Ortopedia Flashcards
Fraturas
Principais forças de trauma e fraturas associadas (4)
1) Angulação»_space; Transversa ou oblíqua
2) Torção»_space; Espiral
3) Tração»_space; avulsão
4) Compressão»_space; Impactada
Classificação de fraturas
Traço da linha de fratura e segmento
1) Simples: traço único com 2 fragmentos
2) Cunha: no minimo 3 fragmentos, porém mantendo contato entre os dois principais
3) Complexa: ao menos 3 fragmentos, porém sem contato cortical entre os 2 fragmentos principais
4) Cominutiva: multifragmentada, podendo ser complexa, ou não
5) Segmentar: forma-se um fragmento osseo isolado e único
Fratura em ganho verde
fratura incompleta, que ocorre em criança. Acontece devido ao periósteo que é grosso sufuciente para evitar a lesão das duas corticais
Fratura em ganho verde
como reduzir
É necessario transformar cirurgicamente a fratura em completa
Fraturas
Consolidação óssea
Direta/primaria
quando forma-se osso diretamente, sem matriz cartilaginosa ou reparo intermediário.
Ocorre no uso de placa e parafuso, com estabilidade perfeita
não forma calo osseo
Fraturas
Consolidação óssea
Indireta/secundária
Formação de tecido fibrocatilaginoso intermediário.
Ocorre quando há estabilidade parcial, presença de calo ósseo ao Rx
Fraturas
Calo ósseo
fases
1) Hematoma fraturário»_space; imediato
2) Calo mole»_space; dura 2 semanas
3) Calo duro»_space; após 6 semanas até 6 - 9 meses
- com 6 semanas há consolidação clínica
- com 6 meses há consolidação radiológica
- tempo maximo para consolidação no rx: 9 meses
Fraturas
Problemas na consolidação
Consolidação viciosa (consolidação na posição de deformidade)
Pseudoartrose
Fraturas
O que é pseudoartrose?
Ausencia de consolidação de fratura 6 - 9 meses após fratura
Fraturas
Principais causas de pseudoartrose
fixação inadequada
osteomielite
necrose de fragmentos fraturados
Fraturas
Tipo de pseudoartroses
1) Hipertróficas ou bem vascularizadas (sem estabilidade)
- distúrbio mecanico com foco na fratura
- formação de calo ósseo devido a boa vascularização
2) Atrófica ou avascularizada
- não forma calo ósseo
Tratamento de fratura - Hospitalar
- Analgesia venosa
- Redução da fratura
- Estabilização da redução
- Profilaxia antitrombótica
** No pré-hospitalar: apenas imobilização provisória com talas
Fratura
Redução cirurgica/aberta/cruenta
Indicada para fraturas cominutivas, instáveis (dor contínua ou desvio mantido após redução), intrarticulares ou expostas
Fraturas
Redução fechada/incruenta
2 modalidades
1) Manipulação
- Tração longitudinal»_space; acentuação da deformidade»_space; redução da deformidade
2) Tração contínua
- Cutânea em crianças
- Esquelética em adultos, usando pino de Steinman ou fios de Kirschner
»_space; manter por 2 semanas , com paciente internado. Em desuso
Fraturas
Indicações de redução fechada por manipilação
1) Fratura diafisária fechada simples
2) Fratura de falanges
3) Fratura distal do radio no adulto (fratura de colles)
4) Fratura do úmero supracondiliana com desvio na criança
Fraturas
Indicações de de redução fechada por tração contínua
1) Fratura diafisária do fêmur
2) Fratura-luxação cervical
Fraturas
Tipos de estabilização/Osteossíntese
1) Contenção externa
2) Fixação externa
3) Fixação interna
Fraturas
Contenção externa - quais são e indicação
Gesso e órtese plástica
Indicado em:
Fraturas estáveis de membro superior
Fraturas estáveis de tibia e fíbula
Fraturas
Tempo de uso de contensão externa (gesso e órtese plástica)
Tempo médio de 6 semanas
- 3 semanas para falanges
- 12 semanas para tibia
Fraturas
Complicações do gesso
Isquemia distal
ulcera de pressão
instabilidade por quebra do gesso
Fraturas
Indicação de fixação externa
1) Paciente crítico que não suporta tratamento definitivo
2) Fraturas diafisarias expostas grau IIIB e IIIC
3) Fraturas diafisárias cominutivas da tibia e da extremidade distal do radio
Fraturas
Fixação interna. Tecnicas e indicações
1) Placa e parafuso: fraturas epifisárias ou metafisárias, fraturas expostas grau I até III A ou em segundo tempo nas III B e III C
2) Hastes intramedular: fratura diáfisaria no femur ou fraturas expostas grau I até III A. A incisão é feita longe do foco da fratura
3) Fios de Kirschner: fraturas articulares do pé, fratura distal cominutiva do radio e em situação que haja grande contaminação na ferida exposta
Fraturas expostas
Definição
Fratura associada a lesão de pele e partes moles permitindo contaminação do osso ou contato do hematoma fraturário com o meio externo.
