coisas respiratorias Flashcards
etiologia e transmissão resfriado comum
rinovírus, VSR, adenovírus
transmissão: gotículas ou contato direto (principal)
QC resfriado comum
febre 24-48h (pode ser a primeira manifestação)
coriza e obstrução nasal
tosse
duração: 7-10 dias
como fazer o diagnóstico de resfriado comum?
QC + isolamento viral por culturas, PCR, sorologia
quais as características de resfriado por adenovírus?
início abrupto, febre alta, conjuntivite, odinofagia
qual a medida mais eficaz no tto do resfriado comum?
lavagem nasal com soro fisiológico
tratar sintomas
por que tem mais refriado na criança?
- primeiro contato com microorganismo agressor
- imaturidade imunológica
- vias aéreas estreiatas com mais dificuldade de expectorar
- maior contato social
quais são sinais de alarme em uma IVAS?
- febre > 3 dias e piora do estado geral
- diminuição da diurese e desidratação
- diminuição da ingesta alimentar
- criança não melhora depois de ter baixado a febre
quais as possíveis complicações de um resfriado comum?
- OMA
- rinossinusite
- crise de sibilância / exacerbação da asma
- pneumonia
o que não pode dar no tto de refriado e porque?
- AAS: risco de Sd. de Reye
- imidazólicos: risco de intoxicação por nafazolina
- ibuprofeno se <2a
- anti-histamínico, anti-tussígeno, descongestionante: não tem efeito e tem risco de intoxicação
- mel se <1a: risco de botulismo
etiologia da OMA
Strepto pneumoniae
Haemophilus influenzae não tipável (não tem vacina)
Moraxella catarrhalis
fatores de risco para OMA
- <2a: conduto auditivo retificado
- chupeta
- mamar deitado
- desmame precoce (<3m)
- tabagismo passivo
- frequentar creche
- meninos
- alterações anatômicas
qual o QC da OMA?
refriado comum e após 48h: otalgia + febre + irritabilidade
o que se ve na otoscopia da OMA?
opacidade e abaulamento da membrana timpanica
- perda da mobilidade na otoscopia pneumática
- hiperemia e aumento da vascularização
- nível hidroaéreo da orelha média: efusão
- supuração
como fazer o dx de OMA?
efusão + 1
- abaulamento moderado/grave
- otorreia recente sem otite externa
- abaulamento leve + hiperemia e início <48h
tto OMA
ATB: amoxicilina 50 mg/kg/dia VO 12/12h
se já usou: dobra a dose (90) e associa clavulanato
outras opções: axcetilcefuroxima, ceftriaxone, clinda
<2a: 10 dias
>2a: 5-7 dias
quando podemos tratar OMA sem ATB?
se >2a ou 6m-2a se unilateral
não pode ser grave, não pode ter otorreia e eu tenho que ter a oportunidade de reavaliar em 24-48h
quais os mecanismos de resistência dos agentes etiológicos de IVAS?
pneumococo: alteração da PBP
hemofilos: beta-lactamase
moraxela: beta-lactamse
quais as complicações da OMA?
- mastoidite: hiperemia, dor, retificação do conduto, edema retroauricular e protrusão auricular
- meningite
- abscesso periosteal/ epidural
- trombose de seio venoso
- paralisia do nervo facial
- diminuição da acuidade auditiva
- perfuração de membrana timpânica
- sepse
como investigar suspeita de mastoidite?
TC de crânio e mastóide com contraste
quando pensar em sinusite bacteriana?
- doença persistente >10 dias e tosse diurna
- piora da evolução
- início grave: secreção purulenta por 3 dias consecutivos
qual a fisiopatologia da sinusite? (4)
- obstrução do óstio de drenagem
- disfunção do aparelho mucociliar
- alteração da qualidade e quantidade de muco
- pressão negativa dentro dos seios da face leva a entrada de bactérias
tto sinusite
ATB por 10 dias amoxicilina clavulin ceftriaxone se vomitos ou má aceitação oral cefuroxima se alergia a penicilina
QC celulite pós-septal
- alteração de mobilidade de músculos extra-ocukares
- dor a movimentação ocular
- proptose
- alteração da acuidade visual
- olho arroxeado
- edema ocular
complicações da sinusite
orbitárias: abscesso subperiosteal trombose de seio cavernoso celulite pré-septal e pós- septal intracranianas: empiema subdural empiema epidural abscesso cerebral meningite
qual a epidemiologia da meningite pós-sinusite?
meninos, adolescentes com cefaleia frontal importante, fotofobia, convulsão
Ag: stafilo aureus e anaeróbios
agentes etiologicos faringite aguda
vírus:adenovírus, coxasckie, EBV, CMV, rinovírus, coronoavírus, herpes, influenza
bacteriano: strepto pyogenes (A)- 5-15a
qual o QC de faringoamigdalite por strepto?
odinofagia + febre rash escarlatiniforme: pele em lixa petéquias em palato exsudato faríngeo linfonodos cervicais dolorosos sem sintomas de IVAS (dor de garganta e pronto)
DD faringite
mononucleose (EBV)
vai ter febre mais longa e hepatoesplenomegalia
em quem você faz o strep test?
