coisas respiratorias Flashcards

1
Q

etiologia e transmissão resfriado comum

A

rinovírus, VSR, adenovírus

transmissão: gotículas ou contato direto (principal)

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2
Q

QC resfriado comum

A

febre 24-48h (pode ser a primeira manifestação)
coriza e obstrução nasal
tosse
duração: 7-10 dias

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3
Q

como fazer o diagnóstico de resfriado comum?

A

QC + isolamento viral por culturas, PCR, sorologia

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4
Q

quais as características de resfriado por adenovírus?

A

início abrupto, febre alta, conjuntivite, odinofagia

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5
Q

qual a medida mais eficaz no tto do resfriado comum?

A

lavagem nasal com soro fisiológico

tratar sintomas

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6
Q

por que tem mais refriado na criança?

A
  • primeiro contato com microorganismo agressor
  • imaturidade imunológica
  • vias aéreas estreiatas com mais dificuldade de expectorar
  • maior contato social
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7
Q

quais são sinais de alarme em uma IVAS?

A
  • febre > 3 dias e piora do estado geral
  • diminuição da diurese e desidratação
  • diminuição da ingesta alimentar
  • criança não melhora depois de ter baixado a febre
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8
Q

quais as possíveis complicações de um resfriado comum?

A
  • OMA
  • rinossinusite
  • crise de sibilância / exacerbação da asma
  • pneumonia
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9
Q

o que não pode dar no tto de refriado e porque?

A
  • AAS: risco de Sd. de Reye
  • imidazólicos: risco de intoxicação por nafazolina
  • ibuprofeno se <2a
  • anti-histamínico, anti-tussígeno, descongestionante: não tem efeito e tem risco de intoxicação
  • mel se <1a: risco de botulismo
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10
Q

etiologia da OMA

A

Strepto pneumoniae
Haemophilus influenzae não tipável (não tem vacina)
Moraxella catarrhalis

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11
Q

fatores de risco para OMA

A
  • <2a: conduto auditivo retificado
  • chupeta
  • mamar deitado
  • desmame precoce (<3m)
  • tabagismo passivo
  • frequentar creche
  • meninos
  • alterações anatômicas
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12
Q

qual o QC da OMA?

A

refriado comum e após 48h: otalgia + febre + irritabilidade

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13
Q

o que se ve na otoscopia da OMA?

A

opacidade e abaulamento da membrana timpanica

  • perda da mobilidade na otoscopia pneumática
  • hiperemia e aumento da vascularização
  • nível hidroaéreo da orelha média: efusão
  • supuração
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14
Q

como fazer o dx de OMA?

A

efusão + 1

  • abaulamento moderado/grave
  • otorreia recente sem otite externa
  • abaulamento leve + hiperemia e início <48h
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15
Q

tto OMA

A

ATB: amoxicilina 50 mg/kg/dia VO 12/12h
se já usou: dobra a dose (90) e associa clavulanato
outras opções: axcetilcefuroxima, ceftriaxone, clinda
<2a: 10 dias
>2a: 5-7 dias

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16
Q

quando podemos tratar OMA sem ATB?

A

se >2a ou 6m-2a se unilateral

não pode ser grave, não pode ter otorreia e eu tenho que ter a oportunidade de reavaliar em 24-48h

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17
Q

quais os mecanismos de resistência dos agentes etiológicos de IVAS?

A

pneumococo: alteração da PBP
hemofilos: beta-lactamase
moraxela: beta-lactamse

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18
Q

quais as complicações da OMA?

A
  • mastoidite: hiperemia, dor, retificação do conduto, edema retroauricular e protrusão auricular
  • meningite
  • abscesso periosteal/ epidural
  • trombose de seio venoso
  • paralisia do nervo facial
  • diminuição da acuidade auditiva
  • perfuração de membrana timpânica
  • sepse
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19
Q

como investigar suspeita de mastoidite?

A

TC de crânio e mastóide com contraste

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20
Q

quando pensar em sinusite bacteriana?

