MÍDIA E HIBRIDIZAÇÃO CULTURAL - AULA 6 Flashcards
Hibridismo para Babbha
É tanto uma condição quanto um processo que ocorre no discurso colonial, onde a autoridade cultural é estabelecida em contextos de poder desiguais.
É um processo de negociação cultural que envolve apropriação e resistência, permitindo ao colonizado reivindicar sua identidade. Assim, mesmo diante da imposição de uma identidade “pré-determinada” pelo colonizador, o colonizado não é um sujeito passivo.
Existência de um “terceiro espaço” - fronteiras culturais se tornam fluidas
O hibridismo também serve como uma forma de resistência às hierarquias coloniais, pois transforma as tentativas de dominação e imitação em subversão, ao repetir e modificar as práticas culturais coloniais. Essa transformação cria ambiguidade nas relações de poder, revelando as contradições e vulnerabilidades do colonialismo.
Hibridismo - negação?
O hibridismo nega a pureza da identidade
colonial. O colonizado, ao apropriar-se de elementos da cultura colonizadora, nega a autenticidade dessa cultura.
Hibridismo - variação?
Ao serem absorvidos em um contexto cultural
diferente, os elementos coloniais sofrem variações e não permanecem como originalmente concebidos.
Hibridismo - repetição?
A cultura colonial se baseia na repetição de normas que solidificam seu poder, mas no hibridismo essa repetição é sempre imprecisa, apresentando variações que desafiam a uniformidade esperada.
Bhabha argumenta que o mimetismo — a tentativa dos colonizados de imitar os colonizadores — resulta em uma repetição que nunca é perfeita. O colonizado repete, mas com diferenças sutis, subvertendo o poder colonial. Essa imitação “quase igual, mas não exatamente” revela as falhas e tensões no projeto colonial. Dessa forma, a repetição não é apenas cópia, mas uma repetição com diferença, criando espaço para resistências e novas identidades.
Hibridismo - deslocamento?
O deslocamento ocorre quando elementos da cultura dominante são apropriados de maneira inesperada, fazendo com que a autoridade colonial perca o controle sobre seu uso e interpretação.
O hibridismo representa uma ameaça ao poder colonial?
Sim, ele mina a ideia de uma
identidade fixa e pura, que é crucial para
manter as hierarquias coloniais.
O que é Hibridismo?
Processo onde o colonizado utiliza a língua e instituições do colonizador de forma que escapa ao controle colonial.
Qual a perspectiva de Babbha no Hibridismo?
Bhabha propõe focar na ambivalência da autoridade cultural.
Orientalismo de Said para Babbha
Bhabha critica a abordagem binária de Said, que limita a compreensão das dinâmicas de poder colonial. Não consegue organizar o histórico (as condições materiais e reais de dominação colonial) e o fantasioso (as dinâmicas de desejo, imaginação e projeção simbólica que também fazem parte do
processo de colonização).
O oriente é uma construção de quem?
O “Oriente” é uma construção do Ocidente, refletindo fantasias e projeções simbólicas.
Como o Brasil era visto na colonização?
Brasil visto como um paraíso a ser civilizado e explorado.
Ambiguidade: Relações de poder apresentam tanto a construção de estereótipos negativos quanto a curiosidade exótica.
Contradição essencial - discurso colonial
Discurso Colonial: Opera em tensão entre reconhecimento e repúdio das diferenças raciais e culturais.
Função: Necessidade de afirmar e negar diferenças para justificar a dominação colonial.
Deslizes no colonialismo
As relações de poder entre colonizadores e colonizados não são fixas; elas podem mudar e se manifestar de maneiras diferentes dependendo de fatores como classe social, gênero, ideologia e contextos culturais.
Qual o objetivo do discurso colonial final?
O objetivo final do discurso colonial é justificar a
conquista e estabelecer sistemas de administração e instrução sobre os colonizados.
Babbha sobre alteridade
A alteridade (diferença racial, cultural e histórica) tem sido marginalizada em certos textos teóricos que abordam o conceito de “diferença”.
