Mini teste 1 Flashcards
Métodos de Contenção: Porquê fazer a Contenção?
- Exame Clínico
- Cirurgia
- Transporte
- Maneio
- Segura para o animal e para a pessoa que os realiza
Formas de Defesa dos Animais
- Dentes
- Bico
- Garras
- Cabeça
- Cornos
- Patas
Perigo das manobras de Contenção para os Animais
- Estrangulamento
- Queda
- Auto traumatismo
Formas de Contenção: Em grupo vs animais isolados
Em Grupo:
* Está dependente do estado gregário dos animais
* Faz-se em rebanhos que são guiados para corredores estreitos, por onde passa um animal de cada vez
Animais Isolados:
Métodos Físico/Mecânicos
* Simples ou Suaves
* Rudes ou Violentos
Métodos Químicos
* Sedativos, tranquilizantes, hipnóticos, relaxantes musculares, anestésicos
Métodos Associados
Contenção de Cães
Físicos:
* Laço contensor
* Pinça de captura
* Aplicação de laços e açaime
* Imobilização da cabeça
* Abertura e contenção da a boca
Químico:
* Cloridrato de Medetomidina
Contenção de Gatos
Física:
* Aplicação do Laço
* Cobertura para minimizar stress
* Contenção sobre a mesa
Química:
* Cloridrato de Medetomidina
Conteção do cavalo
Físico:
* Contenção da cabeça: aziar, cabresto, cabresto de forças, cabeçada
* Contenção do membro anterior: peia
* Conteção do membro posterior
* Derrube por aproximação
* Derrube por mesa hidraulica
Químico:
* Cloridrato de detomidina
Conteção de ovinos
- Imobilizador de ovinos
- Bordão de pastor
- Conteção da cabeça
- Derrube
Contenção de bovinos
Físico:
* Conteção pelas narinas
* Tronco de contenção
* Contenção da cabeça: cabresto e cabeçada, cabeçada e arganel ou com arganel
* Contenção do membro anterior
* Contenção do membro posterior: Elevação com um bastão, método de Hess, garrote de cauda, garrote de toráx, pega pela prega do flanco, fixador de flanco, aplicação de garrote na perna, corrente à prova de coice, pinça de Schell/Bron no tendão de Aquiles, Grampo bilateral na prega do flanco, Pega combinada de caude e da prega do flanco
* Derrube de Bovinos: Método de Szabo, Método de Hertwing, Método de Jong
Químico:
* Xilazina
Equipamento Anestésico: Fonte de Gases
Para administrar o agente anestésico usam-se gases que servem de veículo. Os mais comuns são:
- Oxigénio
- protóxido de azoto
- ar medicinal
Equipamento Anestésico: Fonte de Gases
Armazenam-se em garrafas de alta ou baixa pressão?
Alta pressão - Preciso aparelho que reduza a P antes dos gases serem administrados ao pacientes – Manorredutores
Equipamento Anestésico: Fonte de Gases
Tipos de Manorredutores
- Pressão de Saída Fixa: limitam a P de saída a cerca de 3-5 bar e possuem só um mostrador
-
Pressão de Saída Variável: pode-se regular a P de saída e possuem dois manómetros:
* Um indica a quantidade de gás na garrafa (o mais próximo da garrafa)
* Outro indica a P de saída (o mais distante da garrafa)
Oxigénio Medicinal
- É o gás mais usado como veículo nas máquinas de anestesia inalatória
- É armazenado numa garrafa com pressão de 200 bar
- Deve circular no aparelho de anestesia a cerca de 3-5 bar
- Pressão certa depende do tipo de aparelho que se usa e pode variar com marca
Equipamento Anestésico: Debitómetro ou Fluxómetro
- Permite controlar o volume de gases frescos que administramos ao paciente por minuto
- Externamente apresentam diâmetro uniforme
- Internamente têm uma forma cónica
* Mais estreita na parte inferior
* Mais larga na parte superior
Tipos de Fluxómetro
- Êmbolo tipo esfera: fluxo mede-se pela parte média da esfera
- Êmbolo tipo pião/bobine: fluxo mede-se pela parte superior da bobine
Volume Tidal
- Volume de ar que o paciente movimenta em cada ciclo respiratório (inspiração e expiração)
- Calculado multiplicando o peso do paciente por uma constante entre 10 e 20 – uma vez que um paciente mobiliza entre 10 a 20 ml de ar por kg de peso vivo
Volume por minuto
- Volume de ar que o paciente movimenta durante um minuto
- Calcula-se multiplicando o Volume Tidal pela frequência respiratória