A
  • doença persistente >10 dias e tosse diurna
  • piora da evolução
  • início grave: secreção purulenta por 3 dias consecutivos
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21
Q

qual a fisiopatologia da sinusite? (4)

A
  • obstrução do óstio de drenagem
  • disfunção do aparelho mucociliar
  • alteração da qualidade e quantidade de muco
  • pressão negativa dentro dos seios da face leva a entrada de bactérias
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22
Q

tto sinusite

A
ATB por 10 dias
amoxicilina
clavulin
ceftriaxone se vomitos ou má aceitação oral
cefuroxima se alergia a penicilina
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23
Q

QC celulite pós-septal

A
  • alteração de mobilidade de músculos extra-ocukares
  • dor a movimentação ocular
  • proptose
  • alteração da acuidade visual
  • olho arroxeado
  • edema ocular
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24
Q

complicações da sinusite

A
orbitárias: abscesso subperiosteal
trombose de seio cavernoso
celulite pré-septal e pós- septal
intracranianas:
empiema subdural
empiema epidural
abscesso cerebral
meningite
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25
Q

qual a epidemiologia da meningite pós-sinusite?

A

meninos, adolescentes com cefaleia frontal importante, fotofobia, convulsão
Ag: stafilo aureus e anaeróbios

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26
Q

agentes etiologicos faringite aguda

A

vírus:adenovírus, coxasckie, EBV, CMV, rinovírus, coronoavírus, herpes, influenza
bacteriano: strepto pyogenes (A)- 5-15a

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27
Q

qual o QC de faringoamigdalite por strepto?

A
odinofagia + febre
rash escarlatiniforme: pele em lixa
petéquias em palato
exsudato faríngeo
linfonodos cervicais dolorosos
sem sintomas de IVAS (dor de garganta e pronto)
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28
Q

DD faringite

A

mononucleose (EBV)

vai ter febre mais longa e hepatoesplenomegalia

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29
Q

em quem você faz o strep test?

A

> 2a
febre+odinofagia
sem sintomas de IVAS (viral)
se +: dar ATB, se -: fazer cultura de orofarínge e esperar resultado para dar ATB

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30
Q

tto faringite strepto

A

sintomáticos

ATB: peni benzatina IM 1x ou amoxi por 10 dias

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31
Q

qual o objetivo de tratar faringite streptococcica?

A
  • diminuir transmissibilidade

- diminuir incidência de febre reumática

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32
Q

quais as complicações da faringite streptococcica?

A

supurativas: abscesso periamigdaliano, retrofaríngeo

não supurativas: febre reumática, GNDA, escarlatina, sd. do choque tóxico, PANDAS

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33
Q

qual a principal complicação da faringite e qual o QC?

A

abscesso periamigdaliano
assimetria de tonsila, voz abafada, febre persistente
tto: drenar aberto e ATB

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34
Q

síndrome PFAPA: QC, tto

A
febre periódica + estomatite aftosa + adenite cervical + faringite
melhora em 3-5 dias e volta em 1 mês
strep test sempre -
tto: prednisona na crise, tonsilectomia
resolve até os 10-12a
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35
Q

Síndrome Crupe: ag etiológico, QC

A

Ag. etiológico: vírus parainfluenza
QC: pródromo viral, rouquidão, tosse ladrante, estridor inspiratório, desconforto respiratório
início súbito de estridor com bom estado geral
6m-3a

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36
Q

crupe: rx

A

sinal de torre de igreja, ponta de lápis

não precisa fazer RX, só pra fazer DD com corpo estranho

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37
Q

tto Crupe viral

A
  • dexametasona IM

- nebulização com adrenalina 5mg

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38
Q

Traqueíte bacteriana: QC, ag. etiológico, dx, tto

A

crupe membranoso
pródromo viral <24h
início súbito de febre e toxemia
estridor e desconforto respiratório
ag. etiológico: S. aureus
Dx: laringoscopia - ver exsudato purulento
tto: IOT precoce + ceftriaxone + oxacilina

