Neonato Flashcards

1
Q

qual a classificação do RN quanto a idade gestacional?

A
Termo: 37-41s6d
Pós-termo >42s
pré-termo <37s
pré-termo tardio: 34-36s6d
pré-termo moderado: 30-33s6d
pré-termo extremo: <29s
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2
Q

como que adequa peso para idade gestacional?

A

curva de Fenton: leva em conta peso, idade e sexo

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3
Q

qual a classificação do RN quanto a peso de nascimento?

A
normal: 2500-3500g
baixo peso: 1500-2500g
muito baixo peso: 1000-1500g
extremo baixo peso: <1000g
macrossomico: >4000g
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4
Q

quais as primeiras coisas a se preocupar no nascimento e porque temos que saber elas?

A
  1. termo
  2. tonus em flexão
  3. choro (respirar)
    decidir se vai clampear imediatamente o cordão
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5
Q

quanto tempo podemos esperar para clampear o cordão?

A

1-3 min se >34s e tudo ok
30-60s se <34s e tudo ok
imediatamente se: circulação placentária não intacta ou hipotonico ou não respira

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6
Q

quais as situações relacionadas a maior risco de reanimação?

A

menor idade gestacional
menor peso ao nascer (RCIU)
cesária IG 37-39s
intercorrêcias gestacionais: DMG, polidrâmnio, RPMO
intercorrências do parto: MEC, corio, prolapso de cordão, pélvico

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7
Q

quando parar a reanimação?

A

assistolia aos 10 min de vida: péssimo prognóstico

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8
Q

o que fazer quando levar o baby para a mesa?

A
Aquecer
Posicionar
Aspirar se necessário
Secar
- checar respiração e FC (ausculta em 6 seg)
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9
Q

onde colocar oxímetro em RN?

A

MSD: tem que ser pré-ductal

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10
Q

quando considerar CPAP na sala de parto?

A

desconforto respiratório mas parâmetros OK

não precisa de O2, precisa de pressão

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11
Q

qual o indicador mais importante para avaliar se a VPP está sendo efetiva na reanimação neonatal?

A

aumento da FC

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12
Q

qual a concentração de O2 na VPP na reanimação neonatal?

A

21% (ar ambiente) >34s

30% <34s

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13
Q

qual a única situação de IOT antes da VPP no RN?

A

hérnia diagfragmática

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14
Q

como saber se RN tem hérnia diafragmática?

A

pré-natal

desconforto respiratório importante + abdome escavado

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15
Q

qual o corte de FC para iniciar reanimação no RN?

A

<60bpm

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16
Q

quais os parametros do APGAR?

A
  • frequencia cardíaca
  • respiração
  • tônus muscular
  • irritabilidade reflexa
  • cor
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17
Q

qual a via para infusão em RN na sala de parto?

A

via endovenosa pela veia umbilical

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18
Q

quando acontece a formação dos alvéolos?

A

36 semanas

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19
Q

Como fazer o teste do pezinho?

A

colher sangue da lateral do calcanhar e colocar em papel filtro
deve ser realizada entre o 3-5 dia de vida e nunca após 1 mês

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20
Q

quais as fases de implantação do teste do pezinho?

A
  1. fenilcetulnuria e hipotireoidismo
  2. anemia falciforme e hemoglobinopatias
  3. fibrose cística
  4. hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase
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21
Q

qual a fisiopatologia da fenilcetunuria e QC e como dx?

A

deficiência de fenilalanina hidroxilase que leva a um acúmulo de fenilalanina
QC: déficit cognitivo e odor na urina
Dx: dosagem de fenilalanina após 48h de vida (tem que ter ingesta proteica)
confirmação: dosagem sérica de fenilalanina

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22
Q

Hipotireoidismo congênito: qc e dx

A

QC: retardo mental grave, atraso de crescimento, alterações ósseas, hipotonia, mixedema, choro rouco
Dx: dosar TSH e T4L no teste do pezinho e confirmar com dosagem sérica com 2-6 semanas de vida
pode estar falso + nas primeiras 24h de vida

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23
Q

Anemia falciforme: triagem

A

eletroforese de hemoglobinas
se alterado: repetir teste
se tiver traço ou doença, testar os pais

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24
Q

quais os padrões possíveis de hemoglobinas no teste do pezinho?

A
HbFS: anemia falciforme RN
HbFAS: traço falciforme
HbFSC: hemoglobinopatia SC
HbFA: normal
HbF: pode ser normal, prematuro ou outra talassemia
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25
Q

o que fazer quanto as triagens se o RN transfundiu?

A

fazer novo teste do pezinho após 120 dias

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26
Q

Como fazer a triagem de fibrose cística?

A

dosagem de IRT em sangue seco
se alterado: repetir em 4 semanas
se alterado de novo: teste do suor
se íleo meconial: teste do suor SEMPRE

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27
Q

triagem de hiperplasia adrenal congênita

A

vai ter uma deficiência de 21-hidroxilase
dosagem de 17-OH- progesterona (vai ta aumentado)
se alterado: dosar sérico

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28
Q

deficiência de biotinidase: triagem e o que é

A

erro de funcionamento mitocondrial
QC: distúrbios neurológicos e cutâneos
Dx: testar no pezinho e confirmar sérico
tto: repor biotina

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29
Q

Fatores de risco de perda auditiva (7)

A
  • TORCHS
  • AF de surdez congênita
  • UTI por >5 dias
  • uso de drogas ototóxicas (aminoglicosídeos)
  • hiperbilirrubinemia significativa
  • asfixia neonatal
  • peso de nascimento <1500g
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30
Q

como fazer a Triagem auditiva?