Equipamento Anestésico: Vaporizador
Aparelhos onde se produz a passagem volatilização ou evaporação dos agentes anestésicos inalatórios, que depois são arrastados pelos gases veiculantes
Posição que o vaporizador ocupa máquina anestésica condiciona outra classificação:
* Dentro do Circuito: encontram-se englobados no circuito anestésico
* Fora do Circuito: posicionam-se antes do circuito anestésico
Vaporizador Não Calibrado vs Calibrado
Não Calibrado:
* Podem ser de copo ou mecha e não são específicos para um determinado agente anestésico
* Não permite controlar a quantidade de anestésico que é administrado ao paciente
Calibrado:
* específicos para cada agente anestésico
* são produzidos para aguentarem diferentes graus de T e P sem alterarem significativamente a quantidade de gás vaporizado
* Permite um controlo perfeito da quantidade de anestésicos que são administrados ao paciente
* São mais caros que os não calibrados
Equipamento Anestésico: Circuito de Anestesia
Componente que liga a máquina anestésica ao paciente
* E que deve ser adequado ao tamanho do paciente
Todos os circuitos apresentam um balão que tem a função de:
* Expansão do volume do próprio circuito – assegurando um volume estável
* Evitar excessos de pressão
* Funcionar como um reservatório de gases
* Permitir a monitorização e a VPPI
Tipos de Circuitos de Anestesia
Circuitos Abertos
* Paciente é colocado em contacto com gases anestésicos misturados com o ar ambiente (câmaras de anestesia)
Circuitos Semi-abertos
* A eliminação de CO₂ faz-se por um excesso de gases frescos
Circuitos Semi-fechados e fechados
* Existe um sistema de eliminação do CO₂, o canister com cal sodada (Vai e vem, circular), que permite a reinalação do ar expirado
* Perdas de calor e água são menores
* A diferença entre funcionar fechado ou semi-fechado faz-se quando se usa um volume de gases frescos igual ou ligeira/ acima do volume tidal do paciente – permite (no fechado) ter a válvula respiratória fechada
Circuito de Anestesia – Circuito Circular
O que possui?
- Canister c/ cal sodada – q retém o CO₂ do ar expirado
- Válvulas unidirecionais
- impedem a mistura de gases frescos e expirados
- Promovem a circulação do ar num só sentido – formando um circuito fechado
- impedem a mistura de gases frescos e expirados
- Balão reservatório
- Válvula expiratória
Circuito de Anestesia – Circuito Circular
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
* Mais versátil – permite anestesiar paciente com peso corporal acima dos 10-20 kg
* Mais económico – permite trabalhar c/ um volume de gases frescos igual ou ligeira/ superior ao volume tidal do animal
* Desperdiça o mínimo de gases frescos
* Menos poluente – elimina/reduz ao mínimo os gases enviados para o meio ambiente – consoante funcione fechado ou semi-fechado
Desvantagens
* Possui o > espaço morto
* Oferece a > resistência à respiração do paciente
* Por isso é preciso ter tubos e canisteres de vv diâmetros para se poder cobrir todos os pacientes do intervalo de pesos
Circuito de Anestesia – Circuito Vai e Vem
O que possui?
- Canister c/ cal sodada – q retém o CO₂ do ar expirado
- Peça por onde entram os gases frescos perto do paciente
- Balão reservatório
- Válvula expiratória
Circuito de Anestesia – Circuito Vai e Vem
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
* Permite anestesiar pacientes c/ peso corporal entre os 10-20 kg
* Mais económico – permite trabalhar c/ um volume de gases frescos igual ou ligeira/ superior ao volume tidal do animal
* Desperdiça o mínimo de gases frescos
* Menos poluente – elimina/reduz ao mínimo os gases enviados para o meio ambiente – consoante funcione fechado ou semifechado
Desvantagens
* Possui um espaço morto razoável
* Oferece mt resistência à respiração do paciente
* Por isso só deve ser usado em paciente de 10-20 kg
Circuito de Anestesia – Magill
O que possui?