A presença de sangue com gotículas de gordura significa fratura exposta.
Fraturas expostas
Classificação de Gustillo-Anderson
Grau I: Ferida < 1 cm, contaminação mínima, partes moles mínima, lesão óssea simples, sem cominuição
Grau II: Ferida 1 a 10 cm, Contaminação moderada, partes moles moderada com lesão muscular, lesão ossea moderada cominuição
Grau III: Ferida > 10 cm, muito contaminada
- Grau III A: Partes moles com grave esmagamento, lesão ossea com possivel corbetura ossea
- Grau III B: Partes moles muito grave, lesão ossea requer reconstrução
- Grau III C: Partes moles muito grave com lesão vascular, lesão ossea requer reparo vascular
Fraturas expostas
Casos especiais que já é considerada diretamente grau III A
- PAF
- Ambiente rural
- Fraturas segmentares
Fraturas expostas
fratura grau I e grau III B
Causada de dentro para fora
prognóstico e tratamento semelhante a fratura fechada, quase sempre cirurgico
Nas lesoes III B, precisa de enxerto para cobrir o osso
Fraturas expostas
Incidencia
III A > II > I > III C > III B
Fraturas expostas
Classificação de Tscherne
Utiliza lesão de partes moles
- C0: nenhuma lesão
- C1: escoriações
C2: edema e hematomas
C3: sindrome compartimental
Fraturas expostas
Objetivo primário do tratamento
Evitar infecção
Fraturas expostas
Avaliação de fratura no ABCDE
A: Fratura de face
B: costela
C: perve
D cervical
Fraturas expostas
Avaliação do E, oq avaliar
Ectoscopia: feridas/soluções de continuidade, devio (femur proxial»_space; rotação externa), palidez ou cianose distal, movimentação grosseira ativa
Palpação: foco de fratura, pulso distal, temperatura distal
Percussão: reflexos tendinosos profundos
Fraturas expostas
Condutas em relação a curativo estéril e imobilização provisória
- Não reduzir ou debridar fraturas expostas na sala de emergencia
- Após avaliação inicial, cobrir com gase esteril, passar o crepom e posicionar a tala de espuma para imobilização provisória
- Se osso visível, imobilizar na posição que estiver, sem reduzir
Fraturas expostas
Antibióticoprofilaxia - conceitos
- ATBprofilaxia isolada não previne infecção, é necessário também o desbridamento cirurgico
- Deve ser iniciada ainda na atenção primaria
- Esta indicada em, no maximo, 6 horas. Após isso, lesão infectada»_space; ATBterapia
Fraturas expostas
Recomendação de ATBprofilaxia
- Gustillo I e II: Cefalosporina de 1a geração (cefazolina), por 24 horas
- Gustillo III: Cefalosporina de 1a geração + aminoglicosídeo (gentamicina), por 48 horas
- Fratura exposta em ambiente rural: Tratar como Gustillo III + penicilina cristalino por 48 horas.