> 2a
febre+odinofagia
sem sintomas de IVAS (viral)
se +: dar ATB, se -: fazer cultura de orofarínge e esperar resultado para dar ATB
tto faringite strepto
sintomáticos
ATB: peni benzatina IM 1x ou amoxi por 10 dias
qual o objetivo de tratar faringite streptococcica?
- diminuir transmissibilidade
- diminuir incidência de febre reumática
quais as complicações da faringite streptococcica?
supurativas: abscesso periamigdaliano, retrofaríngeo
não supurativas: febre reumática, GNDA, escarlatina, sd. do choque tóxico, PANDAS
qual a principal complicação da faringite e qual o QC?
abscesso periamigdaliano
assimetria de tonsila, voz abafada, febre persistente
tto: drenar aberto e ATB
síndrome PFAPA: QC, tto
febre periódica + estomatite aftosa + adenite cervical + faringite melhora em 3-5 dias e volta em 1 mês strep test sempre - tto: prednisona na crise, tonsilectomia resolve até os 10-12a
Síndrome Crupe: ag etiológico, QC
Ag. etiológico: vírus parainfluenza
QC: pródromo viral, rouquidão, tosse ladrante, estridor inspiratório, desconforto respiratório
início súbito de estridor com bom estado geral
6m-3a
crupe: rx
sinal de torre de igreja, ponta de lápis
não precisa fazer RX, só pra fazer DD com corpo estranho
tto Crupe viral
- dexametasona IM
- nebulização com adrenalina 5mg
Traqueíte bacteriana: QC, ag. etiológico, dx, tto
crupe membranoso
pródromo viral <24h
início súbito de febre e toxemia
estridor e desconforto respiratório
ag. etiológico: S. aureus
Dx: laringoscopia - ver exsudato purulento
tto: IOT precoce + ceftriaxone + oxacilina
Supraglotite (epiglotite): ag. etiologico, QC, DX, tto
celulite da epiglote
ag. etiológico: Hemofilos B, S. pyogenes, S.aureus
QC: 4ds: disfagia, dispneia, disfonia, drooling, febre alta, posição do tripé
dx: ver epiglote em cereja
rx: epiglote em dedo de luva
tto: IOT + cefuroxima
laringite estridulosa
crupe espasmódica
meninos 1-3a com AP ou AF de atopia
início súbito de estridor + tosse metálica e insuf. respiratória que começa a noite
resolução espontânea em minutos, pode recorrer nos próximos dias
Sd. Gripal: dx
> 2a: febre + tosse ou dor de garganta + cefaleia ou mialgia ou artralgia (precisa ter 3 coisas)
<2a: febre + sintoma respiratório (só 2 coisas)
SRAG: dx
gripe + - Sat <95% - desconforto respiratório ou aumento da FR - piora da doença de base - hipotensão TEM QUE NOTIFICAR
complicações da gripe
miosite, rabdomiólise, IRA
miocardite, pericardite
Guillain Barre, encefalomielite, meningite asséptica
bronquiolite: definição
primeiro episódio de sibilância em lactente
causa: infecção viral do trato respiratório inferior (vírus sincicial respiratório)
QC bronquiolite
coriza + tosse + febre intermitente + sibilância + piora no 4º dia
bronquiolite tto
suporte, catéter nasal de alto fluxo, inalação com soro ou solução hipertônica NaCl 3% se internar
as vezes: ATB se evidência de infecção bacteriana associada
NUNCA:inalação com b2 de curta isolado, adrenalina, corticoide sistêmico
fatores de risco para bronquiolite mais grave
idade <1a meninos prematuros displasia broncopulmonar cardiopatia congênita exposição intra-útero ao tabagismo
parâmetros do exame físico que indicam gravidade da bronquiolite
- taquipneia >70 ipm
- desconforto respiratório: tiragens
- SatO2 <90%
quais são os achados do rx de tórax da bronquiolite?
hiperinsulflação
retificação de arcos costais e de diafragma
atelectasias (lobo superior direito)
infiltrados intersticiais
quais as complicações da bronquiolite?
OMA: nos primeiros 2 dias de internação
pneumonia (<2%), vai ter mais se tiver na UTI
qual a profilaxia da bronquiolite?
aleitamento materno até 6m cessação de tabagismo palivizumabe: anti-VSR dado em 5 doses - prematuros <29s: dar na sazonalidade até 1 ano - cardiopatias congênitas até 2 anos - broncodisplasia pulmonar até 2 anos em tratamento
qual precaução deve tomar na bronquiolite na enfermaria?
apenas precaução de contato
não precisa fazer gotículas ou aerossol
coqueluche: QC
3 estágios 1. catarral: flu-like de 1-2 semanas 2. paroxístico: dura 6 semanas tosse paroxística (5-10 tosses forçadas + guincho inspiratório), êmese pós-tosse, pausas respiratórias ausência de congestão nasal ausência de febre 3. convalescência
coqueluche: agente etiológico
Bordetella pertrussis
quais as situações de maior gravidade da coqueluche? (4)
prematuros
meninos
idade <3m
leucocitose >30 mil (toxina pertusis obstrui os pequenos vasos pulmonares- hipertensão pulmonar)
dx coqueluche
PCR ou cultura de nasofaringe + para Bordetella pertusis
exames complementares coqueluche
Rx de tórax: coração felpudo
hemograma: leucocitose com linfócitos