A

se sem fatores de fisco: fazer emissões otoacústicas evocadas
pode fazer no sono pós-mamada
pode dar falso + se tiver secreções no ouvido
se +, repetir, se falou de novo, fazer BERA

se tiver fatores de risco: fazer BERA direto
ve vias auditivas neurais até tronco
pode ter falso + por imaturidade do tronco cerebral
se falha: repetir em 1 mês
se falha de novo: otorrino

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31
Q

como fazer o reflexo vermelho?

A

avaliar meios transparentes e ver se tem qualquer obstrução
ir em uma sala escura e olhar pelo oftalmoscópio os dois olhos ao mesmo tempo
se leucocoria ou outra alteração: mandar para oftalmo
repetir em todas as consultas de puericultura até os 2 anos

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32
Q

quais as principais patologias de triagem no teste do olhinho? (5)

A
catarata congênita
glaucoma congênito
retinoblastoma
retinocoroidite
persistência do vítro primário hiperplásico
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33
Q

como fazer o teste do coraçãozinho?

A

fazer entre 24-48h de vida
medir saturação em MSD e um membro inferior
normal quando >95% em ambos e não pode ter diferença >3% entre eles
se alterado: repetir em 1h
se continuar alterado: fazer eco em até 24h

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34
Q

quais as cardiopatias que podem ser detectadas no teste do coraçãozinho?

A

cardiopatias congênitas dependente de canal arterial

  • atresia pulmonar
  • hipoplasia de coração esquerdo
  • coartação de aorta crítica
  • transposição de grandes artérias
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35
Q

como é feito o teste da linguinha?

A

ver o frênulo da língua
detectar anquiloglossia (língua presa em forma de coração): pode comprometer a sucção e a fala
feito pela fono

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36
Q

qual a fisiopatologia da icterícia neonatal?

A
  • maior carga de bilirrubina indireta para o hepatórcito: hemoconcentração e hemólise da HbF
  • redução do clearance hepático e entérico de bilirrubina
  • menor capacidade de captação e conjugação hepática
  • maior circulação enterohepática (BD vira BI)
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37
Q

quais os fatores de risco para icterícia neonatal? (7)

A
  • icterícia nas primeiras 24h
  • asiáticos
  • IG 35-36 sem
  • mãe diabética
  • dificuldade de aleitamento
  • cefalohematoma e equimoses
  • incompatibilidade ABO ou Rh
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38
Q

como graduar icterícia nos RN?

A
zonas de Krammer: progressão cefalo-caudal
zona I: face- BT 6mg/dl
zona 2: peito- BT 9mg/dl
zona 3: até joelhos- BT 12mg/dl
zona 4: até calcanhar- BT 15mg/dl
zona 5: completamente- BT 18 mg/dl
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39
Q

qual o risco da icterícia neonatal?

A
Kernictus (crônica): encefalopatia bilirrubínica
toxicidade nos gânglios da base
- paralisia cerebral altetoide
- neuropatia auditiva
- paresia vertical do olhar
- displasia dentária
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40
Q

quais as características da icterícia fisiológica?

A

início tardio: após 24h
atinge pico entre 3º e 4º dia e reduz em 1 semana
pico máximo de 12 mg/dl
no prematura atinge pico no 5º dia e pode durar 1 mês

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41
Q

porque ocorre a icterícia pelo aleitamento materno?

A
  • aumento da circulação entreo-hepática de bilirrubina por déficit da ingestão e perda de peso (>7%)
    pode durar mais de 1 semana
    pode ter desidratação e diminuição de diurese
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42
Q

como é a síndrome da icterícia pelo leite materno?

A

altera captação e conjugação da bilirrubina do hepatócito
surge na 1 ª semana e persiste por 2-3 semanas
acontece no aleitamento materno exclusivo
vai ter ganho de peso adequado
tto: suspender leite por 2-3 dias e voltar, pode indicar fototerapia se grave

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43
Q

quando pensar em icterícia patológica?

A
  • precoce: nas primeiras 24h
  • acúmulo rápido: >5mg/dl/dia
  • BT elevada: >12mg/dl
  • alteração clínica
  • história familiar de anemia hemolítica
  • colestase
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44
Q

quais os mecanismos da icterícia patológica?

A
  • deficiência da conjugação de bilirrubina
  • aumento da circulação enterohepática: anomalias gastrointestinais
  • sobrecarga dos hepatócitos: hemólise
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45
Q

como é a icterícia por incompatibilidade rH?

A
mãe Rh- e RN Rh+
mãe precisa ser sensibilizada em algum antecedente obstétrico
anticorpos maternos anti-D + 
coombs direto do RN +
anemia e reticulocitose
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46
Q

como é a icterícia por incompatibilidade ABO?

A
mãe O e RN A ou B
coombs pode ser negativo ou positivo
eluato positivo
controla com fototerapia: bem mais leve
pode acontecer no primeiro filho, não precisa sensibilizar
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47
Q

como é a icterícia da deficiência de G6PD?

A

mais leve

acontece icterícia em situações de estresse

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48
Q

qual exame fazer na esferocitose?

A

curva de fragilidade osmótica

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49
Q

qual a CD na icterícia neonatal?

