Mini teste 2 Flashcards
Entubação Endotraqueal
Material Necessário
- Tubos endotraqueais
- Laringoscópio
Tubo Endotraqueal
Tipos
- Maggil (borracha ou PVC)
- Murphy (PVC ou silicone)
- Cole
Tubo Endotraqueal
Maggil (borracha ou PVC)
Caracteriza-se por possuir um “cuff”, que quando insuflado produz oclusão do espaço existente entre a mucosa traqueal e o tubo
Tubo Endotraqueal
Murphy (PVC ou silicone)
Possui uma abertura numas das extremidades, chamada de “olho de murphy” que permite a passagem de gases no caso de obstrução da abertura do tubo
* (ex: secreções das vias aéreas)
Constituintes:
* Válvula de insuflação
* Balão reservatório
* Ligação ao circuito anestésico
* “Cuff”
* Olho de Murphy
Tubo Endotraqueal
Cole
Tubo rígido muito resistente que não possui “cuff”
Devem ser selecionados de acordo com o diâmetro da laringe do animal, para promover a oclusão adequada das vias aéreas
Tubo Endotraqueal
Diâmetro
Estão disponíveis em diâmetros variáveis
A unidade de medida é o mm
A escolha do tubo depende da espécie animal e do peso
Tubo de > diâmetro que passe facilmente através da porção mais estreita das vias aéreas
Tubo Endotraqueal
Comprimento
Deve medir-se o tubo desde a ponto do focinho (incisivos) até à entrada do tórax (altura da sexta vértebra cervical)
Pode ser cortado se necessário
Laringoscópio
Espéculo metálico ou plástico
* c/ iluminação para facilitar a visualização da laringe
Podem ter lâminas retas ou curvas e comprimento variável
* Lâminas numeradas de 0 a 5
* Wisconsin (retas)/Macintosh (curvas)
É possível visualizar as cartilagens aritenoides e observar as condições de entubação
* visualização de tumores
* edema
* hemorragia
* outras alterações q possam dificultar a entubação
Uso é
* Obrigatório: felinos e suínos
* Não se usa: bovinos e equino
Entubação no Cão
- Selecionar o diâmetro e o comprimento do tubo
- Avaliar a integridade do tubo
- Decúbito: lateral/esternal (raramente dorsal)
- Ajudante segura no maxilar superior e estende a cabeça e pescoço
- Anestesista traciona a língua, posiciona o laringoscópio na base da língua e visualiza das cartilagens aritenoides e a integridade da laringe
- Introduz o tubo endotraqueal através das cartilagens aritenoides e cordas vocais até que o conetor plástico na extremidade oposta alcance os incisivos dos animal
- Insuflar “cuff” (máx 35 mmHg)
- Fixar o tubo ao maxilar superior ou inferior, ou entre orelhas com uma ligadura
- Ligar o animal ao circuito anestésico
Entubação no Cão
Do and Don’t
Nunca introduzir um tubo de forma cega: Acabará por ser introduzido no esófago e não na traqueia
Entubação Correta: Visualização do tubo à medida que ele entra na laringe
Entubação no Cão
Recuperação da Anestesia
- Preparação para extubar
- Desapertar fio
- Desinsuflar “Cuff”
- Esperar que animal tenha reflexos
- Extubar antes que animal morda o tubo
Entubação no Gato
São mais difíceis de entubar que os cães
* Devido ao reduzido tamanho das estruturas
* Apresentam reflexo laríngeo mais intenso que os caninos
É recomendado a instilação de lidocaína na glote após a indução da anestesia e antes da entubação
* Lidocaína para prevenção do laringoespasmo (esperar 30-60 s)
* Técnica semelhante à descrita para os cães
Entubação nos Suínos
- Entre as espécies mais difíceis de entubar
- Devem ser colocados em decúbito dorsal
- Preciso um laringoescópio c/ lâmina reta e longa (nº5)
- Como possuem um divertículo laríngeo – após a entrada c/ tubo endotraqueal na glote – este deve ser rodado 180º, depois avançado na traqueia
- Laringe deve ser instilada c/ lidocaína
- O uso de um estilete dentro do tubo endotraqueal facilita a entubação
Entubação nos Equinos
Realizada c/ facilidade após a indução da anestesia e o posicionamento do animal em decúbito lateral
