Neonatologia - Sala de Partos Flashcards

1
Q

O que deve incluir a história clínica do RN?

A

História familiar (anomalias congénitas e consanguinidade), gestações e partos anteriores, nível socioeconómico, idade, consumo de tabaco ou drogas ilícitas da mãe. Se a gravidez foi vigiada (+3 consultas). Grupo sanguíneo e Rh da mãe (se Rh negativo saber resultados do teste de Coombs), glicémia e serologias, rastreio de Streptococcus B, resultados das ecografias dos 3 trimestres

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2
Q

Quais são os objetivos das ecografias?

A

1 - idade gestacional, corionicidade e marcadores de cromossomopatias (ossos do nariz e translucência da nuca)
2 - avaliação morfológica
3 - avaliação da placenta, do crescimento fetal, perfil biofísico e volume do líquido amniótico

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3
Q

O que suspeitamos em caso de oligoâmnios ou polidrâmnios?

A

Nos oligoâmnios suspeitamos de malformações renais e hipoplasia pulmonar e nos polidrâmnios malformaçes digestivas (incluindo atrésia do esófago)

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4
Q

O que faz parte dos cuidados após 90seg do parto?

A

Evitar arrefecimento, exame objetivo sumário, vitamina K intramuscular e estabelecer o vínculo e aleitamento maternos

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5
Q

Quando é que se deve clampar o cordão umbilical

A

A partir do 1 minuto (se não for necessária a reanimação), uma vez que o corte precoce por causar hipovémia e clampagem tardia melhora as reservas de ferro

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6
Q

Que valor no índice de apgar é normal num bebé saudável nos 1o minuto?

A

9, devido à cianose que ocorre pelo frio

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7
Q

Quais são as características das fendas do palato?

A

Visíveis na inspeção sendo que nas fendas submucosas pode ser necessário palpar. Podem ser isoladas ou associadas a síndrome genético

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8
Q

Quais são as características dos onfalocelo?

A

São herniações através do cordão umbilical do conteúdo abdominal coberto por uma membrana. O seu prognóstico depende do tamanho da lesão, do grau de hipoplasia pulmonar, de insuficiência respiratória e de outras malformações associadas

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9
Q

Como tratamos o onfalocelo?

A

Cobrimos com compressas estéreis com soro fisiológico morno para impedir a perda de fluídos. Colocamos sonda nasogástrica para descomprimir e damos fluídos intravenosos com glicose

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10
Q

O que é o gastroquisis?

A

É quando o intestino se exterioriza pela parede abdmonial do lado direito do cordão umbilical, sem membrana

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11
Q

Como tratamos o gastroquisis?

A

Colocamos o intestino à vista, fazemos pausa alimentar com sonda nasogásica para descompressão

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12
Q

Quais são as características da hérnia diafragmática congénita?

A

Corresponde à hernianção de conteúdo abdominal para a cavidade torácica pelo diafragma, geralmente à esquerda. Pode ser diagnosticada pelo diagnóstico pré-natal ou se houver sinais de dificuldade respiratória, sons cardíacos audíveis à direita e abdómen escavado. Deve-se colocar ventilação com máscara e trata-se com entubação traqueal e descompressão gastro-intestinal com sonda nasogástrica. O prognóstico depende do grau de hipoplasia pulmonar, hipertensão pulmonar e malformações associadas

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13
Q

Quais são as características da atrésia do esófago

A

Pode ocorrer com ou sem fístula para a traqueia, sendo que tem diagnóstico pré-natal difícil. O diagnóstico é feito quando a sonda nasogástrica não progride e se enrola no topo proximal do esófago. Podem estar associadas anomalias vertebrais, anais, cardíacas, renais e dos membros

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14
Q

Que tipos de traumatismos é que podem ocorrer no parto?

A

Céfalo-hematoma (coleção hemática subperióstea de origem traumática), Bossa serossanguínea (lesão mole que resulta do edema traumático do couro cabeludo), hemorragias subgaleais (rotura das veias emissárias que se localizam entre a aponevrose epicraniana e o periósteo que requer reposição rápida dos GV e dos fatores de coagulação)

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15
Q

Como podemos fazer a profilaxia gonocócica?

A

Co ertiromicina 0.5% em pomada oftálmica (menos eficaz), nitrato de prata (para Nisseria Gonarrhae) e iodopovidone a 2.5% (eficaz, menos tóxica, inclui Chlamydia trachomatis e é mais barata)

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16
Q

Quais são as doses que administramos de vitamina K?