A

<24h
colher tudo: BT, tipagem mãe e RN, coombs direto e indireto, eluato, Hb/Ht, reticulócitos, G6PD, DHL
iniciar fototerapia imediatamente
reavaliar com nova dosagem de BT em 6-12h

> 24h
zona 1: reavaliar em 72h
zona 2: colher labs e fazer fototerapia de acordo com o nível

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50
Q

quando indicar exsanguineotransfusão?

A

incompatibilidade Rh grave

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51
Q

do que depende a eficácia da fototerapia?

A
  • comprimento de onda
  • irradiância
  • superfície exposta
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52
Q

o que atentar durante a fototerapia?

A
  • temperatura corporal
  • oferta hídrica
  • proteção ocular
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53
Q

em qual situação usar imunoglobulina na icterícia neonatal?

A

doença hemolítica imune que não melhorou com fototerapia mas ainda não está em nível de exsanguineotransfusão

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54
Q

qual o principal Dx de colestase em RN?

A

atresia de vias biliares

fazer cirurgia de Kasai rápido: tem melhor prognóstico

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55
Q

como avaliar desconforto respiratório no RN? (5)

A
Boletim de Silverman-Andersen
- batimento de asa de nariz
- gemido expiratório
- retração de fúrcula (xifóide)
- tiragem intercostal
- movimentos respiratórios (balancin)
BSA<5: leve
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56
Q

quando ocorre a formação de surfactante na vida intrauterina?

A

começa a ser sintetizado na 20 semana e atinge o pico na 35 semana

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57
Q

o que acelera patologicamente a maturação pulmonar intrauterina (5)?

A
  • pré-eclampsia
  • uso materno antenatal de corticoide
  • RPMO >6h
  • restrição de crescimento intrauterino
  • estresse fetal crônico
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58
Q

quais os fatores de risco para Síndrome do desconforto respiratório? (6)

A
  • prematuridade <35 sem
  • asfixia perinatal
  • meninos
  • filhos de mãe diabética: insulina retarda maturação pulmonar
  • ausência de uso de corticoide antenatal
  • fatores de inativação do surfactante
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59
Q

quais os fatores que podem levar a inativação do surfactante? (4)

A
  • excesso de líquido pulmonar por ausência de trabalho de parto
  • hemorragia pulmonar
  • aspiração meconial
  • pneumonia
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60
Q

qual o quadro clínico da Síndrome do desconforto respiratório?

A
  • será <35s
  • aumento do trabalho respiratório que fica pior nas 48h: vai piorando progressivamente em 24h e melhora no 3 dia
  • taquipneia >60iom com instabilidade da caixa torácica
  • gemência
  • cianose
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61
Q

qual a fisiopatologia da Síndrome do desconforto respiratório?

A

aumento da tensão superficial nos alvéolos por falta de surfactante

  • reduz a complacência
  • atelectasias
  • redução da relação V/Q
  • vasoconstrição pulmonar
  • hipoxemia+hipercapnia: acidose
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62
Q

quais os achados do rx da Síndrome do desconforto respiratório?

A

infiltrado retriculogranular difuso: vidro fosco

com broncograma aéreo

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63
Q

qual o tto da Síndrome do desconforto respiratório?

A
  • INSURE: IOT- surfactante- extubar- CPAP
  • suporte ventilatório com CPAP
  • cafeína se fizer apneias
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64
Q

qual a prevenção da Síndrome do desconforto respiratório?

A

corticoide antenatal em gestantes entre 24-34 semanas com risco de parto prematuro
efeito começa em 24h e dura 1 semana

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65
Q

quais os fatores de risco de pneumonia neonatal? (4)

A
  • trabalho de parto prematuro sem causa (causa pode ser infecção)
  • RPMO >18h
  • corioamnionite: febre intraparto
  • triagem positiva para Strepto B
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66
Q

QC da pneumonia neonatal?

A

inespecífico com cara de sepse
aumento da FC, hipotensão, enterocolite necrotizante, hipo/hiperglicemia, hipo/hipertermia, alteração do estado de alerta
será mais grave se tiver neutropenia

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67
Q

como é o rx da pneumonia neonatal?

A

infiltrado microgranular difuso bilateral, broncograma aéreo

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68
Q

quais os agentes da pneumonia neonatal?

A

precoce <48h: strepto B, Listeria, E. coli, Klebsiela

tardia >7d: S. aureus, enterobactérias, Chlamydia trachomatis

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69
Q

qual o tto da pneumonia neonatal?

A

peni+amica

ampi+genta

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70
Q

Taquipneia transitória do RN: fisiopatologia

A
  • retardo na absorção do líquido pulmonar
    quando não tem trabalho de parto, não secreta adrenalina e cortisol que param secreção do epitélio resiratório e começa absorção
    fica com edema agudo de pulmão
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71
Q

qual o fator de risco para Taquipneia transitória do RN?

A

cesárea eletiva fora de trabalho de parto

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72
Q

QC da Taquipneia transitória do RN?

A

taquipneia >60ipm

desconforto respiratório leve a moderado nas primeiras horas após o parto com melhora espontânea

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73
Q

como é o rx da Taquipneia transitória do RN?