Fraturas expostas
Profilaxia antitetânica
- Deve ser iniciada na sala de emergencia, exceto se vacina antitetanica em dia, comprovada pelo cartão de vacina
Fraturas expostas
Porque fazer avaliação radiològica
Para avaliar externsão e possíveis abordagens cirurgicas. O diagnóstico é clinico
Fraturas expostas
Objetivo do tratamento cirurgico
Principal objetivo é previnir que a contaminação se transforme em infecção.
Emergência ortopédica»_space; requer cirurgia em no maximo 6 horas
Fraturas expostas
Principios cirurgicos da fratura exposta
1) Anestesia, assepsia e antisepsia
2) Exploração da ferida
3) Desbridamento - medida mais importante na redução da morbimortalidade
4) Lavagem mecânico-cirurgica com 10L de SF
5) Redução
6) Estabilização precoce
- I até III A: placa e parafuso ou haste intramedular de acordo com localização da fratura
- III B e III C: Fixador externo provisório, depois fixadorexterno definitivo ou placa (Lisarov) e parafuso
7) fechamento da ferida
Fraturas expostas
Tipos de fechamento da ferida dentro dos principios cirurgicos da fratura exposta
- Tipo I: fechamento no ato cirurgico
- Tipo II: Fechamento imediato ou após 48 horas
- Tipo III: nunca fechar primariamente, somente após second look, em 48 horas
** No tipo II, há melhor resultado no fechamento por segunda intensão com curativo à vacuo do que com fechamento por primeira intensão
Fraturas expostas
Conduta se lesão vascular importante
- Reparar somente após fixação
- Em caso de ausencia de pulsosou evolução entre 3 e 6 horas, pode-se tentar um shunt provisório, proceder a fixação para depois fazer o reparo vascular definitivo
Fraturas expostas
Conduta na lesão de nervo
- Não é urgente e pode ser abordada em até 15 dias, sem prejuizp prognostico
- Exceto N. tibial com fratura da tibia, que é um critério de amputação
Fraturas expostas
resumo das condutas segundo a classe da fratura
Grau I e II, deria de 1 ate 10 cm: ATB profilaxia com cefazolina por 24 horas, estabolização precoce com placa e parafuso ou haste intramedular, fechamento da pele no ato cirurgico ou a julgamento clinico, se ferida maior
- Grau III A, B, e C, ferica > 10 cm: ATB profilaxia com cefazolina e gentamicina por 48 horas. Fixação externa, fechamento da pele após 48 horas, na ausencia de infecção
Fraturas expostas
Critérios de amputação Absolutos
- Absolutos:
- Fratura de tibia com lesão do n. tibial (perda de sensibilidade plantar)
- Fratura exposta tipo III com mais de 6 horas de isquemia
- Fratura exposta tipo III C extensa, que impossibilita reconstrução
Fraturas expostas
Criterios de amputação relativos imediatos
- Politrauma com choque hemorragico e risco de vida
- Idoso que não deambula
Fraturas expostas
criterios de amputação tardios
- Áreas extensas insensíveis
- Contraturas e dor crônica incapacitante
- Ptrótese potencialmente mais funcional que o membro
Fraturas expostas
Índice de MESS
Avalia parâmetros para definir amputação, ou não e pontua de 0 a 12
- lesão/energia
- choque hemorragico
- isquemia no membro
- idade do paciente
** MESS > ou igual a 7 = amputação
MESS < 7 = membro viável, fazer reparos.
Complicações das fraturas
Precoces
- Embolia gordurosa
- Síndrome compartimental
- TVP e TEP
- Lesões vasculares
- Lesões neuromusculares
Complicações das fraturas
Tardias
- Osteomielite
- Artrite séptica
- necrose avascular/asséptica
- Distrofia simpaticorreflexa/algodistrofia
- Consolidação anormal
Complicações das fraturas
Embolia gordurosa - tempo de surgimento
Ocorre entre 24 a 72 horas, podendo surgir em até 2 semanas
Complicações das fraturas
Fatores de risco da embolia gordurosa
Fratura fechada de ossos longos e pelve
Complicações das fraturas
Embolia gordurosa - sinais e sintomas
- Taquidispneia subita
- Petéquias disseminadas no tronco
- Confusão mental
- Alterações inespecíficas no Rx de tórax