Microtomia Flashcards

1
Q

o que é a microtomia ?

A
  • O estudo dos tecidos na dimensão celular da vida, requer a preparação de cortes
    histológicos de modo que sejam observados ao M.O.C.
  • Tecidos e órgãos são opacos à luz devido à sua espessura e densidade.
  • Cortes devem ser finos e translúcidos.
  • A microtomia consiste em retirar dos blocos cortes finos e regulares (3 μm).
  • Microtómos.
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2
Q

pelo que é constituido o microtomo ?

A

Apesar da grande variedade de micrótomos, qualquer um deles apresenta duas partes
integrantes fundamentais:
* Porta-blocos (objetos)
* Porta-facas

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3
Q

pelo que é constituido o porta blocos ?

A
  • Pinça: responsável pela fixação do bloco.
  • 2 Parafusos de regulação: orientação.
  • 1 Parafuso travão: suster o bloco na orientação pretendida
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4
Q

pelo que é constituido o porta facas ?

A
  • 2 Parafusos de aperto: mantêm a lâmina no lugar.
  • Parafusos de fixação: regulação da altura.
  • Alavanca graduada: selecionar e medir o ângulo mais adequado ao corte.
  • Parafuso travão: bloqueia todo o conjunto.
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5
Q

quais os principais tpos de microtomos ?

A
  • Lâmina Móvel: bloco está fixo e a faca é que se desloca (ex.: M. Corrediça).
  • Lâmina Fixa: lâmina está fixa e o bloco é que se desloca (ex.: M. Minot).
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6
Q

como é o microtomo de corrediça ?

A
  • O bloco está fixo no porta-blocos e desloca-se num plano vertical ascendente em relação à lâmina, em cada corte.
  • A faca/lâmina é colocada no porta-facas e movimenta-se num plano horizontal em relação ao bloco – este movimento é possível devido
    ao mecanismo de corrediças deste micrótomo.
    Características:
  • Aconselhado na execução de cortes de fragmentos incluídos em celoidina e em blocos de parafina de grande superfície.
  • Dificuldade na execução de cortes seriados (“ténias”).
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7
Q

como é o microtomo de minot ?

A
  • Micrótomo rotativo.
  • Deslocamento vertical do bloco, por ação de uma manivela adaptada a uma roda que efetua um movimento giratório.
  • Um sistema de rodas dentadas assegura um movimento horizontal e regular do porta-facas condicionando a
    homogeneidade de espessura dos cortes.
    Características:
  • Maior facilidade na realização de cortes seriados.
  • Principal tipo utilizado nos crióstatos.
  • Não permite um controlo tão pormenorizado dos fatores que influenciam o processo de corte (ex.: temperatura do bloco).
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8
Q

quais sao os tipos de facas ?

A
  • A seleção do tipo de faca mais adequado e o seu ângulo de inclinação no porta-facas dependem da natureza da peça e do meio utilizado na impregnação e inclusão.
  • Uma faca afiada com um gume sem defeitos é essencial para obter cortes de qualidade.
  • Apesar de um processamento com pouca qualidade, quando se utiliza uma boa faca, pode ser possível obter cortes.
  • Cortes impossíveis de diagnosticar podem resultar de uma faca de má qualidade,
    mesmo que o processamento seja bom.
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9
Q

qual o material utilizado no corte ?

A
  • Pincel
  • Pinças (preferencialmente curvas)
  • Agulha histológica
  • Tina com água fria
  • Banho-maria, termostasticamente controlado
  • Lâminas
  • Suporte de lâminas
  • Lápis
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10
Q

para que servem o pincel, pincas e agulha histologica ?

A

Utilizados para a manipulação dos cortes durante a microtomia e para a remoção das possíveis pregas, quando se encontram na água fria.

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11
Q

para que serve a tina com agua fria ?

A

É o local onde se colocam os cortes após serem efetuados.
O fundo deve ter uma base escura de modo a visualizar e selecionar os cortes.
É nesta etapa que procede à remoção de pregas, caso existam, e finalmente são
apanhados com a lâmina.

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12
Q

para que serve o banho-maria ?

A

Após a passagem pela água fria os cortes são submetidos ao calor da água quente para que ocorra a sua extensão.
O aparelho deve apresentar uma base escura de forma a ser mais fácil a visualização e seleção dos cortes que apresentam maior qualidade.
Temperatura da água recomendada: 45-55℃.

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13
Q

para que servem as laminas ?

A

Utilizadas para apanhar o corte na água fria.
O fragmento segue nas lâminas o resto da técnica histológica.
Espessura recomendada: 1,0 a 1,2 mm.
Adaptam-se melhor às ranhuras das caixas de transporte e possuem
resistência suficiente.

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14
Q

para que serve o suporte de laminas ?

A

Local onde se colocam as lâminas para depois irem à estufa.
Podem ser de vidro ou de plástico.
Se forem de plástico, deve ser de resistente a temperaturas elevadas

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15
Q

para que serve o lapis ?