A
  • congestão peri-hilar
  • espessamento de cisuras: cisurite
  • derrame pleural
  • cardiomegalia
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74
Q

tto da taquipneia transitória do RN

A

suporte com O2 40%

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75
Q

Síndrome da aspiração meconial: fisiopatologia

A

RN produz meconio desde a 16sem mas não elimina
quando tem asfixia intraúteo ou maturidade fetal: relaxa esfíncter e estimula a respiração
vai ter mecônio na traqueia
pode obstruir total: atelectasia ou parcial: cria rolha de meconio com hiperinsulflação
além disso: inflamação: pneumonite química
além disso: diminui produção de surfactante

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76
Q

QC Síndrome da aspiração meconial

A
asfixia perinatal
taquicardia
hipotonia
respiração irregular ou apneia
cianose
FC<100bpm
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77
Q

RX da Síndrome da aspiração meconial?

A
infiltrado alveolar grosseiro com cara de corpo estranho
hiperinsulflação
atelectasia
pneumotórax: barotrauma
aerobroncograma
enfisema intersticial
78
Q

tto Síndrome da aspiração meconial

A

oxigenio
suporte ventilatório
ATB: ampi+amica
surfactante exógeno (mecônio inativa o endógeno)

79
Q

hipertensão pulmonar persistente neonatal: o que é, dx, rx, tto

A

hipoxemia grave e persistente que precisa de cada vez mais O2
não fecha a circulação fetal
vai ter alteração no teste do coraçãozinho
dx: eco: shunt direita-esquerda
RX: pouca vasculatura pulmonar
tto: óxido nítrico, sildenafil

80
Q

displasia broncopulmonar: o que é, tto, profilaxia

A

quando precisa de suporte ventilatório por >28 dias
tto: suporte e diuréticos para diminuir edema pulmonar
profilaxia: cafeína para apneia, vitamina A para integridade do epitélio respiratório, ventilar gentil, corticoide inalatório
associado a maior risco de asma no futuro

81
Q

Sepse neonatal precoce: definição

A

quando acontece nas primeiras 48-72h de vida

82
Q

quais os principais agentes da Sepse neonatal precoce

A

strepto agalactie (strepto B), E.coli, Listeria

83
Q

qual o principal foco da Sepse neonatal precoce?

A

pneumonia

84
Q

quando fazer o tto de Sepse neonatal precoce?

A

na suspeita

85
Q

como fazer o dx de Sepse neonatal precoce?

A

fatores de risco materno e do RN + exames labs + qualquer manifestação clínica

86
Q

quais os principais fatores de risco neonatais para Sepse neonatal precoce? (5)

A
  • taquicardia fetal >180bpm
  • prematuridade
  • apgar <7 no 5º min
  • meninos
  • primeiro gemelar
87
Q

fatores de risco maternos para Sepse neonatal precoce

A
  • febre
  • ITU no parto
  • colonização por Strepto agalactiae
  • RMPO >18h
  • infecção genital: parto prematuro sem causa
  • corioamnionite
88
Q

quais as manifestações clínicas da Sepse neonatal precoce?

A
  • instabilidade térmica
  • desconforto respiratório que não melhora
  • hipotonia, convulsão, letargia
  • manifestações gastrointestinais: resíduo gástrico, recusa alimentar
  • icterícia idiopática: BD- colestase
  • sangramento
89
Q

quais exames pedir na Sepse neonatal precoce?

A
  • hemocultura de veia periférica: padrão ouro
  • HMG: leucocitose ou lecopenia, vai ser mais grave se tiver neutropenia, muito neutrófilo imaturo
  • PCR, procalcitonina
  • Rx de tórax
  • LCR: tem maior risco de meningite
90
Q

quando que a meningite é mais comum?

A

sepse neonatal tardia

91
Q

qual o tto de Sepse neonatal precoce?

A

peni + amica
ampi + genta
por 7-10 dias

92
Q

como fazer a prevenção de Sepse neonatal precoce?

A

pesquisa de strepto B na gestação e tto

93
Q

quais as indicações de profilaxia intraparto de SGB?

A

SGB + na triagem e parto vaginal
RN anterior com doença invasica por SGB
bacteriúria ou ITU por SGB na gestação em qualquer momento
SGB desconhecido + fator de risco: parto <37s, RPMO >18h, febre intraparto
*OBS: se for cesárea com membranas íntegras: não precisa fazer

94
Q

como que é definida profilaxia adequada?

A

peni, ampi ou cefazolina pelo menos 4h antes do parto (2 doses)

95
Q

o que fazer se profilaxia não foi adequada?

A

se sintomático: coleta de exames + tto empírico
se não sintomático:
teve corio: coleta limitada de exames+ATB empírico
se profilaxia foi adequada: observar por 48h
se profilaxia não adequada mas não tem cório: ver fatores de risco
se >37s e RPMO <18h: observar 48h
se <37 sem ou RPMO>18h: coleta limitada de exames e observar 48h
se <34s e RPMO>18h: kit completo
a diferença é que o kit completo tem LCR

96
Q

como é a Sepse neonatal tardia?

A

> 72h do nascimento
fatores de risco: bactérias do berçário ou familiares
agentes: S.aureus, S. epidermites, Candida, E.coli
foco: meningite
tto: oxa + amica

97
Q

meningite bacteriana neonatal: agentes, QC, Dx, CD

A
agentes: E.coli, Klebsiela Strepto B, S.aureus
QC: irritabilidade, taquicardia, convulsão, nistagmo, tremor, recusa alimentar, abaula fontanela
Dx: LCR
CD: cefotaxima + ampo por 14-21 dias
repetir LCR no D3 de ATB
USG transfontanela
perímetro cefálico diário
EEG se convulsão
SEMPRE: BERA e potencial visual
98
Q

quais as TORCHS são de notificação compulsória?