Lavar a cavidade oral antes da passagem do tubo para evitar que restos de alimento não sejam introduzidos na traqueia
Tubo deve ser lubrificado com gel ou água
* Evitar géis de anestésicos locais – podem produzir relaxamento exagerado do palato e das cartilagens aritneóides durante a recuperação e causar obstrução das vias aéreas superiores
O tubo endotraqueal é introduzida até à região das aritenoides e rodado 180º para permitir a introdução mais fácil na traqueia
Entubação nos Bovinos
Auxiliada com uma das mãos que, após ser introduzida na cavidade oral, deve localizar a epiglote e direcionar o tubo endotraqueal para a traqueia
Entubação nos Coelhos
Entubação
* Cega
* Visualização direta da laringe (laringoscópio ou otoscópio)
Tubos endotraqueais
* s/ “cuff” – para animais com menos de 600g
* c/ “cuff” – coelhos > 5 kg
Entubação Endotraqueal
Vantagens
- Previne a aspiração de material estranho (saliva, conteúdo gástrica,…)
- Permite a realização de ventilação pulmonar assistida
- Permite economizar gases anestésicos e uma < poluição atmosférica
Entubação Endotraqueal
Desvantagens
Se o diâmetro do tubo endotraqueal é pequeno demais em relação ao animal
* ↑ da resistência à respiração - hipoventilação
Se o “cuff” está demasiado insuflado ou durante muito tempo
* Necrose da traqueia
* Mais tarde o animal vai apresentar sinais de traqueíte
Se tubo é muito longo
* Pode ser entubado um brônquio principal
* Um pulmão irá colapsar
* Pode-se desenvolver cianose
* Animal pode acordar
Tubo endotraqueal pode provocar obstrução das vias aéreas
* Tubo pode-se dobrar
* O “cuff” está demasiado insuflado e esmaga o lúmen do tubo
* Tubo mal limpo depois de uma anestesia (muco e secreções secas acumulam-se no interior do tubo)
Trauma da Laringe e Traqueia
* Pode produzir laringite/traqueíte
* O trauma da laringe pode predispor o animal ao laringoespamo ou formação de granulomas
Transferência de Infeções
Anestesia Local e Regional
Definição
- Perda reversível da sensibilidade numa região corporal limitada, c/ efeitos mínimos no resto do corpo através da aplicação local de soluções anestésicas
- O efeito pode ser conseguido após administração local do agente ou através da injeção perineural em troncos nervosos principais
Anestesia Local e Regional
Precauções essenciais
- Uso de soluções, seringas e agulhas esterilizadas
- Boa antissepsia no local da injeção
- Evitar a injeção intravascular acidental
Anestesia Local e Regional
Agentes Anestésicos
- inibem os processos de excitação e condução nos nervos periféricos
- inibem a geração e condução de impulsos através do bloqueio da permeabilidade dos canais de sódio da membrana das células nervosas
- interferem c/ os processos que geram o potencial de ação
- Um bloqueio total dos impulsos nervosos, em fibras nervosas de constituição idêntica, requer uma dose de anestésico local que é proporcional ao diâmetro do tronco nervoso
Anestesia Local e Regional
A ação do anestésico local ocorre:
- Nas Fibras amielínicas - ao longo de toda a superfície da membrana axonal
- Nas Fibras mielínicas - unicamente nos nós de Ranvier
- Por este motivo é necessário mais anestésico para conseguir idêntico grau de bloqueio nas fibras mielínicas
Anestesia Local e Regional
Classificação das Anestesias Locais
(ordem crescente)
1. Anestesia Tópica
2. Anestesia Infiltrativa Superficial
* Intradérmica
* Subcutânea
3. Anestesia Infiltrativa Profunda
* De Campo
* Em L Invertido
4. Anestesia Regional
a. Perineural
1. Troncular
2. Paravertebral
* Proximal – Técnica de Farquharson
* Distas – Técnica de Magda
b. Epidural
c. Endovenosa
5. Anestesia Intra-articular
Vantagem da Anestesia Regional relativamente à anestesia infiltrativa profunda?