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39
Q

Supraglotite (epiglotite): ag. etiologico, QC, DX, tto

A

celulite da epiglote
ag. etiológico: Hemofilos B, S. pyogenes, S.aureus
QC: 4ds: disfagia, dispneia, disfonia, drooling, febre alta, posição do tripé
dx: ver epiglote em cereja
rx: epiglote em dedo de luva
tto: IOT + cefuroxima

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40
Q

laringite estridulosa

A

crupe espasmódica
meninos 1-3a com AP ou AF de atopia
início súbito de estridor + tosse metálica e insuf. respiratória que começa a noite
resolução espontânea em minutos, pode recorrer nos próximos dias

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41
Q

Sd. Gripal: dx

A

> 2a: febre + tosse ou dor de garganta + cefaleia ou mialgia ou artralgia (precisa ter 3 coisas)
<2a: febre + sintoma respiratório (só 2 coisas)

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42
Q

SRAG: dx

A
gripe + 
- Sat <95%
- desconforto respiratório ou aumento da FR
- piora da doença de base
- hipotensão
TEM QUE NOTIFICAR
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43
Q

complicações da gripe

A

miosite, rabdomiólise, IRA
miocardite, pericardite
Guillain Barre, encefalomielite, meningite asséptica

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44
Q

bronquiolite: definição

A

primeiro episódio de sibilância em lactente

causa: infecção viral do trato respiratório inferior (vírus sincicial respiratório)

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45
Q

QC bronquiolite

A

coriza + tosse + febre intermitente + sibilância + piora no 4º dia

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46
Q

bronquiolite tto

A

suporte, catéter nasal de alto fluxo, inalação com soro ou solução hipertônica NaCl 3% se internar
as vezes: ATB se evidência de infecção bacteriana associada
NUNCA:inalação com b2 de curta isolado, adrenalina, corticoide sistêmico

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47
Q

fatores de risco para bronquiolite mais grave

A
idade <1a
meninos
prematuros
displasia broncopulmonar
cardiopatia congênita
exposição intra-útero ao tabagismo
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48
Q

parâmetros do exame físico que indicam gravidade da bronquiolite

A
  • taquipneia >70 ipm
  • desconforto respiratório: tiragens
  • SatO2 <90%
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49
Q

quais são os achados do rx de tórax da bronquiolite?

A

hiperinsulflação
retificação de arcos costais e de diafragma
atelectasias (lobo superior direito)
infiltrados intersticiais

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50
Q

quais as complicações da bronquiolite?

A

OMA: nos primeiros 2 dias de internação

pneumonia (<2%), vai ter mais se tiver na UTI

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51
Q

qual a profilaxia da bronquiolite?

A
aleitamento materno até 6m
cessação de tabagismo
palivizumabe: anti-VSR dado em 5 doses
- prematuros <29s: dar na sazonalidade até 1 ano
- cardiopatias congênitas até 2 anos
- broncodisplasia pulmonar até 2 anos
em tratamento
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52
Q

qual precaução deve tomar na bronquiolite na enfermaria?

A

apenas precaução de contato

não precisa fazer gotículas ou aerossol

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53
Q

coqueluche: QC

A
3 estágios
1. catarral: flu-like de 1-2 semanas
2. paroxístico: dura 6 semanas
tosse paroxística (5-10 tosses forçadas + guincho inspiratório), êmese pós-tosse, pausas respiratórias
ausência de congestão nasal 
ausência de febre
3. convalescência
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54
Q

coqueluche: agente etiológico

A

Bordetella pertrussis

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55
Q

quais as situações de maior gravidade da coqueluche? (4)

A

prematuros
meninos
idade <3m
leucocitose >30 mil (toxina pertusis obstrui os pequenos vasos pulmonares- hipertensão pulmonar)

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56
Q

dx coqueluche

A

PCR ou cultura de nasofaringe + para Bordetella pertusis

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57
Q

exames complementares coqueluche

A

Rx de tórax: coração felpudo

hemograma: leucocitose com linfócitos

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58
Q

tto coqueluche

A

ATB: macrolídeos

  • azitromicina 5 dias
  • NÃO usar eritromicina em <1 mes: risco de estenose hipertrófica de piloro
  • claritromicina 7 dias (não dar em <2 meses)
59
Q

quais as precauções de transmissão no paciente internado com coqueluche?

