóstico de mastite aguda?

A

1) Anamnese
2) Exame físico
3) Ultrassom mamário
4) Exames laboratoriais
Obs: diagnósticos diferenciais: apojadura e carcinoma inflamatório

31
Q

Como é feito o tratamento das mastites agudas na fase inicial?

A

1) Fase inicial ( 48 horas iniciais)
a) Cuidados locais (manter secos, protegidos)
b) Antitérmicos, analgésicos e anti-inflamatórios - compressas úmidas e frias
c) Suspender as mamas
d) Não inibir a lactação - manter a lactação e a ordenha

32
Q

Como é feito o tratamento na fase de estado na mastite aguda?

A

1) Fase de estado: antibioticoterapia adequada, oral ou endovenosa
a) Staphylococos - 80% resistência à penicilina
Casos graves:
a) Oxacilina: 500 mg a 2 g Ev 6/6h
b) Amoxicilina + Clavulanato: 500 mg vo 8/8h
c) Ampicilina + sulbactam (sultamicilina) 375 a 750 mg vo 12/12

33
Q

Mastites agudas - supressão

A

1) Enfaixamento compressivo das mamas
2) Não estimular mamas, reduzir expressão
3) Bromoergocriptina - 5 mg/dia - 14 dias
4) Cabergolina - 0,5 mg/dia - 2 dias

34
Q

Quais são as características do abcesso subareolar recidivante?

A

1) Recorrente, sem relação com o ciclo gravídico-puerperal
2) 80 a 90% dos casos são tabagistas
3) Etiopatogenia: metaplasia escamosa que se estende até a base da papila levando então à formação de tampões que obstruem a luz ductal, propiciando meio adequado à proliferação bacteriana, formação de abcessos e drenagem periareolar

35
Q

Como é o tratamento de Abscesso subareolar recidivante?

A

1) Antibioticoterapia (pré e pós operatória) Metronidazol é a primeira escolha
2) Cirúrgico: Ressecção ampla da área comprometida envolvendo a fístula e a árvore ductal, segundo a técnica radiada transmamilar e reservando casos selecionados via periareolar. Cicatrização por 2ª intenção também é considerado