coisas respiratorias Flashcards
etiologia e transmissão resfriado comum
rinovírus, VSR, adenovírus
transmissão: gotículas ou contato direto (principal)
QC resfriado comum
febre 24-48h (pode ser a primeira manifestação)
coriza e obstrução nasal
tosse
duração: 7-10 dias
como fazer o diagnóstico de resfriado comum?
QC + isolamento viral por culturas, PCR, sorologia
quais as características de resfriado por adenovírus?
início abrupto, febre alta, conjuntivite, odinofagia
qual a medida mais eficaz no tto do resfriado comum?
lavagem nasal com soro fisiológico
tratar sintomas
por que tem mais refriado na criança?
- primeiro contato com microorganismo agressor
- imaturidade imunológica
- vias aéreas estreiatas com mais dificuldade de expectorar
- maior contato social
quais são sinais de alarme em uma IVAS?
- febre > 3 dias e piora do estado geral
- diminuição da diurese e desidratação
- diminuição da ingesta alimentar
- criança não melhora depois de ter baixado a febre
quais as possíveis complicações de um resfriado comum?
- OMA
- rinossinusite
- crise de sibilância / exacerbação da asma
- pneumonia
o que não pode dar no tto de refriado e porque?
- AAS: risco de Sd. de Reye
- imidazólicos: risco de intoxicação por nafazolina
- ibuprofeno se <2a
- anti-histamínico, anti-tussígeno, descongestionante: não tem efeito e tem risco de intoxicação
- mel se <1a: risco de botulismo
etiologia da OMA
Strepto pneumoniae
Haemophilus influenzae não tipável (não tem vacina)
Moraxella catarrhalis
fatores de risco para OMA
- <2a: conduto auditivo retificado
- chupeta
- mamar deitado
- desmame precoce (<3m)
- tabagismo passivo
- frequentar creche
- meninos
- alterações anatômicas
qual o QC da OMA?
refriado comum e após 48h: otalgia + febre + irritabilidade
o que se ve na otoscopia da OMA?
opacidade e abaulamento da membrana timpanica
- perda da mobilidade na otoscopia pneumática
- hiperemia e aumento da vascularização
- nível hidroaéreo da orelha média: efusão
- supuração
como fazer o dx de OMA?
efusão + 1
- abaulamento moderado/grave
- otorreia recente sem otite externa
- abaulamento leve + hiperemia e início <48h
tto OMA
ATB: amoxicilina 50 mg/kg/dia VO 12/12h
se já usou: dobra a dose (90) e associa clavulanato
outras opções: axcetilcefuroxima, ceftriaxone, clinda
<2a: 10 dias
>2a: 5-7 dias
quando podemos tratar OMA sem ATB?
se >2a ou 6m-2a se unilateral
não pode ser grave, não pode ter otorreia e eu tenho que ter a oportunidade de reavaliar em 24-48h
quais os mecanismos de resistência dos agentes etiológicos de IVAS?
pneumococo: alteração da PBP
hemofilos: beta-lactamase
moraxela: beta-lactamse
quais as complicações da OMA?
- mastoidite: hiperemia, dor, retificação do conduto, edema retroauricular e protrusão auricular
- meningite
- abscesso periosteal/ epidural
- trombose de seio venoso
- paralisia do nervo facial
- diminuição da acuidade auditiva
- perfuração de membrana timpânica
- sepse
como investigar suspeita de mastoidite?
TC de crânio e mastóide com contraste
quando pensar em sinusite bacteriana?