- Tubo corrugado
- Na extremidade q liga à máquina anestésica tem um balão reservatório
- Na extremidade q liga ao paciente possui válvula expiratória
Circuito de Anestesia – Magill
Desvantagens
Desvantagens
* Possui um espaço morto e oferece resistência à respiração do paciente > q o do T de Ayres
* Usado em pacientes de 3-10 kg
* Volume por minuto são altos
* Aproximadamente 2 a 2,5 vezes o volume minuto do paciente, o que o torna, ainda assim, um sistema dispendioso
Circuito de Anestesia – T de Ayres
O que possui?
- Uma peça em T perto do paciente – onde entram os gases frescos
- Balão reservatório – que é completamente aberto para o exterior
- Válvula expiratória
Circuito de Anestesia – T de Ayres
Desvantagens
- Possui um espaço morto extremamente reduzido
- Oferece a < resistência à respiração do paciente – por isso só se pode usar em paciente até 3-5 kg
- Volume por minuto são altos
- Aproximada/ 3 a 4 vezes o volume minuto do paciente
- Proporcional/ é o sistema mais dispendioso de todos
- Limita o seu uso em pacientes de < peso
Circuito de Anestesia – Bain
O que possui?
- Tubo por onde circulam os gases frescos e agente anestésico
- Este está colocado no interior dum tubo corrugado por onde saem os gases expirados – sendo um circuito coaxial
- Na extremidade q liga à máquina anestésica tem:
- um balão reservatório
- Válvula expiratória
Circuito de Anestesia – Bain
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
* Circuito coaxial
* Gases frescos são aquecidos pelos expirados
* Saída dos gases frescos é imediatamente antes da ligação ao paciente
* Há assim mistura de gases frescos com expirados
* Volumes por minuto mais baixo
* Aproximada/ 1,5 vezes o volume minuto do paciente
* O que o torna um sistema menos dispendioso – só é possível pq há separação de gases frescos e gases expirados
Desvantagens
* Possui um espaço morto e oferece resistência à respiração do paciente semelhante ao circuito Magill
* Usado em pacientes de 5-15 kg
Equipamento Anestésico: Máscaras
- Servem para conectar o circuito anestésico ao paciente s/ ter q o entubar
Desvantagem:
* Não se consegue adaptar perfeitamente ao focinho do animal – o que leva a grandes perdas de gases
Equipamento Anestésico: Laringoscópios
Facilitam a observação do pós-boca do animal, nomeada/ a laringe – facilitando a entubação
- Laringoscópio de Lâmina Curta – fazem a abertura da epiglote por tração na base da língua
- Laringoscópio de Lâmina Reta – fazem a abertura da epiglote por abaixamento da sua ponta
(Ambos c/ fonte de luz para iluminar)
Equipamento Anestésico: Tubos Endotraqueais
Colocam-se no interior da traqueia e conetam a máquina anestésica ao ambiente
Tubos c/ Cuff:
* Cuff de alto volume e baixa pressão
* Cuff de baixo volume e alta pressão
Tubos s/ Cuff
Todos os tubos podem ser usados c/ guias – para os tornar retos e assim facilitar a entubação de alguns animais mais dificeis
- Diâmetro do tubo a colocar no paciente deve ser o > para q passe justo na laringe – mas s/ forçar a sua passagem
- Assim reduz-se ao mínimo a constrição das vias aéreas
Entubação
Vantagens e Desvantagens
Vantagens:
* Previne obstruções
* Aspirações
* Permite a realização de VPPI
* Reduz espaço morto
* Permite economizar gases
Desvantagens:
* Pode provocar laringites
* Traqueites
* Edema
* Aumento da resistência
* Obstrução por dobrar
* Encubação do esófago ou brônquio
* Laringoespasmos
* Pneumonia por aspirações
* Falta de esterilização
* Enchimento excessivo ou rutura do cuff
Monitorização da Anestesia
O que monitorizar?
