Nefropatia lúpica Flashcards
Padrão de depósito dos autoanticorpos do lúpus no rim.
Imunocomplexos in situ.
Classificação da nefrite lúpica segundo a OMS.
I - Mesangial mínima II - Proliferativa mesangial III - Proliferativa focal IV - Proliferativa difusa V - Membranosa VI - GN esclerosante avançada
Explique a nefrite lúpica classe I e II.
I - MO normal, alguns depósitos imunes à IF. Não é indicado biópsia.
II - Expansão da matriz mesangial, discreta proteinúria e hematúria.
Depósitos e hipercelularidade restritos ao mesângio e função renal preservada.
Diferencie as nefrites lúpicas classe III e IV.
III - infiltração de células endoteliais, mesangiais, PMN e MN no endotélio. Depósitos difusos de Ig e C à IF no capilar e mesângio e depósitos eletrodensos subepiteliais e na matriz mesangial.
IV - também há depósito de Ig e C, além do C5b-C9 (complexo de ataque à membrana). Os depósitos eletrodensos formam várias curvas paralelas, sendo chamados de finger prints (curvas paralelas). Os depósitos subepiteliais adiquirem formato de alça de arame. As células endoteliais e o próprio endotélio ficam repletos de inclusões túbuloreticulares (inespecífico do LES).
Fale sobre as classes V e VI da nefrite lúpica.
V - função renal ainda preservada, SNo, espessamento da MBG e formação de espículas.
VI - estágio em que a lesão já sofreu esclerose e está cicatrizada. mais de 90% dos glomérulos correspondem à IRC.
Quais são outras formas de acometimento renal no lúpus?
Nefrite intersticial (EAS normal, pode ter disfunção tubular - acidose tubular; hipo/hiperpotassemia) e Vasculopatias (vasculites, microangiopatia).
Tipos de síndrome que o lúpus está enquadrado e quais imunomarcadores podemos evidenciar?
Nefrítica, Nefrótica e Ni-No. FAN, anti-DNAds e complemento consumido (exceto na classe V)
Quais são as formas mais graves da classificação da OMS? qual, dentre essas, é a mais comum? É possível a mudança de uma classe para outra?
Classe III e IV. IV. Sim.
Como está a proteinúria e os imunomarcadores nas classes I e II da nefrite lúpica?
Subnefrótica, não ultrapassa 1g/dia. Anti-DNAds aumentado, C consumido.
Em qual classe as alterações clínicas são mais evidentes? quais são essas alterações?
Classe III. Hematúria e cilindros hemáticos (50%) e proteinúria (nefrótica em 30% dos casos), HAS, sorologia + (anti-DNAds e FAN) no momento da biópsia.
Qual é a classe mais ativa e grave? Como é a clínica?
Classe IV. Sedimento urinário alterado (75%) e proteinúria nefrótica (>50%), IR moderada.
Quadro clínico habitual da nefropatia lúpica membranosa.
Síndrome nefrótica com função renal preservada (biópsia - podocitopatia: ausência de depósitos imunes -> fusão de podócitos) . Associa-se à trombose da artéria renal (devido à SNo ou defeitos da coagulação da doença de base - anti-antifosfolipídicos)
V ou F - Em geral, a nefrite lúpica representa uma doença de evolução em longo prazo, caracterizada por episódios de recidivas e períodos de remissão.
V.
Tratamento da nefropatia lúpica proliferativa mesangial e quais pacientes terão melhor prognóstico à longo prazo.
Tratamento de suporte para as manifestações extrarrenais - corticoide em baixas doses, salicilatos ou antimaláricos. Proteinúria < 1 g e creatinina sérica normal.
Tratamento da nefrite lúpica membranosa.
Baixas doses de prednisona (0,5-1 mg) por 8 semanas. Se baixa resposta/permanência de sintomatologia de SNo, adicionar pulsos intravenosos mensais de ciclofosfamida por 3-6 meses.