A

0.5mg se peso <1500g e 1mg e for superior

17
Q

Que tipos de hemorragias por carência de vitamina K podem ocorrer?

A

Precoces (se a mãe toma anti-epiléticos e isoniazida), clássica (por hemorragia GI ou do cordão umbilical) ou tardia (por hemorragia intracraniana)

18
Q

O que pode levar a asfixia perinatal?

A

Prolapso com comssão do cordão umbilical, descolamento da placenta, hipóxia e hipotensão, insuficiência placentar ou reanimação ineficaz

19
Q

Como resulta a resposta à hipóxia?

A

Inicialmente há aumento compensatório da TA, FC e FR. Depois, cessam os movimentos respiratórios e diminui a FC e a TA, sendo que o período inicial de apneia dura 30-60seg. Pode haver gasping e depois surgir a apneia secundária com descida abrupta da FC e da TA.

20
Q

Qual é o primeiro sinal de recuperação da apneia?

A

Aumento da FC seguido de aumento da TA

21
Q

Como distinguimos apneia primária de apneia secundária?

A

Pelas respostas às medidas de reanimação (mais vasivas na secundária)

22
Q

Como diagnosticamos a asfixia?

A

Acidose do sangue do cordão (pH<5), índice de Apgar <3 aos 5 minutos e <5 aos 10 minutos e necessidade de reanimação contínua nos primeiros 10min de vida

23
Q

Quando é que se deve monitorizar a SpO2 pela oximetria de pulso?

A

Quando há respiração ineficaz ou apneia, cianose central e persistenteou FC<100

24
Q

Quais são os passos de reanimação no RN?

A

Aquecer e secar (colocando por baixo de um aquecedor iante e sobre colchão previamente aquecioo até temperatura cutânea de 36.5), estimular, desobstruir a via aérea (A) (cabeça em posição neutra, aspirar primeiro a boca e depois o nariz não excedendo os -150mmHg), assegurar respiração eficaz (B) , assegurar a circulação pelas compressões torácicas (C) e administrar drogas (D) como adrenalina ou expansores de volume

25
Q

Quando é indicada a ventilação com pressão positiva?

A

Se houver respiração ineficaz/ausente ou se FC for < 100bpm

26
Q

Como fazemps as insuflações no RN?

A

As iniciais requerem pressão positiva mais elevadas (30cm de H2O) e tempos de insuflação de 2-3seg, sendo 5 insuflações suficientes. Depois reavaliamos a FC. Se <100 repetimos com cerca de 20cm de H2O. Se >100 paramos

27
Q

Quando está indicada a entubação traqueal?

A

Quando há necessidade de aspiração da traqueia por líquido meconial, ventilação com máscara ineficaz ou ngada, necessidade de efetuar compressões cardíacas. Pode ser primeira opção nos casos de hérnia diafragmática congénita, prematuros de extremo baixo peso e para adminitrar surfactante prematuros

28
Q

O que fazemos se a FC não for detetavel ou se for <60?

A

Consideramos acesso venoso com cateter na veia umbilical e administração de adrenalina (10microgramas/Kg) intravenosa e, se não houver melhoria, famos bicarbonato de sódio. Para além disso podemos dar soro fisiológco 10mL/Kg

29
Q

Que cuidados em relação à temperatura devemos ter nos RN prematuros?

A

<32 semanas envolver em sacos de politileno e <28 semanas ter a temperatura da sala superior a 25C

30
Q

O que é importante ter na sala para prematuros <30 semanas?

A

Equipamento para pressão positiva e administrar surfactante se houver sinais de dificuldade respiratória

31
Q

O que fazemos quando há líquido meconial espesso em RN não vigorosos?

A

Aspiração e entubação traqueal

32
Q

Que fatores de risco existem para haver reanimação?

A

Fetais (restrição de crescimento intrauterino, <37 sem. de gestação, múltiplas gestações, malformações congénitas, oligo e polidrâmnios), maternos (infeções, diabetes e HTA gestacional, pré-eclâmpsia, elevado IMC e baixa estatura) e no parto (mecónio do LA, parto ditócico, hemorragia abundante, cesariana antes das 39 semanas, cesariana de emergência e anestesia geral)