Em contínuo
* Profundidade anestésica
* Funções cardiovasculares
* Funções respiratórias
* Temperatura
Em Casos Especiais
* Débito urinário (animais c/ problemas renais)
* Ionograma Sérico (níveis de Na, Cl, K são modificados em alterações GI)
* Níveis de glicémia (animais diabéticos)
* Níveis de relaxamento muscular (quando se usam bloqueadores neuromusculares)
Monitores de Anestesia vs Anestesistas
Monitores são uma grande ajuda mas nenhum monitor substitui o anestesista bem treinado e atento
Monitores mais comuns
- Respiratórios/Apneia
- Temperatura
- Monitores de Frequência cardíaca
- Pulsioxímetro
Monitores menos comuns
- Monitores de Pressão Arterial
- Doppler/oscilométrico
- Eletrocardiograma (ECG)
- Capnografia
Monitores Raros
- Pressão Arterial contínua/invasiva
- Eletroencefalograma (ECC)
- EMP
- CVP
Profundidade Anestésica:
Sistema Cardiovascular e Sistema Respiratório
- Ambos os sistemas são progressivamente deprimidos durante a anestesia
- Os métodos de monitorização destes sistemas devem ser continuamente empregues e não descuidados em favor de outros sinais de anestesia
- A evolução dos sinais e fases de anestesia dependem:
- Do fármaco usado
- Das diferenças entres espécies
- Efetuar uma monitorização manual imediatamente apos a indução:
- Deteta situações graves para a vida e permite tomar decisões rapidamente
- Conectar os outros monitores quando tudo parece que está tudo c/ a avaliação manual
- Nos casos críticos, deve-se conectar os monitores antes de induzir ou ter ajuda para ir conectando os monitores
Profundidade Anestésica:
Atividade Reflexa
São explorados os seguintes reflexos para determinar a profundidade anestésica:
* Palpebral
* Corneal
* Pupilar
* Laríngeo
* Lacrimal
* Anal
* Podal
Frequência Cardíaca
- Pode medir-se usando um estetoscópio ou eletrocardiógrafo
- Devem relacionar-se os valores medidos c/ a P Arterial
- Saber os limites para cada espécie
- Menos que 50 bpm – bradicardia (cães e gatos)
- Mais que 140 bpm (cães grandes), 180 bpm (cães pequenos) ou 240 bpm (gatos) – taquicardia
- Fora destes limites – proceder ao tx para corrigir a situação
Determinação do Pulso por palpação de vasos periféricos
Locais:
* Cão: A lingual e femoral
* Gato: A femoral
* Cavalo: A metatársica e facial
* Bovino: A femoral, medial e auricular
* Porco: A femoral, medial e auricular
Avaliar frequência e ritmo cardíaco não mede a P sg sendo apenas um indicador da Pressão do Pulso
Dificuldade:
* animais muito pequenos
* muito gordos
* quando a P está baixa
Frequência Cardíaca: Monitores de Frequência Cardíaca
Estetoscópio
* Comum
* Esofágico
Pulsioximetro
* Deteta alterações na transmissão da luz, através da língua que corresponde a alterações de pulso
Eletrocardiograma (ECG)
* Deteta a frequência cardíaca, arritmias…
* Alterações do traçado podem indicar hipoxia do miocárdio – não é consistente
* Alguns também medição direta a P sanguínea
* Muitos bons mas caros e tecnicamente mais complicados
A presença de ritmos anormais pode detetar-se por…
… Auscultação ou observação do eletrocardiograma (ECG)
A caracterização de uma arritmia requer a realização de …
… um ECG
Arritmias
- Bradicardias ou taquicardias sinusais
- Arritmias provocadas por focos ectópicos ventriculares, que induzem o aparecimento de VPC, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular
- Contrações atriais prematura (APC), bloqueios atrioventriculares e bloqueios de feixe de Hiss
Frequência Cardíaca - ECG
Problemas
- Interferência elétrica (eletrocoagulação)
- O sinal pode continuar mesmo quando o coração é ineficiente
- Curva anormal mesmo quando o trabalho cardíaco é normal
- Com as conexões
- Movimentos, arrepios e deficientes conexões
- Não indica o output cardíaco
- Não indica a origem dos problemas cardíacos (intrínseco/extrínseco)
Método prático de ECG intraoperatório
Sonda esofágica com dois cabos elétricos no seu interior q se conectam externamente aos elétrodos vermelho e amarelo do eletrocardiógrafo
Pressão Arterial
-
Pressão Arterial Sistólica – pressão máxima obtida no final da sístole
- Depende do volume de ejeção e da elasticidade da parede arterial
-
Pressão Arterial Diastólica – pressão mínima obtida no final da diástole
- Depende da circulação de retorno do sangue a nível dos capilares e sistema venoso e ainda do ritmo cardíaco
-
Pressão Arterial Média – PAM=PAD+(1/3) (PAS-PAD)
- É + importante fisiologicamente, pq representa a pressão média circulante – q determina a perfusão a nível coronário e cerebral
Valores normais das Pressões arteriais
Não variam com a espécie!