- O anestésico exerce a sua ação longe da ferida cirurgica, logo não interfere com os fenómenos de cicatrização
- < dose de anestésico local por unidade de volume corporal anestesiada
- Possibilidade de prolongar a incisão cirúrgica sem necessidade de um novo bloqueio anestésico
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Nestes a simplicidade e segurança das técnicas modernas de anestesia geral, fazem com que a anestesia/analgesia loco-regional se aplique só ocasional/ e para procedimentos de cirurgia menor
São contudo de grande utilidade quando não possuímos tecnologia para realizar anestesias gerais ou quando a condição do paciente ou o processo de que padece, contrariam o seu uso
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia de Superfície
É realizada através da colocação do anestésico local na superfície corporal ou em contacto direto com as mucosas existentes no organismo
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia por infiltração
- Consiste em injetar o anestésico local intradérmico e/ou subcutâneo junto da área em que vamos trabalhar.
- Pode-se fazer por pontos ou por linhas
- Não se deve infiltrar tecidos inflamados ou infetados
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia de Campo
Forma de anestesia que tem como objetivo delimitar uma região por “paredes” de anestésico, de forma a que se possa trabalhar nessa área
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia Endovenosa Parcial
- Feita pela colocação de anestésico numa veia periférica de um membro, no qual foi colocado previamente um garrote
- Membro deve ser previamente ligado de forma a ↓ o volume sg local
- Após a punção, deve-se deixar sair o volume de sg igual ao volume anestésico a ser injetado
- Após a administração o anestésico difunde-se para todo o membro distal ao garrote – aproveitando a rede vascular periférica
- O garrote pode ser mantido até 1 hora – altura em que se liberta gradual/ de forma a permitir uma entrada gradual do anestésico e dos metabolitos tóxicos em circulação
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia Troncular
- No cão, os bloqueios nervosos tronculares são feitos principalmente nalguns nervos existentes na cabeça
- Usual/ para realização de intervenções oculares e dentárias.
- Realizados através da colocação perineural de uma peq quantidade de anestésico local – q impede a condução do impulso nervoso
- Principais nervos a ser dessensibilizados são:
- Nervo mandibular
- Nervo mentoniano
- Nervo maxilar
- Nervo infraorbitário
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Bloqueio do plexo braquial
- O bloqueio do plexo braquial é uma técnica frequentemente usada em cães
- Deposição do agente anestésico medial/ à articulação escapulo-umeral: local de passagem dos nervos
* radial
* ulnar
* mediano
* musculocutâneo
* axilar - Permite uma anestesia de cerca de 2 h c/ efeito máximo ao fim de 10 min
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia Epidural
- Realizada através da colocação de anestésico local no espaço epidural, de forma a bloquear as raízes nervosas que emergem da coluna vertebral
- No cão a medula espinal termina a nível da L6, por isso é seguro fazer a anestesia no espaço lombosagrado
Anestesia Local e Regional
Cão e Gato
Anestesia Epidural: Metodologia
- Inserir uma agulha espinal no espaço lombosagrado c/ ângulo de 90% c/ o plano horizontal. Movimentar a agulha
pressionando até atingir o chão do canal vertebral - Retirar a agulha 5mm e injetar anestésico (1 ml lidocaína/4,5kg)
- Se anestésico tiver de atingir T2 admin 1ml/3,4 kg
- Não deve haver resistência durante a injeção e não deve surgir nunca sg ao fazer o refluxo
- Permite anestesia até 120 min – efeito máximo aos 20 min
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia da Cabeça: Nervo Auriculopalpebral
- Quando anestesiado impede a contração voluntária das pálpebras s/ perda da sensibilidade