- doença persistente >10 dias e tosse diurna
- piora da evolução
- início grave: secreção purulenta por 3 dias consecutivos
qual a fisiopatologia da sinusite? (4)
- obstrução do óstio de drenagem
- disfunção do aparelho mucociliar
- alteração da qualidade e quantidade de muco
- pressão negativa dentro dos seios da face leva a entrada de bactérias
tto sinusite
ATB por 10 dias amoxicilina clavulin ceftriaxone se vomitos ou má aceitação oral cefuroxima se alergia a penicilina
QC celulite pós-septal
- alteração de mobilidade de músculos extra-ocukares
- dor a movimentação ocular
- proptose
- alteração da acuidade visual
- olho arroxeado
- edema ocular
complicações da sinusite
orbitárias: abscesso subperiosteal trombose de seio cavernoso celulite pré-septal e pós- septal intracranianas: empiema subdural empiema epidural abscesso cerebral meningite
qual a epidemiologia da meningite pós-sinusite?
meninos, adolescentes com cefaleia frontal importante, fotofobia, convulsão
Ag: stafilo aureus e anaeróbios
agentes etiologicos faringite aguda
vírus:adenovírus, coxasckie, EBV, CMV, rinovírus, coronoavírus, herpes, influenza
bacteriano: strepto pyogenes (A)- 5-15a
qual o QC de faringoamigdalite por strepto?
odinofagia + febre rash escarlatiniforme: pele em lixa petéquias em palato exsudato faríngeo linfonodos cervicais dolorosos sem sintomas de IVAS (dor de garganta e pronto)
DD faringite
mononucleose (EBV)
vai ter febre mais longa e hepatoesplenomegalia
em quem você faz o strep test?
> 2a
febre+odinofagia
sem sintomas de IVAS (viral)
se +: dar ATB, se -: fazer cultura de orofarínge e esperar resultado para dar ATB
tto faringite strepto
sintomáticos
ATB: peni benzatina IM 1x ou amoxi por 10 dias
qual o objetivo de tratar faringite streptococcica?
- diminuir transmissibilidade
- diminuir incidência de febre reumática
quais as complicações da faringite streptococcica?
supurativas: abscesso periamigdaliano, retrofaríngeo
não supurativas: febre reumática, GNDA, escarlatina, sd. do choque tóxico, PANDAS
qual a principal complicação da faringite e qual o QC?
abscesso periamigdaliano
assimetria de tonsila, voz abafada, febre persistente
tto: drenar aberto e ATB
síndrome PFAPA: QC, tto
febre periódica + estomatite aftosa + adenite cervical + faringite melhora em 3-5 dias e volta em 1 mês strep test sempre - tto: prednisona na crise, tonsilectomia resolve até os 10-12a
Síndrome Crupe: ag etiológico, QC
Ag. etiológico: vírus parainfluenza
QC: pródromo viral, rouquidão, tosse ladrante, estridor inspiratório, desconforto respiratório
início súbito de estridor com bom estado geral
6m-3a
crupe: rx
sinal de torre de igreja, ponta de lápis
não precisa fazer RX, só pra fazer DD com corpo estranho
tto Crupe viral
- dexametasona IM
- nebulização com adrenalina 5mg
Traqueíte bacteriana: QC, ag. etiológico, dx, tto
crupe membranoso
pródromo viral <24h
início súbito de febre e toxemia
estridor e desconforto respiratório
ag. etiológico: S. aureus
Dx: laringoscopia - ver exsudato purulento
tto: IOT precoce + ceftriaxone + oxacilina
Supraglotite (epiglotite): ag. etiologico, QC, DX, tto
celulite da epiglote
ag. etiológico: Hemofilos B, S. pyogenes, S.aureus
QC: 4ds: disfagia, dispneia, disfonia, drooling, febre alta, posição do tripé
dx: ver epiglote em cereja
rx: epiglote em dedo de luva
tto: IOT + cefuroxima
laringite estridulosa
crupe espasmódica
meninos 1-3a com AP ou AF de atopia
início súbito de estridor + tosse metálica e insuf. respiratória que começa a noite
resolução espontânea em minutos, pode recorrer nos próximos dias
Sd. Gripal: dx
> 2a: febre + tosse ou dor de garganta + cefaleia ou mialgia ou artralgia (precisa ter 3 coisas)
<2a: febre + sintoma respiratório (só 2 coisas)
SRAG: dx
gripe + - Sat <95% - desconforto respiratório ou aumento da FR - piora da doença de base - hipotensão TEM QUE NOTIFICAR
complicações da gripe
miosite, rabdomiólise, IRA
miocardite, pericardite
Guillain Barre, encefalomielite, meningite asséptica
bronquiolite: definição
primeiro episódio de sibilância em lactente
causa: infecção viral do trato respiratório inferior (vírus sincicial respiratório)
QC bronquiolite
coriza + tosse + febre intermitente + sibilância + piora no 4º dia
bronquiolite tto
suporte, catéter nasal de alto fluxo, inalação com soro ou solução hipertônica NaCl 3% se internar
as vezes: ATB se evidência de infecção bacteriana associada
NUNCA:inalação com b2 de curta isolado, adrenalina, corticoide sistêmico
fatores de risco para bronquiolite mais grave
idade <1a meninos prematuros displasia broncopulmonar cardiopatia congênita exposição intra-útero ao tabagismo
parâmetros do exame físico que indicam gravidade da bronquiolite
- taquipneia >70 ipm
- desconforto respiratório: tiragens
- SatO2 <90%
quais são os achados do rx de tórax da bronquiolite?