A
  • precauções respiratórias de gotículas
  • precauções de contato
    pelo menos 5 dias com o tto adequado (azitro)
60
Q

profilaxia da coqueluche

A

vacinação penta/DTP >2m

vacina dTpa em gestantes: passar anticorpos para o baby e proteger nos primeiros 2 meses

61
Q

quais as indicações de quimioprofilaxia na coqueluche e qual o remédio utilizado?

A

azitromicina

a) crianças abaixo de 1 ano de vida, independentemente da situação vacinal e período de tosse;
b) crianças com idade entre 1 e 7 anos, não vacinados ou com situação vacinal desconhecida ou que tenham recebido menos de quatro doses das vacinas DTP+Hib (tetravalente), DTP+Hib+Hep (pentavalente) e DTP;
c) indivíduos com mais de 7 anos de idade, que tiveram contato com um caso suspeito de coqueluche se tiveram contato com o caso índice no período de 21 dias que precederam o início dos sintomas do caso até 3 semanas após o início da fase paroxística ou tiveram contato com um comunicante suscetível no mesmo domicílio;
d) indivíduos que trabalham em serviços de saúde ou atuam diretamente com crianças.

62
Q

Tuberculose: epidemiologia

A
  • exposição domiciliar a paciente bacilifero
  • maior risco de formas disseminadas e graves em <10a
  • forma pulmonar é paucibacilar
63
Q

quais as formas mais comuns de TB extrapulmonar na criança?

A
  • linfoganglionar
  • meningoencefálica
  • derrame pleural
  • óssea / articular
64
Q

QC da TB pulmonar

A
baixo ganho ou perda de peso
febre baixa ou intermitente
tosse >2 sem
linfadenomegalia
raro: hemoptise - na infância não faz cavernas
65
Q

qual a CD em uma crinaça que teve contato com um adulto bacilífero?

A
  • avaliação clínica
  • Rx de tórax
  • teste tuberculínico (PPD)
66
Q

Dx de TB

A
  • exposição a adulto bacilífero
  • teste tuberculínico positivo
  • QC compatível
  • Rx de tórax alterado
  • pode fazer escarro (20% +) ou lavado gástrico (50% +)- culturas negativas não afastam o dx
67
Q

Dx de TB latente

A
  • exposição a adulto bacilífero
  • teste tuberculínico positivo
  • sem sintomas, rx normal
68
Q

quais os critérios de reatividade de PPD?

A

> 5mm, independente do tempo da BCG

69
Q

quais os critérios avaliados no escore de pontos para TB na infância?

A
  • QC
  • Rx de tórax
  • contato com adulto com TB
  • teste tuberculínico
  • estado nutricional
    pontos >40: TB provável
    40-25: possível
    <25: pouco provável
70
Q

qual a alteração de rx de tórax mais comum na TB?

A

adenomegalia hilar

71
Q

qual exame solicitar na suspeita de TB pleural?

A

dosagem de ADA no líquido pleural

72
Q

qual a CD em RN de mãe (ou qualquer outro contato) com TB bacilífera?

A
  • não vacinar com BCG
  • iniciar isoniazida por 3 meses
  • aleitamento com máscara
  • após 3 meses de tto (quimioprofilaxia primária), fazer PPD, se <5mm: parar isoniazida e dar BCG. se >5mm: manter isoniazida até os 6 meses
73
Q

como fazer a quimioprofilaxia secundária de TB?