- Usado normal/ para permitir tx no olho e impedir espasmos palpebrais
- Pode ser dessensibilizado a nível do ponto mais dorsal da arcada zigomática (5 ml de lidocaína)
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia da Cabeça: Nervo Supraorbital/Frontal
- Quando anestesiado permite dessensibilizar parte da pálpebra superior e parte da região rostral da cabeça (sobre osso frontal)
- A técnica é realizada cerca de 1 cm dentro do forâmen supraorbital do osso frontal (2 ml de lidocaína)
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia da Cabeça: Nervo Infraorbitário
- Quando anestesiado permite a analgesia do lábio superior e região nasal (externa)
- O seu bloqueio realiza-se quando este emerge do forâmen infraorbitário (5 ml lidocaína)
- Se a agulha for inserida dentro do forâmen, pelo menos 3,5 cm, a injeção permite dessensibilizar ramos rostrais do Nervo Maxilar – permitindo a extração dos dentes até ao 1º molar
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia da Cabeça: Nervo Mentoniano
- Quando anestesiado permite a analgesia do lábio inferior
- O seu bloqueio realiza-se quando este emerge do forâmen mentoniano (5 ml lidocaína)
- Se a agulha for inserida dentro do foramem, em direção ventro-medial a injeção (10 ml lidocaína) permite sensibilizar ramos do Nervo alveolar mandibular – permite a extração dos dentes até ao 3º prémolar
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia Distal dos membros
(diagnóstico claudicações)
Realizada através de anestesia intraarticular
* Em cada uma das articulações suspeitas
Se 10 min após a administração o animal não claudicar
* Então na articulação anestesiada existe alguma situação patológica responsável pela dor
Realizar uma antiassépsia rigorosa
* E antes da injeção anestésica deve ser removido igual volume de líquido sinovial
A punção realiza-se após flexão total da articulação
A anestesia dos nervos digitais
* Permite o dx da claudicação por bloqueio seletivo da sensibilidade de distal para proximal
* Atuando em cada um dos ramos mais distais dos nervos periféricos dos membros
Deve ser realizada em 1º lugar
* Nas terminações distais e após cada administração torna-se necessário realizar uma pausa de 10-15 min – de forma a poder-se observar se a claudicação persiste
A técnica consiste na administração subcutânea de 2-3 ml de lidocaína no local exato de passagem de cada um dos nervos a bloquear
Quanto < for a experiência e os conhecimentos anatómicos
* > o volume de anestésico deve ser administrado de forma a permitir a difusão do agente até ao nervo em questão
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia Distal dos membros
No membro anterior dessensibiliza-se:
- N palmar digital superficial – ramo anterior (lateral e medial)
- N palmar digital superficial – ramo posterior (lateral e medial)
- N abaxial sesamoide – (lateral e medial)
- N palmar – (lateral e medial)
- N palmar metacarpiano – (lateral e medial)
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia Distal dos membros
No membro posterior dessensibiliza-se:
- N plantar digital superficial – ramo anterior (lateral e medial)
- N plantar digital superficial – ramo posterior (lateral e medial)
- N abaxial sesamoide – (lateral e medial)
- N plantar – (lateral e medial)
- N plantar metatarsiano – (lateral e medial)
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia para Laparotomia
Em equinos a laparotomia pode em certos casos dispensar a anestesia geral podendo ser realizada uma anestesia local ou regional em conjunto c/ sedação e contenção apropriado
Anestesia Local e Regional
Equino
Anestesia local infiltrativa
- É a técnica mais simples
- Consiste na infiltração em linhas em redor da zona onde se pretende realizar a incisão
- Para um cavalo de 500 kg, a dose máx será de 6 g de lidocaína (300 ml lidocaína)
- Pode atrasar a cicatrização local e é mais dispendiosa