hiperinsulflação
retificação de arcos costais e de diafragma
atelectasias (lobo superior direito)
infiltrados intersticiais
quais as complicações da bronquiolite?
OMA: nos primeiros 2 dias de internação
pneumonia (<2%), vai ter mais se tiver na UTI
qual a profilaxia da bronquiolite?
aleitamento materno até 6m cessação de tabagismo palivizumabe: anti-VSR dado em 5 doses - prematuros <29s: dar na sazonalidade até 1 ano - cardiopatias congênitas até 2 anos - broncodisplasia pulmonar até 2 anos em tratamento
qual precaução deve tomar na bronquiolite na enfermaria?
apenas precaução de contato
não precisa fazer gotículas ou aerossol
coqueluche: QC
3 estágios 1. catarral: flu-like de 1-2 semanas 2. paroxístico: dura 6 semanas tosse paroxística (5-10 tosses forçadas + guincho inspiratório), êmese pós-tosse, pausas respiratórias ausência de congestão nasal ausência de febre 3. convalescência
coqueluche: agente etiológico
Bordetella pertrussis
quais as situações de maior gravidade da coqueluche? (4)
prematuros
meninos
idade <3m
leucocitose >30 mil (toxina pertusis obstrui os pequenos vasos pulmonares- hipertensão pulmonar)
dx coqueluche
PCR ou cultura de nasofaringe + para Bordetella pertusis
exames complementares coqueluche
Rx de tórax: coração felpudo
hemograma: leucocitose com linfócitos
tto coqueluche
ATB: macrolídeos
- azitromicina 5 dias
- NÃO usar eritromicina em <1 mes: risco de estenose hipertrófica de piloro
- claritromicina 7 dias (não dar em <2 meses)
quais as precauções de transmissão no paciente internado com coqueluche?
- precauções respiratórias de gotículas
- precauções de contato
pelo menos 5 dias com o tto adequado (azitro)
profilaxia da coqueluche
vacinação penta/DTP >2m
vacina dTpa em gestantes: passar anticorpos para o baby e proteger nos primeiros 2 meses
quais as indicações de quimioprofilaxia na coqueluche e qual o remédio utilizado?
azitromicina
a) crianças abaixo de 1 ano de vida, independentemente da situação vacinal e período de tosse;
b) crianças com idade entre 1 e 7 anos, não vacinados ou com situação vacinal desconhecida ou que tenham recebido menos de quatro doses das vacinas DTP+Hib (tetravalente), DTP+Hib+Hep (pentavalente) e DTP;
c) indivíduos com mais de 7 anos de idade, que tiveram contato com um caso suspeito de coqueluche se tiveram contato com o caso índice no período de 21 dias que precederam o início dos sintomas do caso até 3 semanas após o início da fase paroxística ou tiveram contato com um comunicante suscetível no mesmo domicílio;
d) indivíduos que trabalham em serviços de saúde ou atuam diretamente com crianças.