A

rubéola congênita

toxoplasmose congênita

99
Q

qual o QC das TORCHS?

A
  • anemia e plaquetopenia
  • restrição de crescimento intrauterino
  • hepatoesplenomegalia
  • icterícia com aumento de BD
  • exantema
  • cardiopatia
  • lesões ósseas
  • microcefalia
  • calcificações intracraniana
  • corirretinite
100
Q

quais exames pedir para dx TORCHS?

A
  • hemograma
  • rx de ossos longos
  • USG transfontanela
  • TC de crânio
  • fundo de olho
  • BERA
  • pesquisa do agente etiológico
  • sorologias, principalmente IgM (IgG passa a placenta, pode ser da mãe)
101
Q

toxoplasmose: como é a infecção aguda?

A

geralmete assintomática, pode ter mono-like

102
Q

qual o QC da toxo?

A
  • calcificações cerebrais difusas
  • hidrocefalia
  • coriorretinite: principal sequela tardia
    pode estar associado com endocrinopatias: hipotireoidismo, deficiência de GH, diabetes insipidus
103
Q

dx de toxo congênita

A

rastrear na gestante com IgM e IgG
ver se tem soroconversão durante a gestação ou baixo índice de avidez
PCR no líquido amniótico
no RN: IgG, IgM, IgA

104
Q

quais os exames obrigatórios na suspeita de toxo congênita?

A

LCR

Tc de crânio, função hepática, fundo de olho, BERA

105
Q

como tratar toxo?

A

mãe: espiramicina quando ela tem toxo
quando der PCR + no líquido amniótico ou alteração de USG obstétrico ou soroconversão após 34 sem: sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico
RN: (mesmo se assintomático) tratar por 12 meses com sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico
adicionar prednisona se tiver coriorretinite ou proteinorraquia

106
Q

qual a função do ácido folínico no tto pra toxo?

A

reduzir a plaquetopenia que é o efeito colateral da pirimetamina

107
Q

rubéola congênita: quando que é perigoso?

A

quando infecção nas primeiras 12 semanas de gestação

108
Q

qual a tríade clínca da rubéola congênita?

A
  • catarata
  • alterações cardíacas: persistência de canal arterial ou estenose de artéria pulmonar
  • surdez neurossensorial
  • retinopatia em sal e pimenta
  • rash em bluberry muffin
  • surdez: principal achado tardio
109
Q

como fazer o dx da rubéola congênita?

A

isolamento viral em urina ou nasofaringe (excreta vírus por 1 ano: precação de contato)
sorologia

110
Q

tto rubéola congênita

A

não tem, só suporte
fazer profilaxia: vacinar mãe 28 dias antes de engravidar
pode tentar imunoglobulina nas susceptível que tenha tido contato

111
Q

CMV congênito: quando que pode transmitir?

A
infecção primária ou reativação
intraparto
pós-natal precoce
leite materno
transfusão de hemoderivados
112
Q

qual o QC do CMV congênito?

A

90% é assintomático

  • calcificações intracranianas periventriculares
  • surdez neurossensorial
  • coriorretinite
  • trombocitopenia
  • icterícia colestática
  • microcefalia, convulsões
113
Q

como fazer dx de CMV congênito?

A

pesquisa de CMV em urina ou saliva
isolamento em cultura de fibroblastos
sorologia

114
Q

como é o CMV perinatal?

A
  • sepse-like
  • colestase
  • <32 sem, <1500g
  • pneumonite
  • neutropenia, plaquetopenia
115
Q

tto de CMV?

A

ganciclovir ou valganciclovir

  • se congênito: tto por 6 semanas quando ele for sintomático
  • se perinatal: 2-3 semanas se infecção sintomática grave (sepse)
116
Q

como é a infecção por varicela no RN?

A
  • congênita: infecção materna no 1º ou 2ºtri
  • neonatal: 3ºtri até 10 dias pós parto
    será mais grave quanto mais perto do parto
117
Q

QC da varicela congênita

A
  • rash cicatricial em ziguezague seguindo dermátomos

- hipoplasia de membros

118
Q

QC da varicela neonatal

A
  • febre
  • rash hemorrágico
  • acometimento de vísceras
119
Q

DX e tto da varicela

A
  • congênita: história materna e estigmas clínicos
    não tem tto
  • neonatal: sorologias ou isolar vírus nas lesões
    tto: aciclovir ev por 10 dias
120
Q

como fazer a profilaxia para varicela?

A
  • vacinar mãe antes da gestação

- imunoglobulina anti-varicela zoster em gestantes susceptíveis, contatos do RN, surtos

121
Q

quais estágios da sífilis tem maior risco de infecção fetal?

A

primária e secundária

quanto mais recente a infecção materna, maior o risco de transmitir e pior a infecção

122
Q

QC da sífilis congênita?

A

geralmente assintomático
se precoce (primeiros 2 anos de vida)
- rinite: rinorreia mucopurulenta, sanguinolenta e muito erosiva (destrói septo)
- pênfico palmo-plantar destrutivo, axantema máculo-papular
- pseudoparalisia de Parrot: dor óssea por osteocondrite
- hepatoesplenomegalia
anemia+plaquetopenia+leucocitose

123
Q

quais as lesões ósseas da sífilis congênita?