A
todos <15a comunicantes de TB bacilífera e 
PPD +, Rx normal, sem sintomas
isoniazida por 6-9 meses OU
rifampicina por 4 meses
se PPD -: repetir em 8 semanas
74
Q

tto da TB

A

<10a: 2 meses de RIP + 4 meses de RI
(não fazer etambutol por risco de neurite óptica- criança não vai falar que teve alteração visual)
>10a: 2 meses de RIPE + 4 meses de RI
se TB meningoencefálica: 2 meses de RIP ou RIPE + 7 meses de RI + 2-4 meses de corticoide

75
Q

quais os exames no seguimento de uma criança em tto para TB?

A
  • baciloscopia se coleta for fácil e Rx de tórax no 2º mes e ao término do tto
  • não precisa de avaliação hepática em crianças
76
Q

qual o achado do exame físico mais sugestivo de pneumonia?

A

taquipneia

77
Q

QC de pneumonia

A
febre alta e prolongada
tosse produtiva
dor abdominal
desconforto respiratório
pode ser precedido por IVAS viral
prostração quando abaixa a febre
taquipneia
estertores
dor pleurítica
derrame pleural: sinal de signorelli
redução de MV: derrame pleural, atelectasia, consolidação
78
Q

quais os sinais de gravidade para pneumonia?

A

desconforto respiratório
SatO2 <92%
cianose ou palidez
sonolência ou agitação

muito grave: recusa alimentar, alteração de nível de consciência, vômitos, convulsão

79
Q

Dx de pneumonia

A

febre + tosse + taquipneia

80
Q

quando que precisa de exames complementares na pneumonia?

A
  • internação
  • falha de tto
  • DD
81
Q

quais os exames complementares na pneumonia?

A

Rx de tórax
hemograma: leucocitose com neutrofilia e aumento de células jovens
hemocultura: geralmente -, se tiver derrame tem mais chance de positivar
PCR e procalcitonina: seguimento
pesquisa viral
teste de aglutinação do látex no líquido pleural: identifica bactérias

82
Q

quais os achados no rx de tórax da pneumonia bacteriana?

A
infiltrado alveolar segmentar ou lobar (consolidação)
broncograma aéreo
pneumatocele
derrame pleural
(pode estar normal no começo)
83
Q

quais os critérios de internação na pneumonia?

A
<6m
complicada ou extensa
sepse/ doença respiratória aguda grave
hipoxemia <92%
doença de base que vai piorar a evolução
diminuição da ingesta de líquidos
falha de tto
se teve sarampo há 2m
desconforto respiratório
84
Q

quais os agentes etiológicos da pneumonia bacteriana?

A

PNEUMOCOCO: streptococcus pneumoniae
neonatos:
<3d: strepto agalactiae, e.coli, klebsiela, listeria
>3d: s. aureus, e.coli, klebsiela, strepto epidermidis
1m-2a: VSR, chlamydia thrachomatis, ureaplasma, hemofilos B, s.aureus, bordetela pertusis
2-4a: virus, hemofilo, s.pyogenes, atípicos
escolares/adolescente: atípicos, vírus

85
Q

quais os agentes etiológicos das pneumonias atípicas?

A

chlamydia trachomatis
ureaplasma
micoplasma
chlamidophyla pneumoniae (adolescente)

86
Q

quais os achados característicos de pneumonia por chlamydia?

A
  • lactente de parto normal
  • afebril
  • Rx: hiperinsulflação, espessamento peribrônquico- nada muito característico
  • conjuntivite mucopurulenta 5-14 dias após nascimento que forma pseudomembrana
  • hemograma com eosinofilia
    *tto:eritromicina ou azitro
    lembrar de tratar mãe e parceiro
87
Q

qual a faixa etária das pneumonias atípicas?

A

lactente e adolescente

88
Q

como é a pneumonia atípica no adolescente?