Tuberculose: epidemiologia
- exposição domiciliar a paciente bacilifero
- maior risco de formas disseminadas e graves em <10a
- forma pulmonar é paucibacilar
quais as formas mais comuns de TB extrapulmonar na criança?
- linfoganglionar
- meningoencefálica
- derrame pleural
- óssea / articular
QC da TB pulmonar
baixo ganho ou perda de peso febre baixa ou intermitente tosse >2 sem linfadenomegalia raro: hemoptise - na infância não faz cavernas
qual a CD em uma crinaça que teve contato com um adulto bacilífero?
- avaliação clínica
- Rx de tórax
- teste tuberculínico (PPD)
Dx de TB
- exposição a adulto bacilífero
- teste tuberculínico positivo
- QC compatível
- Rx de tórax alterado
- pode fazer escarro (20% +) ou lavado gástrico (50% +)- culturas negativas não afastam o dx
Dx de TB latente
- exposição a adulto bacilífero
- teste tuberculínico positivo
- sem sintomas, rx normal
quais os critérios de reatividade de PPD?
> 5mm, independente do tempo da BCG
quais os critérios avaliados no escore de pontos para TB na infância?
- QC
- Rx de tórax
- contato com adulto com TB
- teste tuberculínico
- estado nutricional
pontos >40: TB provável
40-25: possível
<25: pouco provável
qual a alteração de rx de tórax mais comum na TB?
adenomegalia hilar
qual exame solicitar na suspeita de TB pleural?
dosagem de ADA no líquido pleural
qual a CD em RN de mãe (ou qualquer outro contato) com TB bacilífera?
- não vacinar com BCG
- iniciar isoniazida por 3 meses
- aleitamento com máscara
- após 3 meses de tto (quimioprofilaxia primária), fazer PPD, se <5mm: parar isoniazida e dar BCG. se >5mm: manter isoniazida até os 6 meses
como fazer a quimioprofilaxia secundária de TB?
todos <15a comunicantes de TB bacilífera e PPD +, Rx normal, sem sintomas isoniazida por 6-9 meses OU rifampicina por 4 meses se PPD -: repetir em 8 semanas
tto da TB
<10a: 2 meses de RIP + 4 meses de RI
(não fazer etambutol por risco de neurite óptica- criança não vai falar que teve alteração visual)
>10a: 2 meses de RIPE + 4 meses de RI
se TB meningoencefálica: 2 meses de RIP ou RIPE + 7 meses de RI + 2-4 meses de corticoide
quais os exames no seguimento de uma criança em tto para TB?
- baciloscopia se coleta for fácil e Rx de tórax no 2º mes e ao término do tto
- não precisa de avaliação hepática em crianças
qual o achado do exame físico mais sugestivo de pneumonia?
taquipneia
QC de pneumonia
febre alta e prolongada tosse produtiva dor abdominal desconforto respiratório pode ser precedido por IVAS viral prostração quando abaixa a febre taquipneia estertores dor pleurítica derrame pleural: sinal de signorelli redução de MV: derrame pleural, atelectasia, consolidação
quais os sinais de gravidade para pneumonia?
desconforto respiratório
SatO2 <92%
cianose ou palidez
sonolência ou agitação
muito grave: recusa alimentar, alteração de nível de consciência, vômitos, convulsão
Dx de pneumonia
febre + tosse + taquipneia
quando que precisa de exames complementares na pneumonia?
- internação
- falha de tto
- DD
quais os exames complementares na pneumonia?
Rx de tórax
hemograma: leucocitose com neutrofilia e aumento de células jovens
hemocultura: geralmente -, se tiver derrame tem mais chance de positivar
PCR e procalcitonina: seguimento
pesquisa viral
teste de aglutinação do látex no líquido pleural: identifica bactérias
quais os achados no rx de tórax da pneumonia bacteriana?
infiltrado alveolar segmentar ou lobar (consolidação) broncograma aéreo pneumatocele derrame pleural (pode estar normal no começo)
quais os critérios de internação na pneumonia?