A
  • osteocondrite metaepifisária: serrilhado em taça
  • periostite: espessamento da cortical: fica estratificada
  • alterações tróficas
124
Q

quais as lesões cutâneas da sífilis congênita?

A
pênfigo palmoplantar
fissuras radiadas periorificiais
condiloma plano anogenital
exantema maculopapular
rinite serossanguinolenta
125
Q

quais são as lesões sequelares da sífilis congênita (tardia)?

A
  • surdez neurossensorial
  • hidrocefalia
  • retardo mental
  • coriorretinite em sal e pimenta
  • lesões ósseas
  • fronto olímpica com nariz em sela
  • tíbia encurvada
  • tríade de Hutchinson: dentes. ceratite intersticial, lesão do VIII par
126
Q

quando é considerado tto adequado da sífilis gestacional?

A
  • penicilina benzatina de acordo com estágio clínico
    começo do tto pelo menos 30 dias antes do parto
    sem chance de reinfecção
    queda do título em 2 em 3 meses ou em 4 em 6 meses
127
Q

qual a conduta no RN exposto a sífilis?

A

ver se RN é sintomático ou não e ver se mãe foi adequadamente tratada
se sintomático: todos os exames e tto
se LCR normal: penibenzatina dose única (ou procaína)
se LCR alterado: penicrista por 10 dias

se assintomático: ver como mãe foi tratada
se inadequada: todo os exames e ttar de acordo com LCR
se adequada, ver VDRL do RN (será + se título maior que o materno em duas diluições)
se -: seguir ou peni benzatina
se +: todos os exames e tto de acordo com LCR

neurossífilis: LCR
VDRL +
OU
pleocitose e hiperproteinirraquia

128
Q

como fazer o seguimento do RN exposto a sífilis?

A

VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses
avaliação oftalmológica, neurológica e acuidade auditiva
pode interromper seguimento quando 2 VDRL negativos consecutivos
se não negativar VDRL até 18 meses ou aumentar: reavaliar
se neurossífilis, repetir LCR em 3-6 meses
oftalmoscopia a cada 6 meses até 2 anos de vida

129
Q

qual a manifestação do Herpes congênito?

A
  • localizado em pele, olhos e boca
  • acometimento de SNC
  • disseminado
130
Q

como fazer dx de herpes congênito?

A

não adianta pedir sorologia
fazer PCR no sangue e LCR
swab das lesões de pele
cultura viral

131
Q

quais os fatores de risco associados a transmissão vertical do HIV?

A
  • carga viral alta
  • CD4 baixo
  • coinfecção com outras DSTs
  • uso de drogas ilícitas: reinfecção
  • bolsa rota prolongada
  • RNPT+baixo peso
  • procedimentos invasovis
  • parto de longa duração
  • parto instrumentalizado
132
Q

tto e profilaxia do herpes congênito?

A

tto: aciclovir EV + isolamento de contato
profilaxia: indicar cesárea se infecção ativa no canal de parto e cuidados na amamentação se mãe com infecção ativa

133
Q

em quais momentos ocorre a transmissão de HIV?

A
  • intra-útero: 3ºtri
  • durante o parto
  • aleitamento materno
134
Q

quando que precisamos pedir carga viral durante o pré-natal de uma HIV+?

A
  • no diagnóstico ou primeira consulta
  • 2-4 semanas após TARV (pedir também se mudar a TARV)
  • > 34 semanas
135
Q

em quais momentos pedir teste de HIV no pré-natal?

A
  • 1º e 3ª tri
  • admissão na maternidade
  • se tiver exposição ou abuso
136
Q

como fazer a TARV na gestação?

A

todas infectadas: mesmo antes da CV
tenofovir + lamivudina + raltegravir
se já usa dolutegravir, suspender e pode voltar no final da gestação

137
Q

como saber a via de parto no HIV +?

A

depende da carga viral
- cesárea se: CV desconhecida ou CV>1000 após as 34 semanas
programar cesárea empelicada após 38 semanas
- vaginal se: CV indetectável ou <1000 após 34 sem

138
Q

como fazer a quimioprofilaxia de HIV no intraparto para a mãe?

A
  • começar AZT desde o início do TP ou 3 horas antes da cesárea se: CV desconhecida ou CV detectável na 34 sem (qualquer CV)
  • se CV indetectável: manter TARV habitual
139
Q

quais os cuidados na sala de parto do HIV+?

A
  • parto empelicado
  • clampeamento imediato do cordão
  • cuidado nas aspirações (fazer delicado)
  • banho em água corrente na sala de parto
  • não amamentar: cabergolina + enfaixamento das mamas
  • notificar
140
Q

como manejar o RN exposto ao HIV: quimioprofilaxia?

A
  • AZT VO nas primeiras 12h (melhor nas primeiras 2h) e manter por 4 semanas: todos os RN
  • nevirapina se CV>100 ou desconhecida: 3 doses com intervalo de 48h e não fazer se <1500g
141
Q

como fazer o diagnóstico de HIV no RN?

A

pedir CV em 1, 3 e 18 meses
sempre que positivar, pedir uma segunda CV: se dois +: infectado
você confirma que não infectou se sorologia negativa aos 18meses

142
Q

quais os fatores de risco de transmissão da HepB?

A
  • HBeAg +
  • carga viral VHB
  • parto pré-termo laborioso
  • manipulação da placenta
143
Q

quando tem maior risco de transmissão de HIV?