- PAM – 80-110 mmHg (durante anestesia devem ser sempre superiores a 60-70 mmHg)
- PAD – 70-90 mmHg
- PAS – 110-160 mmHg
Pode aparecer um pulso débil num animal normotenso?
Sim - se o ritmo cardíaco for rápido e o volume de ejeção for pequeno
Pode aparecer um bom pulso num animal hipotenso?
Sim - se onda pulsátil for estreita (como durante a reanimação cardio-pulmonar ou em animais c/ persistência do duto arterioso). Nestes casos a PAM está mais próxima da PAD
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Indireta ou Não Invasiva
Método Oscilométrico
- Baseia-se nas oscilações da agulha de um manómetro
- (aparelhos comerciais q insuflam e esvaziam automaticamente e medem PAS, PAD, PAM e FC)
- Leitura manual vs automática
- Tempo entre leituras
Locais onde é colocado o manguito para det P arterial
* Braquial
* Metacarpiana
* Metatarsiana Dorsal
* Metatarsiana Ventral
* Cubital
* Coccígea
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Indireta ou Não Invasiva
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
* Acordados ou anestesiados
* Não invasivos
* Menos dispendiosos
Desvantagens
* Podem não ser muito fiáveis
* Erro técnico muito comum
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Indireta ou Não Invasiva
Problemas
- Preciso 1 artéria suficientemente grande e superficial para que ondas do pulso possam ser determinadas
- Manguito demasiado apertado ou laxo
- Posição da extremidade
- Posição relativa do local de medição em relação à altura do coração
- Posição e tamanho do manguito em animais muito pequenos
- Correta colocação do manguito por cima da artéria
- Situações de vasoconstrição e pressões muito baixas
- Não revela a verdadeira pressão intra-arterial, o contorno da onda de pulso e o fluxo de sangue
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Direta ou Invasiva
- Permite uma medição contínua e mais exata
- Requer cateterização de uma artéria, por punção percutânea ou abordagem cx
- O cateter tem que ser conectado a um sistema especifico de medição
- Sendo o mais sensível uma manómetro anaeróide que não precisa de energia elétrica
- O cateter pode ser conectado a um transdutor q gera um sinal elétrico correspondente ao impulso mecânico produzido pela P sg
- Este é amplificado e visualizado num ecrã onde aparecem tb a PAS, PAD, PAM e FC
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Direta ou Invasiva
O que indica?
- Pressão intravascular do momento
- Pressão sistólica, diastólica e média
- Variações no ritmo
Pressão Arterial – Monitores de Pressão Arterial – Medição Direta ou Invasiva
Problemas
- Coagulação na cânula
- É preciso tempo para conectar o animal
- Equipamento é caro
- Não é prático para cx de rotina
- Pessoal qualificado
Perfusão periférica – Tempo de Repleção Capilar (TRC)
- Tempo que o sangue leva a repreencher os capilares após a sua compressão capilar deve ser menor a 2 s
- É determinado pelo tónus vasomotor arteriolar
- Pode estar aumentado por qq processo que aumente o tónus simpático e a vasoconstrição periférica
- Hipovolemia, choque hemorrágico, dor…
- O prolongamento não está relacionado com a hipotensão
- Uma paragem cardíaca num animal normovolémico – pode ter um TRC de 1-2 s
- Um choque hipovolémico profundo pode apresentar uma PAM de 40-60 mmHg e um TRC de 3-5 s
- Diferença reside na vasodilatação frente à vasoconstrição
Pressão Venosa Central
- Pressão interna da V Cava Cranial ou do Átrio Direito
- Indica a capacidade do coração para bombear o sg que lhe chega
- É tb afetada pelas alterações da P intra-pleural durante a ventilação espontânea (causa decréscimos rítmicos)
Pressão Venosa Central
Permite avaliar o coração direito em relação…
- retorno venoso
- às perdas sanguíneas
- eficiência da fluidoterapia
Pressão Venosa Central
Deve ser medida quando…
- Se suspeita de uma falha cardíaca
- Se espera que se produza uma alteração rápida no volume sg (eg. Hemorragia intra-operatória)
Pressão Venosa Central
Medida por:
Manómetro de água
- Valores normais: entre 0 e 5 cm de H₂O
- Valores altos: entre 15-20 cm de H₂O – implixa determinar a causa e corrigir
Pressão Venosa Central
Aumenta em situações de…
- Venoconstrição
- Vasoconstrição simpática
- Hipervolemia
- Inicio de falha cardíaca
Pressão Venosa Central
Diminui em situações de…
- Vasodilatação
- Hipovolémia
Pressão Venosa Central é afetada
por vv variáveis?
