OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA Flashcards

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1
Q

Função da pálpebra

A

Proteger e impedir luminosidade excessiva;
• Espalhar o filme lacrimal por toda a superfície ocular;
• Remover sujidades para o canto medial;
• Facilitam a drenagem da lágrima pelo aparelho lacrimal;

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Q

ANQUILOBLÉFARO
O que é

A

Falha na abertura da fissura palpebral,que deveria ocorrer após 10- 14 dias de idade.
• É um problema incomum, bilateral, e atinge felinos e cães.
• Em alguns casos, pode haver associação com conjuntivite, e nesse caso chama-se oftalmia
neonatal. Porém o problema primário foi o anquilobléfaro. Pode levar até a perda de visão, se não
for tratado.
Tratamento
• Massagem delicada ou distensão mecânica com pinça (mosquito);
• Pomada ou colírio antibiótico (cloranfenicol – Epitezan®; tobramicina pomada ou colírio –
• Tobrex® de 3 a 4 vezes ao dia por 15 dia

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3
Q

AGENESIA OU COLOBOMA PALPEBRAL

A

• A agenesia ou coloboma palpebral é caracterizada pelo não desenvolvimento
completo ou parcial da margem palpebral. É de rara ocorrência em cães, afetando,
com maior frequência, a porção lateral da pálpebra inferior nessa espécie,
bilateralmente. A agenesia palpebral é frequentemente associada com outras
anomalias congênitas, como:
• microftalmia;
• ausência de glândula lacrimal;
• ceratoconjuntivite seca;
• membrana pupilar persistente;
• catarata;
• displasia de retina;
• displasia de nervo óptico.

a região mais afetada é
a porção lateral da pálpebra superior. A causa dessa afecção é desconhecida. Em decorrência da
agenesia palpebral, podem ser encontradas afecções associadas, como triquiase, ceratite por
exposição e vascularização de córnea.

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4
Q

AGENESIA tratamento

A

Com relação ao tratamento da agenesia palpebral, quando o defeito é pequeno e não causa
desconforto ocular, preconiza-se o uso tópico de lubrificantes oculares.
• No entanto, em casos mais graves, em que existe desconforto e dano a estruturas adjacentes,
será necessária intervenção cirúrgica para reconstrução palpebral.As blefaroplastias têm sido
realizadas com resultados satisfatórios.

Lacri, obtive tear, lacrifilm

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5
Q

Quais as afecção de cílios

A

distiquíase;
• cílio ectópico;
• triquiase.

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6
Q

Distiquiase

A

Distiquíase é a presença de cílios que emergem na margem palpebral, principalmente
nas glândulas de Meibômio.
• Os cílios podem ser únicos ou múltiplos nas margens palpebrais. A distiquíase acomete,
com mais frequência, cães de raças puras. Raramente é relatada em outras espécies
domésticas. São mais predispostos para distiquíase os cães das raças:
• Cocker Spaniel;
• Buldogue Inglês;
• Poodle;
• Jack Russell Terrier;
• Shih Tzu;
• Pequinês;
• Dachshund.

As pálpebras são acometidas bilateralmente na maioria dos casos, e a pálpebra superior é
mais afetada que a inferior.
• Nem sempre a distiquíase leva a sinal clínico. Nesse caso, o tratamento não é necessário.
• Embora um quadro de distiquíase não produza sinais clínicos graves com frequência, cílios
grossos podem estar relacionados com:
– ceratite,
– Úlcera;
– perfuração da córnea;
– entrópio secundário.3
• O quadro é considerado hereditário, apesar de o mecanismo de transmissão exato não ser
conhecido. Apesar de rara em gatos, a distiquíase pode afetar essa espécie.
• Tratamento geralmente e cirúrgico eletroepilação, criocirurgia.

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7
Q

Cílios ectopico

A

Os cílios ectópicos emergem na conjuntiva palpebral e estão em contato direto com a
córnea.
• Os sinais clínicos de pacientes com cílios ectópicos são:
– blefarospasmo,
– hiperemia conjuntival,
– epífora e úlcera de córnea.
– Além disso, pode ocorrer perfuração ocular.
• Os cílios são frequentemente encontrados na conjuntiva da pálpebra superior, na
posição de 12 horas.4 No entanto, podem ser encontrados em outras localizações

tratamento dos cílios ectópicos consiste na ressecção do cílio com seu folículo e
correção dos danos

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8
Q

Triquiase

A

Triquiase é a presença de pelos em uma localização normal, mas com um
direcionamento anormal, levando a injúrias oculares pelo contato desses pelos com a
córnea e a conjuntiva.
• Na ausência de tratamento da triquiase, a córnea torna-se cronicamente irritada,
resultando em epífora, blefarospasmo e secreção mucopurulenta. O estágio final é a
formação de tecido cicatricial e pigmentação da córnea. Em casos mais graves, pode
ocorrer a perda da visão.