A

início recente da vida sexual
tosse prolongada
artralgia
febre baixa

89
Q

tto pneumonia bacteriana

A

ambulatorial: amoxicilina (ou clavulin) ou peni procaina, cefuroxima
hospitalar: peni+amica, ampi+genta (RN), peni crista, oxa (se pensar em s. aureus)
PNM extensa: ceftriaxone + oxa

90
Q

quais os parâmetros de FR na criança?

A
<2m: >60
2-12m: >50
1-3a: >40
4-5a: >30
>5a: >20
91
Q

quando pensar em pneumonia complicada?

A
  • manutenção de sintomas após 72h do início do tto: febre, desconforto respiratório
    CD: repetir Rx de tórax
92
Q

o que fazer no hemitórax opaco?

A

você fez um rx e tá tudo branco, ai você não sabe se é uma consolidação gigante ou um derrame pleural- fazer USG

93
Q

quais as complicações da pneumonia?

A
  • derrame pleural
  • abscesso pulmonar
  • pneumonia necrotizante
  • pneumotórax
  • pneumatocele
  • atelectasias
  • fístula broncopulmonar
  • sepse/choque
  • secreção inapropriada de ADH
  • insuficiência respiratória aguda
94
Q

quais as fase do derrame pleural na pneumonia?

A
  • exsudativa: <48h- líquido seroso com proteínas e poucas células
  • fibrinopurulenta: 2-7d- neutrófilos, bactérias e fibrina formando lojas
  • organizativa: 7d-6m- fibroblastos em lojas
95
Q

QC do derrame pleural

A

pneumonia que não melhora, dor abdominal, dor pleurítica

96
Q

CD no derrame pleural

A

Rx PA, Perfil e Laurell
se >1cm: puncionar e ver se é empiema
se empiema: drenar
se <1cm: ATB EV 1-4 sem

97
Q

como saber se um líquido pleural é empiema?

A
  • turvo: claramente pus
  • bacterioscopia +
  • cuLtura +
  • pH <7,2
  • DHL > 1000
  • glicose <40 ou <2/3 da glicemia
98
Q

o que é pneumatocele?

A

cavidade pulmonar cística de paredes finas
acontece mais no s.aureus
resolve sozinho em 1 ano

99
Q

qual a herança genética da fibrose cística?

A

autossômica recessiva

100
Q

explique a fisiopatologia da fibrose cística

A

disfunção na quantidade ou qualidade da proteína CFTR. Com isso, não sai cloro e nem sódio, fica para dentro da célula e ocorre uma desidratação das vias aéreas e comprometimento da motilidade ciliar

101
Q

qual a principal consequencia fisiopatológica da fibrose cística?

A

secreções ficam mais espessas

102
Q

qual a diferença da fisiopatologia da fibrose cística na glândula sudorípara?

A

perde CL e Na: desidratação - suor salgado

103
Q

como fazer diagnóstico de FC

A
  • QC
  • AF
  • teste do pézinho
    fazer teste do suor: elevação de cloro
    identificar mutação de CFTR em estudo genético
    identificar anormalidades de função do CFTR: diferença de potencial nasal
104
Q

o que é o teste do pézinho na fibrose cística?

A

dosa tripsinogênio imunorreativo (IRT)
indica que já teve auto-digestão pancreática intra-útero
se tiver alterado, repetir em 4 semanas de vida
se 2 alterados: fazer teste do suor

105
Q

o que ileo meconial indica e o que fazer?

A
  • fibrose cística

- fazer teste do suor

106
Q

quais os sintomas clássicos de fibrose cística?

A

íleo meconial (+ precoce)
pneumonias de repetição ou por germes estranhos
baixo ganho pondero-estatural
rinorreia
pancreatite
colelitíase
azoospermia por atresia do ducto deferente

107
Q

como é a doença pulmonar na fibrose cística?

A
  • infecção + inflamação crônica: bronquiectasias
  • distúrbio ventilatório obstrutivo
    queda de FEF 25-75% e VEF1
  • colonização progressiva: S.aureus, H. influenzae, pseudomonas, B. cepacia
108
Q

quais os achados mais comuns da TC na fibrose cística?