Sim - Assim antes da sua interpretação devem se correlacionar todas as medidas
* Ex: presença de PVC alta não contraindica administração de fluidos quando restantes parâmetros indicam hipovolémia
Pressão Venosa Central – Perdas Sanguíneas
O que provoca a anestesia?
↓ tolerância a perda sanguíneas
Saudáveis toleram mais ou menos a perda de volume sanguíneo do que Idosos, doentes, anémicos?
Saudáveis toleram até 20% perda de volume sanguíneo
Idosos, doentes, anémicos toleram até 10% de perdas
Uma queda repentina no volume de sg (devido a hemorragia grave ex.) resulta num —-a—- retorno venoso, —-b—- assim o volume sistólico. A atividade simpática —-c—- a FC, —-d—- o output cardíaco
a - baixo
b - decrescendo
c - aumenta
d - mantendo
Uma queda repentina no volume de sg (devido a hemorragia grave ex.) resulta num —-a—- retorno venoso, —-b—- assim o volume sistólico. A atividade simpática —-c—- a FC, —-d—- o output cardíaco
a - baixo
b - decrescendo
c - aumenta
d - mantendo
Sistema Respiratório - Monitorização Respiratória
- Oxigenação
- Ventilação
Sistema Respiratório - Durante a anestesia geral
- Existe depressão respiratória
- A PaO₂ tende a ser menor
- A PaCO₂ tende a ser superior
- VR/min diminui
Anestesia modifica a respiração de 3 formas
- Reduz resposta dos quimiorrecetores centrais sensíveis à subida de CO₂ - quanto > a profundidade anestésica, > a depressão dos recetores e > a acumulação de CO₂
- Provoca reduções do volume respiratório por minuto, por diminuição da frequência respiratória e/ou do Volume tidal
- Aumenta os desequilíbrios ventilação/perfusão
Frequência Respiratória
- Palpação ou visualização do balão respiratório ou dos movimentos torácicos
- Informa sobre
- Funcionalidade das vias aéreas
- Tipo de respiração e movimentos
Desvantagens da Frequência Respiratória
- Não permite avaliar a eficácia da distribuição das trocas gasosas
- A palpação do balão pode ↑ a P nos sistemas fechados e dificultar a circulação de retorno
- Só é efetuada uma observação intermitente e muitas vezes o animal está coberto por panos
Frequência respiratória - Métodos Sonoros
- Estetoscópio esofágico
- Monitor de Apneia – informa sobre FR e apneia
- Sonda – conectado entre o TE e o circuito
- Deteta a respiração por calor no ar expirado
- Pode ser um espaço morto muito grande para animais pequenos
Monitores Respiratórios ou de Apneia disponibiliza
- Ajuste de intervalos entre respirações antes de disparar o alarme
- Ajuste da sensibilidade (ganho)
- Pode ocorrer uma significativa depressão respiratória c/ uma frequência respiratória normal
- Devido à profundidade anestésica
Expirometria
Determina de forma contínua e imediata o Volume Tidal, a Frequência Respiratória e o VR/min
O VT normal:
* Entre 10-20 ml/Kg
O VR/min normal:
* Entre 150-250 ml/Kg/h
* Valores inferiores a 100 ml/Kg/h consideram-se inadequados e requerem suporte ventilatório
Gasometria
- Técnica invasiva q permite determinar:
* PaO₂
* PaCO₂
* pH
* Bicarbonato
* Equilíbrio ácido-base
* Excesso de base
* Iões - Avalia a eficiência ventilatória do animal
- Requer a cateterização de uma artéria
- Informação não é contínua
* Deve ser realizada a cada 20-30 min de anestesia - A recolha de sg deve ser efetuada em seringas heparinizadas
- Evitar a oxigenação da amostra e realizar a analise de imediato
Capnografia - características
- Informa sobre a concentração de CO₂ no ar expirado de forma contínua - EtCO₂
- EtCO₂ - pode expressar-se em mmHg ou % (Normal: 35-45 mmHg/3,9-5,2%)
- Permite extrapolar os níveis venosos da PaCO₂ de forma não invasiva
- É caro – e por isso não encontrado com muita frequência
Capnografia - Funcionamento
- Fase I: expiração espaço morto
-
Fase II: mistura do gás do espaço morto
e do gás alveolar - Fase III: gás alveolar (Et Tidal)
- Fase IV: inspiração
Capnografia - o que mede?