<6m complicada ou extensa sepse/ doença respiratória aguda grave hipoxemia <92% doença de base que vai piorar a evolução diminuição da ingesta de líquidos falha de tto se teve sarampo há 2m desconforto respiratório
quais os agentes etiológicos da pneumonia bacteriana?
PNEUMOCOCO: streptococcus pneumoniae
neonatos:
<3d: strepto agalactiae, e.coli, klebsiela, listeria
>3d: s. aureus, e.coli, klebsiela, strepto epidermidis
1m-2a: VSR, chlamydia thrachomatis, ureaplasma, hemofilos B, s.aureus, bordetela pertusis
2-4a: virus, hemofilo, s.pyogenes, atípicos
escolares/adolescente: atípicos, vírus
quais os agentes etiológicos das pneumonias atípicas?
chlamydia trachomatis
ureaplasma
micoplasma
chlamidophyla pneumoniae (adolescente)
quais os achados característicos de pneumonia por chlamydia?
- lactente de parto normal
- afebril
- Rx: hiperinsulflação, espessamento peribrônquico- nada muito característico
- conjuntivite mucopurulenta 5-14 dias após nascimento que forma pseudomembrana
- hemograma com eosinofilia
*tto:eritromicina ou azitro
lembrar de tratar mãe e parceiro
qual a faixa etária das pneumonias atípicas?
lactente e adolescente
como é a pneumonia atípica no adolescente?
início recente da vida sexual
tosse prolongada
artralgia
febre baixa
tto pneumonia bacteriana
ambulatorial: amoxicilina (ou clavulin) ou peni procaina, cefuroxima
hospitalar: peni+amica, ampi+genta (RN), peni crista, oxa (se pensar em s. aureus)
PNM extensa: ceftriaxone + oxa
quais os parâmetros de FR na criança?
<2m: >60 2-12m: >50 1-3a: >40 4-5a: >30 >5a: >20
quando pensar em pneumonia complicada?
- manutenção de sintomas após 72h do início do tto: febre, desconforto respiratório
CD: repetir Rx de tórax
o que fazer no hemitórax opaco?
você fez um rx e tá tudo branco, ai você não sabe se é uma consolidação gigante ou um derrame pleural- fazer USG
quais as complicações da pneumonia?
- derrame pleural
- abscesso pulmonar
- pneumonia necrotizante
- pneumotórax
- pneumatocele
- atelectasias
- fístula broncopulmonar
- sepse/choque
- secreção inapropriada de ADH
- insuficiência respiratória aguda
quais as fase do derrame pleural na pneumonia?
- exsudativa: <48h- líquido seroso com proteínas e poucas células
- fibrinopurulenta: 2-7d- neutrófilos, bactérias e fibrina formando lojas
- organizativa: 7d-6m- fibroblastos em lojas
QC do derrame pleural
pneumonia que não melhora, dor abdominal, dor pleurítica
CD no derrame pleural
Rx PA, Perfil e Laurell
se >1cm: puncionar e ver se é empiema
se empiema: drenar
se <1cm: ATB EV 1-4 sem
como saber se um líquido pleural é empiema?
- turvo: claramente pus
- bacterioscopia +
- cuLtura +
- pH <7,2
- DHL > 1000
- glicose <40 ou <2/3 da glicemia
o que é pneumatocele?
cavidade pulmonar cística de paredes finas
acontece mais no s.aureus
resolve sozinho em 1 ano
qual a herança genética da fibrose cística?
autossômica recessiva
explique a fisiopatologia da fibrose cística
disfunção na quantidade ou qualidade da proteína CFTR. Com isso, não sai cloro e nem sódio, fica para dentro da célula e ocorre uma desidratação das vias aéreas e comprometimento da motilidade ciliar
qual a principal consequencia fisiopatológica da fibrose cística?
secreções ficam mais espessas
qual a diferença da fisiopatologia da fibrose cística na glândula sudorípara?
perde CL e Na: desidratação - suor salgado
como fazer diagnóstico de FC
- QC
- AF
- teste do pézinho
fazer teste do suor: elevação de cloro
identificar mutação de CFTR em estudo genético
identificar anormalidades de função do CFTR: diferença de potencial nasal
o que é o teste do pézinho na fibrose cística?
dosa tripsinogênio imunorreativo (IRT)
indica que já teve auto-digestão pancreática intra-útero
se tiver alterado, repetir em 4 semanas de vida
se 2 alterados: fazer teste do suor
o que ileo meconial indica e o que fazer?
