p1 parte 3 Flashcards
As junções que matêm o epitélio unido pela formação de ligações mecânicas
As junções que matêm o epitélio unido pela formação de ligações mecânicas
são de três principais tipos. As junções aderentes e os desmossomos ligam uma
célula epitelial à outra, enquanto os hemidesmossomos ligam as células epiteliais à lâmina basal. Todas essas junções fornecem força mecânica pela mesma estratégia que já vimos no tecido conectivo
As junções aderentes e os desmossomos
As junções aderentes e os desmossomos são formados ao redor das
proteínas transmembrana que pertencem à família das caderinas. A molécula de caderina da membrana plasmática de uma célula se liga diretamente a
uma molécula de caderina idêntica na membrana plasmática da célula vizinha
(Figura 20-24). Tais ligações entre moléculas semelhantes são denominadas ligações homofílicas. No caso das caderinas, a ligação requer a presença de Ca2+
no meio extracelular, por isso, o nome.
Nas junções aderentes
Nas junções aderentes, cada molécula de caderina está presa dentro de
sua célula por meio de várias proteínas ligadoras aos filamentos de actina. Frequentemente, as junções aderentes formam um cinturão de adesão contínuo ao
redor de cada célula epitelial, próximo à porção apical da célula, logo abaixo das
junções ocludentes (Figura 20-25). Os feixes de actina estão, então, conectados
de uma célula à outra através do epitélio. Essa rede de actina é potencialmente
contrátil e proporciona à camada epitelial a capacidade de desenvolver tensãoe mudar sua forma de maneira extraordinária. Encolhendo sua superfície apical
ao longo do eixo, a camada pode dobrar-se sobre si mesma formando um tubo
os desmossomos
, os desmossomos – um grupo distinto de moléculas de
caderina – estão ancorados dentro de cada célula. Essas caderinas se conectam
aos filamentos intermediários, especificamente as queratinas, um tipo de filamento intermediário encontrado no epitélio (Figura 20-27). Feixes espessos de filamentos de actina, semelhantes a uma corda, cruzam o citoplasma e se soldam
aos feixes de filamentos de queratina das células adjacentes através dos desmossomos. Esse arranjo confere grande força elástica à camada epitelial e são particularmente abundantes no epitélio resistente
hemidesmossomos
As bolhas são um lembrete doloroso de que não é suficiente que as células
epiteliais estejam ligadas fortemente umas às outras. Elas também devem estar ancoradas ao tecido subjacente. Como vimos anteriormente, o ancoramento é mediado por proteínas integrinas da membrana plasmática basal das células
epiteliais. Externamente, essas moléculas de integrinas se ligam à laminina da
lâmina basal. Dentro das células, elas estão ligadas aos filamentos de queratina,
criando uma estrutura que se parece com meio desmossomo. Essas ligações das
células epiteliais à matriz extracelular são então chamadas de hemidesmossomos (Figura 20-28
As junções tipo fenda
As junções tipo fenda permitem que íons e pequenas moléculas passem de uma célula à outra. Ela é denominada junção tipo fenda. Ao microscópio eletrônico, ela aparece como uma região onde as membranas de duas células estão bem próximas e exatamente paralelas com um pequeno espaço O espaço não é vazio, mas está preenchido com as extremidades protundentes de
muitos complexos proteicos idênticos localizados na membrana das duas células
opostas. Esses complexos, denominados conexons, formam canais através das
duas membranas plasmáticas e estão alinhados de um lado ao outro formando
uma estreita passagem que permite o movimento de íons inorgânicos e moléculas solúveis em água (com peso molecular de até 1.000 dáltons) entre o citoplasma das duas células . Isso cria uma ligação metabólica e elétrica entre as duas células. As junções tipo fenda entre duas células de músculo estriado cardíaco, por exemplo, permitem que ondas elétricas de excitação se espalhem através do tecido. Essas ondas de excitação ativam a contração coordenada das
células, produzindo batimentos cardíacos regulares.
As junções tipo fenda em muitos tecidos podem ser abertas ou fechadas de
acordo com a necessidade de resposta aos sinais extracelulares. O neurotransmissor dopamina, por exemplo, reduz a comunicação da junção tipo fenda de
uma classe de neurônios da retina em resposta ao aumento da intensidade da
luz (Figura 20-30). Essa redução da permeabilidade da junção tipo fenda muda
o padrão de sinalização elétrica e auxilia a retina a alternar o uso dos fotorreceptores bastonetes, os quais são ótimos detectores de luz baixa para o uso dos
cones fotorreceptores, os quais detectam cor e detalhes finos com alta intensidade luminosa
Fogo selvagem ou Pemphigus
produção de anticorpos contra acaderinas, desfazendo os desmossomos que unem o epitélio.
- Doença autoimune (1:100.000 casos)
- Tratamento mais comum: corticoesteroides
junções
ocludentes,
A função de vedação é desempenhada (nos vertebrados) pelas junções
ocludentes, que vedam células vizinhas de modo que moléculas solúveis em
água não podem passar facilmente entre elas. Se uma molécula marcada é adicionada a um lado da camada de células epiteliais, ela não irá passar pelas junções ocludentes (Figura 20-23). As junções ocludentes são formadas por proteínas denominadas claudinas e ocludinas, as quais estão organizadas em feixes ao
longo das linhas das junções criando o lacre. Sem as junções ocludentes para
prevenir vazamentos, as atividades de bombeamento das células de absorção
como aquelas encontradas no intestino seriam inúteis, e a composição do meio
extracelular seria a mesma nos dois lados do epitélio. Como vimos no Capítulo
11, as junções ocludentes também desempenham um papel importante na polaridade de cada célula epitelial. Primeiro, as junções ocludentes ao redor do anel
apical de cada célula impedem a difusão de proteínas de membrana, mantendo o
domínio apical da membrana plasmática diferente da membrana basal (ou baso
As camadas epiteliais são polarizadas e repousam na
lâmina basal
Uma camada epitelial possui duas faces: a superfície apical é livre e está exposta ao ar ou a líquidos aquosos, a superfície basal repousa sobre outro tecido, normalmente o tecido conectivo, ao qual está ligada (Figura 20-19). Uma
camada fina e resistente de matriz extracelular sustenta a superfície basal do
epitélio e é denominada lâmina basal (Figura 20-20), composta por um tipo
de colágeno especializado (colágeno tipo IV) e outras macromoléculas. Essas
incluem uma proteína denominada laminina, a qual fornece os locais de adesão