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9
Q

ENTRÓPIO

A

Inversão da margem palpebral. Há uma falha na musculatura das pálpebras e ela inverte para
dentro e fica tocando a córnea. Os pelos d a face e os cílios ficam todos virados para dentro,
levando a ulcera de córnea.
O sinal clínico evidenciado na presença de
entrópio é a inversão das margens
palpebrais. Sinais associados podem ser
observados e incluem epífora, secreção,
blefarospasmo, conjuntivite e ceratite na
conjuntiva e na córnea. Também podem
estar presentes neovascularização da
córnea, edema de córnea, formação de
granulomas, pigmentação e úlcera de
córnea.

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10
Q

Ectropio

A

o contrário de entrópio. A inversão é para for a. Tem exposição de conjuntiva e de córnea.
• Raramente precisa-se corrigir um ectrópio, as vezes ele é padrão de raça, como o Basset, o
Cocker, o Fila Brasileiro… Esse padrão de raça só é retirado quando a córnea está sofrendo,
quando tem uma ceratite de exposição e a córnea está sofrendo.

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11
Q

Blefarites

A

A blefarite pode ser uni ou bilateral, assim como pode estar relacionada a uma doença
ocular localizada ou dermatológica sistêmica.
• Os sinais clínicos da blefarite normalmente incluem:
– eritema,
– inchaço e alopecia periocular,
– geralmente acompanhados de blefarospasmo devido à dor.
– Dependendo da etiologia, a blefarite também pode ser pruriginosa.
Acronicidade pode resultar em formação de cicatrizes, tendo, como consequência, o
desenvolvimento de distorções palpebrais, tais como o entrópio e o ectrópio, culminando
em lesões de córnea e conjuntiva de forma secundária.

Tratar a Causa:
• Infecções;
• Doenças sistêmicas
• Alergia/Atopia
• Dermatite periocular

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12
Q

CERATO CONJUNTIVITE SECA (CCS) o que é

A

• É uma afecção em que as glândulas lacrimais vão deixando de produzir a camada aquosa do
filme lacrimal.
As camadas da lagrima são:
- Lipídica: é produzida pelas glândulas Tarsais ou de
Meibomian, serve para evitar a evaporação da porção
aquosa do filme lacrimal.
- Aquosa: é produzida pelas glândulas lacrimais da 3ª
pálpebra e da periórbita, serve para lubrificação
da córnea.
- Muco: células caliciformes da conjuntiva palpebral e
bulbar (que está em cima da esclera), serve para
dá adesão à superfície da córnea.
Na CCS, deixa de ser produzida pelas gdls lacrimais da 3º pálpebra e da periórbita a camada
aquosa, mas as demais continuam a serem produzidas, por isso, o sinal clínico clássico o
aumento da secreção ocular (camada lipídi ca e de mucina/muco), e não é mucopurulenta
(infecção).
• Predisposição: Cockers idosos, Yorks (acima de 4-5 anos), braquicefálicos (pug, bulldog inglês,
etc).

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13
Q

Principais causas de CCS, o que leva às glândulas deixarem de produzir a porção aquosa do
filme lacrimal?

A

80% dos casos ocorrem devido a um dist úrbio autoimune, as células de defesa começam a atacar
as células da glândula lacrimal. O Cocker ao atingir determinada idade inicia esse processo
degenerativo, é hereditário.
– A remoção da glândula lacrimal da 3ª pálpebra quando ocorre a protrusão (cherry eye), iatrogênica.
– Aplasia e hipoplasia das glândulas lacrimais (congênita);
– Doenças sistêmicas: cinomose, o vírus tem predisposição/tropismo pelas glândulas e acaba
destruindo-as.
– Herpesvirus tipo 1 em gatos com rinotraqueíte.
– Traumas de Nervos que inervam essas glândulas;

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14
Q

Ccs sinais clínicos

A

Como a córnea depende muito da lubrificação desse filme lacrimal, ela começa a sofrer, fica
edemaciada, deixando de ser transparente e ficando opaca.
– A córnea ressecada pode ter uma úlcera, e trazer complicações maiores.
Córnea e conjuntiva sem brilho, excesso de secreção “mucopurulenta” (mas não é pus, e sim a camada
lipídica e muco), neovascularização, edema de córnea (olho azulado), melanose corneal e úlcera de
córnea, que se não for tratada pode perfurar.