- fibrose cística
- fazer teste do suor
quais os sintomas clássicos de fibrose cística?
íleo meconial (+ precoce)
pneumonias de repetição ou por germes estranhos
baixo ganho pondero-estatural
rinorreia
pancreatite
colelitíase
azoospermia por atresia do ducto deferente
como é a doença pulmonar na fibrose cística?
- infecção + inflamação crônica: bronquiectasias
- distúrbio ventilatório obstrutivo
queda de FEF 25-75% e VEF1 - colonização progressiva: S.aureus, H. influenzae, pseudomonas, B. cepacia
quais os achados mais comuns da TC na fibrose cística?
- bronquiectasias
- aprisionamento aéreo (é uma doença obstrutiva)
- atelectasia
como é a infecção por pseudomonas na fibrose cística?
fenótipo mucoide
produz um biofilme que é de menor virulência mas gera mais inflamação e mais lesão de parenquima
é mais resistente ao tto com ATB
qual bactéria está mais associada a piora de função pulmonar e pior prognóstico na fibrose cística?
Burkholderia cepacia
pode ser uma contraindicação para transplante em alguns paises
como é a exacerbação pulmonar na fibrose cística?
aumento da tosse + secreção
declínio de função pulmonar
CD> cultura de escarro, rx de tórax, HMG, HMC, ATB direcionado a colonização
internação se hipoxemina
quais as complicações pulmonares da fibrose cística?
- hipertensão pulmonar
- hemoptise recorrente
- pneumotórax
como é a insuficiência pancreática da fibrose cística?
exócrina por obstrução dos ductos pancreáticos
síndrome disabsortiva: esteatorreia, baixo ganho ponderal, deficiência de ADEK, desnutrição
qual o distúrbio ácido-básico mais comum em fibrose cística?
- alcalose metabólica hipoclorêmica: perda de cloro no suor
* hiponatremia: perde sódio junto com cloro
tto fibrose cística
- pulmão: ATB para exacerbação e colonização, azitromicina como imunomodulador, medidas de aumento de clearance mucociliar (nebulização, DNAse, fisioteraía), oxigenio, transplante
- pancreático: dieta hiper tudo, repor vitaminas ADEK, Creon (enzimas pancreáticas), Ursacol se doença hepática
- hidroeletrolítico: repor Na nos lactentes, hidratação oral
quais os ATB na infecção por Pseudomonas na fibrose cística?
se casa: cipro
se hospital: cefepime + amica, Tazocin + amica
o que é a síndrome do lactente sibilante?
- sibilância contínua por 1 mês
- >3 episódios de sibilância no último ano e tem menos de 2 anos de vida
como é o índice preditivo de asma?
critérios maiores: pais com asma, AP dermatite atópica
critérios menores: sibilância por desencadeantes não virais, rinite alérgica, eosinofilia periférica >4%
1 maior ou 2 menores: maior risco de asma aos 6 anos
Asma: o que é
doença inflamatória crônica
sibilos, dispneia, opressão torácica, tosse
limitação varíavel ao fluxo expiratório de resolução espontânea ou após medicação
Dx de asma
sintomas respiratórios + limitação variável de fluxo expiratório- espiormetria
fecha dx a partir dos 6 anos
quais achados clínicos sugestivos de asma?
- sintomas que pioram a noite desencadeados por infecções virais, exercício físico e exposição a alérgneos
- presença de outras atopias
quais os parâmetros na avaliação do controle clínico da asma?
nas últimas 4 semanas
- frequencia de sintomas diurnos: controlado <2x/sem
- presença de sintomas noturnos: nenhuma
- limitação das atividades físicas: nenuma
- frequência do uso de B2 de curta: controlado <2x/sem
será não controlada se >3 critérios de asma parcialmente controlada
como avaliar risco de eventos adversos na asma?
