Dor no cotovelo (Tratado de MFC) Flashcards
Definição anatômica do cotovelo
Linha que passa
transversalmente 5 cm abaixo do olécrano e outra linha transversal que passa imediatamente proximal ao olécrano
Estruturas anatômicas do cotovelo
ulnoumeral, radioumeral e radioulnar proximal
Quadro clínico
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista)
Dor ou queimação localizada no cotovelo lateral que pode irradiar-se ao longo da massa dos músculos extensores do punho, às vezes com irradiação proximal.
Inicia de forma insidiosa, relacionada a movimentos de preensão (girar maçanetas, aperto de mãos, levantar objetos com a mão pronada);
com a piora progressiva, pode haver dor mesmo em repouso
Quadro clínico
Epicondilite medial (cotovelo de golfista)
- 10 x menos comum que a epicondilite lateral
- Idade entre 50 60 anos
- Homens = mulheres
A dor é insidiosa na porção medial do cotovelo, piorando com a pronação e a flexão da mão e dos dedos.
A progressão do quadro pode levar à limitação dos movimentos e à contratura em flexão da extremidade, às vezes com edema e calor no epicôndilo medial
Quadro clínico
Síndrome do pronador redondo
Causa: compressão do nervo mediano distalmente ao cotovelo, na passagem entre as cabeças ulnar e umeral do músculo pronador redondo, pela presença de pontos-gatilho.
Também é possível a compressão nesse nível pelo ligamento de Struthers, aponeurose bicipital ou cabeça acessória do flexor longo do polegar.
Após prática de esportes com raquete ou arremesso.
É caracterizada por dor no antebraço e no punho, dormência e parestesia atingindo do primeiro dedo até a metade do quarto dedo.
Os sintomas são similares àqueles da síndrome do túnel do carpo, na qual a compressão do nervo ocorre mais distalmente
Quadro clínico
Síndrome do túnel cubital (compressão do nervo ulnar)
Segunda sd de compressão de nervo mais comum
Disestesia, hipoestesia, ardência e dormência no quarto e quinto dedos da mão e porção medial do antebraço, que podem piorar à noite.
Quando há comprometimento motor, pode apresentar dormência e fraqueza da garra. Também com edema e dificuldade para movimentar o cotovelo
Quadro clínico
Síndrome do túnel radial (compressão do nervo radial)
Neuropatia menos comum (5% das pessoas com diagnóstico inicial de epicondilite lateral) provavelmente associada como um continuum à compressão do nervo interósseo posterior.
Dor insidiosa e mal localizada no antebraço, em pessoas com histórico de pronação e supinação repetidas
Quadro clínico
Lesão do ligamento colateral medial (ligamento ulnar)
Ocorre quando o cotovelo é submetido a uma força em valgo, ou direcionada lateralmente.
Mais comum em atletas que realizam arremesso sobre a cabeça.
Quando há lesão aguda, pode ser ouvido um estalo e surgir incapacidade para continuar o movimento.
Cronicamente, inicia com dor vaga na região medial, piorando na fase de aceleração do lançamento. A presença de osteófitos pode limitar a extensão
Quadro clínico
Osteoartrite
Ocorre geralmente no membro dominante em homens com trabalho braçal extenuante (menores de 40 anos, costuma haver trauma prévio).
A dor pode ser intensificada nos limites da extensão e da flexão, às vezes com limitação e travamento do movimento, por osteófitos ou corpos livres intra-articulares, presentes em cerca de 50% dos casos
Quadro clínico
Bursite olecraniana
Homens entre 30-60 anos, devido à exposição ocupacional.
Geralmente após trauma repetitivo do cotovelo, ou fricção.
Ocorre também em pessoas com AR ou por deposição de cristais ou associada à hemodiálise crônica, pelo apoio prolongado do membro superior.
Dor, inchaço e eritema sobre a região da bursa. Em cerca de um terço dos casos, é séptica, verificando-se febre em 38% desses pacientes
Quadro clínico
Artrite reumatoide
Até 50% das pessoas com AR se apresentam com sinovite do cotovelo.
A dor no cotovelo costuma ocorrer ao longo de todo o arco de movimento, produzindo instabilidade articular com a progressão para lesão articular.