A
  • bronquiectasias
  • aprisionamento aéreo (é uma doença obstrutiva)
  • atelectasia
109
Q

como é a infecção por pseudomonas na fibrose cística?

A

fenótipo mucoide
produz um biofilme que é de menor virulência mas gera mais inflamação e mais lesão de parenquima
é mais resistente ao tto com ATB

110
Q

qual bactéria está mais associada a piora de função pulmonar e pior prognóstico na fibrose cística?

A

Burkholderia cepacia

pode ser uma contraindicação para transplante em alguns paises

111
Q

como é a exacerbação pulmonar na fibrose cística?

A

aumento da tosse + secreção
declínio de função pulmonar
CD> cultura de escarro, rx de tórax, HMG, HMC, ATB direcionado a colonização
internação se hipoxemina

112
Q

quais as complicações pulmonares da fibrose cística?

A
  • hipertensão pulmonar
  • hemoptise recorrente
  • pneumotórax
113
Q

como é a insuficiência pancreática da fibrose cística?

A

exócrina por obstrução dos ductos pancreáticos

síndrome disabsortiva: esteatorreia, baixo ganho ponderal, deficiência de ADEK, desnutrição

114
Q

qual o distúrbio ácido-básico mais comum em fibrose cística?

A
  • alcalose metabólica hipoclorêmica: perda de cloro no suor

* hiponatremia: perde sódio junto com cloro

115
Q

tto fibrose cística

A
  • pulmão: ATB para exacerbação e colonização, azitromicina como imunomodulador, medidas de aumento de clearance mucociliar (nebulização, DNAse, fisioteraía), oxigenio, transplante
  • pancreático: dieta hiper tudo, repor vitaminas ADEK, Creon (enzimas pancreáticas), Ursacol se doença hepática
  • hidroeletrolítico: repor Na nos lactentes, hidratação oral
116
Q

quais os ATB na infecção por Pseudomonas na fibrose cística?

A

se casa: cipro

se hospital: cefepime + amica, Tazocin + amica

117
Q

o que é a síndrome do lactente sibilante?

A
  • sibilância contínua por 1 mês

- >3 episódios de sibilância no último ano e tem menos de 2 anos de vida

118
Q

como é o índice preditivo de asma?

A

critérios maiores: pais com asma, AP dermatite atópica
critérios menores: sibilância por desencadeantes não virais, rinite alérgica, eosinofilia periférica >4%
1 maior ou 2 menores: maior risco de asma aos 6 anos

119
Q

Asma: o que é

A

doença inflamatória crônica
sibilos, dispneia, opressão torácica, tosse
limitação varíavel ao fluxo expiratório de resolução espontânea ou após medicação

120
Q

Dx de asma

A

sintomas respiratórios + limitação variável de fluxo expiratório- espiormetria
fecha dx a partir dos 6 anos

121
Q

quais achados clínicos sugestivos de asma?

A
  • sintomas que pioram a noite desencadeados por infecções virais, exercício físico e exposição a alérgneos
  • presença de outras atopias
122
Q

quais os parâmetros na avaliação do controle clínico da asma?

A

nas últimas 4 semanas
- frequencia de sintomas diurnos: controlado <2x/sem
- presença de sintomas noturnos: nenhuma
- limitação das atividades físicas: nenuma
- frequência do uso de B2 de curta: controlado <2x/sem
será não controlada se >3 critérios de asma parcialmente controlada

123
Q

como avaliar risco de eventos adversos na asma?

A
  • história de >1 exacerbação grave no último ano
  • má aderência ao tto
  • técnica inalatória incorreta
  • tabagismo
  • uso excessico do b2-curta
124
Q

qual o principal medicamento de manutenção da asma na pediatria?

A

corticoide inalatório

125
Q

como se faz o tto da asma (ambulatoria)?