Mede a concentração final de CO₂ expirado:
* ↑ - hipoventilação, hipercapnia
* ↓ - hipocapnia ou hiperventilação
* Paragem cardíaca
* Intubação esofágica
* Fluxos inapropriados – re-inspiração de CO₂
* Apneia…
Capnografia - caso CO₂ inesperadamente baixo
- Paragem cardíaca
- Linha de amostragem descontínua ou quebrada
- Cuff esvaziado
- Volume tidal demasiado pequeno
Capnografia - Falha ao ler o zero da inspiração
- Grande espaço morto
- Cal Sodada esgotada
- Válvula expiratória aberta
- Respiração rápida e superficial
Capnografia - Inclinação Inspiratória ou Expiratória prolongada
- Tempo inspiratório lento
- Obstrução ou quebra na linha de amostragem
- Taxa de amostragem do gás muito lenta
- Esvaziamento em torno da conexão do circulo ou do tubo endotraqueal
Capnografia – Informação da Forma das Ondas
EtCO₂ > 45 mmHg - Hipoventilação:
* mt profundo
* Trauma do SNC
* Toxinas
* Problema do circuito anestésico ou ventilador (válvulas, cal sodada, fluxo inadequado)
EtCO₂ < 30 mmHg – Hiperventilação:
* Excesso de ventilação (iatrogénico)
* Problema no equipamento – fuga no circuito anestésico (eg)
Pulsioximetria - características
- Informa de forma imediata e contínua sobre a saturação parcial arterial de hemoglobina por O₂ e a FC
* Permite conhecer os níveis arteriais de O₂ de forma não invasiva- Informa sobre a onda de pulso
- Necessário para medir saturação em oxigénio
- Especialmente útil em animais predispostos para oxigenação insuficiente
- Uso de óxido nitroso
- Pneumonias
- Tumores pulmonares
- Bronquioscopias
- Fornece informação sobre a onda de pulso
- Funciona melhor na língua: pode tb ser colocada na orelha
Pulsioximetria - Funcionamento
- Foto-emissor – foto-detetor (deteta a diferença de absorvência em cada onde de pulso)
- A oxihemoglobina, hemoglobina reduzida, carboxihemaglobina e metahemoglobina absorvem diferentes comprimentos de onda
- Pulsioxímetros dão uma medida de saturação parcial – pq medem apenas dois comprimentos de onda (oxihemaglobina e hemoglobina reduzida)
Pulsioximetria - Interferências
- Vasoconstrição
- Hipotermia
- Pelos
- Pigmentos cutâneos
- Papilas gustativas cornificadas da língua dos gatos
- Luz da sala de cx
Sistema Respiratório – Cor das Membranas Mucosas
- Cianóticas
- Hipoxemia
- Ausência de cianose não indica necessariamente bo oxigenação
- Necessita > 5g/dl hemoglobina desoxigenada para aparecerem cianóticas
- Luz: subjetivo
Temperatura
- Anestesia geral ↓ a capacidade termorreguladora do animal
- A hipotermia é uma das principais causas do
- ↑ da morbilidade e mortalidade em pequenos animais
- Causando um ↑ do tempo de recuperação anestésica – podendo aparecer vasoconstrição e tremores
- Deve ser monitorizada frequente/
- Leitura contínua usando uma sonda
Temperatura - Temperatura de medição
- Retal
- Esofágica
* Os termómetros esofágicos estão disponíveis em unidades separadas ou como parte do monitor de ECG
Temperatura - Patologias
- Hipertermia Maligna – causas genéticas
- Hipertermia – uso de cobertores de ar quente
- Hipotermia
Temperatura - Equipamento de Aquecimento
- Cobertores elétricos, ar quente, água quente
- usados para manter a T perto dos 37-37,5ºC
* Parar todo o aquecimento fornecido ao paciente se a T for de 37,5ºC
Glucose Sanguínea - Porquê monitorizar?