A

Identificar as lâminas.
Coloca-se o n.º no canto fosco das lâminas, n.º que acompanha toda a técnica
histológica.
No caso de as lâminas não possuírem canto fosco utiliza-se a caneta de ponta de
diamante para se proceder ao registo.

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16
Q

quais as coisas a ter em atencao na tecnica de corte ?

A

Preparação do micrótomo e do material
Colocação do bloco no porta-blocos
Execução de cortes
Temperatura do bloco e da faca
Velocidade de corte
Características especiais
Formação de cortes seriados

17
Q

como é a preparacao do microtomo e do material ?

A

No caso do micrótomo de corrediça, verificar se estas estão a trabalhar bem, de outra forma devem ser bem oleadas.
Encher uma tina de água fria – destilada ou corrente – onde os cortes vão ser colocados
e retiradas as pregas, caso existam, com o auxílio de um pincel, agulha histológica ou
pinças curvas.
Verificar a água do banho-maria: deve estar limpa e com temperatura controlada, para
que não aqueça em demasia (situação que pode danificar os cortes).
A temperatura deve-se situar alguns graus abaixo do ponto de fusão da parafina.
Colocar a faca no porta-facas de forma segura para evitar possíveis acidentes.
Apertar bem os parafusos de aperto para evitar a vibração da faca durante o corte, facto
que pode inutilizar os cortes e até mesmo o próprio bloco.
Escolher um ângulo que permita obter cortes de qualidade de uma forma geral.

18
Q

como colocar o bloco no porta blocos ?

A

Colocar o bloco na posição que ofereça a menor resistência possível ao corte.
Orientá-lo de forma que o fragmento seja apanhado na sua totalidade, livre de pregas, fendas e distorção celular.

19
Q

como deve ser a execucao dos cortes ?

A

De forma a remover o excesso de parafina e expor a área do fragmento adequada para o corte.
Desbaste: espessura a 30 μm (maior rapidez).
Selecionar de seguida a espessura de corte mais adequada
ao tipo de tecido (2 a 3 μm).
Situações especiais:
Amiloide – 10 μm.
Mielina – 15 μm.
Fragmentos neurológicos – 15 a 20 μm.

20
Q

como deve ser a temperatura do bloco e da faca ?

A

Antes do corte, colocar os blocos numa placa fria para facilitar o processo.
Após uma série de cortes, quer o bloco como a faca, devido à constante fricção, podem aquecer em demasia, devendo ser arrefecidos para que os cortes sejam de qualidade.
Fragmentos de cérebro, medula e gânglios linfáticos – arrefecer apenas a faca.

21
Q

como deve ser a velocidade do corte ?

A

É variável consoante a natureza das peças.
Quanto mais duro e menor for o fragmento, maior a
velocidade a utilizar.
Uma velocidade menor deve ser utilizada quando os
tecidos são moles e maiores.

22
Q

o que fazer com tecidos que teem caracteristicas especiais ?

A

Fragmentos Hemorrágicos:
* Passar sobre a superfície do bloco uma solução alcalina de hidróxido de amónia a 10% -
amacia o tecido, previne a sua rutura e facilita o corte.
Tecidos Calcificados:
* Se apresentarem depósitos de cálcio que dificultam o corte o bloco pode ser sujeito à breve ação de um descalcificador (ex.: RDO).

23
Q

como é a formacao de cortes seriados ?

A

A formação de cortes seriados deve ter em conta a velocidade de rotação imposta (ao micrótomo de Minot), pois quando muito elevada pode causar a formação de uma ténia
com cortes de diferentes espessuras. ( ver tabela de problemas e solucoes )

24
Q

o que é a extensao ?

A

Os cortes de parafina têm 2 faces diferentes – uma superior, rugosa e opaca, e outra inferior, lisa e brilhante.
Face brilhante virada para a água, porque é aquela que por capilaridade, adere melhor à lâmina de vidro.
Ter o cuidado de não deixar bolhas, porque diminuem a adesão à lâmina e poderão
produzir artefactos na coloração, diminuindo a sua qualidade e dificultando a sua
análise ao microscópio.
Permanência do corte na água quente apenas o tempo suficiente para permitir a sua
extensão completa.
Este processo não deve ser demasiado prolongado de forma a evitar a expansão dos
tecidos para além do seu tamanho original e evitar a distorção estrutural.
Diversos tecidos apresentam zonas (ex.: cartilagem e mucinas) com diferentes
capacidades de distensão, resultando em cortes cuja extensão é pouco uniforme na água quente.
Neste caso o processo deve ser mais longo como forma de uniformizar o corte.
(ver tabela dos incidentes na extensao)

25
Q

o que é a adesao ?

A

Em determinadas situações é exigido, em vez de utilizar apenas água, a utilização de
substâncias que promovam a adesão dos cortes às lâminas.
Estas substâncias podem ser: gelatina, albumina-ovo, APES-Silane, cargas electroestáticas.