A

Step 1: resgate com b2 de curta, controle ambiental
Step 2: CI baixa dose ou antileucotrieno
Step 3: CI média / alta dose ou CI baixa dose + b2-longa ou CI baixa dose + antileucotrieno
Step 4: CI média/alta dose + b2-longa ou CI média/alta dose + antileucotrieno ou tiotrópio

126
Q

em quem fazer tto só de resgate?

A

sintomas ocasionais diurnos (<2x/mês) de curta duração, sem despertar noturno e função pulmonar normal

127
Q

tto crise asmática

A
  • leve: 3 ciclos de b2-curta 20/20 min
  • grave: b2-curta + ipatrópio + prednisona VO (EV se não tomar)
    internar se SatO2 <92%
    se não melhorou com os ciclos:
    sulfato de magnésio
128
Q

quando fazer rx de tórax na crise de asma?

A

se ausência de resposta ao tto

129
Q

qual a primeira manifestação atópica?

A

dermatite atópica

130
Q

qual a ordem da marcha atópica?

A
  • dermatite atópica: pode ter alergia alimentar que melhora até 1a
    sensibilização a aeroalérgeno
    sibilância recorrente
  • rinite
131
Q

como investigar atopia?

A

eosinofilia periférica
elevação de IgE sérica total
teste cutâneo: prick test
IgE sérica específica

132
Q

dermatite atópica: característica de pele

A

doença inflamatória cutânea crônica
eczema
- agudo: eritema mal definido com prurido e edema, vesículas e crotas
- crônico: eritema bem definido, descamativo com liquenificação
geralmente começa no 1º ano de vida e some
colonização por S. aureus (mesmo na pele normal): desencadeiam crises de exacerbação

133
Q

fisiopatogenia: dermatite atópica

A

disfunção da berreira cutânea

desregulação imunológica com predomínio Th2

134
Q

quais os fatores desencadeantes de crises de dermatite atópica

A
  • s. aureus
  • malassezia
  • alérgenos alimentares
  • aerolaérgenos
  • fatores emocionais
135
Q

qual o principal sintoma da dermatite atópica?

A

prurido

136
Q

distribuição do eczema da dermatite atópica

A
  • lactentes: face e superfície extensora dos membros
    características agudas
  • pré-puberal: superfície flexora
    espessamento, escurecimento, acentuação das flexuras
  • adulto: mãos, periorbital, flexuras
    liquenificadas
137
Q

tto dermatite atópica

A

hidratação da pele, evitar fatores agressores e controle de desencadeantes
controle da inflamação: corticóides tópicos
JAMAIS corticoide sistêmico ou corticóide tópico muito forte em grande área
tacrolimus
controle do prurido: anti-histamínicos sedativos

138
Q

rinite alérgica

A

inflamação ou disfunção da mucosa nasal

reação de hipersensibilidade

139
Q

sintomas de rinite

A
  • espirros em salvas
  • prurido nasal
  • coriza nasal clara
  • obstrução nasal
140
Q

fenótipo da rinite

A
  • prega de Dennie- Morgan
  • saudação alérgica: prega nasal horizontal
  • olheiras
141
Q

quais os prinicpais desencadeantes da rinite?

A
  • aéroalérgenos: dermatofitoides
  • mudanças bruscas do tempo
  • inalação de irritantes
142
Q

doenças associadas a rinite

A
  • asma
  • conjuntivite alérgica
  • rinossinusite aguda e crônica
  • otite média com efusão
  • alterações craniofaciais: face alongada
  • apneia e hipopneia obstrutiva do sono
143
Q

tto rinite

A
  • controle ambiental
  • anti-histamínicos orais
  • corticoides nasais
  • descongestionantes nasais: >6a e só na crise aguda
  • imunoterapia alérgeno específica
  • tto da inflamação nasal da rinite pode reduzir broncoespasmo e exacerbações de asma
144
Q

quando classificar rinite como persistente?

A

> 4 crises por semanas em >4 semanas