- O cérebro requer glucose como fonte de energia
- Muitos sinais de hipoglicemia como fraqueza ou convulsões estão disfarçados na anestesia
- Prevenção de danos neurológicos irreversíveis
Glucose Sanguínea - Medir em:
- Neonatos e pediátricos
- Diabéticos
* Regulação ineficiente – stress da anestesia
* Jejum – podem necessitar alterar dose de insulina - Insulinomas
Proteção ocular
c/ lágrimas artificiais para prevenir dissecação, abrasão do
córnea e úlceras
Colocação de material almofadado nos membros
Principal/ no caso dos cavalos para prevenir o aparecimento de danos de nervos e músculos (miosites, miopatias)
Componentes de uma boa monitorização anestésica
- Monitorizar o paciente
- Monitorizar o equipamento, vaporizar e circuito anestésico
- Monitorizar o que o cirurgião está a fazer
- Monitorizar o equipamento monitorização
Contenção de suínos
Físicos:
* Laço de contenção
Químicos:
* Azaperone
Contenção de Exóticos
Químicos:
* Fluamizona
* Medetomidina
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA
ESTÁDIO 1: Indução ou excitação voluntária
ESTÁDIO 2: Excitação involuntária
ESTÁDIO 3: Anestesia cirúrgica
ESTÁDIO 4: Paralisia bulbar/overdose
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA - ESTÁDIO 1
Indução ou excitação voluntária:
* Animal consciente, resiste, evita ser anestesiado, ofegante ou suspende a respiração;
* Frequência respiratória e cardíaca aumentam;
* Pupilas dilatadas e olho central;
* Pode urinar e defecar;
* Resposta exuberante a estímulos cirúrgicos.
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA - ESTÁDIO 2
Excitação involuntária:
* Perda súbita de consciência;
* Resposta reflexa aos estímulos é exagerada;
* Padrão respiratório irregular;
* Olho central e midríase intensa
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA - ESTÁDIO 3
Anestesia cirúrgica:
Plano 1- anestesia superficial:
* Normalização do padrão respiratório;
* Suspensão da mobilidade espontânea;
* Nistagmos (bovinos, equinos e coelhos)
* Reflexo conjuntival e palpebral presentes;
* Atenuação do reflexo corneal;
* Reflexo podal presente;
* Miose e globo ocular central
Plano 2- anestesia média/moderada:
* Perda do reflexo laríngeo;
* Perda do reflexo conjuntival e palpebral;
* Globo ocular rodado no cão e gato e central no cavalo;
* Miose
Plano 3- anestesia profunda:
* Movimentos respiratórios regulares e predominantemente abdominais, mas com pausas inspiratórias
* Perda dos reflexos corneal e pupilar
* Midríase ou dilatação pupilar normal
* Globo ocular central, sem reflexo palpebral, córnea seca- usar lágrima artificial;
* Depressão cardio-respiratória
Plano 4- depressão central:
* Respiração superficial e irregular
* Globo ocular central e midríase ligeira
* Cianose e hipotensão
* Pulso rápido e fraco
PROFUNDIDADE DA ANESTESIA - ESTÁDIO 4
Paralisia bulbar/overdose:
* Respiração exclusivamente abdominal e progressivamente mais irregular e superficial até que cessa
* Midríase total
* Cianose nítida
* Pulso cada vez mais fraco e rápido
* Córnea muito seca
* Apneia- paragem cardíaca- morte