A
  • periparto
  • HepB aguda
  • HBeAg: 90% transmite e provavelmete RN vai ter HepB crônica
144
Q

como manejar a gestante HepB positiva?

A
  • tenofovir entre 28-32 sem
    sempre que HBeAG + ou CV>200mil ou ALT>2x o normal
    *se ela já faz tto com interferon, parar na gestação e iniciar tenofovir
145
Q

quais os cuidados com o RN de mãe HepB+?

A
  • parto por indicação obstétrica
  • cuidado nas aspirações
  • banho logo após nascimento
  • pode amamentar
  • vacinar HepB
  • imunoglobulina anti-HepB (IGHAHB) em membro oposto
146
Q

hipoglicemia: definição

A

<40mg/dl sérica ou <35mg/dl no dextro

147
Q

mecanismo da hipoglicemia neonatal

A
  • reserva limitada de glicogênio
  • elevado consumo de glicose
  • nadir da glicemia com 2HV: 30 mg/dl e fica até 3-4HV e, 45-60 mg/dl
  • hiperinsulinismo
  • baixa reserva de glicogênio
148
Q

quais os fatores de risco para hipoglicemia?

A
  • prematuro tardio, PIG, baixo peso, aumento da demanda metabólica
  • GIG, filho de mãe diabética, uso materno de drogas ou tocolíticos, asfixia grave, eritroblastose fetal, policetemia
  • erro inato do metabolismo, uso materno de propanolol (*uso de corticoide não é FR)
149
Q

como fazer a triagem para hipoglicemia?

A
  • se baixa reserva: controles de 3,6,12 e 24h

- se hiperinsulinismo: controles de 1,3,6,12 e 24h

150
Q

Qc da hipoglicemia?

A
  • assintomático

- qualquer coisa: cianose, tremores, bradicardia, apneia, letargia

151
Q

se você não sabe a sorologia de HepB da mãe e bebe já nasceu?

A

vacinar para HepB e pedir sorologia da mãe

se vier +, fazer a imunoglobulina em até 7 dias de vida

152
Q

quando tem maior risco de transmissão vertical de hepC?

A
  • carga viral elevada

- coinfecção HIV-HepC

153
Q

qual a profilaxia de transmissão de HepC?

A

não tem

154
Q

quais os cuidados com o RN de mãe com HepC?

A
  • suspender tto da HepC durante a gestação
  • parto na indicação obstétrica
  • amamentar normal, só interromper se tiver lesões sangrantes nos mamilos
  • acompanhar sorologia da criança aos 18 meses, se +, pedir carga viral
155
Q

tto da hipoglicemia neonatal

A
  • sintomática:
    Push de soro glicosado 10% 2ml/kg EV + infusão contínua de soro glicosado 10% 3.8 mg/kg/min
    repetir dextro em 1h e depois de 6/6h
  • assintomático: depende do dextro
    • <20: tto igual sintomático
    • 20-35: VIG 4-6mg/kg/min (sem push)
    • 35-40: estimular aleitamento e repetir dextro
      lembrar de sempre amamentar na 1ª hora de vida e fazer dextro pré-mamadas
156
Q

quais remédios dar na hipoglicemia refratária?

A
  • hidrocortisona
  • octreotide
  • diazóxido
  • quando não melhora depois de 24h de infusão contínua: pensar em hipoglicemia hiperinsulinêmica
157
Q

quando acontece hiperglicemia neonatal?

A

glicemia >125
raro: pode estar associado a medicações
tto: corrigir se >250 com insulina
rever medicações e cuidado nos eletrólitos

158
Q

quais fatores contribuem para a doença hemorrágica no RN?

A
  • baixos níveis de vitamina K passa pela placenta
  • leite materno tem pouca vit K
  • RN tem baixa absorção de vitK e baixa síntese endógena por poucos sais biliares e flora intestinal inadequada
  • uso materno de anticonvulsivantes ou tto anti-TB
  • uso de ATB pelo RN
159
Q

qual a causa da doença hemorrágica no RN?

A

deficiência de vitamina K

160
Q

labs na doença hemorrágica no RN

A
  • redução dos fatores II, VII, IX e X
  • TTPa e TP alargados
  • plaquetas e fibrinogênio normais
  • hemograma: ver gravidade do sangramento
  • função hepática se doença hemorrágica no RN tardia
161
Q

QC da doença hemorrágica no RN

A

sangramentos: coto umbilical, TGI, SNC
- precoce: 0-24h
hematomas, umbilical, local de punção
+ grave
associado a uso materno de anticonvulsivantes e anti-TB
- clássica: 2-7dias
sangramento mais leve: TGI, pós-circuncisão
associado a profilaxia inadequada
- tardia: 2-12 sem
associada a deficiência de absorção de vitK ou doença hepática
sangramento grave

162
Q

quando suplementar vitK no RN?

A

para TODOS
1mg IM dose única ou 2mg VO em 3 doses: nascimento, 1 semana, 1 mês
sempre fazer IM quando: uso materno de anticonvulsivantes ou anti-TB, peso <2000g, distúrbios respiratórios, UTI, falha de seguimento depois

163
Q

tto da doença hemorrágica no RN

A
  • profilaxia da mãe que é risco com vitK antes do parto
  • suplementar vitK 2mg EV
  • plasma fresco congelado
164
Q

quando que o lactente vai ter prejuizo na absorção de vitK: doença hemorrágica tardia?