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15
Q

CCS DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

A

Inspeção dos sinais clínicos;
- Teste da lágrima e Schirmer (após um minuto da fita no saco conjuntival inferior, > 15mm ideal; 10-
15mm suspeitos de CCS; <10mm é CCS).

IMUNOMODULADOR
– Ciclosporina A tópica; Optimune®= contém ciclosporina 0,2%, Inicialmente BID após contole SID.
Uso continuo.
– Tacrolimus 0,03% colírio, 1 gota cada 24 hrs (Imunossupressor)
• Diclofenaco colírio: 3-4x dia por 15 dias;
• SUBSTITUTO DE LÁGRIMA: é usado inicialmente até a ciclosporina ou tacrolimus começar a
fazer efeito, que dura uns 20 dias: Lacrifilm, Lacri, Optivet 1 gota a cada 8hrs por 20 dias

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16
Q

ÚLCERAS DE CÓRNEA camadas

A

As camadas são sobrepostas umas sobre as outras para conferir uma transparência à córnea. O filme lacrimal se
encontra acima do epitélio corneal, o estroma é composto de alta quantidade de colágeno disposto em fibras
juntas e paralelas. A membrana de Descemet é elástica. O endotélio corneal é muito fino e se for lesiado não
regenera mais.

17
Q

O que são úlcera de córnea?

A

É a perda das camadas da córnea. Uma úlcera superficial pode evoluir rapidamente para uma
profunda se não tratada, pois as bactérias presentes aprofundam a úlcera (degradam o colágeno
do estroma) até a membrana de Descemet, ocorre o vazamento de humor aquoso (diminuição
de câmara anterior), desencadeando um prolapso de íris.

18
Q

Classificaçao úlceras de córnea

A

Superficial: só o epitélio é perdido deixando o estroma à mostra, corando de verde forte
(fluoresceína);
• Profunda: até o estroma profundo é perdido, corando-se de um verde amarelado;
• Perfuração corneal: rompe a descemet e ocorre prolapso de íris pra tentar tapar a lesão.
• Úlcera indolente; É hereditário, e o animal tem uma deficiência na camada basal de células do
epitélio corneal. Não consegue se aderir ao estroma, ocorrendo o desprendimento do epitélio.
Ela é tratável, mas sempre tem recidiva.

19
Q

Úlceras de córnea diagnóstico

A

A severidade da dor está intimamente relacionada com o grau de lesão à córnea, as
superficiais doem mais que as profundas.
• Inspeção (visual);
• Teste da fluoresceína, em bastão ou colírio;
• Com o auxílio de uma lupa e lanterna;
• Obs.: a desvantagem do colírio de fluoresceína é que para quem não utiliza muito, ele tende a
ser facilmente meio de cultura pra bactérias (pseudomonas). Quando a fluoresceína sai pelos
ductos nasolacrimais é teste de Jones Positivo.

20
Q

Úlceras de córnea tratamento

A

Tem que descobrir a causa da úlcera.
• Superficial: só a superficial recebe tratamento clínico, as demais são cirúrgicos:
• Colar elisabetano;
• Colírio antibiótico de amplo espectro: 4 -5x dia por 5-7 dias; ciprofloxacino (ciprovet),
tobramicina, cloranfenicol, neomicina.
• Colírio Atropina: é midriático, e cicloplégico, ou seja, ela “paralisa” o corpo ciliar que deixa de
contrair em reflexo da dor na córnea, com isso o animal para de sentir dor.
NUNCA UTILIZE CORT ICÓIDE EM ÚLCERA DE CÓRNEA:

21
Q

Uveite

A

A úvea é a parte vascularizada e pigmentada interna do olho, é formada pela: íris, corpo ciliar
(são chamados de úvea anterior), coróide (chamado de úvea posterior).
Etiologia: Toda doença sistêmica pode causar uma alteração na úvea. Erliquiose é comum de
provocar uveíte. Qualquer doença sistêmica de caráter infeccioso pode desencadear uveíte.
Sinais clínicos:
Os animais apresentam sinais de dor, com blefaroespasmo, fotofobia, epífora, hiperemia da
conjuntiva;
Tratamento:
• Antiinflamatórios tópic os não esteróides, corticoide se não tiver úlcera de córnea. Não é
necessário um anti-inflamatório sistêmico, nem corticoide. Dextametasona ou diclofenaco.
• Tratar causa base.