Quadro clínico
Gota
Geralmente no sexo masculino, com comorbidades (diabetes, HAS, obesidade, LRA), uso de diuréticos, dieta rica em purinas, alcoolismo.
Cronicamente, a bursa olecraniana é um local comum para a formação de tofos
Quadro clínico
Osteocondrite dissecante
Geralmente em adolescentes que praticam esportes envolvendo os membros superiores, com sintomas progressivos por longo tempo antes da avaliação médica;
90% têm dor lateral no cotovelo, alguns com dor difusa, aliviada com repouso, além de limitação do movimento (extensão)
Quadro Clínico
Tuberculose
1-5% dos casos de TB óssea estão localizados no cotovelo, com dor, inchaço e limitação de movimentos inicialmente discretos, mas progressivos, durando 5 a 47 meses até o diagnóstico.
Em geral, com ausência de sintomas respiratórios, febre ou perda de peso
Quadro clínico
Neoplasias
Tumores primários ou metastáticos são incomuns nos membros superiores. Na presença de alertas vermelhos, essa possibilidade deve ser considerada
Quadro clínico
Cervicalgias
A sensibilidade nos dermátomos do cotovelo é estabelecida pelas raízes de C5 a T1, com a possibilidade de dor irradiada da região cervical. As áreas de C5 e T1, respectivamente lateral e medial à fossa antecubital, são muito importantes
Quadro clínico
Fibromialgia
Dor disseminada por pelo menos 3 meses, reproduzida por palpação digital em 11 dos 18 tender points, localizados bilateralmente, um dos quais está 2 cm distal ao epicôndilo lateral
Quadro clínico
Síndrome do desfiladeiro torácico
Evolui com fraqueza na mão e no antebraço, geralmente unilateral, até atrofia dos músculos tenares, porém é comum história de dor insidiosa no membro superior de longa data, com força preservada, mas fadiga mais rápida do que o habitual
Quadro clínico
Síndrome de dor complexa regional
Inicia com edema cerca de 1 mês após trauma atingindo extremidades, evolui com dor neuropática e alterações vasomotoras que levam a alterações tróficas da pele, à contratura articular e à atrofia do membro
Quadro clínico
SDM
Dor com distribuição característica para cada músculo envolvido, reprodutível com a digitopressão dos pontos-gatilho identificados na palpação de banda tensa, o que também pode provocar uma resposta contrátil local.
A amplitude de movimento do músculo fica restrita
Quadro clínico
Tendinopatia do biceps
É a causa mais comum de dor na face anterior. Iniciada de forma insidiosa ou vaga, sendo exacerbada na flexão e supinação resistida do antebraço. Nos raros casos de ruptura, com o cotovelo fletido a 90°, ao realizar a supinação e a pronação do antebraço, o movimento do ventre muscular, como um pistão, estará ausente
Quais são as sindromes mecânico degenerativas?
1- Epicondilite lateral 2- Epicondilite medial 3- SDM 4- Tendinopatia do bíceps 5- Síndrome do pronador redondo 6- Síndrome do túnel cubital 7- Síndrome do túnel radial 8- Lesão do ligamento colateral medial 9- Osteoartrite
Quais são os quadros inflamatórios?
1- Artrite reumatoide
2- Bursite olecraniana
3- Gota
Quais são as lesões osseas?
1- Osteocondrite dissecante
2- Tuberculose
3- Neoplasias
Quais são as dores referidas e difusas?
1- Cervicalgias
2- Fibromialgia
3- Síndrome do desfiladeiro torácico
4- Síndrome de dor complexa regional
Sinais de alerta vermelho que faz considerar tumor
► História, sinais ou sintomas sugestivos de câncer
► Deformidade ou edema significativo inexplicados
► Massa palpável com aumento progressivo
► Dor intensa sem exames de imagem prévios
Sinais de alerta vermelho que faz considerar infecção
► Eritema, febre, queda no bom estado geral
Sinais de alerta vermelho que faz considerar Deslocamento e instabilidade articular
► Trauma sem investigação prévia
► Perda de mobilidade sem diagnóstico
► Alteração dos contornos normais da articulação
Sinais de alerta vermelho que faz considerar Lesão neurológica
► Trauma, dor aguda incapacitante e perda significativa de força
► Déficits sensitivos ou motores inexplicados