- história de >1 exacerbação grave no último ano
- má aderência ao tto
- técnica inalatória incorreta
- tabagismo
- uso excessico do b2-curta
qual o principal medicamento de manutenção da asma na pediatria?
corticoide inalatório
como se faz o tto da asma (ambulatoria)?
Step 1: resgate com b2 de curta, controle ambiental
Step 2: CI baixa dose ou antileucotrieno
Step 3: CI média / alta dose ou CI baixa dose + b2-longa ou CI baixa dose + antileucotrieno
Step 4: CI média/alta dose + b2-longa ou CI média/alta dose + antileucotrieno ou tiotrópio
em quem fazer tto só de resgate?
sintomas ocasionais diurnos (<2x/mês) de curta duração, sem despertar noturno e função pulmonar normal
tto crise asmática
- leve: 3 ciclos de b2-curta 20/20 min
- grave: b2-curta + ipatrópio + prednisona VO (EV se não tomar)
internar se SatO2 <92%
se não melhorou com os ciclos:
sulfato de magnésio
quando fazer rx de tórax na crise de asma?
se ausência de resposta ao tto
qual a primeira manifestação atópica?
dermatite atópica
qual a ordem da marcha atópica?
- dermatite atópica: pode ter alergia alimentar que melhora até 1a
sensibilização a aeroalérgeno
sibilância recorrente - rinite
como investigar atopia?
eosinofilia periférica
elevação de IgE sérica total
teste cutâneo: prick test
IgE sérica específica
dermatite atópica: característica de pele
doença inflamatória cutânea crônica
eczema
- agudo: eritema mal definido com prurido e edema, vesículas e crotas
- crônico: eritema bem definido, descamativo com liquenificação
geralmente começa no 1º ano de vida e some
colonização por S. aureus (mesmo na pele normal): desencadeiam crises de exacerbação
fisiopatogenia: dermatite atópica
disfunção da berreira cutânea
desregulação imunológica com predomínio Th2
quais os fatores desencadeantes de crises de dermatite atópica
- s. aureus
- malassezia
- alérgenos alimentares
- aerolaérgenos
- fatores emocionais
qual o principal sintoma da dermatite atópica?
prurido
distribuição do eczema da dermatite atópica
- lactentes: face e superfície extensora dos membros
características agudas - pré-puberal: superfície flexora
espessamento, escurecimento, acentuação das flexuras - adulto: mãos, periorbital, flexuras
liquenificadas
tto dermatite atópica
hidratação da pele, evitar fatores agressores e controle de desencadeantes
controle da inflamação: corticóides tópicos
JAMAIS corticoide sistêmico ou corticóide tópico muito forte em grande área
tacrolimus
controle do prurido: anti-histamínicos sedativos
rinite alérgica
inflamação ou disfunção da mucosa nasal
reação de hipersensibilidade
sintomas de rinite
- espirros em salvas
- prurido nasal
- coriza nasal clara
- obstrução nasal
fenótipo da rinite
- prega de Dennie- Morgan
- saudação alérgica: prega nasal horizontal
- olheiras
quais os prinicpais desencadeantes da rinite?
- aéroalérgenos: dermatofitoides
- mudanças bruscas do tempo
- inalação de irritantes
doenças associadas a rinite
- asma
- conjuntivite alérgica
- rinossinusite aguda e crônica
- otite média com efusão
- alterações craniofaciais: face alongada
- apneia e hipopneia obstrutiva do sono
tto rinite
- controle ambiental
- anti-histamínicos orais
- corticoides nasais
- descongestionantes nasais: >6a e só na crise aguda
- imunoterapia alérgeno específica
- tto da inflamação nasal da rinite pode reduzir broncoespasmo e exacerbações de asma
quando classificar rinite como persistente?
> 4 crises por semanas em >4 semanas