A
  • nutrição parenteral
  • diarreia crônica
  • fibrose cística
  • deficiência de alfa-1-antitripsina
  • hepatite
  • doença celíaca
165
Q

DD da doença hemorrágica no RN?

A
  • deglutição de sangre materno no parto: sempre ver se o sangramento é materno ou fetal (teste de Apt)
  • APLV
  • enterocolite necrotizante
166
Q

quais critérios fazer parte da definição de asfixia perinatal?

A
  • apgar 0-3 no 5º min

- gaso do cordão com pH<7 ou base excess

167
Q

qual o tto para asfixia perinatal?

A

reanimação neonatal adequada

hipotermia terapêutica a 33-34°C começando nas 6h e manter por 24-72h, ir aquecendo aos poucos

168
Q

quais as principais complicações da asfixia perinatal?

A
  • encefalopatia hipóxico-isquêmica
  • hemorragia intracranina
  • CIVD
  • entercolite necrotizante
  • SIADH
169
Q

quais os tipos de hemorragia intracraniana no RN e CD?

A
  • hemorragina intraventricular por hemorragia da matriz germinativa subependidimária
    começa nas 24h e progride até 48h
  • leucomalácia periventricular: lesão necrótica da substância branca
    geralmente são assintomáticos, sintomas aparecem na infância
    fazer USG transfontanela e RM
170
Q

como é a enterocolite necrotizante no RN e CD

A
  • definição: processo infeccioso transmural
  • FR: asfixia perinatal, uso materno de cocaína
  • local: íleo distal ou cólon proximal
  • QC: recusa alimentar, vomitos, distensão, sangue nas fezes
  • Rx: pneumatose (perfuração de alça), pneumoporta, pneumoperitônio
  • tto: jejum + ATB (vanco+amica+metro)
    cirurgia se perfuração de alça
    drenagem peritoneal se instável
171
Q

quais os pontos de comunicação da circulação fetal?

A
  • ducto venoso: entre veia umbilical e veia porta
    colaba no clampeamento do cordão e vira ligamento redondo
  • forame oval: passagem entre átrio direito e esquerdo
    colaba no nascimento quando começa a ter circulação pulmonar
  • canal arterial: entre tronco pulmonar e aorta
    fecha os 2-3m e vira ligamento arterioso
  • pode fechar se usar AINE na gestação
172
Q

qual estrutura desvia sangue do VD para aorta?

A

canal arterial/ducto arterioso

173
Q

qual o QC da coarctação da aorta?

A

hipertensão (chega pouco sangue na artéria renal)
diferença de pulso entre MMSS e MMII
+ comum em meninOs

174
Q

o que pensar em meninas com coarctação de aorta?

A

síndrome de turner

175
Q

qual a tríade da síndrome de DiGeorge?

A

tetralogia de fallot
fenda palatina
hipocalcemia

176
Q

QC da tetralogia de fallot

A

cianose em mucosas, após mamadas
nasce bem e vai ficando mais cianótico
faz crises hipoxêmicas: cianose, hiperpneia, irritabilidade- melhora ao agachar

177
Q

rx da tetralogia de fallot

A

coração em bota, tamanco holandês

178
Q

qual a cardiopatia congênita mais comum?

A

defeito do septo ventricular: CIV

179
Q

qual o QC das cardiopatias congênitas?

A
  • cianose
  • ICC
  • sopro
180
Q

ausculta da persistência de canal arterial

A

sopro contínuo em maquinária

181
Q

qual a tétrade da tetralogia de Fallot?

A
  • estenose pulmonar
  • CIV
  • dextroposição da aorta
  • hipertrofia de VD
182
Q

como é a transposição de grandes artérias e o que fazer?

A

aorta sai do VD e artéria pulmonar sai do VE
ausculta quase normal (B2 única) com muita cianose
CD: dar prostaglandina para manter canal arterial pérvio até correção cirúrgica (cirurgia de Jatene)

183
Q

ausculta da CIV

A

sopro holossistólico

foco mitral

184
Q

qual a cardiopatia congênita mais associada a síndrome de down?

A

defeito do septo atrioventricular

185
Q

tto enterocolite necrotisante

A

estágio I (sintomas, sem alteração de RX)
- jejum + vanco, amica, metro por 3 dias
estágio II (pneumatose intestinal. pneumoporta, ascite)
- jejum + ATB por 7-14 dias
estágio III (peritonite, pneumoperitonio)
- peritonite: jejum + paracentese
- pneumoperitonio: cirurgia

186
Q

indicações de cirurgia na enterocolite necrosante

A
  • perfuração intestinal: pneumoperitonio
  • paracentese positiva
  • sem melhora com tto clínico
187
Q

como fazer a prevenção da enterocolite necrosante?

A
  • corticoide antenatal materno

- nutrição enteral mínima com leite materno

188
Q

diagnóstico de asfixia perinatal

A

apgar 0-3 no 5ºmin de vida

gaso arterial do cordão umbilical com pH<7 ou BE

189
Q

o que SEMPRE tem na asfixia perinatal?

A

disfunção de múltiplos órgãos

190
Q

tto da asfixia perinatal

A

hipotermia terapêutica
só intracraniana ou do corpo inteiro
começa nas primeiras 6 horas e reduzir até 33-34º por 24-72h e depois elevar 0,5º por hora até 36,5

191
Q

como fazer a profilaxia da asfixia perinatal?

A

assistência ao parto adequada

reanimação neonatal imediata